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Digimon Emundans Empty Digimon Emundans

Mensagem por Diego N.L. Seg maio 21, 2012 10:16 pm

Boa noite, pessoal! =}

Trago aqui uma fanfic que comecei há poucos dias, espero que gostem!

Digimon Emundans DGM

Título: Emundans
Autor: Diego N.L.
Gênero: Ação e Mistério
Classificação Etária: K+
Personagens: Belzebumon
Sinopse: Um ronco de motor na noite. O motoqueiro cruza velozmente em busca daquele que atende por um nome, derrotando sem hesitar aqueles que não são quem procura. Seu objetivo? Apenas ele sabe.

OBS: A série Digimon não pertence a mim, e sim a Akiyoshi Hongo/Bandai.
OBS 2: Embora se passe no universo de Digimon, a história não foi baseada em nenhuma temporada, jogo ou mangá em especial.
OBS 3: A fanfic será curta, terá uns 3 ou 4 capítulos apenas.
OBS 4: Boa leitura! =)

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Digimon Emundans DGM2copy

Naquele enorme descampado coberto por grama seca, não se via uma viva alma. Talvez por ser madrugada, quase meia noite, ou então porque aquela era uma área relativamente deserta do Digital World. O brilho azulado da lua iluminava fracamente o lugar, e a leve brisa fazia farfalhar o capim seco e pontilhado por grandes rochas avermelhadas.

De repente, tal monotonia se quebrou. Esmagando o terreno árido ao caminhar, dois Digimons começaram a atravessar o descampado.

O primeiro tinha a aparência de um gato de médio porte. Bípede, usava apenas as patas traseiras para andar, e a maior parte de seu corpo estava coberto por pêlo alvo e macio. Nas pontas de sua orelha e de sua longa cauda, no entanto, predominava uma tonalidade roxa, assim como tinha faixas dessa cor bem distribuídas ao longo da cauda. Suas patas dianteiras estavam cobertas por luvas amarelo-esverdeadas, que deixavam expostas as grandes garras negras, e seus olhos azuis penetrantes esquadrinhavam o lugar.

O segundo Digimon era um pouco menor, mas também bípede. Tinha uma aparência humanóide, porém de sua pequena cabeça saía um par de longas orelhas, que no momento estavam erguidas. Trajava uma calça vermelha folgada, atada à cintura por um cordão branco, e o restante de seu corpo tinha cor amarela. De olhos fechados, apenas seguia a amiga, com uma expressão de terror estampada no rosto.

- Sabe... Ainda acho que não foi uma boa idéia termos vindo por este atalho. – Murmurou Neemon, sobressaltando-se ao esmagar um galho sem querer.

Tailmon espiou-o pelo canto do olho, exasperada.

- Para contornar isso aqui, levaríamos dias! Usando esse caminho, chegaremos a NewVille até a manhã.

O outro não pareceu satisfeito com a explicação, então a gata continuou tentando convencê-lo.

- Olha quantas pegadas! Qualquer pessoa usa esse atalho, ninguém contorna.

Aproximando a face do chão, farejou por poucos instantes. Erguendo-se novamente, sorriu para o amigo.

- Hoje mesmo um grupo de cinco pessoas passou por aqui. Viu? Não tem perigo!

Neemon torceu o nariz, incomodado.

- Continuo com um mal pressentimento. Esse lugar é deserto, frio e dá medo!

Tailmon deu um muxoxo de impaciência, voltando a caminhar.

- Deixa disso. Tá com medo de quê, fantasmas?
- Vai saber...

A dupla continuou avançando em silêncio por longos segundos. Subitamente, a Digimon lembrou-se de algo que tinha ouvido há poucos dias.

- Falando nisso, ficou sabendo do maníaco da motocicleta?

O outro ergueu as sobrancelhas.

- Maníaco da motocicleta? Que diabos é isso?

A gata riu.

- É uma história que eu ouvi esses dias. Parece que tem um maluco viajando de motocicleta pelo Digital World e matando quem aparece no caminho.

Neemon parou de avançar, incomodado. Tailmon espiou-o e riu, divertindo-se com o medo do amigo. Visando assustá-lo ainda mais, prosseguiu na narração.

- Ele é um Digimon alto, negro e assustador. Parece que ao ver alguém, ele estaciona a moto e faz uma pergunta.

O Digimon segurou as calças vermelhas, com medo que caíssem pela súbita tremedeira que o tinha dominado.

- E dependendo da resposta...

Ela completou a frase passando a unha pela própria garganta. Neemon deu um uivo de desespero. Tailmon gargalhou.

- Vamos voltar...! – Choramingou o digimon, assustado.
- Relaxa, isso é só uma lenda urbana. Vamos...

A travessia tornou-se ainda mais assustadora devido àquela história. Amaldiçoando a melhor amiga mentalmente, Neemon a seguiu. Cada vez que esmagava um galho, o ruído o fazia se sobressaltar violentamente, e cada vez que o vento uivava baixinho ele tinha a sensação de estar sendo espiado pelas costas. Na quarta vez que parou para checar se não havia ninguém tocando seu ombro, a gata se exasperou.

- Vamos, Neemon. Que bobagem... Desculpa por ter contado isso, não sabia que ia perturbá-lo tanto a...

Nesse instante, se calou. Sua audição aguçada tinha detectado um ruído, ao qual o outro continuava alheio.

- Não sabia?! Sabe como eu odeio histórias de terror!

Parecia uma espécie de ronco, que foi gradativamente ficando mais alto.

- Eu quero começar a ser ouvido! Você nunca dá ouvidos ao que...
- Neemon, fica quieto! – Sussurrou ela.

O Digimon calou-se, e em poucos segundos começou a ouvir o mesmo ruído. O barulho de um motor dominava agora o descampado, e gradativamente aumentava. Fosse quem fosse, estava indo na direção deles! Pela primeira vez na vida, Neemon viu a amiga com medo de verdade.

- Se abaixa! – Murmurou urgentemente, empurrando o Digimon para o chão.

Os dois ficaram ali, deitados no meio do capim seco, enquanto gradativamente o ruído aumentava. Em dado momento, ele estava tão alto que Tailmon sentiu os ouvidos doerem. Subitamente, diminuiu até cessar. Por longos segundos ficaram ali, imóveis, sem coragem de mover um músculo. Neemon tremia de medo, e a outra também. Quem seria? Por que tinha estacionado ali? Lembrou-se da lenda urbana que tinha acabado de narrar.

De repente, ouviu o barulho de dois pés esmagando o capim. Um segundo depois, passos violentos que se aproximavam deles agilmente. Tinham que correr! Mal pensou isso, e percebeu que era tarde. Um Digimon fitava-os, a menos de um metro.

Era humanóide e alto, devia ter pelo menos dois metros de altura. Seu corpo estava inteiramente coberto por uma roupa de motoqueiro feita de couro preto: jaqueta, calça e botas. Estas possuíam espinhos saindo da ponta, o que lhe conferia um visual agressivo. Suas mãos estavam cobertas por luvas feitas de um metal da mesma cor das vestes, de suas costas saía uma cauda igualmente negra, e em cada mão segurava duas grandes pistolas.

Em seu braço esquerdo, estava amarrado um lenço vermelho, usava cobrindo a face uma espécie de máscara azul-escura que só não cobria a boca, e era a única parte visível de sua pele cinzenta. Seus cabelos louro-claros e arrepiados saíam por trás dela, e seus olhos eram vermelhos. Ao invés de dois, possuía um terceiro no meio da testa, e todos estavam fixos na dupla. Tailmon e Neemon estavam imóveis: por algum motivo, a simples aproximação daquele ser tinha absorvido completamente suas forças. Só conseguiam mexer os olhos, e tremiam de medo. O recém-chegado abriu a boca, falando com uma voz fria e distante.

- Emundans?

Eles não sabiam o significado daquilo. E mesmo se soubessem, não conseguiriam responder. Não podiam sequer falar, a força tinha abandonado seus corpos. Beelzebumon estreitou os olhos avermelhados.

- Parece que não...

Murmurando isso, apontou a pistola para os dois e puxou o gatilho.
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Espero que tenham curtido esse capítulo inicial de introdução à história!

Abraços
Diego N.L.
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Mensagem por Duke Bishop Qui maio 24, 2012 1:35 am

Sem dúvidas é uma fic bem diferente do que eu já vi sobre digimon. Deixou um mistério, que creio que nos deixará pensando até o final da fic e uma certa (leve, vá) violência com esses tiros a queima roupa (praticamente nem apareceu), mas nada que afete a qualidade da história, que é muito boa até o momento.

Me junto ao futuro coro: "Quem diabos é Emundans?!" Y U No?!
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Mensagem por Takuya Qui maio 24, 2012 8:33 am

Beelzebumon como o 'maníaco da motocicleta'? Achei interessante, haha. Gostei do clima de suspense/terror desse primeiro capítulo, além de que essa é a primeira vez que leio uma fic com o Beelzebumon como protagonista (prefiro fics com protagonistas humanos -q).

E fica a dúvida: "Quem diabos é Emundans?!"
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Mensagem por Diego N.L. Sex maio 25, 2012 4:19 pm

@Duke: Valeu pela presença! Nesse capítulo/prólogo a cena foi cortada a hora H, mas nos próximos teremos muitas lutas sem censura (pelo menos fanfics não precisam passar pelos censuradores-americanos-from-hell. lol)

Takuya: Pretendi manter esse clima no começo mesmo, mas nos próximos o que vai imperar é a ação, e como pano de fundo o mistério que todo mundo quer saber a resposta. A princípio, todas as fanfics de Digimon que eu escrever se passarão nesse DW da Emundans, então se eu omitir algumas "especificações técnicas" dele (quem o comanda, por exemplo), é porque vai ser explorado nas fanfics futuras.

Valeu pelos comentários! o/

E o Emundans manda lembranças.

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Mensagem por Diego N.L. Sex Jun 01, 2012 1:06 am

Trago agora o Capítulo II! Boa leitura. =)


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Digimon Emundans Emundans-Captulo2

A madrugada se despedia e o Sol começava a despontar no horizonte, colorindo o céu com sua claridade alaranjada. Lentamente sua luz atingiu os magníficos jardins do Palácio Real, que possuía flores das mais variadas espécies e cores. Pelos caminhos de pedra que existiam entre os belos canteiros, um Digimon caminhava silenciosamente acreditando estar sozinho. Por incontáveis minutos se repetiu tal cena: ele andava em círculos, perdido em pensamentos.

Subitamente, percebeu que se aproximara do portão de ferro que conduzia para fora das propriedades da Rainha. Recuou receoso. Neste momento, olhou para cima e viu que não estava só. Uma figura pequena se encontrava no alto da muralha, e observava distraidamente o nascer do sol. Aquela cena já era rotineira, pois todos os dias ele acordava para contemplar a alvorada. Aliviado por ter alguém para conversar, o Digimon decidiu ir até lá.

Ezequiel era um homem de 32 anos. Alto e forte, trajava uma jaqueta de couro negra sobre camisa branca simples e calça jeans azul. Nos pés, calçava sapatos pretos e nas mãos usava luvas de mesma cor. Tinha cabelo louro-escuro e comprido, que atingia a altura de suas costas e estava preso em um rabo de cavalo. Em sua face de feições duras, cultivava um cavanhaque malfeito, e seus olhos se escondiam atrás de um par de óculos escuros. Ao ouvir passos às suas costas, virou a cabeça e viu aquele que se aproximava dele.

UlforceVeedramon era um Digimon enorme, com mais de dois metros de altura. Era bípede e tinha uma aparência predominantemente humanóide, embora também houvesse traços draconianos espalhados por seu corpo musculoso. De suas costas saía um par de grandes asas azuis, cuja face interior era rosada, e seus pés tinham extensas garras brancas.

Sua pele pálida era visível em pouquíssimos pontos: a maior parte dela estava protegida por uma reluzente armadura azul que refletia a fraca luz solar. Detalhes dourados e prateados se espalhavam por ela, sendo os de maior destaque um proeminente V que protegia seu peito forte e dois braceletes que usava nos pulsos. Sua cabeça triangular era pequena comparada ao restante do corpo, e dela brotavam dois chifres afiados e ameaçadores. Seus olhos amarelos estavam fixos no humano, que calmamente o cumprimentou.

- E aí, Ul! Acordou cedo hoje.

Antes de responder, o Digimon parou ao lado dele e se apoiou na muralha, fixando os olhos no sol nascente.

- Fui convocado pela Rainha.

Percebendo o tom de desânimo do outro, Ezequiel enrugou levemente o cenho.

- Saquei. Qual é o problema desta vez? Selvagens?
- Por incrível que pareça, não. É uma lenda que tem ganhado força nos últimos tempos, e aparentemente não se trata de mais uma bobagem do povo. Quero dizer, realmente há algo estranho acontecendo neste mundo ultimamente... A própria Rainha deu a entender isso.

O homem ergueu as sobrancelhas.

- E que lenda seria essa?

UlforceVeedramon ficou com uma expressão sombria.

- Um Digimon está viajando por nosso mundo usando uma motocicleta, e assassina qualquer um que cruze seu caminho.

Ezequiel deu um muxoxo de impaciência.

- A Rainha ainda se preocupa com uma coisa dessas? Até acredito que seja verdade, mas deixa os caras se matarem... Qualquer um sabe que os Digimons do sul são barra pesada, é melhor deixá-los lá absorvendo uns aos outros.

O Digimon riu.

- Seu pensamento é muito radical, a Rainha deve sim intervir nas guerras civis do sul ou podem se espalhar por todo o Digital World. Mas a questão não é essa... Tem algo estranho com esse Digimon em questão.

O humano estava descrente, e por isso exigiu mais informações.

- O que ele tem de tão estranho?
- Em primeiro lugar, ninguém sabe de onde ele veio. Surgiu de repente, já assassinando aqueles que cruzavam seu caminho.

Foi a vez do homem rir.

- Bobagem. Vocês não sabiam de onde eu tinha vindo no início, e nem por isso...

UlforceVeedramon o interrompeu.

- Tem mais. Ele ataca usando pistolas... E não fragmenta os dados daqueles que mata, ele os extermina completamente.

Ezequiel enrugou o cenho, sem entender.

- Como assim, extermina? Pensei que isso não fosse possível...
- E não é possível. Exatamente esse ponto é o que está intrigando a Rainha... Sabe, quando um Digimon morre, parte de seus dados vai ao Yggdrasil para gerar um novo Digitama, e a parte restante dele é absorvida pelo executor.

O homem pareceu um pouco impaciente.

- Sei disso faz tempo...
- Então, o problema é que esse Digimon não apenas fragmenta os dados, como também os destrói completamente. É como se apagasse a existência do Digimon que assassinou.

O outro enrugou o cenho, desconfiado.

- Isso parece mesmo ser apenas uma lenda urbana... Por que a Rainha levou esses boatos a sério? Vocês têm alguma prova concreta de que essa história é real?

UlforceVeedramon assentiu.

- Temos. O próprio Yggdrasil informou que o Digital World está tendo seus dados apagados, e que os ciclos de existência estão sendo quebrados.

Ezequiel riu nervoso.

- É... Se isso é verdade, parece que dessa vez a coisa ficou séria.
- Exatamente. E o pior disso tudo é a velocidade com que ele viaja. Anteontem recebemos emissários do sudeste informando que ele estava destruindo tudo por lá, e hoje nos comunicaram que ele foi avistado no oeste.

O humano se surpreendeu.

- Pô, então não é um só... É impossível ele atravessar o Digital World em tão pouco tempo.
- Já consideramos essa possibilidade, mas é um único Digimon, sim. Por isso eu fui designado para essa tarefa. Nenhum dos outros Royal Knights teria velocidade suficiente para alcançá-lo, e principalmente, para desviar dos disparos de suas pistolas.
- Tipo assim... Os tiros dele são tão perigosos? Um tiro já faz o inimigo se desintegrar?!

UlforceVeedramon assentiu.

- Sim. Não posso ousar subestimá-lo...

Um silêncio constrangido imperou por um breve minuto, durante o qual eles observaram o Sol que já estava alto no céu. Subitamente, Ezequiel esboçou um sorrisinho.

- Deve ser da hora lutar contra um cara desses...

O Digimon incomodou-se.

- Você diz uma coisa dessas porque não é um Digimon. Matar os semelhantes não é algo que me agrada, por isso eu trocaria de lugar com você sem hesitar.

O homem gargalhou.

- Relaxa, vai... Se você não matá-lo, ele vai continuar exterminando todos que ver pela frente e uma hora vai chegar ao palácio. Quando chegar, atacará a Rainha. Não quer protegê-la?

UlforceVeedramon cerrou os punhos, socando levemente a muralha e estreitando os olhos.

- Eu daria minha vida pela Rainha. Como Royal Knight, é o meu dever.

Fazendo um pequeno esforço para alcançar, Ezequiel deu um tapinha no ombro dele.

- Sua lealdade é admirável... Então vai até lá e só volta carregando a cabeça desse maníaco.

De repente, o Digimon sentiu falta de uma coisa e imediatamente questionou.

- Falando em lealdade, onde está a Íris?

O humano irritou-se.

- Dormindo, pra variar...

UlforceVeedramon gargalhou.

- Já era de se esperar...

Subitamente ficou sério e estreitou novamente os olhos.

- Enfim, vou cumprir minha missão. Enquanto conversamos aqui, o maníaco está matando outros Digimons.
- Beleza, vai lá... Quando voltar, beberemos juntos hidromel de FanBeemon pra comemorar!

O Digimon assentiu brevemente. Recuando dois passos, abriu as imponentes asas.

- Até depois, Ezequiel. – Despediu-se, com um aceno rápido.

Um segundo depois, causando um ruído similar ao de um trovão e uma forte ventania que desequilibrou o homem, ele cruzou o céu tomando a forma de um borrão azul. Exasperado, Ezequiel levantou-se e tirou a poeira da calça com a mão.

- Porra, que rápido...!

ooo ooo ooo
Já fazia cinco minutos que o Digimon cruzava o céu azul, tão rápido que o panorama se encontrava completamente distorcido, mas ele não prestava atenção nisso. Sua mente estava focada em apenas duas coisas: na direção que devia tomar para chegar ao local em que o inimigo fora avistado pela última vez, e principalmente em uma dúvida que insistia em dominar seus pensamentos:

- Os Royal Knights devem ter uma lealdade absoluta para com a Rainha e seguir suas ordens sem hesitar, mas... Será que isso realmente é o certo?

Após explicar a situação em que se encontravam, ela tinha ordenado que o cavaleiro exterminasse o inimigo sem hesitar assim que o encontrasse. Tal pedido perturbava sua mente: a Rainha sempre fora tão gentil e compreensiva, nunca ordenara que seus Royal Knights assassinassem Digimons inimigos. Havia um código de honra não-escrito que limitava o grupo a somente capturar os adversários. Então porque ela sentia uma aversão tão súbita a esse Digimon em especial? Por que estava desprezando a conduta que era seguida por seus cavaleiros desde tempos imemoriáveis?

Após refletir por algum tempo, UlforceVeedramon deduziu que ela temia a inusitada habilidade do novo inimigo: ao exterminar os dados de outros Digimons, ele potencialmente poderia causar o fim do Digital World, pois o equilíbrio estava sendo quebrado. Convencendo-se disso, ele percebeu que se aproximava de onde o motoqueiro tinha sido visto pela última vez. Neste momento, uma voz feminina falou dentro de sua mente:

- Ele está perto. É hora de aterrissar.
- Entendido, majestade.

Acatando a ordem, ele parou de avançar e olhou a sua volta: estava sobrevoando uma área montanhosa e árida. O terreno pedregoso e cinzento não permitia que plantas crescessem por lá, e provavelmente poucos Digimons viviam naquela região. Após analisar brevemente o campo de batalha, aterrissou e olhou a sua volta. O lugar estava completamente deserto. Caminhou em círculos por alguns minutos atento a possíveis ruídos, mas não ouviu nada. Sem entender, contatou a Rainha.

- Majestade, não há ninguém por aqui... E eu sinceramente não acredito que uma motocicleta consiga trafegar em um terreno desses.
- Não se engane, meu cavaleiro. O inimigo está por perto, eu tenho certeza. Fique atento...

Ele olhou novamente para os lados, e ouviu atentamente. Tirando a leve brisa que soprava agitando suas asas, não havia uma viva alma por lá. Enrugando o cenho, ele mais uma vez caminhou em círculos pelos caminhos íngremes da montanha. Passados longos minutos, quando já estava ao sopé dela, pensou em mais uma vez falar com a Rainha.

Neste instante, um ruído chamou a sua atenção. Começou baixinho, um ronco de motor quase imperceptível. E regularmente foi aumentando... A motocicleta que o emitia se aproximava velozmente. Estava mais perto agora que há um segundo. Ele recuou um passo, nervoso. O terreno não colaborava com ele: o eco causado pelas montanhas não permitia que ele distinguisse de que direção vinha o barulho. Cada vez foi se tornando mais alto, enquanto ele olhava incomodado para os lados. De onde o adversário viria? Cerrou os punhos. Não podia deixar o nervosismo tomar conta dele.

O ruído já estava ensurdecedor quando subitamente parou. O silêncio foi ainda mais torturante que o barulho da motocicleta, e até mesmo o vento parou de soprar. O próprio Digital World parecia prender a respiração para assistir ao que aconteceria em seguida. UlforceVeedramon hesitou, e deu um passo a frente.

- Quem está aí?! – Gritou.

Ninguém respondeu.

- Eu sei que está me ouvindo!

Novamente, o silêncio foi a resposta.

Muito tenso, ele decidiu já ficar pronto para o combate. Tocando de leve no bracelete que estava preso ao pulso direito, dele se projetou um sabre azul-esverdeado que aparentava ser feito de luz. Atento ao menor ruído ou movimento, ele voltou a caminhar pelo terreno árido. Tinha a sensação de estar observado, mas não conseguia localizar onde o inimigo estava. Em dado momento, ao se aproximar novamente do sopé da montanha, parou de avançar. Aguardaria o inimigo atacar primeiro.

Neste momento, sobressaltou-se: um ronco ensurdecedor de motor acompanhou o barulho de um pneu derrapando, e enfim ele pôde identificar a origem dos ruídos. Olhando para o alto, teve uma breve visão de uma grande motocicleta negra caindo em direção a ele. Sem tempo para pensar, saltou para trás e por pouco evitou que o veículo o atingisse. Abrindo as asas, levantou vôo e observou a nuvem de poeira que se erguera onde ele estava há um segundo. Se tivesse permanecido naquele lugar, sem dúvidas estaria seriamente ferido.

O vento se encarregou de dissipar a poeira, e enfim ele visualizou o motoqueiro dos rumores: Alto, vestes negras e três olhos vermelhos que estavam estreitados observando-o. Beelzebumon mostrava-se mortalmente sério, e permaneceu montado na motocicleta sem dizer uma única palavra.

UlforceVeedramon cerrou os punhos, pronto para o combate. O inimigo poderia atacar a qualquer momento. Fixou os olhos nas pistolas negras que ele empunhava apontadas para o chão.

- Então os boatos são verdadeiros... – Sussurrou.

Beelzebumon fez um brusco movimento, que fez o cavaleiro se sobressaltar, mas não foi um ataque. Ele apenas desceu da motocicleta, sem tirar os olhos do adversário. Após um breve instante de silêncio, no qual apenas o vento soprava, o motoqueiro abriu a boca e fez um único questionamento com sua voz fria e distante.

- Emundans?

UlforceVeedramon hesitou. Não fazia a menor idéia do que significava aquilo. O outro ficou analisando-o com o olhar, atento a cada mínimo movimento de sua face. O Royal Knight cerrou os punhos, receoso. O Digimon inimigo aguardava uma resposta para a pergunta feita.

- O que significa isso? – Perguntou, enrugando o cenho.

O monstro continuou encarando-o muito sério. Não parecia inclinado a explicar, apenas queria uma resposta. Após um momento de hesitação, o cavaleiro decidiu arriscar.

- Sim.

Por um momento, Beelzebumon não esboçou qualquer reação. Logo em seguida, sorriu. Riu. Gargalhou, de um modo frio e assustador que ecoou pelo terreno árido e expôs seus dentes afiados. UlforceVeedramon ficou observando-o sem compreender. De repente, o Digimon sorriu malignamente e apontou suas pistolas para ele, disparando.

Pego de surpresa, o Royal Knight desviou das balas por muito pouco, e ao atingirem a montanha os projéteis desintegraram uma parte considerável dela. Beelzebumon abriu um sorriso ainda maior ao ver que o inimigo tinha desviado. Aparentava estar impressionado. Olhava para os lados, tentando localizá-lo, mas tudo o que via era um borrão azul que o circundava. Enquanto isso, a mente do cavaleiro trabalhava agilmente.

- Então esse é o meu inimigo... O famoso maníaco da motocicleta. Aquelas balas são mesmo muito rápidas, se eu não tomar cuidado acabarei morto...

O monstro passou a disparar repetidamente contra o vulto que era UlforceVeedramon, em um frenesi assassino que o fez novamente soltar aquela gargalhada insana. Com estrondos, as montanhas a sua volta eram desintegradas e pequenos terremotos aconteciam. Deslocando-se agilmente, o Royal Knight optou por se manter na defensiva e fazer alguns questionamentos.

- Quem é você?

Não houve resposta. Beelzebumon continuou atirando contra o vulto, e por pouco não o acertou uma vez.

- De onde você veio? Quais suas intenções?

Novamente, como resposta recebeu mais tiros. O Digimon gargalhava alucinado, não parecia sequer estar ouvindo as perguntas. UlforceVeedramon suspirou.

- É inútil dialogar...

Admitindo isso, ele começou a se aproximar do inimigo enquanto o circundava velozmente. Estava conseguindo desviar de todos os disparos, mas Beelzebumon também era rápido. Disparava com as duas mãos, e com uma precisão assombrosa. O Royal Knight percebeu que estava correndo algum risco, e decidiu acabar com aquilo logo.

Partindo para cima do inimigo pelas costas, ergueu o grande sabre de luz, pronto para atingi-lo. Para sua surpresa, naquela fração de segundo o monstro apontou-lhe a pistola por cima do ombro e disparou. Fazendo uma manobra arriscada para desviar do projétil, UlforceVeedramon sentiu medo pela primeira vez desde que se tornara um Royal Knight. Aquele ser não tinha um ponto cego?

Beelzebumon parara de disparar, e o cavaleiro recuou alguns metros. Parado no ar, ficou o observando e se perguntando como o Digimon tinha percebido de que direção ele viria. Parecendo ler seus pensamentos, no instante seguinte o monstro deu-lhe a resposta: Do meio de seus cabelos louros e arrepiados brotou um quarto olho, igualmente vermelho, porém maior que os outros. Girou assustadoramente até focalizar o inimigo, que estava boquiaberto.

- Mas o que... Você realmente é um Digimon?! – Exclamou UlforceVeedramon, enojado e receoso.

O motoqueiro virou-se para ele e apontou-lhe as duas pistolas, iniciando novamente os disparos. Enquanto voava para desviar das balas, o cavaleiro olhou para os lados: em meio ao mar de montanhas, já tinha sido aberta uma clareira. Aqueles projéteis não poupavam qualquer forma de dados, simplesmente os exterminava. Dando um muxoxo de raiva, fez uma nova tentativa de acertar Beelzebumon, dessa vez pela lateral direita. Erguendo o Sabre Ulforce, investiu contra o Digimon.

Como tinha imaginado, ele apontou-lhe a pistola que empunhava na mão direita e disparou. Girando no ar, UlforceVeedramon conseguiu desviar do projétil e brandiu a lâmina quente no ar. Dividiu a arma exatamente no meio. Um pensamento de vitória passou por sua mente: fazendo isso, não precisaria assassinar o inimigo!

Mal pensou isso e com um movimento inesperado Beelzebumon o atingiu com sua potente cauda. O Royal Knight foi violentamente arremessado em direção ao chão irregular, onde rolou por alguns metros.

- Droga! – Pensou furioso, sentindo que sua face estava ferida pela queda.

Ofegando e sentindo muita dor, fez menção de se levantar, mas foi tarde. Ao encarar Beelzebumon, viu que o Digimon o fitava com um sorriso de vitória, apontando a pistola da mão esquerda. Sem hesitar, disparou. Tudo escureceu.

ooo ooo ooo
Um garoto loiro e mirrado chorava entristecido, enquanto uma mulher gritava furiosa com ele. O mesmo jovem, alguns anos mais tarde, era espancado por quatro rapazes bem mais velhos. No momento seguinte, com bem mais idade, uma arma era apontada para sua cabeça. O assaltante puxou o gatilho.

ooo ooo ooo
UlForceveedramon ofegou, sentindo a cabeça latejar fortemente. O que significavam aquelas visões? Neste instante, urrou com uma dor mais forte ainda. Olhou para a própria mão direita, que tinha sido atingida pelo disparo. Ela não existia mais. Tinha sido desintegrada, e agora as chamas prateadas subiam rapidamente por seu antebraço, exalando um vapor negro enquanto o consumiam.

Sem pensar, sem hesitar, o cavaleiro ergueu o Sabre Ulforce e cortou-o à altura do cotovelo. No instante em que tocou o solo, o membro terminou de se desintegrar e desapareceu completamente. O ferimento do Royal Knight passou a exalar uma fumaça prateada pelos dados que eram perdidos. Tentando ignorar a dor insana que sentia, ele fitou Beelzebumon, que o contemplava parecendo maravilhado. Sentindo a boca secar, berrou para o monstro.

- O QUE SIGNIFICA ESSAS VISÕES QUE EU TIVE?! QUEM É VOCÊ?!!

O ser não respondeu. Ficou observando-o com aqueles três olhos vermelhos por longos segundos, mas subitamente pareceu assustado. Arregalou os olhos e recuou um passo, tremendo. Observou a pistola que empunhava. Dando um grito, jogou-a longe e caiu de joelhos.

UlforceVeedramon não compreendeu o que estava acontecendo, mas não perdeu a oportunidade. Disparou em direção à arma e utilizando o sabre da mão esquerda a dividiu em duas. Imediatamente o objeto se desintegrou. Enfim, tinha acabado. Virou-se para encarar Beelzebumon, que gritava em desespero. Tinha levado as mãos à cabeça, e revirava os olhos parecendo alguém em crise de pânico.

Neste momento, mais uma vez o Royal Knight ficou boquiaberto: do olho que havia no meio da testa do monstro, uma única gota de um líquido vermelho tinha escorrido, e lentamente pingou no chão. De todas as coisas estranhas que vira naqueles minutos, essa foi a que mais o surpreendeu. Aproximou-se do motoqueiro, enrugando o cenho.

- Sangue...? Então você...!

Começou a falar, mas se calou no instante seguinte. Com uma súbita agilidade e um lampejo vermelho passando pelos olhos, Beelzebumon fitou-o e saltou em direção a ele. Sua garra afiada atravessou a armadura azul do Digimon e empalou-o.

UlforceVeedramon demorou alguns segundos para perceber o que tinha acontecido. Fora muito inesperado, ele sequer teve como reagir. O motoqueiro riu malignamente, com seus olhos vermelhos fixos nos amarelos do cavaleiro. Sem hesitar, já mortalmente ferido, o Royal Knight brandiu seu sabre em direção à cabeça do adversário. Surpreendeu-se uma última vez: Beelzebumon bloqueou o ataque, segurando a lâmina com a garra livre. Durante todo aquele tempo, ele estivera brincando. Nunca teve nada a temer.

Com um sorriso de nervosismo, UlforceVeedramon deu seu suspiro final e lentamente fechou os olhos. Em sua mente, apenas duas pessoas vinham a tona: A Rainha e Ezequiel.

- Não posso mais lutar por você, Majestade... Peço perdão por minha falha. E não tomaremos mais hidromel juntos, Ezequiel.

Logo após pensar isso, explodiu em dados, causando um clarão azul que foi visível a vários quilômetros de distância. Estendendo a palma da mão, Beelzebumon displicentemente absorveu sua recompensa, e começou a exalar uma forte luz branca. De suas costas, brotou um par de grandes asas negras, e seu braço foi integrado a um enorme e ameaçador canhão prateado.

Ele olhou a sua volta. Tudo estava completamente destruído e cheio de crateras, sequer parecia o terreno montanhoso de quando o conflito começara. Ele deu um muxoxo de impaciência, olhando para o ponto em que UlforceVeedramon tinha desaparecido.

- Parece que não...

Com o motor roncando, sua motocicleta que tinha se afastado durante o confronto trafegou novamente em direção a onde ele estava. Montando nela, o Digimon acelerou mais uma vez, visando unicamente continuar a busca por Emundans.

ooo ooo ooo
Caminhando apressadamente pelo corredor de metal, um Digimon se dirigia à sala do trono sentindo uma forte angústia. Era alto, humanóide e forte, tinha o corpo protegido por uma espessa armadura preta com detalhes dourados, e às suas costas balançava uma enorme capa azul que alcançava o chão. De trás da capa saía um par de asas douradas, mas que no momento estavam recolhidas por não estarem em uso.

Os olhos púrpura de Alphamon se estreitaram ao alcançar o final do corredor e empurrar a porta prateada. Viu-se então em um grande salão, que não possuía quase nenhuma mobília, apenas um belíssimo trono dourado e trabalhado nos mínimos detalhes que repousava sobre uma escada de poucos degraus. O chão em frente a ele era coberto por um tapete vermelho, e lá estava sentada uma jovem linda.

Aparentava ter vinte anos de idade, era alta e tinha uma aparência imponente. Seu cabelo era castanho-claro e cacheado, macio, alcançava a altura dos cotovelos. Tinha pele alva e trajava um magnífico vestido amarelo cuidadosamente bordado, feito de um tecido macio que arrastava pelo chão. Em sua cabeça, se destacava a fina coroa de ouro com fragmentos de esmeraldas, que refletiam a luz exalada pelo candelabro no topo do salão.

O corpo da Rainha era bem desenvolvido e os traços delicados de sua face lhe conferiam uma expressão meiga. Suas bochechas pareciam estar sempre rosadas. Seus olhos eram verdes, mas no momento se encontravam avermelhados: ela chorava, as lágrimas escorriam por seu lindo rosto e caíam ao chão. Ela tentou disfarçar aquilo ao ver seu cavaleiro se aproximar. Secando os olhos, esboçou um sorrisinho mínimo com os lábios finos. Parando perante ela, o Digimon ajoelhou-se.

- Majestade... Por sua expressão, percebo que já sabe a fatalidade que aconteceu.

Ela assentiu.

- Sim. Estou ciente, Alphamon... Muito obrigada por vir me avisar.

O cavaleiro ficou olhando para o chão, nervoso. A Rainha estava sofrendo, ele sentia isso... Cerrou os punhos, com ódio daquele inimigo inescrupuloso. Ouviu os passos delicados da moça se aproximando. Um instante depois, sentiu que ela repousava a mão sobre sua cabeça. Surpreso, contemplou sua face. Ela sorria. Tinha voltado a chorar, sim, mas sorria bondosamente para seu Royal Knight.

- Não se preocupe, meu nobre cavaleiro. O sacrifício dele não terá sido em vão...

Alphamon se levantou, sentindo-se confortado. As palavras gentis da soberana eram o bastante para acalmar seu coração em qualquer situação. Sempre fora assim.

- Obrigado, majestade... – Sussurrou.

Ela sorriu em resposta, dando as costas logo em seguida.

- Já sabe o que faremos para parar esse inimigo...? – Questionou, vendo que a Rainha não mais se manifestaria.

A moça demorou um pouco para responder, vacilante.

- Vou falar com ENIAC.

Alphamon se surpreendeu com aquela resposta.

- ENIAC?! Mas o que ele pode fazer por nós neste caso?
- Libertar Stux...

O cavaleiro ficou boquiaberto.

- Mas...! Majestade! É perigoso!

Ela encarou-o, nervosa.

- É nossa única opção... Não quero ver cada um dos meus cavaleiros morrer enfrentando aquele monstro. Ele ficou mais poderoso após absorver UlforceVeedramon...

O Digimon cerrou os punhos, angustiado.

- Eu sei, mas... Libertar aquela coisa...?!
- É nossa única esperança, Alphamon.

Ela parecia muito entristecida, e ao falar novamente foi em um tom choroso.

- Sinto muito... - Dizendo isso, disparou correndo por uma porta que havia atrás do trono.

Alphamon socou repetidamente o chão, furioso.

- Droga! Droga!! Que tipo de inimigo é esse que estamos enfrentando?! De onde ele veio?!!! Para precisarmos chegar a esse ponto...!

Ofegante, levou alguns minutos para se acalmar. Quando conseguiu, abandonou o salão, muito tenso.

ooo ooo ooo
A Rainha estava trancada em um pequeno aposento quadrado. Nua, suas roupas repousavam no chão aos seus pés, e o lugar estaria completamente vazio se não fosse por ela e por um grande espelho que havia a sua frente. A moça contemplou o próprio corpo refletido na superfície cristalina e sorriu satisfeita.

Caminhando até o objeto, tocou-o com a mão e sua superfície se agitou como se fosse água. Neste momento, um forte e breve clarão prateado se espalhou pelo aposento, e quando diminuiu a soberana não estava mais lá.
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Espero que tenham gostado da continuação da história! Aguardando os comentários. =)

Abraços
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Mensagem por Takuya Ter Jun 05, 2012 10:59 pm

Caramba, você escreve bem! Enfim, aconteceu muita coisa nesse capítulo, confesso que não esperava que o UlForceVeedramon fosse derrotado com tanta facilidade, mas serviu pra mostrar o quanto o inimigo é ameaçador. O que aconteceu com a Rainha afinal? E eu continuo curioso pra saber o que é "Emundans" afinal de contas x.x
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