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Demiurgo - O Início
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Re: Demiurgo - O Início
-Não sei se alguém aqui reparou, mas o Gennai contatou poucas pessoas aparentemente, e os dados que ele compartilhou foram com personagens com bastante investimento, talvez, tanto o professor do taichi, quanto a mulher misteriosa que tiveram contato com Gennai sejam crianças escolhidas.
MisukeShidda- Baby 2 (Younenki II)
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Re: Demiurgo - O Início
Ahoy pessoal! XD
A referência ao Demiurgo foi muito breve e superficial ainda, mas espero que façam alguma coisa de interessante com esse conceito nos próximos filmes! =D Ainda não dá para sairmos por aí com grandes interpretações.
Aproveitando a deixa, porém, quero partilhar aqui uma informação curiosa, que pode ajudar (ou não) a esclarecer este conceito do Demirugo e da Ideia.
Como vocês sabem, o realizador japonês responsável pela direção de Digimon Adventure foi Kakudou Hiroyuki (sim, a mesma criatura que jura que o casamento da Sora e do Yamato foi planejado desde o começo xD). Ele tem um twitter, e de vez em quando publica alguns comentários sobre o trabalho dele com Digimon Adventure.
Ele publicou um comentário no dia da ante-estreia do primeiro OVA, que foi o seguinte:
Ou seja...
O Kakudou não foi consultado, nem sequer foi visto ou achado durante a produção de Tri. (Apesar de o novo staff gostar de convidá-lo para todos os eventos relacionados com Adventure. Uma forma de cortesia.)
Significa que o comentário acima pode não ter muita importância para o Demiurgo de Tri........ Mas é interessante ter em mente que o Demiurgo que falam no Gnosticimo é completamente diferente do Demiurgo que falam no Neoplatonismo e do Emanacionismo.
Na semana passada, pedi emprestado à biblioteca daqui da cidade um livro sobre Neoplatonismo, do Jean Brun, que tem sido a minha leitura de cabeceira, antes de dormir.
Tenho tomado vários apontamentos que talvez mereçam o seu próprio tópico, mas deixo aqui algumas considerações:
O neoplatonismo surgiu na primeira metade do século II e estendeu-se no tempo até ao ano de 529 quando a escola de Atenas foi fechada. Coincide naquela época em que Atenas, Roma e Alexandria estavam no auge económico. Principalmente na Alexandria, havia muitas trocas comerciais entre Europa, África e Ásia. Por isso, o lugar formigava de intelectuais de várias escolas filosóficas e religiões diferentes, de várias partes do mundo.
Nesta época, o cristianismo ainda dava os primeiros passos. As correntes filosóficas mais populares da época provinham de escolas gregas, muito principalmente a escola de Platão. Os discípulos dessas escolas iniciáticas gregas, a começar por Pitágoras, adquiriram a tradição visitar o Egito pelo menos uma vez na vida.
Brun explica que na cidade de Alexandria, naquela época, vingava uma espécie de "Platonismo eclético". A corrente de pensamento mais popular era a de Platão (enfim, o helenismo no geral, com os estoicos), mas o lugar recebia influências de pensadores que vinham do Oriente, do Médio-Oriente, recebia inclusive influencias judaicas, que acabavam culminando em novas formas de pensamento, onde tudo era mais ou menos reformulado conforme. Surge uma forma de pensamento algo diferente da de Platão.
Esta é, em traços gerais, a origem do Neoplatonismo.
Um dos "figurões" do neoplatonismo foi Plotino, (conhecido hoje porque sintetizou as principais ideias daquele tempo e o tratados escritos por ele sobreviveram ao tempo graças a um discípulo dele), que foi discípulo de Amonio Sacas e viveu, conviveu e deu aulas, neste tipo de ambiente.
Acho interessante o Kakudou ter escolhido esta corrente filosófica em particular. A natureza eclética do Neoplatonismo torna-a compatível com uma certa variedade de visões de mundo...
Enfim, sobre o Demiurgo...
Os gnósticos que viviam no tempo dos neoplatónicos já reconheciam o Mal como uma realidade e afirmavam que devíamos aprender a conhecer esse Mal. Diziam que "o demiurgo do mundo é malévolo e o mundo é mau" (citação de Plotino).
O mundo era, portanto, uma espécie de teatro onde se defrontavam duas forças inimigas: a Amizade (que une) e o Ódio (que divide).
Então, para os gnósticos o Mundo é disputado por uma Entidade de Luz e uma Entidade de Trevas.
Isto é curioso se atendermos à palavra "Diabo", que vem do grego "diabolon" que significa "aquele que divide".
Mas Plotino rejeita completamente esta ideia. Para os neoplatonistas e para as correntes de pensamento que se inspiraram do Emanacionismo, o Mal é apenas ausência de Bem. Este vídeo resume mais ou menos a ideia que os neoplatónicos já tinham naquela época (tirem a conotação religiosa e atendam à retórica usada).
Para Plotino, o Uno não fabrica, nem cria: ele emana tal como a luz ou o calor liberto pelo fogo, o frio produzido pela neve, os odores que libertam de um perfume, etc. É como uma fonte que se derrama em cursos de água sem por isso se esgotar a si própria.
Um exemplo que ele dá para explicar a divindade é usando a alegoria do Sol e dos seus raios solares, onde o Uno (fonte da Luz) - sendo um só - não pode ser separado da sua Criação (os raios solares).
Platão falava do mundo das Ideias contraposto ao mundo da matéria. Para Plotino, o Mal aparece apenas no contacto das pessoas com a Matéria, e é a Matéria que as distrai e desvia do Uno e do mundo inteligível.
A emanação do Uno dá origem a almas como nós que, segundo ele, fazem parte do Uno, mas que precisam de se reencontrar com ele por intermédio do conhecimento (sensorial, racional e intelectual).
Mas não há uma visão de mundo onde um sujeito se "converte" para o bem. ou onde uma pessoa é bruscamente iluminada por uma revelação.
Considerando que toda a Criação faz parte do Uno (da Luz), a única coisa que o Homem precisa de fazer para se purificar do mal (das trevas) é "lavar-se", de arrumar a sua "casa mental", a fim de se reencontrar tal como era.
Ele usa esta comparação: é como se um homem mergulhado em lama deixasse de poder mostrar a beleza que possui, e como se nós apenas víssemos a aparência suja dele. A lama é um elemento estranho, tal como a matéria (aqui, a influência de Platão é óbvia). A única coisa que o sujeito precisa de fazer para se purificar é livrar-se da lama.
(Pessoalmente, acho esta abordagem muito parecida com a ideia que as oito Crianças Escolhidas possuíam nobres virtudes de Coragem, Amizade, Amor, Sabedoria, etc... quando viviam em Hikarigaoka. Mas, à medida que foram crescendo e tomando contacto com o mundo, é como se tivessem perdido essas virtudes e precisassem de as reencontrar, sob a forma dos brasões, para que finalmente pudessem evoluir os parceiros e livrar o mundo digital da escuridão)
Plotino recorre ainda a outra metáfora, usando mais uma vez a imagem da Luz e dos raios luminosos. Quanto mais afastado da fonte da luz, mais o sujeito se mistura com a obscuridade circundante. Para que o sujeito permaneça no Uno, ele apenas tem que reencontrar-se com o Uno, do qual já fazia parte.
Para os neoplatónicos, a alma do sujeito tem o poder e a função de se auto-purificar. É a matéria que nos incomoda ao misturar-se connosco e impedindo-nos de sermos o que já éramos - Deus.
Pode parecer um pouco estranho, mas tenham em mente que este "Deus" Uno/Luz é sobretudo um conceito filosófico usado para reflectir sobre uma determinada ideia que as pessoas tinham do cosmos e da relação do Homem com o mesmo.
Portanto, o demiurgo neoplatónico não é "mau", nem mesmo chega a ser uma "falsa" divindade, pelo menos, não com um sentido necessariamente pejorativo. É meio diferente do demiurgo dos gnósticos, que parece mau só pelo facto de existir.
Sendo a primeira emanação do Uno, o demiurgo dos neoplatónicos é uma manifestação do Uno. É uma figura mais parecida com o demiurgo de Platão. É Platão quem originalmente fala da Ideia contraposta à Matéria (que seria uma reprodução falsa e grosseira do mundo das ideias, esse sim, verdadeiro. A famosa alegoria da caverna explica isso).
Tal como eu disse antes, ainda não dá para elaborar grandes teorias sobre o filme.... e não sabemos se a abordagem do Kakudou usada em Adventure será a mesma de Tri (o Kakudou não está envolvido no projeto)....... mas o tempo dirá. =D
A referência ao Demiurgo foi muito breve e superficial ainda, mas espero que façam alguma coisa de interessante com esse conceito nos próximos filmes! =D Ainda não dá para sairmos por aí com grandes interpretações.
Aproveitando a deixa, porém, quero partilhar aqui uma informação curiosa, que pode ajudar (ou não) a esclarecer este conceito do Demirugo e da Ideia.
Como vocês sabem, o realizador japonês responsável pela direção de Digimon Adventure foi Kakudou Hiroyuki (sim, a mesma criatura que jura que o casamento da Sora e do Yamato foi planejado desde o começo xD). Ele tem um twitter, e de vez em quando publica alguns comentários sobre o trabalho dele com Digimon Adventure.
Ele publicou um comentário no dia da ante-estreia do primeiro OVA, que foi o seguinte:
- Hiroyuki Kakudou (@kakudou):
No que diz respeito a Digimon Adventure, vou comentar isto agora que já mostraram os primeiros cinco minutos ao vivo na Nico, mas durante a estreia pensei "Oh!?" quando mencionaram o Demiurgo e a Ideia. Eu nunca me encontrei pessoalmente com o staff responsável pela nova temporada, mas no anime original introduzi partes de conceitos relacionados com o Gnosticismo, Neoplatonismo e Emanacionismo.
Tradução em inglês | Tweet original em japonês
Ou seja...
O Kakudou não foi consultado, nem sequer foi visto ou achado durante a produção de Tri. (Apesar de o novo staff gostar de convidá-lo para todos os eventos relacionados com Adventure. Uma forma de cortesia.)
Significa que o comentário acima pode não ter muita importância para o Demiurgo de Tri........ Mas é interessante ter em mente que o Demiurgo que falam no Gnosticimo é completamente diferente do Demiurgo que falam no Neoplatonismo e do Emanacionismo.
Na semana passada, pedi emprestado à biblioteca daqui da cidade um livro sobre Neoplatonismo, do Jean Brun, que tem sido a minha leitura de cabeceira, antes de dormir.
Tenho tomado vários apontamentos que talvez mereçam o seu próprio tópico, mas deixo aqui algumas considerações:
O neoplatonismo surgiu na primeira metade do século II e estendeu-se no tempo até ao ano de 529 quando a escola de Atenas foi fechada. Coincide naquela época em que Atenas, Roma e Alexandria estavam no auge económico. Principalmente na Alexandria, havia muitas trocas comerciais entre Europa, África e Ásia. Por isso, o lugar formigava de intelectuais de várias escolas filosóficas e religiões diferentes, de várias partes do mundo.
Nesta época, o cristianismo ainda dava os primeiros passos. As correntes filosóficas mais populares da época provinham de escolas gregas, muito principalmente a escola de Platão. Os discípulos dessas escolas iniciáticas gregas, a começar por Pitágoras, adquiriram a tradição visitar o Egito pelo menos uma vez na vida.
Brun explica que na cidade de Alexandria, naquela época, vingava uma espécie de "Platonismo eclético". A corrente de pensamento mais popular era a de Platão (enfim, o helenismo no geral, com os estoicos), mas o lugar recebia influências de pensadores que vinham do Oriente, do Médio-Oriente, recebia inclusive influencias judaicas, que acabavam culminando em novas formas de pensamento, onde tudo era mais ou menos reformulado conforme. Surge uma forma de pensamento algo diferente da de Platão.
Esta é, em traços gerais, a origem do Neoplatonismo.
Um dos "figurões" do neoplatonismo foi Plotino, (conhecido hoje porque sintetizou as principais ideias daquele tempo e o tratados escritos por ele sobreviveram ao tempo graças a um discípulo dele), que foi discípulo de Amonio Sacas e viveu, conviveu e deu aulas, neste tipo de ambiente.
Acho interessante o Kakudou ter escolhido esta corrente filosófica em particular. A natureza eclética do Neoplatonismo torna-a compatível com uma certa variedade de visões de mundo...
Enfim, sobre o Demiurgo...
Os gnósticos que viviam no tempo dos neoplatónicos já reconheciam o Mal como uma realidade e afirmavam que devíamos aprender a conhecer esse Mal. Diziam que "o demiurgo do mundo é malévolo e o mundo é mau" (citação de Plotino).
O mundo era, portanto, uma espécie de teatro onde se defrontavam duas forças inimigas: a Amizade (que une) e o Ódio (que divide).
Então, para os gnósticos o Mundo é disputado por uma Entidade de Luz e uma Entidade de Trevas.
Isto é curioso se atendermos à palavra "Diabo", que vem do grego "diabolon" que significa "aquele que divide".
Mas Plotino rejeita completamente esta ideia. Para os neoplatonistas e para as correntes de pensamento que se inspiraram do Emanacionismo, o Mal é apenas ausência de Bem. Este vídeo resume mais ou menos a ideia que os neoplatónicos já tinham naquela época (tirem a conotação religiosa e atendam à retórica usada).
Para Plotino, o Uno não fabrica, nem cria: ele emana tal como a luz ou o calor liberto pelo fogo, o frio produzido pela neve, os odores que libertam de um perfume, etc. É como uma fonte que se derrama em cursos de água sem por isso se esgotar a si própria.
Um exemplo que ele dá para explicar a divindade é usando a alegoria do Sol e dos seus raios solares, onde o Uno (fonte da Luz) - sendo um só - não pode ser separado da sua Criação (os raios solares).
Platão falava do mundo das Ideias contraposto ao mundo da matéria. Para Plotino, o Mal aparece apenas no contacto das pessoas com a Matéria, e é a Matéria que as distrai e desvia do Uno e do mundo inteligível.
A emanação do Uno dá origem a almas como nós que, segundo ele, fazem parte do Uno, mas que precisam de se reencontrar com ele por intermédio do conhecimento (sensorial, racional e intelectual).
Mas não há uma visão de mundo onde um sujeito se "converte" para o bem. ou onde uma pessoa é bruscamente iluminada por uma revelação.
Considerando que toda a Criação faz parte do Uno (da Luz), a única coisa que o Homem precisa de fazer para se purificar do mal (das trevas) é "lavar-se", de arrumar a sua "casa mental", a fim de se reencontrar tal como era.
Ele usa esta comparação: é como se um homem mergulhado em lama deixasse de poder mostrar a beleza que possui, e como se nós apenas víssemos a aparência suja dele. A lama é um elemento estranho, tal como a matéria (aqui, a influência de Platão é óbvia). A única coisa que o sujeito precisa de fazer para se purificar é livrar-se da lama.
(Pessoalmente, acho esta abordagem muito parecida com a ideia que as oito Crianças Escolhidas possuíam nobres virtudes de Coragem, Amizade, Amor, Sabedoria, etc... quando viviam em Hikarigaoka. Mas, à medida que foram crescendo e tomando contacto com o mundo, é como se tivessem perdido essas virtudes e precisassem de as reencontrar, sob a forma dos brasões, para que finalmente pudessem evoluir os parceiros e livrar o mundo digital da escuridão)
Plotino recorre ainda a outra metáfora, usando mais uma vez a imagem da Luz e dos raios luminosos. Quanto mais afastado da fonte da luz, mais o sujeito se mistura com a obscuridade circundante. Para que o sujeito permaneça no Uno, ele apenas tem que reencontrar-se com o Uno, do qual já fazia parte.
Para os neoplatónicos, a alma do sujeito tem o poder e a função de se auto-purificar. É a matéria que nos incomoda ao misturar-se connosco e impedindo-nos de sermos o que já éramos - Deus.
Pode parecer um pouco estranho, mas tenham em mente que este "Deus" Uno/Luz é sobretudo um conceito filosófico usado para reflectir sobre uma determinada ideia que as pessoas tinham do cosmos e da relação do Homem com o mesmo.
Portanto, o demiurgo neoplatónico não é "mau", nem mesmo chega a ser uma "falsa" divindade, pelo menos, não com um sentido necessariamente pejorativo. É meio diferente do demiurgo dos gnósticos, que parece mau só pelo facto de existir.
Sendo a primeira emanação do Uno, o demiurgo dos neoplatónicos é uma manifestação do Uno. É uma figura mais parecida com o demiurgo de Platão. É Platão quem originalmente fala da Ideia contraposta à Matéria (que seria uma reprodução falsa e grosseira do mundo das ideias, esse sim, verdadeiro. A famosa alegoria da caverna explica isso).
Tal como eu disse antes, ainda não dá para elaborar grandes teorias sobre o filme.... e não sabemos se a abordagem do Kakudou usada em Adventure será a mesma de Tri (o Kakudou não está envolvido no projeto)....... mas o tempo dirá. =D
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