Digimon; Anima/Synthesis

Chovia muito naquela noite. Porém isso não impediu a garota de se esgueirar pela janela e chegar ao telhado motivada pelo barulho estranho que ouvira enquanto assistia TV. Não só isso. Ao mesmo tempo que ocorrera o som, o aparelho sofreu interferência. Aquele glitch estranho que você geralmente associa às tecnologias de VHS acontecendo em um aparelho tão moderno quanto aquele.

Ela não teve tanta dificuldade em chegar ao topo. Não era um caminho complicado e ela era fisicamente apta para aquela tarefa. Pode ter se desequilibrado um pouco ao chegar lá em cima, culpa do vento e da água batendo forte direto contra o seu rosto. Mas se agarrou na primeira estrutura que encontrou e limpou os olhos para conseguir ver.

Um brilho cruzou o horizonte. Um brilho tão intenso quanto aquele do próprio Sol iluminou as nuvens carregadas que cobriam a cidade. E naquele momento, no momento que seu rosto foi iluminado pela luz, ela conseguiu distinguir três silhuetas num prédio não muito distante.

Ela pensou que uma das silhuetas era a de um homem empunhando espada, a outra parecia ser uma pessoa da idade dela, pelo tamanho. A terceira silhueta a lembrava um animal. Um estranho animal.

Seus olhos se arregalaram. O animal se transformou noutra coisa. Abriu asas que mais pareciam lâminas  e rugiu para o homem armado de espada. Os dois se chocaram uma, duas, três vezes no ar e retornaram às suas posições anteriores.

O rugido a lembrava os monstros de filmes japoneses e dragões de filmes de fantasia.

A luz no horizonte se apagou e ela já não podia ver nada. Foi quando surgiu uma explosão no topo daquele prédio que ela observava. Assustada ela deu um passo para trás. Seu coração se acelerou no momento que se deu conta disso. Ela tentou gritar, mas a voz ficou entalada na garganta. Ela tentou alcançar qualquer coisa para se segurar, mas seus braços não eram compridos o suficiente. Ela tentou se equilibrar de novo, mas já era tarde.

Seu cabelo esvoaçou-se. Cobriu-lhe o rosto molhado e serpenteou no ar.

Ela despencou do telhado e tinha certeza de que cairia no meio da rua. E naquela posição ela poderia quebrar tudo o que tinha nas costas. Ou então poderia até mesmo morrer.

Mas alguma coisa a tocou. Ela teve certeza de que algo sólido e macio a tinha tocado. Não eram os pingos grossos de água se precipitando do céu, mas algo mais palpável e firme do que aquilo. Ela, que tinha fechado os olhos para não ver mais nada, os abriu de repente.

Quando os abriu...


...viu o teto de seu quarto.

Gostei da ideia do remake da fic anterior. Suponho que a personagem principal seja a mesma, certo? Eu gostava muito dela.


Espero que não demore como eu pra lançar os capítulos HAUEHAHAHA'. Vou estar esperando ansiosamente pelo primeiro capítulo.

Sim, a protagonista é a mesma. Eu não poderia me livrar dela tão fácil. Acho que ela cresceu bastante enquanto eu escrevia a primeira versão da fanfic. Agora o que planejo é melhorar a interação entre ela e o parceiro, além de corrigir alguns erros que cometi na construção dele (e outros elementos da Ellada). Ainda assim, de início ele será plano, um personagem que não tem muito a falar e que não entende o que sente. Na verdade, nem mesmo entende o que é sentir. Tudo o trouxe até aqui, afinal, foi o seu senso de autopreservação. Algo muito novo para ele. Quanto a ela, tenho uma noção melhor agora de pra onde direcionar seu desenvolvimento emocional.

Sim. Eu decidi por quem ela tem uma queda (o que eu ia deixar pra fazer vários capítulos à frente na fanfic, conforme eu escrevia, agora tenho planejado). Mas ela sendo uma pessoa confusa, vai demorar a admitir qualquer coisa.