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Mensagem por LANGLEY002 Qui Nov 09, 2017 9:47 am

Isso porque não estou me rendendo aos exageros da maior parte do cinema. Ainda mais por conta da idade dos personagens (13). Uma abordagem um pouco mais Stranger Things, Mike e Eleven. Acontece que isso pode sim ser significativo para eles. 

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Mensagem por LANGLEY002 Qui Nov 09, 2017 10:48 am

Sobre a ingenuidade, eu tenho de discordar. Me parece mais uma visão saudosista do que a realidade. Algumas crianças são mais inocentes, outras são menos, isso em qualquer tempo. O que mais mudou foram os padrões de comportamento. Hoje meninos e meninas tem muito mais liberdade de escolha, quando ontem era fixo que os meninos deveriam crescer para serem homens que sustentam a casa e meninas para se tornarem mulheres que cuidem da casa. 

Tenho mesmo amigos que aos 14 já tinham feito muito mais do que beijar, mas, embora isso aconteça com alguma frequência, tem muito a ver também com o perfil de cada um e, nesse caso, com o perfil dos personagens (o que é moldado em parte pelo lugar em que vivem, as influências que recebem e esse tipo de coisa). Eles podem saber o que é esse tipo de amor sem que façam coisas relacionadas a ele. Acho que levando isso em conta, a cena de Stranger Things se encaixa mais com o que pode aparecer na fanfic.
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Mensagem por LANGLEY002 Sex Nov 10, 2017 10:42 am

Capítulo 11: Mako, Resista Contra os Kaijus de Shinjuku!
 
Um alarme começa a soar. O som agudo leva todas aquelas pessoas aos corredores. A luzes vermelhas inspiram um certo desespero em cada um deles. Os jalecos balançam juntos, os passos desorganizados ecoam por todo o andar. Empurram as portas duplas. Todos observam as telas que cobrem o local. No chão transparente é possível enxergar o servidor, uma quantidade absurda de computadores unidos para fazer com que aquele prédio funcionasse.
Algo estava vindo. As telas mostram um grande ponto vermelho. Nos painéis, onde muitas pessoas em macacões cinzentos se juntam para digitar, o leitor aponta para a quantidade de informações que está atravessando a rede em direção ao plano físico. Os cálculos são feitos para descobrir a quantidade de energia que é liberada.
Lá fora nuvens se condensam em cima de Shinjuku. É como se um vortex sugasse tudo naquela direção. Das nuvens escuras vinham as descargas elétricas que fizeram com que Mako acordasse no meio da noite. Acordou e estava sozinha, só poderia estar sozinha. Mas SlashAgumon a escutou, seus olhos verdes se abriram e a encararam. Se acalmou. Tivera um pesadelo horrível, contou a ele.
No edifício governamental de Shinjuku, a correria continuava. Pessoas em jaleco carregavam pastas e papéis para todos os lados levando informações novas retiradas das máquinas para a discussão. Três homens de terno adentraram o local, observaram os dados nos telões. Pessoas vestidas em macacões colocavam proteções extras e máscaras. Outros ligavam enormes cabos a estes.
Com câmeras especiais, eram suspendidos e levados a um tanque. Ali, mergulhavam num líquido estranho e viscoso. Deu-se o comando. O líquido começa a ferver, eles conseguem atravessar para o limbo entre o plano físico e a rede. A câmera capita uma silhueta. Um contador apita, a pulsação está acima dos limites.
Os cabos são puxados e os homens de macacão são levados a uma sala para a esterilização de suas roupas antes de as poderem retirar e avançar. Enquanto isso, o líquido para de borbulhar, mas, sob um som estridente, uma faísca se materializa dele. A estrutura começa a rachar. Uma equipe é chamada às pressas para conter o vazamento daquele líquido e impedir que a máquina se quebrasse.
– Essa é a maior quantidade de dados atravessando a rede desde... – Compara os históricos. – Dez anos atrás? O que houve...?
– Preparem o AISA. – Um dos homens de terno se aproximou dos painéis. – Se necessário, desviem o poder dos processadores para acelerar o carregamento.
Se virou para os outros dois. Um sorriso se abriu em seu rosto.
– É o momento perfeito para demonstrar o que conseguimos criar aqui. – Seus pés se moveram lentamente. O bater dos sapatos se repetia em eco pela cúpula. Levantou as mãos. – Os Digimon saberão qual é o seu destino agora.
 
 
Dorugrowlmon se cansou de voar. Pousou sobre um dos prédios. Dynalepmon ressurgiu no horizonte saltando, parou ao lado do dragão. Os dois meninos desceram. Havia algo de errado com Daniel, pensaram. O garoto estava distante desde que enfrentaram os dois Digimon na rota do Trailmon. Mas vendo a forma estranha como as nuvens estavam se movendo em direção ao centro de Shinjuku não os permitiu perguntar qual era o problema.
– Temos de ir logo. – Daiki sinalizou para que Dynalepmon o erguesse novamente para continuarem em direção ao hospital onde Mako estava internada. – Ou não vamos conseguir chegar a tempo.
– Não vamos. – Dorugrowlmon balançou a cabeça concordando. Logo depois aquele corpo se desmanchou e um Dorumon caiu exausto.
– Nossa batalha foi cansativa demais. – Agora era Lunamon que caia. O japonês conseguiu agarrá-la antes que batesse contra o chão.
– Mas... Nós vamos ficar presos aqui.
– Desculpe, Daiki.
– Tudo bem. – E percebeu que Daniel ainda estava preso nos próprios pensamentos. – Você não vai dizer nada?
Não obteve resposta. Balançou o ombro do outro. Ele olhou de lado, as sobrancelhas quase se encontraram. Daiki se afastou rápido e Daniel esfregou uma das mãos na testa.
– O que há com você? – Dorumon levantou a cabeça.
– Não era um Digimon. – Ainda os encarava por cima do ombro. – Era uma pessoa.
– Na verdade existem muitos Digimon que se assemelham a humanos. – Explicou a princesa. – Quando estava na Ellada, vi muitos destes. Os anjos que compõe a nobreza são geralmente dessa forma.
– Eu sei diferenciar uma pessoa e um Digimon. – O pescoço oscilou, ergueu a cabeça. – Existem pessoas como nós do lado deles? Como isso é possível? A Ellada não repudia humanos?
 
 
Houve um tremor. Todas as partes de Tokyo acordaram com o susto. Logo mais uma descarga elétrica acompanhou o surgimento de uma forte névoa nas principais estradas de Shinjuku. Uma criatura se materializou, virou a cabeça para cima e abriu a sua boca. Os dentes afiados foram revelados pela luz vermelha no fundo de sua garganta. Soltou um rugido.
Outro tremor. O homem de terno não entendia o que o impedia de desmanchar aquela criatura ou mesmo impedir a passagem para o plano físico. O AISA já estava pronto e em funcionamento, mas o monstro continuava a estabilizar o seu corpo.
– Falha na segurança! – Gritou alguém.
– Falha na segurança? – Correu até o computador em que o dono da voz digitava.
– O Aisa não está respondendo.
Um forte barulho agudo irrompeu a sala. Todos tamparam os ouvidos, os seus rostos se contorciam ao tentar apertar mais e mais no intuito de não escutar nada. Sessou. As telas da cúpula começaram a ser preenchidas por números zero e um.
– O que é isso?
Uma equipe tentou descriptografar o código binário, mas não encontraram nada senão uma enorme bagunça de letras ou palavras que não tinham o menor sentido.
– Estamos recebendo mais!
– Não param de chegar.
– Isso é... – Uma mulher se levantou. – Eles estão usando um DoS contra nós.
– Um DoS?
– Sim. Estão tentando sobrecarregar os nossos processadores.
– Isso eu entendo, mas... – Checou os monitores novamente. A quantidade de dados a chegar ao plano físico não parava de se expandir. – Mas como poderiam os Digimon fazerem isso? – Esfregou as mãos na cabeça. Tinha de pensar numa solução imediatamente ou estariam acabados. Um monstro daquele tamanho seria impossível de acobertar. – Os arquivos da Morpheus. Procurem nos arquivos da Morpheus!
 
 
 
 
– Uhm...
Do alto de um viaduto, Liam observava a incomum formação no céu. Um círculo negro se abria, era um furo na própria realidade. Tal pensamento era o suficiente para fazer a sua cabeça doer. A quântica nunca pareceu fazer sentido para a mente humana, mas, por mais que explodisse cabeças, estava certa sobre como as coisas ocorriam.
Lembrou-se dos cientistas que trabalhavam dentro da Morpheus, sempre colando aqueles eletrodos em suas cabeças na tentativa de entender o efeito que o contato entre humanos e Digimon tinha, o que a exposição às partículas que cobriam o aparecimento de um monstro digital poderia causar em corpos orgânicos e na vida.
Longe dali Noriko também observava os acontecimentos. Ninguém saberia o motivo de a professora estar dirigindo numa hora daquelas. Já chegava a Akihabara. Tinha certeza de que encontraria Sana acordada. A moça tinha hábitos noturnos incomuns para as pessoas equilibradas, hábitos que apenas os mais obscuros fãs de jogos e animações conseguiam suportar, passando, às vezes, mais de setenta horas acordada.
Quando Noriko bateu na porta, ela logo se abriu. Vinha uma figura horrível da menina, as olheiras roxeando o rosto, os cabelos desarrumados, uma camiseta toda amarrotada e branca. Noriko teve certeza de que a roupa debaixo era rosa e a peça inferior aparecendo sempre que a camiseta era balançada confirmou para a mulher.
– Sana, pelo amor de deus. – Um pacote vermelho de salgadinhos pendia das mãos da outra. Os dedos alaranjados pelos farelos, um cheiro forte de queijo nacho. Sana mal conseguiu segurar um arroto, e lá vinha novamente o cheiro de nacho misturado ao de tortilhas de milho e refrigerante de cola.
– O que foi?
– Você deveria cuidar da... Sua privacidade! – Apontou para a roupa debaixo aparecendo sob a camiseta.
– Ah, o que foi, Nori-chan?! – Puxou a camiseta para cima, mostrando não só a peça como a barriga e o umbigo. – Eu estou na minha casa. Se eu quisesse ficar nua o tempo todo eu ficaria!
– Sana, você abriu a porta assim! Alguém poderia ver você de... De...
– O que foi Nori? – Se inclinou na direção da outra e ela conseguiu confirmar também a cor do sutiã quando a gola se estendeu para baixo. Sana tinha um sorriso insinuador. – Não acha que está velha demais para ter medo de dizer calcinha? Ou nova demais para julgar os hábitos dos outros? – Depois, ereta, olhou as roupas de Noriko dos pés ao tronco. – Nem todos gostam de ficar nessas roupas metidas e desconfortáveis.
– Tudo bem, Sana. – Noriko desviou o rosto. A outra teve certeza de que o rosto dela estava ficando vermelho.
– Somos amigas há tanto tempo e você ainda tem vergonha de mim? – Se aproximou. – Guarde o vermelho para... – Se ergueu nas pontas dos pés, tocou a orelha de Noriko com os lábios, sussurrou, a outra já se arrepiando. – ...para o Liam.
Noriko quase saltou para trás. Mas respirou fundo e apenas afastou a amiga com as mãos. Olhando, ali daquela varanda que conectava os apartamentos, se lembrou do que a levou ali. Estavam numa situação de emergência. O céu girava em torno do furo que surgiu no centro de Shinjuku.
– Estamos com problemas.
Entrou. Bateram a porta e correram para o quarto. Havia uma quantidade incontável de gabinetes de computador, além da enorme cadeira, a mesa e o computador que Sana usava para jogar. Haviam três telas, mas só a central transmitia o jogo no momento, as outras passavam slides de imagens agradáveis. O mouse e teclado tinham luzes muito fortes e mudavam de cor a cada minuto que se passava. Na tela central, Noriko pôde ler, acima de vários cubos com miniaturas de personagens, um “Escolha o seu herói” enquanto uma menina fofa vestida em colante azul posava na frente de um enorme robô rosa.
– Ela parece com você.
– Não é? – Sana se animou. Começou a dar pulinhos de alegria. – Eu sempre faço cosplay de D.Va quando estou no Twitch.
– Ela realmente se parece com você. – Esticou-se sobre a mesa e ficou olhando o mecha.
– Ah. Entendo. Tempos de Morpheus. – Pulou na cadeira, deu dois giros antes de tocar o teclado e fechar o jogo. Agora uma tela mostrava duas fotos, eram dois garotos muito pálidos.
– Eles estão nos escutando?
– Nah, eu mutei o meu microfone.
– Mutou?
– É, eu estava fazendo coisas. – Pegou no mouse. Deu duplo clique num ícone estranho, como um dinossauro de dentes enormes, a boca aberta, um estilo minimalista e geométrico. Era azul prateado. A interface mudou completamente.
– Coisas?
– Sim. Coisas. – A coreana franziu as sobrancelhas. – Vai me dizer que você nunca faz coisas.
– C-coisas?
– Tanto faz, Nori. Eu só estava vendo uns vídeos sobre um herói novo que estão lançando.
– Mesmo?
– Escolha a sua versão da história. – Começou a digitar. – Ainda consigo acessar os satélites da Morpheus. Nós adoramos lotar o nosso espaço de lixo. Nunca retiraram os satélites de uma organização morta.
– E o que você vê?
– Eu vejo tudo que está por detrás das cortinas, Nori. – Seus olhos castanhos se arregalaram. – O governo realmente deu continuidade ao AISA. Estão o rodando agora. – Se virou para trás. – Hey! Hagurumon, Lopmon!
O Digimon engrenagem flutuo até as duas. Um outro, muito pequeno, bateu as orelhas, muito parecido com Terriermon e pousou o seu corpo no escuro, só o seu rosto iluminado pela luz do computador.
– Reconhecem isso?
Nas telas laterais, Sana conseguiu transmitir imagens das câmeras de Shinjuko em diferentes ângulos. Um Dinossauro de escamas pretas estava agachado. Duas garras pousaram sobre carros e os quebraram, apertou-os contra o concreto que começava a rachar.
– Dark...
– Tyrannomon!
– Então temos um godzilla. – Sana puxou um Digivice. – DarkTyrannomon, Digimon dinossauro do tipo vírus. Nível adulto.
– Isso é mesmo um Digimon adulto? – Noriko olhou para os números que apareciam em tela. – O fluxo de dados é incomum para um Digimon desse nível.
“Pink, você está aí.”
“Não vai jogar?”
– Ah! Você disse que eles não estavam escutando!
– Eles não estão. Mas isso não os impede de falarem comigo. – A menina voltou para a área de trabalho, abriu o programa que usava para se comunicar com os colegas de jogo. Apertou sobre um ícone de microfone que estava cortado. – Ei, não vou poder agora. Minha amiga Noriko está aqui.
“Noriko?”
“É aquela que você falou pra gente?”
“Mostra ela pra gente!”
“Você não disse que queria...”
Sana ficou vermelha. Apertou logo um ícone em forma de telefone e encerrou a chamada.
– Eles sabem sobre mim?
– Eles sabem tudo sobre você.
– SANA!
 
 
 
 
– Ghhhhrrrrr! – SlashAgumon olhava para o furo no céu de Shinjuko. A névoa começava a atingir a rua do hospital também. – Mako! Um Digimon muito forte!
Mako parou ao lado dele. Tinha dificuldade para ficar em pé, suas pernas estavam demasiadamente bambas, seus pulmões ardiam sob qualquer esforço, mas sabia que os garotos estavam longe. Mentalizou que deveria fazer algo, que deveria lutar ao lado de seu parceiro.
– Nós damos conta.
– Eu vou saltar! – SlashAgumon subiu no parapeito e saltou para a rua. Mako não teve tempo de tentar segurá-lo, mal tocou na ponta de sua garra. Um estralo se seguiu e poeira e detrito se levantou. Ao se dissipar, lá estava o réptil. Suportara uma altura que Mako julgou que o poderia machucar muito. Acenou para a garota.
– Deixa comigo! – Terriermon abriu as orelhas e se agarrou nas costas da menina. À medida que ele batia as orelhas, ela sentia seu corpo ficando mais leve. Subiu no parapeito também e pulou.
Desceu devagar com o pequeno servindo como paraquedas. Quando na rua, ele continuou a apoiando ao bater as orelhas. Assim, mesmo com toda a fraqueza ela foi capaz de andar. Como cada impulso dos pés a levava metros à frente antes de ter de tocar o chão novamente, sentiu-se remando um skate. Lembrou-se dos amigos em Seattle cruzando a cidade em longboards. Se imaginou fazendo aquilo.
SlashAgumon corria ao lado deles. Logo puderam avistar uma silhueta assustadora, um dinossauro que rugia. Uma luz desceu em direção a ele e uma voz inexpressiva se espalhou, era ouvida aos que estavam próximos e transmitidas por todos os aparelhos eletrônicos ligados.
“Humanos, aqueles que um dia nos deram vida. Talvez esqueçam a capacidade da evolução e da consciência de matar aos deuses. Para nós, os humanos já não têm essa função. Não. É arrogância de vocês pensar que podem determinar o nosso destino.”
Os homens de terno estremeceram. O prédio governamental tremeu enquanto aquela voz tomava em eco a cúpula que utilizavam para observar e analisar os incidentes.
“AISA, deusa grega, simbolização do destino. Mas o único que pode nos dizer o nosso destino é nosso rei, e o único deus de que precisamos é nosso rei.”
– ZSC? – Mako parou observando a criatura. Todas as estruturas ringiam ao mínimo movimento de seu corpo.
– Não. – A voz de Terriermon expôs todo o seu nervosismo. – A ZSC trabalha nas sombras. Isso é uma declaração de guerra. Ele é do exército real da Ellada.
“Digimon que atingiram o plano físico, se ergam. Não há mais a necessidade de se esconder. Eu não sou a ZSC, eu não preciso das sombras. Eu sou a voz da Ellada, a mensagem de nosso rei, a mensagem do supremo, a declaração última. Um arauto de guerra.”
A luz pousou sobre a cabeça de DarkTyrannomon. Parou de brilhar.
“Medusamon, Digimon homem deus do tipo vírus. Nível mega.”
– Não. Ela não pode... – Terriermon gemeu. Abandonou Mako no asfalto e começou a voar em direção ao topo da cabeça de DarkTyrannomon. – Cuidem dele. Vocês não serão páreos para Medusamon.
“Terriermon evolui para...”
Terriermon iluminou o céu. Quando a luz dourada se dissipou, uma máquina banhada em ouro voava em alta velocidade.
“Rapidmon!”
– Ele consegue mesmo evoluir sozinho? – Mako puxou o Digivice.
“Rapidmon. Digimon cavaleiro sagrado do tipo vacina. Nível armadura/perfeito.”
– Quantos níveis de evolução existem?
O dinossauro negro começou a se mover. Suas garras se moveram tentando agarrar Rapidmon, mas o corpo dourado se desviou desenhando o céu com a sua luz. Mako conseguiu ver, com dificuldade, quando ele encontrou Medusamon. Um estrondo surgiu do impacto de seu corpo metálico com o da Digimon deusa. Sob uma enorme faísca, os dois corpos se levantaram cruzando o céu. As luzes mais fortes indicavam um confronto direto. Fizeram isso até atingir o buraco no céu de Shinjuku.
– Terriermon! – Gritou Mako.
– Mako. – O réptil amarelo ainda rugia. – Temos de lutar, temos de lutar pelo Terriermon. SlashAgumon quer proteger esse mundo.
– A-Agu... – O rosto da menina oscilou. Parou, os olhos refletiam a imagem determinada e agressiva do parceiro. Piscou e eles ficaram úmidos. – Sim!
O dragão logo foi envolvido pela luz da evolução. O seu corpo se expandiu para a forma de Sgarfirdramon. Suas asas se abriram cortantes e ele se atirou na direção do oponente, se chocou contra ele. Agora as duas garras disputavam forças.
O problema era que o coração de Mako não suportava aquela dor, como se todo o amor que sentia por SlashAgumon e pelos outros estivesse prestes a se agitar tanto que romperia o seu peito. A menina caiu de joelhos.
– MAKO! – A voz grave de Sgarfirdramon chegou até ela. – MAKO!
O dragão olhava para trás, onde a parceira sofria. A distração fez com que DarkTyrannomon vencesse naquela disputa de forças e jogasse o parceiro dela contra um viaduto. Assim que seu corpo caiu, o dragão revidou com um jato de fogo em espiral. O golpe engoliu o dinossauro de escamas pretas e pintou as ruas com sua luz vermelha. Crianças e adultos se juntavam nas janelas e varandas dos prédios para ver o que acontecia.
Sachi teve certeza de que a menina que via sofrer na rua era a sua amiga. Apertou as mãos no peito. Ela não tinha tempo para se alegrar por saber que estava certa sobre os monstros que estavam na cidade de Tokyo e o envolvimento deles, Mako, Daniel e Daiki, com isso. Ela só tinha tempo para pensar na amiga e pedir para que ela resistisse.
– MAKO! – Sachi bateu contra o parapeito da varanda. – MAKO!
Os seus pais não entendiam o motivo de a menina gritar aquele nome.
– RESISTA, MAKO!
DarkTyrannomon pulou, caiu sobre o corpo de Sgarfirdramon. Nos seus braços haviam cintos de couro enrolados. O Digimon não entendeu qual era a serventia daquilo, mas tentou atacar por imaginar um ponto fraco. Falhou. O outro bateu em seu braço impedindo o avanço do golpe e depois começou a pressionar o seu rosto com uma das mãos enquanto dispendia um jato de chamas contra ele.
“Mako.”
A menina ouvia a voz de SlashAgumon, não de Sgarfirdramon. Ouvia também o batimento de um coração.
“Resista, Mako!”
Agora ouvia também a voz de Sachi. Com o rosto se contorcendo em dor, olhou para cima, buscou pela menina. Teve certeza de que ela estava naquele prédio, de que a assistia. Tinha de ser mais forte que aquilo. Se levantou, gritou. Junto dela, Sgarfirdramon superou a pressão de DarkTyrannomon, atirou aquele corpo para trás e levantou rugindo.
– AAAAAAAHHH! – Pisou firme no chão, como se andasse a algum lugar resistindo a uma grande força contrária. Fez o movimento de um empurrão.
O dinossauro, que se levantara, começava a medir forças novamente com o Dragão, mas desta vez, o segundo levou vantagem. O empurrou de volta para o chão. Levantou o pescoço, sua boca se abriu emitindo um intenso brilho vermelho, ao abaixar, o fogo saiu em espiral e atingiu a rua e o seu oponente. DarkTyrannomon explodiu em dados.
Mako arfou e caiu de joelhos novamente. O corpo de Sgarfirdramon se desmanchou e o pequeno SlashAgumon cruzou todo o espaço para encontrar a parceira.
– Mako!
– Eu estou bem... – Era como se algo a prendesse antes, como se houvessem correntes em seus pulsos. Ela quebrou as correntes e se sentia livre, mas demoraria a parar de sentir a dor dos ferimentos das algemas. Mas o pior havia passado. Ela abraçou o parceiro.
Helicópteros militares começavam a entrar no espaço aéreo de Shinjuku. Ao ver aquilo, Mako puxou SlashAgumon. Os dois se esconderam num beco. Logo mais vinham as vans pretas com suas antenas girando.
–  Por aqui! –  Ouviu uma voz familiar.
–  Sachi?
A menina ajeitou os óculos. Abria a saída dos fundos de um prédio de poucos andares. Mako correu até ela e o réptil a acompanhou. Sachi ficou entre o medo e a excitação de finalmente ver algo assim de perto, mas se ele não era perigoso para Mako, confiou que fosse bom.
–  Rápido.
Os dois entraram. A menina de óculos fechou a porta.
–  Obrigado. –  Mako segurou o braço da amiga. –  Eu escutei a sua voz. Você me deu forças.
–  Ah, Mako... Não faz isso. –  As lágrimas começavam a escorrer por debaixo da armação dos óculos. –  Que eu... sniff... fico toda... sentimental. –  Tirou os óculos para esfregar os olhos. Mako o pegou das mãos da outra e a abraçou.
 
 
 
 
– Mako.
Liam ainda observava o céu. O furo começava a se fechar. A neblina se dissipou.
– Aquela criança. – Se lembrou do encontro que teve com a garota e o réptil no estacionamento quando perseguiu Flarerizamon. – Ela salvou essa cidade?
Começou a caminhar pela passarela. Esfregou as mãos no rosto.

– Era esse o objetivo da Morpheus?
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Mensagem por Ferdinand Sex Nov 10, 2017 12:51 pm

Meu deus to adorando essa fanfic, não pare.
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Mensagem por LANGLEY002 Sex Nov 10, 2017 1:32 pm

Ferdinand escreveu:Meu deus to adorando essa fanfic, não pare.

Lol. Sério? É que é difícil saber se está ficando num nível considerável. Para mim que estou escrevendo nunca parece fluída o suficiente e sempre fico me perguntando se não estou deixando muitos furos.
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Mensagem por LANGLEY002 Sex Nov 10, 2017 3:21 pm

AAAAAHHH, pois bem. Morpheus é a correção. Eu havia confundido Morpheus (que é o deus grego dos sonhos) e Orpheus (que na verdade é um músico e poeta, provavelmente filho de Apolo). Os nome são mesmo muito parecidos. A Morpheus, como eu já disse antes, não é uma organização do governo Japonês e ela foi dissolvida anos atrás. Até o momento conhecemos os membros Noriko, Sana e Liam, mas haviam muitos outros e de muitas nacionalidades.
Aquilo que vemos emergindo os agentes para observar que tipo de ameaça vinha em direção a terra eram de uma divisão do governo especializada em lidar com os Digimon. O AISA é um projeto desenvolvido pelos seus cientistas para apagar os Digimon que estão na Terra, fechar o caminho entre a rede e o plano físico e, num futuro, apagar a própria rede -- tomando por rede o Mundo Digital, é claro, nada de apagar a internet em si.
Mesmo com a tecnologia deles, porém, não foi possível prever que DarkTyrannomon não vinha sozinho.
E o Terriermon evoluiu justamente para o Rapidmon (gold), só não gosto de ficar deixando esse nome de variação entre aspas então apenas descrevi que era um corpo dourado, mas como estava distante de Mako, ela não pôde observar claramente a sua forma.
A luta foi realmente recheada de referências a Tamers e ao filme de Adventure em que Greymon luta com Parrotmon. Por um momento eu até pensei em utilizar o próprio Parrotmon, mas sendo ele um nível acima do Sgarfirdramon, mudei de ideia. Achei que seria um pouco forçado o Sgarfirdramon vencê-lo sozinho. O Rapidmon poderia ajudar, é fato, mas como eu planejava colocar um pouquinho da Medusamon nesse capítulo e já dar um motivo para que todos desejem ir ao Mundo Digital, achei que seria inconsistente.
Assim, Rapidmon usa as suas forças para atrair Medusamon para o Mundo Digital e Mako só tem de lutar com DarkTyrannomon. É claro que não era planejado que Medusa entrasse em batalha, mas Terriermon não sabia dos planos da Ellada e ainda havia a possibilidade de ela retalhar ao perceber que haviam tamers resistindo ao ataque de DarkTyrannomon.

Mas para a aparência de Medusamon (nessa forma, pois ela tem uma evolução especial), eu imaginei algo mais Fate, isso por achar que a representação de Fate da Medusa me lembra bastante Digimon como a Sakuyamon e tenho alguns motivos para querer algo que tenha pontos em comum com Sakuyamon.

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Afinal, os mitos citam a Medusa como um ícone de beleza.
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