Eleições 2014

Eu postei dois textos no meu Facebook. Um sobre o nível da campanha e outro sobre a segregação do pais. Vou replica-los aqui:

Pode-se dizer que estamos tendo as eleições mais baixas da história politica do pais desde a redemocratização com as declarações do PT em Minas.
O Brasil está totalmente refém de uma quadrilha, onde tudo é valido para se perpetuar no poder. Quem perde com isso é o povo, pois o debate que deveria existir em torno do futuro do pais é trocado por uma troca de acusações e mentiras do pior nível.
Infelizmente, contra um partido que conta mentiras a torto e direito contra seus adversários, não existe dialogo. Para eles, se fosse possível partir para violência física, eles não temeriam em faze-lo.
Parabéns a todos os envolvidos.
Link: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/em-minas-pt-leva-baixaria-contra-aecio-ao-extremo

A campanha que o PT promove de separação do país em ricos e pobres, em nortista e sulista, é grave! O sul do país já tem um sentimento histórico de viver fora do Brasil. E quando se promove esse tipo de segregação, o sentimento fica mais intenso e se espalha como um vírus.
Seja quem for eleito, terá que promover uma reunificação do Brasil e acabar com esse sentimento. Caso contrario, o Brasil vai virar notícia, assim como a Escócia, que pediu sua independência do Reino Unido.
E para as próximas eleições, proibir de vez, qualquer declaração de segregação do pais. O Brasil não é só de Paulista ou de Nordestinos. O Brasil é dos brasileiros, independente de quanto dinheiro tem ou de onde mora. Esse tipo de separação é incorreto, imoral e ilegal e quem promove isso deve ser punido por traição a pátria!

...

Eu fico constrangido quando alguém se diz jornalista e, por essa razão, desqualifica uma matéria simplesmente pela fonte e não por sua inveracidade de fatos. Se a revista mentiu no artigo exposto, deve ser fácil provar que ela está mentido, não?

Não estou defendendo a Veja, mas é extremamente constrangedor o grupo supostamente intelectual no Brasil descartar conteúdo baseado em premissas ideológicas e não lógicas.

A Veja seguir uma determinada linha de pensamento político não oferece nenhum demérito ao seu trabalho. Ela não se quer a única fonte de informação sobre política nacional, justamente porque oferece aquele determinado foco de pensamento e de crítica que seus redatores possuem – trabalha nela quem quer e compra ela quem quer (diferentemente de muitos dos blogs e trabalhos que criticam a Veja e são subsidiados com dinheiro público). Por que tem que se ter necessariamente uma neutralidade entre PT e PSDB, se eventualmente o leitor e/ou o  redator não são neutros? O que não pode é fanatizar e ser cego ao acertos do PT, mas isso é simplesmente honestidade intelectual e não uma neutralidade, que não precisa existir. Também, aliás, os estudos acadêmicos em sociologia, história, e tudo o mais estão repletos de pensamento ideológico – e aqui não deveria haver, visto o caráter acadêmico dos trabalhos...

Mesmo assim a revista Veja teve muitas matérias também de oposição durante o governo tucano - claro que, com 12 anos de governo petista, o foco de críticas direcionou-se ao PT, como também o fato do PT ser mais distante ideologicamente da Veja do que o PSDB. Enfim, temos aqui a coisa mais normal do mundo.

Criticar alguém por defender convictamente o comunismo não é ser extrema-direita. O artigo, aliás, não desmerece a carreira em história do Eric Hobsbawn, pelo contrário, aponta que ele é "historiador talentoso". Mas isso é um aspecto que mancha a biografia do sujeito e pode manchar parte de seu trabalho, sim. Da mesma forma que um hipotético historiador nazista, por exemplo.

Segue abaixo um post que fiz em outra ocasião na época desse artigo da Veja sobre Hobsbawn e a resposta da tal associação de historiadores, que para mim é um exemplo claro onde a Veja acabou exercendo melhor seu papel do que os historiadores que queriam acusá-la.

















Não vejo qual é o grande caso ao redor da matéria que critica o apego que o sujeito teve a uma doutrina que, é evidente, os responsáveis da revista e muitas pessoas (que são seu público-alvo) consideram uma doutrina errônea e imoral, e que por isso fazem com que o autor do artigo não admire a pessoa do historiador como um todo. Qual é o grande absurdo da matéria? Pode ser talvez uma posição que discorda-se, mas não vejo qual é o grande absurdo de algum autor tomar essa posição e da revista publicá-la. A revista tem todo o direito de enxergar nessa doutrina um grande aspecto negativo do sujeito, e discuti-lo, já que o positivo é altamente documentado. Ou, justamente por ser um figurão, tem-se que se ficar listando as qualidades e feitos do sujeito para então discutir seus defeitos rapidamente? Ou talvez pedir desculpas por mencioná-los?

Daí vem uma “resposta” dessa tal associação que passa por diversas questões que nada contrariam o que foi tocado no artigo, e muitas vezes só corroboram. Ou desde quando ser um grande historiador, liderar uma geração de historiadores marxistas, escolher um lado, assinar manifestos, ser um homem importante de seu século, "dar voz aos homens e mulheres que sequer sabiam escrever" (eita!), e tudo mais se contrapõe o que foi dito no artigo, que é justamente a ideologia do sujeito? Ou desde quando "a existência de contradições e erros nos homens" acrescenta algo em relação ao artigo que, na visão do autor, procura apontar um aspecto negativo importante do sujeito (justamente uma das “contradições e erros”)? A resposta fugiu totalmente do ponto. É como se um artigo criticasse um físico importante por sua participação na bomba atômica e viesse uma resposta de físicos elogiando suas contribuições na Física...

O ponto mais próximo que a associação chega ao assunto do artigo da Veja é quando diz que “[a revista] se esquece do compromisso de Hobsbawm com a democracia, inclusive quando da queda dos regimes soviéticos, de sua preocupação com a paz e com o pluralismo”. Faltou falar mais sobre esse tal compromisso. Não duvido que existam momentos onde fique evidente que Hobsbawn se preocupou com a “paz e plurarismo”, mas seria de bom tom a associação mencioná-los. Mesmo porque, é sabido, muitas vezes grupos preocupam-se com a “educação”, “democracia”, “igualdade”, "paz", e tantos termos abstratos, mas daí quando você analisa mais a fundo, percebe que o que o sujeito chama de “educação” nada tem a ver com o que você julga como “educação” (ou mesmo o uso corrente do termo), então simplesmente dizer o que a associação disse não significa nada. O artigo da Veja ao menos cita, de longe, o historiador ou momentos onde julga que ele teve 'desvios' ideológicos. E olha que ela é um artigo de revista e, ainda que não foi de um rigor acadêmico e nem precisaria ter sido, sendo nada tão mais além do que a opinião do sujeito leigo que o escreveu, conseguiu ser mais rigorosa que a tal resposta nesse quesito.

É óbvio que a Veja segue uma posição ideológica bastante conhecida e não há problema nenhum nisso. Mas a associação também o faz, e isso é mais estranho, já que penso que ela deveria representar historiadores de forma geral e não ideologias (ou, se isso é impossível, ao menos tentar ao máximo se aproximar dessa meta), e tenho certeza que muitos historiadores seguem uma linha ideológica mais próxima ao que foi exposto na Veja. Imagina que ridículo seria se associações de Física resolvessem sair por aí lançando artigos contra críticas, muitas vezes pesadas, a Einstein ou outros figurões da área, críticas feitas por leigos ou mesmo por físicos. Isso não é a função de uma associação e sim de indivíduos. A associação deveria incentivar a discussão de indivíduos ou pequenos grupos e não participar, enquanto associação, da discussão.

Eu voto no Aécio porque aprendi no Age of Empires que o azulzinho é sempre do bem e o vermelho é inimigo. :D Aliás...



Aparentemente nessa época a Veja era integra e idônea.

Dilma ganhou

Enjoy your venezuela, uma rodada de pronatec grátis pra galera.

Aguardando as olimpiadas. Hue.

NÃO VAI TER OLIMPÍADAS! VEM PRA RUA! NÃO É POR 20 CENTAVOS!

Para comemorar teremos mais uma Copa! \o/

Aliás, zoei tanto quem votou no Aécio e na Dilma que acabei perdendo amigos de ambos os pólos. Relaxem gente :p

Fonte, incluindo possibilidade de ampliação.