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Mensagem por LANGLEY002 Sex Nov 03, 2017 12:38 pm

Ponto em que já começam as diferenças entre ela e a Lapis Lazuli. Ao contrário da personagem de SU ela tem a pele branca, isso porque a própria pedra de onde seu nome é derivado (a mesma da personagem de SU, uma rocha também chamada de lazulita) tem padrões azuis e brancos.

Digimon Synthesis - Página 5 Lazulite-GravesMtn-Georgia-58mm-JB1356-07

As asas não tem a ver com ela ser algum tipo de anjo, mas sim com a habilidade de usar a água de acordo com sua vontade e imaginação. Assim ela consegue moldar a água em asas. Eu queria que como a Lapis ela tivesse essa aparência um pouco despojada: cabelo rebelde, vestido de verão, pés descalços.

Ao menos em seu nível adulto, ela não tem nenhuma arma.
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Mensagem por LANGLEY002 Sex Nov 03, 2017 2:03 pm

Veja por si próprio o desenrolar da trama de Lazulitemon. Pois é, capítulo triplo dessa vez.
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Mensagem por LANGLEY002 Sex Nov 03, 2017 2:14 pm

Capítulo 6: Noite de Forte Ventania

Já era noite. A chuva recomeçava. A água inacabável da Tsuyu, a temporada de chuvas japonesa, fazia Mako pensar em Lazulitemon. Por mais que se esforçasse, não conseguiria entender totalmente o que a Digimon sentia ou pensava. Ali, olhando pela janela, apenas considerou que ela tinha seus motivos para sentir medo e tinha também seus motivos para se afastar de Natsuo. A sensação de que se pode quebrar algo dentro de alguém que ama, a menina tinha certeza, deveria ser uma das piores.
Ela mesma se perguntava se em algum momento quebrara algo dentro dos pais. Era tudo tão complicado. SlashAgumon parou ao seu lado e começou a observar pela janela. Nos primeiros dias ele não era tão grande, era mais baixo, o corpo menos comprido. Embora assim tivesse sido, provavelmente estava do tamanho de Dorumon. Ela se perguntou o quanto mais ele cresceria. Então algo lhe apertou no peito, pois não teria como vê-lo crescer.
Mas ela precisava do parceiro, era uma necessidade tê-lo junto dela. Não podia se sentir sozinha enquanto o tivesse, e quanto menos sozinha se sentia, mais segura se sentia. E precisava também daquela segurança, pois a situação dos pais só a fazia mais e mais insegura.
– Eu não quero que você vá, SlashAgumon. – Envolveu o pescoço do réptil com os braços.
– Mako. – Falou o nome dela lentamente, abaixou o queixo quente sobre o ombro da menina, roçou no suéter macio que ela usava.
– Nós somos amigos, não somos? Amigos não deveriam se separar.
– Eu também não quero ir, Mako. – A garota afastou o rosto úmido do Digimon. Passou a mão para limpar. A franja amassada, boquiaberta. Se impressionava com o amadurecimento de SlashAgumon. Apesar de ainda falar como criança, sem dúvidas tinha evoluído muito nas últimas semanas. – Me desculpe, Mako. SlashAgumon não quer ir, mas também não quer machucar Mako. Se SlashAgumon ficar os Digimon maus da ZSC irão machucar você.


Noriko preparava o chá. Daniel e Dorumon não paravam de se virar, observavam cada detalhe possível do apartamento. Observavam também os movimentos de Noriko no apartamento. Raramente viam a mulher de forma tão despojada. A camiseta velha e uma calça moletom já bastante gasta.
Pousou o bule na mesa, colocou duas xícaras. O menino pensou em perguntar se ela não beberia, mas ela voltou para a cozinha. Acompanhou-a com os olhos. Noriko abriu a geladeira, se inclinou o bastante para fazer com que Daniel desviasse o rosto, encabulado, e pegou uma latinha. Abriu e se sentou à mesa. Deu um gole.
– O que foi? – Perguntou ela.
– Nada. Nada.
Continuou bebendo. Daniel leu na latinha. Era cerveja. Deveria esperar que a professora fizesse uso desse tipo de coisa, se ela já tinha o cheiro de fumaça de cigarros, a cerveja também era algo esperado.
– Talvez não nos vejamos mais. – Dorumon bebericou o chá que acabara de colocar na xícara. Estava muito quente, fez careta.
– Mas, tão cedo? – Noriko pousou os braços sobre a mesa.
– Sim. Não podemos deixar que a ZSC continue atacando... o nosso amigo. – Continuou o Digimon roxo.
– Precisam mudar a posição deles. Então irão todos para o mundo Digital. – O moreno encarava o próprio reflexo na xícara. As mãos se fechavam com força, apertavam o tecido da calça jeans.
– E quando me contaria sobre Mako?
– Sobre Mako? – Respondeu imediatamente o moreno, surpreso com a pergunta. – O que tem Mako? Quero dizer, eu e Mako, nada. Digo, nada disso.
– Calma aí. – Um sorrisinho surgiu de lado no rosto da professora. Ela se inclinou sobre a mesa com uma expressão insinuativa. – Você e Mako? Quem diria, não?
– Não! Não é nada disso! Você está entendendo errado.
Dorumon começou a rir. O menino balançava o dedo indicativo em objeção.
– Mas seja como for... – Noriko suspirou. – Só quero saber sobre Mako e o Digimon. – Lamentou novamente. Apoiou a cabeça em um dos braços. Estava bastante tensa. – Não posso protege-los sem saber que vocês são. Não dá. Por favor. Por favor. – Balbuciava com a boca abafada pela mão. Daniel tocou em sua outra mão. Depois retesou ao ver o olhar da professora surgindo entre os dedos.
– N-nos proteger? Nos proteger do que?
– Acho que te devo essa explicação. Devo a todos vocês. – Retirou a mão do rosto. Com a outra, porém, buscou Daniel. Apertou a mão dele. O rosto do menino se incinerou instantaneamente. O sorriso acolhedor contrastava totalmente com as sensações que o garoto sentia, com o calor que enchia o seu corpo de púbere. – Reúna todas as crianças que conhecer. Eu quero vê-las.
– Certo. – Daniel se questionava se deveria puxar e esconder sua mão ou se continuaria em contato com a professora. Nem mesmo havia escolhido apertar a mão dela. Mas o fez por instinto. Duvidava que Mako ou Sachi poderiam ter ao mesmo tempo aquela postura de mulher forte e as mãos tão macias. Na verdade, nenhuma outra no mundo deveria conseguir juntar aqueles dois pontos. Noriko era especial, era especial para ele. Por um momento desejou ser mais velho ou que ela fosse mais nova. Sentiu vergonha do que pensou. Nesse momento retirou a mão e escondeu no bolso da calça, mas dali de dentro, ainda sentia. A mão parecia pulsar.


Tokyo inteira viu quando um pássaro de fogo abriu asas sobre Shibuya. Os jornais não paravam de falar sobre o estranho objeto incandescente que cruzou o céu da metrópole japonesa emitindo estranhos sons que lembravam o grito de um águia. Logo mais outro objeto se juntou, este, muito menor, era quase invisível, mas a água da chuva parecia obedecê-lo.
Lazulitemon saltava de prédio em prédio e controlava a água da chuva para diminuir seu gasto de energia. Formava chicotes e tentava acertar o pássaro de fogo, mas este, sempre habilidoso na arte do voo, conseguia escapar com facilidade. O único modo de atingir o monstro seria aguardar por um ataque. A bruxa da água então acumulou quanta água pudera em cima daquele prédio, até que um enorme pilar espiral de água começou a levantar metros acima do edifício.
Fingiu abertura, aguardou e a águia incandescente desceu sobre ela. O bico enorme era cheio de dentes monstruosamente afiados. Temeu a possibilidade de errar o próximo movimento e acabar sentindo aquelas pontas se cravando em seus braços. Quando o outro estava bastante perto, ela afundou dentro do pilar de água e, movendo as duas mãos, o fez se inclinar e girar.
O pássaro foi envolvido em água e mal conseguia bater as suas asas. Lazulitemon juntou as mãos, cruzou os dedos e pressionou. O pilar se dividiu em duas mãos e o monstro pensou em tentar revidar naquele momento, mas as duas mãos vieram com força. O estrondo foi grande. O pássaro rodopiou dentro da água antes de ela voltar a configuração de espiral e rodar o suficientemente rápido para lançar o Digimon contra o outro prédio.
Agora os jornais se agitavam novamente, junto do povo japonês. Aquilo era uma bola de fogo, certamente uma bola de fogo. É assim que viam. Uma bola de fogo atingindo um prédio de Tokyo. Cogitaram o erro, cogitaram um ataque terrorista. Para eles, o que atingiu o prédio poderia ser um míssil falho, já que os danos foram mínimos. Outros apontava para fenômenos naturais. Não tinham nenhuma certeza sobre o que acontecia.
O tempo ruim impedia que os helicópteros captassem Lazulitemon, que continuava saltando de prédio em prédio. A cidade toda era um campo de batalha para ela e o pássaro. O perdeu de vista. Rodava o corpo sobre o edifício, os pés descalços dançavam sobre o piso. Não conseguia encontrar. Se desesperava, sentia-se tonta.
A fera então desceu como uma flecha. Estava acima das nuvens e essas agora denunciavam todo o trajeto feito pelo Digimon. Lazulitemon não teve tempo de reação, fora abocanhada. Calculara totalmente errado, não seriam os seus braços atravessados por aqueles dentes, seria o seu corpo todo. O bico a pressionava, os dentes entravam em sua pele, mesmo que fosse extremamente resistente. A dor a impedia de pensar e contra-atacar. A cada vez que o pássaro apertava o bico, via explosões brancas diante de seu globo ocular, via estrelas. Era exatamente como diziam.
Começou a imaginar suas cadeias moleculares se desmanchando, se separando, entrando e colapso. As partículas brilhantes flutuando pelo céu, buscando uma forma de retornar para a rede para que ela pudesse se curar e voltar, mas o quanto perderia? E Natsuo? Não queria ficar tanto tempo longe de Natsuo. As mãos agarraram a parte superior do bico, urrou e começou a empurrar. A águia graniu. Quando o bico cedeu, mesmo que muito pouco, ela se escapou como peixe. Rodopiou no ar e acertou um dos pés contra o rosto do Digimon, o fez se afastar. Logo atrás do pé vinha uma onda cortante de água que o fez cair sobre o prédio e o rachar.
Lazulitemon se afastou num pulo. Os braços se esticaram para trás, retornariam com força e um jato de água finalizaria o seu inimigo. Mas agora as vinhas ásperas e nodosas se enrolavam nela e puxavam o seu braço. Sentia que os perderia, que se romperiam. Pés disformes pressionaram os joelhos e ela caiu sobre os mesmos. Um símio amarelo, de pelos muito duros e pontudos, escalou pela lateral do prédio.
Avançou contra ela girando um bastão de osso. Viu estrelas de novo e de novo. Não conseguia contar quantas vezes o bastão a acertou antes que o seu corpo todo amolecesse e aqueles Digimon a soltassem sobre o piso. Gemeu, tamanha a dor que sentia. Tentou se apoiar nos braços para se levantar, mas estavam estes também muito debilitados. Lhes sobravam as pernas e teria de fazer algo com o que tinha.
– ZSC... – Cuspiu. – Vão se foder, miseráveis!
Impulsionou o abdômen perfurado. Urro de dor. Os pés dançaram escapando dos ataques. Pisou sobre a cabeça de cada um deles antes de um jato de água surgir sob seus pés e a impulsionar. Foi muito alto e as asas apareceram. Mesmo ferida, seus poderes que beiravam a magia, faziam com que ela se movimentasse ainda mais rápido que o pássaro. Afinal, também era menor. Isso tornou possível que os despistasse e se escondesse num beco.
Dali invadiu uma loja. Não gostava de fazer aquilo, mas teve de fazer. Vestiu um sobretudo e um chapéu. Correu pelas ruas molhadas, atravessou na frente de carros que buzinavam sem parar. Se enfiou noutro beco irrompeu sobre um muro. Não sabia para onde ir, não tinha ideia de para onde ir quando só os seus pés conseguiam lhe obedecer.
Se lembrou de Terriermon. Fechou os olhos. A chuva serviu como um enorme órgão sensorial, como se, quando com os pés no chão, em contato com a água e a vibração de suas gotas, aquilo tudo fosse a sua pele. Como se aquilo tudo fosse o seu tato. Localizou os templos, continuou correndo.


Mako saíra com SlashAgumon, aproveitando que naquele horário não haviam muitas pessoas na proximidade. Se impressionou, pois, o réptil era grande o suficiente para carrega-la nas costas. Foram até uma máquina de refrigerante. Iria tirar uma bebida de sabor cítrico quando o celular começou a apitar. O radar mostrava vários pontos. Ficou confusa. Fechou o aplicativo.
– Tem alguma coisa acontecendo, Agu.
Mas o Digimon já estava no meio da rua, sob a chuva. Ele olhava para o céu. A menina correu até ele. As gotas estalavam na sua capa de chuva. Os olhos de SlashAgumon estavam diferentes, como nas vezes em que batalharam. Rosnava baixinho e não tirava os olhos do céu.
Mako viu o vulto brilhante, como uma bola de fogo. Logo depois o seu celular começou a tocar, era Daiki.
“Você viu na TV?”
– O que tem na TV?
“Sério, você não viu?”
Daiki parecia muito preocupado.
“Havia um Digimon enorme acertando os prédios. O Natsuo está aqui, ele diz que viu a Lazulitemon em perigo.”
– Eu acabei de vê-lo passar. Ele está perto. Eu e Agu iremos atrás dele. Avise o Daniel.
Quanto mais a menina se afastava dos centros, mais notável era a confusão que havia lá. Sabia que aquelas luzes todas eram de helicópteros. Ficou se perguntando se alguém se machucou por culpa da ZSC. Não poderia mais deixar que eles agissem como quisessem, queria do fundo de seu coração, impedir que eles machucassem mais pessoas. Sabia que tinha um bom motivo para lutar. Atravessou boa parte da cidade nas costas de SlashAgumon. Poucas pessoas puderam vê-los na escuridão da noite chuvosa, muitos pensaram que era uma alucinação, outros simplesmente ignoraram, tal era a atenção às notícias da TV.
Conseguiram ver o pássaro de fogo descer. O celular de Mako apitou. Era um Birdramon, um Digimon adulto muito perigosos. A palavra “adulto” ainda a fazia estremecer. Fora por pouco que o réptil conseguira vencer Hanumon e mesmo os três Digimon, SlashAgumon, Dorumon e Lunamon, juntos não foram páreos para a força de Lazulitemon. Não conseguia imaginar o que a esperava ao confrontar aquela fera. Apertou o celular. Mas sabia que deveria agir, pois amava SlashAgumon e sentia a dor de Lazulitemon e o peso da luta de Dorumon e a vida sem poder de escolha de Lunamon.
O seu amor se expandiu, o seu amor emanou como onda. Uma onde quente. Aqueceu o coração de SlashAgumon. Quando os dois chegaram até Birdramon e ela desceu das costas do parceiro, estavam confiantes de que conseguiriam derrota-lo. O réptil se precipitou contra o pássaro.
Ao ver a aproximação rápida da criança dragão, Birdramon bateu as asas. O ar quente movimentado por suas asas foi o suficiente para atrasar o Digimon. Os braços de Mako se moveram instintivamente, tapou o rosto e apertou os pés contra o chão para que não fosse levada. Seu corpo ainda doía muito do confronto com Lazulitemon.
– Mas olhem se não é uma noite especialmente boa. – O bico se abriu. A menina olhou temerosa para os dentes afiados. Birdramon era enorme. Se sentia como um inseto diante do pássaro. – Uma noite especialmente boa para caçar!
Levantou voo. A garota mal pode se segurar em pé. As asas da águia flamejante faziam com que toda a vegetação se movesse e a própria chuva fosse desviada. As gotas voavam de um lado para o outro, isso se a água não fosse evaporada pelo calor. Começou a suar muito e teve de tirar a capa.
SlashAgumon olhava para cima. O mesmo olhar furioso de antes. Sua boca se abriu e brilhou. Disparou três vezes e Mako sentiu a força com que o fizera. Era como se pudesse sentir um tremor a cada bola de fogo que saía de sua boca. Os pés dele se afundavam no chão. Birdramon voava em círculos e conseguiu escapar dos dois primeiros tiros, mas o último acertou o seu bico.
Parecia não ter efeito algum, mas irritada, ela tomou distância e então começou a descer na direção do Digimon amarelo. Ele saltou no último momento e, metendo uma de suas garras contra a cabeça do pássaro, o fez atingir o chão de frente. Foram deslizando em direção à vegetação. As árvores caíam sob a força de impacto e um rastro de terra ficava onde antes havia grama, sinal do atrito entre o corpo quente do monstro com o solo.
O pássaro se levantou grunhindo. Balançava a cabeça. Mako viu o parceiro balançar junto, agarrado no pescoço do outro. Abriu a boca e mordeu. Birdramon grunhiu outra vez, mais alto, mais agudo. A garota sentiu que aquilo iria estourar os seus ouvidos. Fazia o seu cérebro todo balançar.
Correu em direção às árvores caídas, viu o réptil sendo lançado para o alto. A fera abria o seu bico enorme como se fosse o engolir, mas ele, rodopiando no ar, lançava uma bola de fogo atrás de outro. Os projéteis incandescentes acertaram-na no pescoço, nas asas, no interior do bico e finalmente no rosto, o que a fez virar abruptamente com uma explosão.
Cada tiro o dava um tempo adicional no ar, a força de saída o fazia ser impulsionado para cima. Parou de atirar e caiu de ponta contra a águia, enfiou as unhas no pescoço dela e deslizou a cortando. As asas bateram, seu corpo, muito pequeno quando comparado ao oponente, foi lançado. Colou-se numa árvore, caiu. Se levantou devagar, ergueu o queixo e rugiu.
Mas Birdramon já efetuava um novo ataque. Mirou em Mako e disparou, SlashAgumon mal teve tempo de saltar na direção da garota para jogá-la ao chão. Ela gemeu ao cair e procuro o celular com as mãos. Viu o aparelho ser atingido pelo fogo. Queria gritar, mas não teve tempo. Uma nova rajada veio em sua direção, a engoliu. Pensou que morreria e que maneiro horrível seria, incinerada.
Mas o corpo de SlashAgumon conseguiu cobrir o seu, absorveu todo o calor e o dano. Levantou com marcas de queimadura. Mesmo que suas escamas fossem altamente resistentes ao calor, ele parecia ter atingido o seu limite. Com fumaça nas costas ele cambaleou na direção do outro Digimon, as garras em riste, mas tombou.
A pupila de Mako se diminuiu.
– Agu... – Se arrastou em direção ao parceiro. – Agu!
O envolveu nos braços, percebeu então que ele reclamava do toque. A pressão fazia com que as feridas ardessem. Ela afastou o corpo dele. Olhou para o pássaro. Era difícil saber o que dizia a expressão daquela coisa, mas ela podia deduzir. Deduzir um riso, uma sensação de que cumprira o seu dever capturando uma aberração. Uma aberração. Como poderiam chamar SlashAgumon de aberração? Ele era dócil e mesmo infantil conseguia entende-la de uma forma muito única. Só ele conseguira entende-la mesmo quando não trocavam nenhuma palavra.
Ela o amava, o amava muito. O amava de forma que não poderia sequer expressar. Não era um amor de noiva, nem mesmo um amor de mãe. Tinha algo como o amor de irmã, mas, também não era exatamente isso. Era um amor sem definição, um que não poderia ser produzido em larga escala. Pensar no quanto o amava, a fez chorar. Entendia Lazulitemon. Não queria ver aqueles que mais lhe importavam se ferindo, entendeu também SlashAgumon, que mais cedo disse que não a queria pôr em perigo.
Birdramon parou de rir. O aparelho azul flutuou até perto de SlashAgumon. As lágrimas rolaram.
– Para o inferno com essa coisa! – A menina agarrou o aparelho com dificuldade, ele não parava de mudar de forma e eram todas angulosas. Machucavam as mãos. Não previra que haveria de fazer tanta força para segurá-lo, ele tentava se escapar e esquentava. Estava cada vez mais quente.
– Isso é a maior das tolices.
– Não. Não é! – O aparelho se quebrou sob a mão da garota. Assustada ela abriu as mãos e deu alguns passos rápidos para trás. Os cacos brilhantes caíram e uma luz vermelha e esférica ficou suspensa diante dela. Arriscou tocar. Virou o rosto, fechou os olhos com força e aproximou a mão. Era quente também, mas por mais quente que fosse, não a machucava. Sob o toque, escutou um som, o som de uma oscilação. Então a luz ganhou forma, um pequeno aparelho branco de forma irregular. Em torno do visor era vermelho.
Apertou-o. SlashAgumon levantou. Se colocou, trôpego, na frente de Mako. Seu corpo brilhou e se expandiu. Os chifres surgiram acima dos olhos, um enorme corpo de dragão, todo alaranjado, com tons de vermelho se sobressaindo junto do amarelo, cheio de rajadas prateadas. A cabeleira de platina, junto da cicatriz, lhe dava um aspecto selvagem. Agora também tinha asas. Encostou os braços compridos no chão, as garras cheias de tecidos enrolados fizeram a terra afundar, balançou a cauda, abriu as asas e rugiu.
Mako teve certeza de que toda Tokyo o ouviria e que todos os Digimon que estivessem em seu mundo saberiam que aquilo era o sinal. A luta contra a ZSC.
“Sgarfirdramon.”
– Sgarfirdramon. – Mako leu o visor. Depois olhou para o que SlashAgumon se tornara.
– Eu te venceria antes. Te vencerei agora. Te vencerei de qualquer forma. A derrota se reserva a coisas como você!
Sgarfirdramon pôs seu corpo esguio em movimento. Era ainda muito menor que Birdramon, mas tinha velocidade o suficiente para se aproximar antes que o pássaro pudesse impedir e força o bastante para tombá-lo sem grande dificuldade.
– Você nunca pôde vencer SlashAgumon. Você nunca poderá vencer Sgarfirdramon! – E, levantando o tronco, fez uma sucessão de golpes com a garra. O pássaro, imóvel, apenas urrava sem tempo de reação. Os ferimentos que SlashAgumon o fez antes da evolução eram bastante profundos e agora era possível se aproveitar disso.
Estava pronto para finalizar o já debilitado pássaro, quando Mako correu até ele. Entendeu o olhar da garota que ficaria demasiadamente perturbada se ele matasse a criatura. Naquele momento, jurou ter escutado um tiro. Talvez fosse mesmo um trovão, pois a chuva só se fazia aumentar, mas momentos depois viu SlashAgumon caído, exausto e ferido. Avistou algo no meio da mata.
Seja o que for, carregava um daqueles aparelhos azuis e o lançou na direção de Birdramon. O Digimon foi logo engolido pela luz e encolheu numa esfera até desaparecer completamente. A garota não sabia o que fazer, se tentava impedir aquela silhueta ou se cuidava de SlashAgumon. Mas a sombra sumiu. Era tarde demais.
Com dificuldade, apoiou o réptil nos ombros. Saiu dali devagar, gemendo pela força que tinha de fazer e as dores insistentes de todas as pancadas que sofrera naquele dia. Se deixou cair num ponto de ônibus depois de, com muito esforço, colocar o parceiro sobre o banco. Agora ele estava desacordado, mas viu que suas feridas pareciam se recuperar rápido, então não se preocupou.
Alguns minutos se passaram. Lembrou do celular. Correu para o meio da vegetação. Por sorte o fogo não o tinha atingido diretamente. Apesar de amassado, parecia funcional. Conseguiu ver a localização de Daniel e Daiki. Estavam distantes, mas pareciam correr em convergência. O ponto de Daiki estagnou. Não demorou muito e o telefone tocou.
– Venha até o Terriermon. Encontramos a Lazulitemon.
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Mensagem por LANGLEY002 Sex Nov 03, 2017 2:18 pm

Panorama geral dos arcos:

1 - Arco ZSC em Tokyo. (finalizado, embora a trama continue nos próximos arcos).
2 - Arco Lazulitemon.
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Mensagem por LANGLEY002 Sex Nov 03, 2017 3:04 pm

KaiserLeomon escreveu:
Mr. Pines escreveu:Veja por si próprio o desenrolar da trama de Lazulitemon. Pois é, capítulo triplo dessa vez.

Poxa puxa hora puxa Pines ! Três episódios num único Dia . Você esta mesmo inspirado !

O nome correto disso é desespero. Desespero por conta do ENEM.
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