08.01.2015

Gennai apagar os dados militares sobre os digimons dos computadores humanos é uma explicação leve que só se encaixaria na mundo mágico de Adventure, de fato está mais para os escritores nos dando uma encolhida de ombros para explicar porque ninguém fora os personagens principais parece se lembrar do que aconteceu em 02 até as coisas saírem do controle completamente. Existem numerosos motivos de porque isso não funcionaria se fosse um mundo mais realista, só para começar as pessoas não se esquecem de coisas nessa escala assim tão fácil e se todos os dados sobre os digimons de repente desaparecessem como mágica isso só elevaria o alerta e todos os humanos mais do que depressa recomeçariam as pesquisas sem recorrer aos computadores para que não pudesse ser acessada pela internet e sabotada por monstros digitais.
Mas a maioria das pessoas não se incomoda com detalhes como esse porque como já dissemos estamos falando de Adventure e tudo é uma questão de contexto e abordagem, o que torna meio que plausível explicações mágicas como essas. Mas em uma hipótese que Tri mude a abordagem para satisfazer a um público mais exigente e resolva introduzir uma reviravolta um pouco mais complicada, tais soluções mágicas como essa não seriam o suficiente para os digimons triunfarem assim tão fácil sobre os humanos.

kyubi escreveu: A questão é justamente essa, como será feito no universo do Adventure, onde até então não nos foi apresentado nenhuma forma na qual os humanos sozinhos ou com a atual tecnologia conseguiriam bater de frente com digimons mais poderosos.

Pessoalmente não vejo necessário o uso de armas e tecnologias. Acho que nos estamos a esquecer que depois de 02, grande parte das pessoas começam a ganhar um D-3 e um parceiro digimon. Mas porquê? Talvez seja exatamente isto, para ajudar na unificação dos dois mundos. Os humanos não ficam assim tão vulneráveis nem precisam de nenhuma arma xD

Embora que, pessoalmente, esta ideia que toda a gente possa ganhar um parceiro não me agrade, até que faz sentido. A Digital World ficou tão conhecida no Mundo real, que a união se tornou inevitável. E por isso são precisos Escolhidos por todo o mundo.

Sparrow escreveu: Gennai apagar os dados militares sobre os digimons dos computadores humanos é uma explicação leve que só se encaixaria na mundo mágico de Adventure, de fato está mais para os escritores nos dando uma encolhida de ombros para explicar porque ninguém fora os personagens principais parece se lembrar do que aconteceu em 02 até as coisas saírem do controle completamente.

Pessoalmente, até gostei desta parte xD
Pelo que eu percebi, os incidentes de 1999 ainda estão bem presentes nas mesmórias das pessoas (a prova disso foi a família da Mimi ter fugido para os Estados Unidos, por causa do que tinha acontecido por essa altura). O mundo todo testemunhou a luta contra o Appocalymon e desde aí começaram com as pesquisas secretas sobre a Digital World. No entanto, os Agentes conseguiram infiltrar-se na rede sem ninguém perceber.

Mas o Gennai e os outros Agentes não chegaram a apagar nada.
Modificaram tudo de modo a que os incidentes passassem despercebidos. É estranho, mas sem provas concretas não há muito que se pode fazer XD Embora tudo esteja gravado nas mentes das pessoas, o objetivo era manter a Digital World fora do alcance dos Humanos (pelo menos por enquanto). 

Mas a coisa desmoronou e agora é impossível ocultá-la. E por esta razão, o melhor a fazer é a unificação dos dois mundos.

Não estou entendendo a lógica em ser preciso provar qualquer coisa. Um mundo alternativo que pode ser visto por todo o planeta na forma de rasgos gigantes no céu que todos podem ver não é exatamente algo que "precise ser provado" porque só sendo cego mesmo para não ver. Esse é o tipo de coisa que passados 100 anos você não esqueceria de ter visto.
E a menos que eu esteja muito enganado isso aconteceu após a luta contra o Myotismon, mas de qualquer forma apagar ou até mesmo sequer alterar os dados sobre os digimons desse jeito repentino seria notado na mesma hora porque essas coisas tinham acabado de acontecer e teriam percebido que algo estava errado, daí teriam recomeçado a pesquisa sem usar a rede e nem ao menos teriam que refazer tanto já que tudo isso teria acontecido no mesmo dia exato.
Mas o que eu queria dizer com isso é que até então a abordagem usada no mundo de Adventure foi algo muito mais próximo da fantasia do que qualquer outra coisa e é por isso que tal explicação não incomoda os fãs apesar dos furos, ela combina com o contexto e a abordagem leve de Adventure. É o tipo de temporada onde você pode sair com clichés como "todos os adultos são inúteis e praticamente só as crianças podem fazer um peso frente a ameaça" ou "poderes mágicos de última hora fora do controle dos herois que salvam o dia e nunca mais são mencionados ou usados novamente" e ninguém vai se importar muito porque queiram ou não a história é em sua maior parte bem leve.
O nome diz tudo, é para ser uma aventura. Tem furos e coisas mal explicadas? Muita coisa, mas nada que diminua a aventura a menos que você force muito a barra como no epílogo. Acho que os gringos chamam isso de "Willing Suspension of Disbelief".

Perdoem-me a falta de organização mas não sei fazer direito as citações.

@Jackob
Eu sinceramente espero que nem usem armas ou qualquer coisa do tipo contra os digimons, apenas citei ali pra enfatizar em um confronto onde os humanos não teriam ajuda de outros digimons. E é interessante essa questão de ir surgindo mais escolhidos com seus parceiros, como foi mostrado até mesmo no Adventure 2. Isso com certeza facilitaria na unificação.

Agora me veio uma dúvida sobre isso de todos os humanos ganharem parceiros. Será que seria algo como os digi-escolhidos onde ganharam parceiros recém nascidos ou também seria feito parcerias com os digimons já existentes no mundo digital?

Quanto a questão citada pelo @Sparrow, realmente Adventure sempre foi assim, então já assisto sabendo disso sem exigir muito ou se questionar. Creio que assim me divirto bem mais que se ficar se atentando muitos aos detalhes. Com o Tri farei o mesmo.

Falta muito ainda pra estreia?

FireKilljoy escreveu:Falta muito ainda pra estreia?

Falta 3 meses...

Aposto que o Alphamon tem algo a ver com o Gennai, talvez existe uma teoria que possa explicar isso:

Teoria do Roberto Zampari: Alphamon seria na verdade uma Criação do Gennai, e após testemunhar Greymon lutando com um Kuwagamon, Alphamon temia que os humanos possam estudar os Digimons e usa-los por suas proprias ambições (como no caso dos humanos testemunharem a luta das crianças escolhidas contra Apocalymon), no entanto, Alphamon teletransporta Taichi, Yamato, Greymon e Garurumon para a Digital World para questiona-los e chegou a uma conclusão que o Mundo Humano deveria ser destruido. Não deixando isso acontecer, os dois escolhidos Taichi, Yamato e os seus digimons Greymon e Garurumon desafiaram a uma batalha para decidir o futuro dos dois mundos. Lá Taichi e Yamato fizeram a fusão de Wargreymon e MetalGarurumon para Omegamon e começa o climax.

O que acharam da minha teoria?

É meio viagem, se o Gennai fosse realmente capaz de criar algo tão forte quanto um Alphamon todos os problemas vistos nas últimas duas temporadas poderiam ter sido resolvidos sem nem ser preciso chamar os Digi-escolhidos, além disso esse suposto Alphamon querer destruir o mundo humano seria no mínimo estranho considerando que ele teria sido criado pelo Gennai e isso seria completamente fora do personagem vindo dele. E mesmo que fosse o caso de uma criação rebelde ainda assim seria meio que uma reciclagem do arco final de Savers. Acho muito improvável.

Faz alguns dias, saiu uma tradução em inglês da entrevista feita ao realizador/diretor de Digimon Adventure Tri.

Tradução Inglesa: http://kazarinn.tumblr.com/post/127342219197/interview-with-director-keitarou-motonaga-digimon


Imagem: http://bokutachinodigitalworld.blogspot.com.au/2015/08/animedia-september-issue.html

Segue uma tradução muito rápida (e meio preguiçosa) feita por mim, baseado na tradução inglesa:

– A série que os fãs têm esperado está a chegar. Por favor, conte-nos quais serão os temas desta temporada.
O tema principal é o crescimento das “Crianças Escolhidas” em adultos, com o protagonista, o Taichi. Considerando que o Liceu é uma etapa da vida bastante atribulada, a questão passa por todos terem que parar para refletir quando se encontram parados na encruzilhada que é a vida. Ou seja: à medida que vários incidentes tomam lugar, os personagens aprenderão várias lições. Que impacto terão esses acontecimentos sobre suas perspectivas de futuro? Vai ser como uma escalada para a vida adulta, portanto, será fundamentalmente como um drama da juventude, por assim dizer.

– Sentiu-se pressionado com a perspetiva de continuar uma série de televisão tão popular como esta?
Quando comecei a trabalhar pela primeira vez, percebi que era um projeto muito mais sério do que eu imaginava (risos). Mas a geração que compõe este cenário é muito diferente dos trabalhos que já realizei; como faço parte da equipe de produção, disse para comigo mesmo: "Vou criar um Digimon Adventure novo com esta equipe!", e, nesse sentido, senti-me um pouco mais sério a respeito. Penso que o ideal seria que esta equipe se manifestasse com naturalidade em relação a esta temporada. (N.T.: Não entendi bem o sentido desta frase em inglês; mas acho que ele está a dizer que a equipe de produção está a devotar-se de corpo e alma ao projecto, e que seria bom se eles tivessem liberdade criativa para fazer o que desejam.)

- Há algum detalhe em especial a que você tenha prestado maior atenção, que queira abordar aqui?
Concedi a esta série um tratamento especial muito pessoal; primeiro, quis fazer uma temporada com um ritmo muito parecido com o do Digimon Adventure original, com o objetivo de renovar a ideia que se tem dos personagens, mas... Ninguém espera que um personagem que estuda no 2º ano do Liceu tenha a mesma personalidade que tinha no 6º ano do 2º Ciclo, mesmo que falemos da mesma série televisiva. Por isso, nesta nova temporada, mudámos um pouco a maneira como eles pensam, de maneira que os personagens cresçam de maneira realista. Por outras palavras, queremos mostrar como os estudantes do Liceu pensam na vida real. Por exemplo, o Taichi e o Yamato são amigos muito próximos da escola, mas as matérias que lhes interessam são diferentes, as turmas onde estudam são diferentes - eles vão começar a tornar-se distantes e será mais difícil falarem um com o outro. Mas assim que se reencontram e começam a conversar, a atmosfera amigável que tinham no passado volta... Quis enfatizar este aspecto da realidade. Além disso, quis retratar os personagens adultos à volta deles de maneira apropriada, e prestei especial atenção às batalhas com os parceiros Digimon. Quis mostrar que a força deles, mostrada nas lutas apresentadas na grande tela, não vem de uma relação robótica, mas sim de uma relação orgânica entre parceiros. (N.T.: Mudei um pouco a construção da frase original, mas é este o sentido que se quer transmitir)

– As Crianças Escolhidas estão completamente diferentes agora. O número de novos membros no elenco cresceu consideravelmente. Como correram as pós-gravações?
Muitos membros deste elenco pertencem à geração que assistiu Digimon em criança. Por isso, no começo, assim que começaram a ouvir as vozes dos Digimons que conhecem desde crianças, gritaram “É mesmo verdade!” frente aos dobradores/dubladores veteranos; todos ficaram profundamente emocionados. Começou com uma atmosfera verdadeiramente única. No que diz respeito à performance, todos têm uma imagem muito sólida do Digimon Adventure original, e uma vez que todos cresceram e tornaram-se adultos desde então, flui tudo tão natural como a mudança de voz de quem começa a estudar no Liceu… então, as performances deles combinam muito bem com o crescimento dos personagens; este tornou-se um dos maiores charmes da nova temporada.

– A primeira parte da nova temporada vai ser exibia em sala de cinema em Novembro e vai haver um total de seis partes, ao todo. Pode dizer-nos o que sente a respeito disso?
“Vai ser muito difícil” foi a primeira impressão que tive (risos), mas acho que tive razões para pensar dessa maneira, porque queremos todos fazer as coisas como deve ser. Está dividido em seis partes, mas pessoalmente estive a trabalhar com a sensação de “Querer apresentar conteúdo digno de doze filmes” - então, lançar os filmes um a um vai ajudar a dar coesão ao conteúdo. Estamos a concentrar um trabalho denso em um bom produto final, e, enfim... estamos todos a fazer coisas meio irracionais, tais como tentar produzir o melhor resultado de que somos capazes (risos). Ficaria muito feliz se todos vocês pudessem sentir essa mesma paixão, quando forem assistir o filme. Neste momento, a "Aventura" que a nossa equipa está a criar não é apenas uma "aventura no Mundo Digital”, mas também uma “aventura relacionada com o nosso próprio crescimento”. É uma história de aventura sobre a busca de “algo” nas nossas vidas. Na parte 1, há pistas para o que vai acontecer e terá continuidade nas partes 2 e 3 e por aí adiante até terminar na sexta parte. As coisas vão ficando mais claras, nomeadamente a respeito dos vários significados da palavra “tri.”, mas, até lá, não percam a chance de assistir a primeira parte, “A Reunião”, que abrirá em Novembro!

PS.: No texto original inglês há uma nota de aviso do tradutor, que admite alguma falta de profissionalismo na tradução do japonês. Algumas partes em inglês estão com a construção frásica japonesa e possui termos igualmente ambíguos, que são típicos daquela língua. Por isso, tive que tentar ir pela ideia geral que se quis transmitir. xD

Por esse texto me parece mesmo que o foco não vai ser em batalhas, mas no dia a dia dos escolhidos e na nova realidade do mundo digital e mundo humano...

Ai que delicia, adoro anime parado sobre cotidiano. E do jeito que anda as animações da Toei nos últimos tempos é bom nem investir muito em luta se não sai algo assim:



MWAHAHAHAHAHAHAHHA