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A Arte vista no mundo de hoje
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A Arte vista no mundo de hoje
Essa questão me veio à cabeça ontem, quando eu estava lendo rapidamente um livro no colégio. O livro se chama O Mundo de Buster, de Bjarne Reuter. Eu não terminei de ler, claro, mas apareceu um trecho na história que, sinceramente, me deixou irritada! O trecho é mais ou menos assim:
Eu não entendo como é que as pessoas estão cada vez mais rejeitando os artistas em muitos países; eu me lembro também de uma novela (não tenho certeza se é brasileira) em que um empresário ficou chocado quando o seu filho decidiu estudar Artes Cênicas, e praticamente o expulsou de casa. Essa história, apesar de ficcionada na novela, é um retrato fiel do que acontece na realidade.
Na Grécia Antiga, a Arte era muito valorizada; inclusive, nas guerras, eles poupavam a vida dos artistas, pois eram muito respeitados. Mas e hoje? A profissão de artista, seja ator, pintor, músico, artista plástico, está cada vez sendo menos reconhecida. No Brasil, por exemplo, o povo acha que quem desenha é preguiçoso; um absurdo! E é uma pena, pois aqueles que amam e respiram a Arte sofrem com os baixos sálarios que recebem... e são muito poucos os que conseguem alcançar um reconhecimento maior.
A questão é essa: como isso aconteceu? Como é que a sociedade alcançou esse grau de ver um artista como alguém vagabundo, idiota e que não deve ser bem visto? Será que isso tem solução?
- O pai dele é desempregado - e diridindo-se a Buster - não é garoto?
- Não, o meu pai é mágico e músico. - respondeu Buster.
- Não falei que ele está desempregado?!
Eu não entendo como é que as pessoas estão cada vez mais rejeitando os artistas em muitos países; eu me lembro também de uma novela (não tenho certeza se é brasileira) em que um empresário ficou chocado quando o seu filho decidiu estudar Artes Cênicas, e praticamente o expulsou de casa. Essa história, apesar de ficcionada na novela, é um retrato fiel do que acontece na realidade.
Na Grécia Antiga, a Arte era muito valorizada; inclusive, nas guerras, eles poupavam a vida dos artistas, pois eram muito respeitados. Mas e hoje? A profissão de artista, seja ator, pintor, músico, artista plástico, está cada vez sendo menos reconhecida. No Brasil, por exemplo, o povo acha que quem desenha é preguiçoso; um absurdo! E é uma pena, pois aqueles que amam e respiram a Arte sofrem com os baixos sálarios que recebem... e são muito poucos os que conseguem alcançar um reconhecimento maior.
A questão é essa: como isso aconteceu? Como é que a sociedade alcançou esse grau de ver um artista como alguém vagabundo, idiota e que não deve ser bem visto? Será que isso tem solução?
Marcy- Adult (Seijukuki)
- Comportamento :
Mensagens : 824
Data de inscrição : 18/11/2011
Idade : 27
Localização : Toca da raposa
Re: A Arte vista no mundo de hoje
Lol, não sei muito a respeito, mas penso que isso era mais comum no século passado do que atualmente. Houve uma época que ser uma atriz ou cantora, por exemplo, era considerado o mesmo que ser uma prostituta (lol). Acho que hoje em dia ocorre exatamente o contrário, tem gente demais querendo ser "artista" apenas pela fama, e o resultado... bem, é o que vemos na televisão, rádio e tantos outros meios de comunicação... hoje em dia a fama é mais importante que a arte, a ponto de alguém mais famoso ser considerado mais talentoso às vezes (mesmo sem o ser). Enfim, é o que eu observo, atualmente :P .
Takuya- Administrador
- Comportamento :
Mensagens : 3612
Data de inscrição : 01/08/2011
Idade : 33
Localização : Spiral Mountain
Mensagem Pessoal : Freedom comes when you learn to let go
Re: A Arte vista no mundo de hoje
Em primeiro lugar: acho que não é exactamente verdade que os artistas sejam "cada vez mais marginalizados", mas ao mesmo tempo eu tenho que concordar contigo, quando dizes que esses artistas não são devidamente respeitados. Até porque é uma realidade que eu estou a viver neste exacto momento.
Marcy, nós vivemos na $ociedade do$ cifrõe$, entendes? As pessoas hoje em dia só valorizam coisas que dão lucro. E não, isso não acontece só com as artes. Lamento dizê-lo, mas acontece com tudo.
Tipo, vocês nunca viram aquelas notícias científicas do tipo "cientista descobriu coisa tal" e a primeira coisa que vocês lêem nos comentários é frases do tipo "Legal, mas no que isso vai combater a pobreza do Brasil?" ou "Porreiro, mas em vez de ganhar dinheiro nessas merdas, que tal dar pensões aos idosos?"
Já ninguém valoriza o saber e o conhecimento. Hoje em dia, algo só é considerado cientificamente válido se a descoberta for útil para ser aproveitada para as empresas, seja a indústria automóvel ou a de beleza, ou lá que porra seja, mas tem que ter utilidade prática. Caso contrário, é algo inútil e completamente fora do interesse da sociedade. É triste, mas infelizmente é isso que está a acontecer.
Quando dizes que "os gregos valorizavam a cultura", isso é verídico, e eu digo mais: os gregos e romanos cultivavam o ócio (latim: otium) e consideravam-no completamente indispensável para formar um bom cidadão. O culto ao ócio era de tal maneira que, quando não o faziam, chamavam esse tempo de "nec otium", "não ócio" (foi daqui que nasceu a palavra negócio).
Havia tempo para o negócio e para o ócio, e ambas as coisas eram vistas como indispensáveis.
Mas o conceito de "ócio", naquela época, era diferente. O ócio era o tempo dedicado à literatura, ao teatro, à música, à dança e ao desporto. Todas estas actividades enriqueciam a vida cultural de um indivíduo, tornando-o saudável.
Sinto que foi a partir do século XIX, com a revolução industrial inglesa, que começou a proliferar um culto cada vez maior ao negócio. Ao ponto de hoje em dia, o significado da palavra "ócio" ter sido completamente desvirtuado, e hoje é considerado como algo negativo, pejorativo. Hoje em dia, um "ocioso" é um merda que não faz nada.
Só quem ganha dinheiro e faz circular moedas é um cidadão exemplar e socialmente visto como bem sucedido.
Tudo o que tu acabas de enumerar (cinema, teatro, música, perormance, videoarte, desenho, escultura, modelagem, dança, etc.) são áreas da cultura.
Bom, isto é o lado negro da questão. Por outro lado, também não podemos absolutizar este ponto de vista.
Não podemos ignorar que em várias Universidades do mundo nasceram recentemente Cursos dedicados ao estudo do cinema, da videoarte, da performance, da fotografia, da arte contemporânea no geral --> tudo isto são coisas que até há bem pouco tempo nem sequer eram consideradas como "arte". Até há bem pouco tempo, apenas se considerava arte as áreas mais clássicas, como o desenho, a pintura, o teatro clássico e arquitectura ou escultura.
Sim, quando uma pessoa vai estudar teatro, a tendência geral é que a sociedade o julgue negativamente. "Ah, ele não faz nada, não trabalha", ou seja, "não ganha dinheiro" ou "não faz nada pela sociedade".
Engraçado é que, até mesmo esta ideia é estúpida.
Há dois anos revelaram um estudo que foi feito ao nível da União Europeia, feito em várias cidades da zona euro, a partir do qual se concluiu que a Arte e a Cultura é das àreas que rendem mais lucro para o Estado, correspondendo a1% 2,1%* do PIB da UE (em média), sendo mais rentável do que a própria indústria automóvel e textil.
Quando há um evento de teatro, ou um concerto, há muito dinheiro a circular para pagar a carpinteiros, alfaiates, figurinos, e também há dinheiro a circular para pagar a hotéis (pessoas que vêm de fora) e transportes (porque as pessoas precisam de se locomover para ir ao teatro). E cada concerto ou peça de teatro ou ópera ajuda também a melhorar os serviços de turismo da área circundante ao evento artístico.
Claro que a arte devia ser valorizada por si só. Mas já que as "autoridades" estão tão obcecadas com dinheiro, é bom que olhem bem para os factos: a cultura e a arte valem mais do que muita merda em quem eles investem o capital nacional!!
* Post editado:
Correcção! A arte e cultura correspondem a 2,1% do PIB da UE, mais do que "o sector imobiliário e mais do que o alimentar".
Fonte: http://www.acmedia.pt/documentacao/culturaeuropeia.htm
Sempre que me dizem que estudei no curso de Estudos Artísticos "para ir para o desemprego", fico fodida. As pessoas falam por puro preconceito!
Marcy, nós vivemos na $ociedade do$ cifrõe$, entendes? As pessoas hoje em dia só valorizam coisas que dão lucro. E não, isso não acontece só com as artes. Lamento dizê-lo, mas acontece com tudo.
Tipo, vocês nunca viram aquelas notícias científicas do tipo "cientista descobriu coisa tal" e a primeira coisa que vocês lêem nos comentários é frases do tipo "Legal, mas no que isso vai combater a pobreza do Brasil?" ou "Porreiro, mas em vez de ganhar dinheiro nessas merdas, que tal dar pensões aos idosos?"
Já ninguém valoriza o saber e o conhecimento. Hoje em dia, algo só é considerado cientificamente válido se a descoberta for útil para ser aproveitada para as empresas, seja a indústria automóvel ou a de beleza, ou lá que porra seja, mas tem que ter utilidade prática. Caso contrário, é algo inútil e completamente fora do interesse da sociedade. É triste, mas infelizmente é isso que está a acontecer.
Marcy escreveu:Na Grécia Antiga, a Arte era muito valorizada; inclusive, nas guerras, eles poupavam a vida dos artistas, pois eram muito respeitados. Mas e hoje? A profissão de artista, seja ator, pintor, músico, artista plástico, está cada vez sendo menos reconhecida. No Brasil, por exemplo, o povo acha que quem desenha é preguiçoso; um absurdo! E é uma pena, pois aqueles que amam e respiram a Arte sofrem com os baixos sálarios que recebem... e são muito poucos os que conseguem alcançar um reconhecimento maior.
Quando dizes que "os gregos valorizavam a cultura", isso é verídico, e eu digo mais: os gregos e romanos cultivavam o ócio (latim: otium) e consideravam-no completamente indispensável para formar um bom cidadão. O culto ao ócio era de tal maneira que, quando não o faziam, chamavam esse tempo de "nec otium", "não ócio" (foi daqui que nasceu a palavra negócio).
Havia tempo para o negócio e para o ócio, e ambas as coisas eram vistas como indispensáveis.
Mas o conceito de "ócio", naquela época, era diferente. O ócio era o tempo dedicado à literatura, ao teatro, à música, à dança e ao desporto. Todas estas actividades enriqueciam a vida cultural de um indivíduo, tornando-o saudável.
Sinto que foi a partir do século XIX, com a revolução industrial inglesa, que começou a proliferar um culto cada vez maior ao negócio. Ao ponto de hoje em dia, o significado da palavra "ócio" ter sido completamente desvirtuado, e hoje é considerado como algo negativo, pejorativo. Hoje em dia, um "ocioso" é um merda que não faz nada.
Só quem ganha dinheiro e faz circular moedas é um cidadão exemplar e socialmente visto como bem sucedido.
Tudo o que tu acabas de enumerar (cinema, teatro, música, perormance, videoarte, desenho, escultura, modelagem, dança, etc.) são áreas da cultura.
Bom, isto é o lado negro da questão. Por outro lado, também não podemos absolutizar este ponto de vista.
Não podemos ignorar que em várias Universidades do mundo nasceram recentemente Cursos dedicados ao estudo do cinema, da videoarte, da performance, da fotografia, da arte contemporânea no geral --> tudo isto são coisas que até há bem pouco tempo nem sequer eram consideradas como "arte". Até há bem pouco tempo, apenas se considerava arte as áreas mais clássicas, como o desenho, a pintura, o teatro clássico e arquitectura ou escultura.
Sim, quando uma pessoa vai estudar teatro, a tendência geral é que a sociedade o julgue negativamente. "Ah, ele não faz nada, não trabalha", ou seja, "não ganha dinheiro" ou "não faz nada pela sociedade".
Engraçado é que, até mesmo esta ideia é estúpida.
Há dois anos revelaram um estudo que foi feito ao nível da União Europeia, feito em várias cidades da zona euro, a partir do qual se concluiu que a Arte e a Cultura é das àreas que rendem mais lucro para o Estado, correspondendo a
Quando há um evento de teatro, ou um concerto, há muito dinheiro a circular para pagar a carpinteiros, alfaiates, figurinos, e também há dinheiro a circular para pagar a hotéis (pessoas que vêm de fora) e transportes (porque as pessoas precisam de se locomover para ir ao teatro). E cada concerto ou peça de teatro ou ópera ajuda também a melhorar os serviços de turismo da área circundante ao evento artístico.
Claro que a arte devia ser valorizada por si só. Mas já que as "autoridades" estão tão obcecadas com dinheiro, é bom que olhem bem para os factos: a cultura e a arte valem mais do que muita merda em quem eles investem o capital nacional!!
* Post editado:
Correcção! A arte e cultura correspondem a 2,1% do PIB da UE, mais do que "o sector imobiliário e mais do que o alimentar".
Fonte: http://www.acmedia.pt/documentacao/culturaeuropeia.htm
Sempre que me dizem que estudei no curso de Estudos Artísticos "para ir para o desemprego", fico fodida. As pessoas falam por puro preconceito!
Rayana- Ultimate (Kyuukyokutai)
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