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Digimon Adventure ZeroTwo: Hinode
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Re: Digimon Adventure ZeroTwo: Hinode
- Ora, ora... É tão interessante te encontrar aqui...
Uma voz feminina é ouvida. Olhos vermelhos. Deitada de lado na calçada, apoiando seu rosto com o cotovelo direito.
- Achei que tinha visto um anjinho, mas só achei um mortalzinho parecido com ele...
- Quem é ela?! – perguntou Miyako – Não é aquela ave, certo?
- Não... Ela era diferente. Mas pelo jeito, não é amiga do Kiseki ou da Bunni...
- Bem, como a Frostmon não fez nada... Acho que posso ganhar uns créditos extras se fizer o trabalho dela. – levantou-se do chão num pulo, aterrissando de pé no mesmo lugar onde estava.
- Contemplem o poder da guerreira da água, Ranamon!
Apontou para o grupo, e uma rajada de agulhas geradas com a água do mar foi arremessada contra os dois escolhidos.
- Miyako-san/Daisuke, cuidado! – gritaram Hawkmon e V-mon juntos, derrubando os parceiros no chão e abaixando em seguida, para que o ataque não os atingisse.
- Acho melhor escaparmos! – sugeriu Daisuke – V-mon ainda está cansado da última batalha para evoluir, e Hawkmon não será capaz de lutar contra ela!
- O-Oque?! – a garota de óculos exclamou – E-Está dizendo que deveriamos...
- Frostmon, aquela tal ave, foi páreo para Nefertimon, Pegasmon e Fladramon! Não podemos arriscar com essa nova inimiga!
- C-certo... – acenou positivamente, pegando o D-3 da bolsa que carregava.
- Por um lado... o Daisuke está mais sério e responsável... Antigamente ele iria arriscar antes e recuar depois – pensou ela.
- Miyako... A evolução normal não vai adiantar. Use a Armor para Holsmon para sairmos daqui depressa, por favor.
- E ele... Ele está sendo mais educado?! Acho que... Algumas dessas mudanças não foram tão ruins assim... – continuou a comentar mentalmente.
- Miyako? Está me ouvindo? – o garoto chamou sua atenção.
- Ahn... Sim! – voltou a si a Inoue.
- DIGIMENTAL UP!!
Hawkmon... Evolução Armor para...
As Asas do Amor, Holsmon!!
- Holsmon – disse o rapaz – não vamos sair daqui sem uma...
- Eu entendi, Daisuke-san, deixe comigo.
- Udjat Gaze!!
Os olhos do digimon quadrúpede brilharam, e lançaram um anel de cada olho. Ranamon não entendeu muito bem o ataque, pois foi rápido e ela ficou imobilizada.
- Agora! Vamos! – alertou o escolhido.
Todos montaram em Holsmon e saíram de lá, num piscar de olhos.
E a inimiga... Não conseguia se mover ainda.
- AAAH!! E-EU PEGO VOCÊS! AH SE PEGO!! – esbravejou ela.
- Vocês não vão se safar de mim! NÃO VÃO!!
#9 - Energia Contagiante! Voe Alto, Fäuermon!
- ... E foi isso que ele me contou. – terminou o relato a escolhida da Luz.
- Então aquela estranha garota que vimos lutando com o Daisuke foi usada pelas trevas? – questionou-se Taichi.
- Sim. E o Kiseki... A ajudou a se libertar da escuridão e ela pode renascer.
- Mas... Se há alguém atrás dessa tal de “Pandora”, como que o Daisuke vai encontrá-la? Não... Como nós vamos encontrá-la, já que ele disse que o assunto de todos nós?
- Isso tem a ver também com o congelamento do tempo? – indagou Yamato.
- É, também tem esse detalhe – concordou o irmão do loiro – E como poderemos agir se metade do grupo não consegue evoluir seus digimons normalmente?
- Eu não sei... – respondeu Hikari – Não o perguntei sobre isso...
*beep* *beep* *beep*
A discussão entre a Luz, a Coragem, a Esperança e a Amizade é interrompida com o soar do terminal do Yagami.
Estranho, já que o remetente da mensagem era alguém de quem falavam minutos atrás...
E respondia depois. Muito depois. E pra completar, dizia estar bem e que Fladramon tinha evoluído para a forma perfeita, só que com todo o seu poder agora.
Quem mais teria enviado aquilo se não fosse...
- Luta? O que aconteceu ao Daisuke pra ele ter demorado tanto para nos contatar?! – exclamou o rapaz da cabeleira gigantesca.
- Luta? Como assim? – os demais também torceram o nariz.
- Afinal, ele tinha ido buscar o V-mon, certo? – Yamato pedia que o amigo ali confirmasse suas palavras.
- Sim... Disse que iria buscar o parceiro em casa. Mas... Como que ele entrou em uma luta?! Espero que tenha sido depois de ter buscado o V-mon...
- Onde ele está agora? – interrogaram Hikari e Takeru, um pouco sérios.
- Hmm... Ele não disse.
- Não?! Mas... Mas por quê?! – agora os demais falaram com um tom de indignação.
- ... Vou perguntar. Ainda não entendo por que ele está agindo dessa forma.
- Ninguém está, Taichi – disse o Ishida – Ninguém está.
---
Holsmon pousou perto em frente do prédio onde moram Miyako, Iori e Takeru.
Era o mais próximo dali e eles precisavam se esconder.
O efeito do Udjat Gaze logo passaria e aquela estranha digimon verde voltaria a persegui-los.
Em suas mãos estava aquela pequenina. Miyako a olhava enquanto os dois andavam cautelosamente para dentro do prédio, indo até o elevador.
Logo também percebeu que o amigo estava meio cansado e sonolento.
Colocou sua mão em sua testa repentinamente, e, antes que ele pudesse perguntar, ela notificou:
- Daisuke, você está meio febril... Não diga que saiu correndo do campo assim mesmo?
- Não daria tempo de me trocar... Ah, isso não é nada comparado ao que passei naquela dimensão...
- Seu maluco... – suspirou – E quem é essa coelha? Ela está bem?
- Ela veio de outra dimensão – explicou V-mon – Se chama ChibiBunnymon e é a Digimon do Desejo...
- Digimon do Desejo? Como assim? – perguntou Hawkmon (que já tinha voltado à forma criança)
- Não sabemos... – disse Daisuke – Ela tem a missão de entregar esse colar para a “Pandora”.
- E por que ela desmaiou depois que deu aquele clarão?! – indagou Miyako.
- Aquele clarão fez o V-mon evoluir naquele dia no parque. Aí ela apagou e só acordou horas depois, quando já tínhamos salvado a Hikari e o Takeru daquela tal ave gélida.
- Espero que ela esteja bem... – preocupou-se a Inoue.
- Deve estar. Tem alguma coisa... Ah, deixa pra lá.
- Então... Pode me explicar melhor essa história toda? Ou... Ainda...
- Miyako...
Parou, e ela em seguida alguns passos à frente. Olhou para trás e, diferente da cena na sala de informática, ele parecia o mesmo de sempre.
- ... Obrigado. – Disse ele, seriamente. Olhou para o chão, pensativo.
Não compreendeu bem... O agradecimento era por terem conseguido escapar ou foi pelo tapa que tinha dado nele?
- Esqueci que... ...
- Aquilo que eu tinha dito ao Ken... E... Mas...
- Mas foi por... Por não querer perder ninguém...
- Só que... se eu continuar dessa maneira... Vou deixar todos preocupados...
- Como da última vez... E se eu acabar morrendo... Os deixarei tristes e não se perdoarão por terem me deixado continuar a tomar essas atitudes...
Sua voz foi enfraquecendo, sendo um pouco consumida por lágrimas...
Lágrimas?!
A escolhida nunca o tinha visto chorar daquela forma. Talvez quando eram mais novos já o visse a chorar. Até sentia pena quando acontecia isso e ia consolá-lo, por mais estúpido fosse o motivo de estar chorando.
Mas agora... Era diferente. Já que não o via mais fazer aquilo, ou por não tirarem sarro de sua cara, ou por orgulho besta... Ou chorava por dentro, sem que percebessem.
E era quase raro ver o Motomiya chorando.
- ... Assim como eles ficaram tristes quando ele morreu...
- E ele achava que... Só tinha carinho dos que trabalhavam naquele castelo...
- E de uma pessoa que o abrigou antes, quando foi expulso de casa.
- Estranho... Já que depois que “cortaram” sua cabeça, a população inteira se revoltou.
- Isso quando... Descobriram que ele tinha ido para a guilhotina no lugar de sua irmã.
- C-como... Como assim? – a moça de óculos ficou meio confusa.
- Daisuke... você está falando agora como se...
- Espera, ele está chorando? – pensou.
- Ele foi salvo... E recebeu uma oportunidade de recomeçar do zero...
- Mais tarde ficaria sabendo do que se tratava.
- Conheceu outras pessoas lá, fazendo novas amizades... E uma jovem.
- Que foi responsável por trazer a sua irmã para aquele continente.
- Uma não... Duas jovens.
- Dai-chan? – murmurou de uma forma que ele não ouvisse.
- Só que... Ele finalmente foi morto.
- Mas... Conseguiu, por um milagre... Uma oportunidade de renascer.
- E depois de muito tempo... Percebeu, quando regressou naquele lugar...
- Que era amado por muita gente. E aquela sensação que sentia antes, quando era essa outra pessoa, de o considerarem um traidor só por ser fiel à sua princesa, sua irmã...
- Passou. Passou como se nunca tivesse existido.
- M-mas... Você está parecendo não ser o D-Daisuke a-agora...
- Miyako... Depois que desapareci daqui por alguns dias, não tinha noção que...
- Não eram poucos que gostavam de mim. E sim muitas.
- Antes, por ser mais... Ingênuo e infantil, não me levavam a sério...
- Preferiam ou você ou o Takeru para tomar as decisões...
- Então... Eu aturava isso. Mas no fundo sentia a mesma sensação que o Lance sentia...
- Que somente poucas pessoas se importavam comigo.
- Que se caso eu sumisse quase ninguém perceberia isso...
- O que está dizen--
- Mas... aquele tempo que passei fora de casa...
- E o jeito que senti durante essa jornada para completar algo que o Lance tinha deixado em pendente...
- Me fez perceber que... estava enganado. Não estou só. Minha voz chega até vocês e eu sei disso agora.
- E depois de ter batalhado tanto para provar o meu valor no grupo... Eu deveria ter mudado esse meu pensamento.
- Mas só veio a mudar depois daquela experiência. A forma com que vocês se preocuparam comigo...
- Daisuke...
Subitamente sentiu-se envolvido por braços. Aquilo também o fez abraçar sem intenção alguma a digimon orelhuda.
Mal acreditava que... Quem o abraçava tinha sido a garota de cabelo violeta que estava à sua frente.
O que o fez corar. Hawkmon e V-mon só os observaram. Pensaram em avisar sobre o elevador, que ele estava “congelado” e não o poderiam utilizá-lo, mas não conseguiam. Aquele momento não devia ser interrompido.
Pois o goggle boy estava a receber um carinho, um afeto... Depois daquelas atitudes erradas que tinha tomado.
E aquelas atitudes o deixaram meio desanimado.
- Dai-chan, não chore... E-eu não devia ter te dado aquele tapa...
- Foi graças àquilo que percebi o quão errado estava, Miyako...
- Deixei por um momento... Esquecer aquele dia em que a base do Digimon Kaiser estava perigando explodir...
- Mas... Acho que entendo um pouco o Ken... Ele não só queria reverter tudo que tinha feito...
- Como também não queríamos que, caso explodisse, morrêssemos lá.
- Mas se ele morresse ali, nós não nos perdoaríamos por termos deixado cometer aquela loucura!
- E nós não vamos deixar que faça isso sozinho. Nem que digimon algum tente te matar!
- Miyako-san... – interrompeu Hawkmon – Acho que deveríamos ir agora, ou aquela Ranamon poderá nos alcançar.
- Hawkmon tem razão, ainda mais se aquela tal de...
O chão começa a ficar frio.
Quando ela olha para frente e o garoto dos goggles olha para trás (na mesma direção), vêem a rua toda congelada.
Pilares de estalactites impediam a passagem para qualquer lado. Elas subiam até o alto do céu, onde havia um gelo retangular, como um o teto de um canto.
As paredes eram formadas alguns metros atrás das estalactites, formando uma espécie de campo de batalha.
O piso inteiro parecia um ringue de patinação. E no meio dele estava Frostmon.
E às escondidas... Ranamon.
Por que ela estaria lá se sua missão era de impedir o Kiseki no Tenshi?
Logo se saberia.
- Ela voltou... – bufou Daisuke – Não dá nem um tempo para relaxar, hein?!
- Essa é a ave? – perguntou a Inoue.
- É... Miyako, a criatura que quer me matar. Assassina, Miyako maluca.
- E-ei! Eu não sou maluca!
- Isso não interessa agora! – V-mon cortou aquela discussão antes dela mesmo começar – Daisuke, nós temos que sair daqui!
- Espera... Pra onde iremos?! – contestou a escolhida – O chão está congelado! Não podemos correr!
- Miyako-san, me faça evoluir para Holsmon outra vez! – sugeriu o seu parceiro.
...
- Não adianta fugirem desta vez... – pronunciou Frostmon.
- Pois, não irei permitir que saiam.
- Isso é o que você pensa! – esbravejou a guria.
- DIGIMENTAL UP!!
Hawkmon... Evolução Armor para...
As Asas do Amor, Holsmon!!
- Vamos repetir a jogada, Holsmon!
- Ok!
- Udjat Gaze!!
Usou a mesma habilidade contra a ave sinistra... Porém não surtiu efeito... Pois ela repeliu com gelo. E na direção deles.
- Cuidado!! – alertou V-mon, empurrando os dois humanos para o chão, numa parte não congelada ainda.
Holsmon e Vee esquivaram do próprio golpe do digimon egípcio a tempo. Só que aquela batalha parecia só estar começando, e que sua oponente não os deixaria escapar tão cedo.
---
- Koushiro-san~
A voz graciosa de Carol era ouvida na porta da casa dos Izumi. Ao seu lado havia uma Geijutsushi inquieta, discando toda hora do celular para a casa dos Motomiya, ou dos Yagami.
- Carol-san! Nina-san! – disse o ruivo, surpreso com a visita.
- Nós queríamos te perguntar uma coisa...
- O que seria?
- Bem, a neechan está preocupada com o Daisuke-kun.
- Preocupada? Ahn, todos nós estamos...
- Sério?
- Ele anda agindo de uma forma muito estranha ultimamente...
- Ah bem... É que ele esteve algumas horas atrás conosco...
- Esteve?
- Sim, eu acabei tendo uma estranha visão e quando voltei a mim, ele e a neechan estavam me chamando.
- Uma visão?!
- E... Ele também ficou me perguntando algumas coisas...
Nina intromete-se na conversa, desligando o celular e resume toda a história de Carol:
- Ele pipocou lá no prédio e aproveitei para perdi ajuda.
- A Carol acabou tendo alguma espécie de visão do passado, como a coelha invasora de domicílios disse, e aí o Motomiya começou a fazer perguntas e a nos deixar cada vez mais confusas.
- Depois falou lá que o assunto era complicado demais para nos falar e...
- Aquela coelha surgiu do nada, em cima da cabeça da neechan, e nos disse isso.
- Só que o assunto foi desviado sobre esses “congelamentos” do tempo e tal...
- Aí, mais confusas do que antes, perguntei se ele podia nos explicar...
- Só que o Motomiya sumiu! Só levou alguma coisa da mochila e a deixou lá.
- Ah... Então isso deve ser o que a Miyako-kun e o Taichi-san me disseram... – supôs Koushiro.
- M-mas... Como assim o assunto foi desviado sobre o tempo estar “congelado”?!
- É algo bem confuso. Tinha a ver com paralelos, magia, dimensões...
- Por favor, poderia me contar mais sobre isso?
- Eh? Mas eu só queria saber onde ele foi e...
- Ah, deixa que eu te explico! – a menina de olhos verdes de prontificou em explicar tudo – Neechan, vai procurar pelo Yagami-san. Talvez ele saiba onde o Daisuke-kun foi!
- M-mas... – é empurrada delicadamente para o lado.
Os dois entram e a menina de cabelos morenos acastanhados fica, sem entender absolutamente nada do que tinha acontecido ali.
- C-Carol *gota* *gota* *gota*
---
- E...? – perguntou Hikari.
- Nada até agora. Onde é que ele se meteu?! – falou Taichi.
- O que é ele pensa que está ganhando com isso?! – bravejou Yamato.
- Vamos nos acalmar... – Takeru olhou para os três – O D-terminal pode estar sem bateria, ou a mensagem não foi enviada.
- Devemos confiar no Daisuke de qualquer forma.
- Só nos resta aguardar pacientemente a resposta dele...
- Ou vamos atrás dele. – disse o escolhido da Coragem, levantando-se da cadeira da escrivaninha e dirigindo para a porta.
- Oniichan, eu irei junto. – e a sua irmã num pulo levantou da cama onde estava sentada.
- Esperem aí! – o Ishida de colocou na frente da porta do quarto – Eu irei junto, mas já aviso que se continuar a agir dessa forma e a nos esconder algo...
- Calma, oniisan... – o loiro mais novo foi até ele, colocou a mão em seu ombro – Vamos todos procurar pelo Daisuke então.
Só que... Quando eles estavam saindo... O anel da gata começou a brilhar.
Isso significava problemas. Ah, se significava...
- Não é nada bom isso... – comentou Patamon – Vamos depressa!
Acenaram positivamente todos, e saíram do quarto do escolhido da Esperança.
---
A luta continuava tensa. V-mon não tinha ainda forças para evoluir, já que gastou boa parte daquela energia como Fladramon, e um pouco mais no confronto na caverna, como Burning Fladramon.
Sem falar que ele ainda sentia-se dolorido graças à ave, que o pressionou contra a parede e apertou seu pescoço, de um modo que pudesse asfixiá-lo.
Mas não poderia ficar parado. Tinha de lutar. Tinha de ajudar Holsmon, já que era um oponente poderoso.
- Vocês deveriam desistir enquanto podem. – sugeriu Frostmon.
- Nunca! – gritaram os dois digimons escolhidos – Enquanto tivermos forças, nós iremos proteger nossos parceiros!
- Ohhh, Holsmon, você é incrível! ~♥ - elogiava a sua parceira.
- Miyako... – Daisuke fez uma cara de enjoado – Isso não é hora para elogios...
V-mon esquivava dos ataques, tentava uma brecha. Holsmon atacava direto, com Red Sun, Mach Impulse e até tentava pará-la com o Udjat Gaze.
Essas brechas eram abertas dos ataques frontais do digimon falcão, que mantinham a ave de gelo atenta para desviar e esquivar.
Mas... Os ataques do azulzinho eram inúteis. Um V-mon Head não fazia tanto efeito. Nem um Boom Boom Punch.
- Não adianta... Vocês são inferiores a mim! – proferiu a inimiga, desferindo um arranhão em V-mon.
- Gah!! – O dragão criança foi arremessado contra o chão, rolando até parar de barriga no gelo.
- V-mon!! Gritou desesperadamente o goggle boy.
- Seus golpes são fracos! Não surtem efeito, nem me ferem! – continuou ela, lançando uma rajada de agulhas de gelo negro contra o companheiro alado de Miyako.
- Kh!! – o digimon quadrúpede não conseguiu de desviar desta vez, pois foi muitíssimo rápido, fazendo com que suas patas e as asas do elmo ficassem congeladas.
- Holsmon!! – berrou a menina, de olhos arregalados.
- Ou seja... Não há nada mais para fazer. Nem mesmo como resistir... – a oponente seguiu na direção dos dois humanos.
Não havia mais jeito. Ele estava sem saída.
Mesmo que os quatro descessem depressa, Tailmon e Patamon seriam derrotados. E eles não sabiam que a luta estava ocorrendo justo em frente a aquele prédio.
Frostmon aproximava-se mais e mais.
Olhos vidrados no escolhido do Milagre. O seu alvo era aquele.
Ranamon esperava que o seu plano desse certo. Que o anjo aparecesse para salvar o menino...
E este se encontrava por lá, observando os fatos. Mas sabia que não seria preciso intrometer-se...
Pois... Aconteceria algo outra vez. Como naquela batalha anterior.
- Miyako... Saia daqui e depressa... E-eu me viro. – pediu Motomiya, olhando-a seriamente.
- E aquele papo todo que tivemos na sala de informática e agora pouco?! – encarou-o.
- Você sabe... Que eu não vou me render tão facilmente.
- Acorda! Está meio febril, V-mon não consegue evoluir... E quer que eu te deixe aqui, lidando com uma ave assassina?!
- N-Não contesta! Só tire a Bunni daqui! Eu dou um jeito de escapar! Eu já sei o que falta para acionar o feitiço do Mago Hu. E ela também!
- Mas...
- Eu não vou morrer, Miyako! Eu te prometo!
A inimiga parou na frente deles. Uniu os braços, carregando seu poder para transformá-los em estátuas de gelo...
- É o seu fim, Lance Kuroboshi.
- E da sua namoradinha também.
...
Alto lá. Miyako, que antes parecia estar com medo do que lhe aconteceria... Levantou-se, com um olhar medonho e a encarou:
- ELE NÃO É MEU NAMORADO!
- E EU NÃO VOU PERMITIR QUE VOCÊ MATE-O!
- NÃO! E EU ME NEGO A SAIR DAQUI!
Posicionou na frente do guri, abrindo suas mãos e encarando a ave.
- Se quiser fazer isso, terá de passar por mim primeiro!
- M-Miyako!! – berrou Daisuke – TU PIRASTE?!
- Pirei que nem você, suponho... – balbuciou baixinho, abrindo um pequeno sorriso.
- Ok... Não vai ser tão difícil... – disse a digimon gélida.
Foi quando os D-3 de Takeru e Hikari brilharam novamente, enquanto estavam no terceiro andar, na metade das escadas para o segundo.
Eles pegaram os aparelhos e fitaram. Surgiram os seus respectivos brasões em cada ecrã.
Seguida saiu duas luzes na cor correspondente deles e percorreram as escadas.
Estava acontecendo outra vez?!
Taichi e Yamato não faziam idéia do que tinha acontecido ali.
Porém...
As luzes atravessaram toda a escadaria, seguindo em direção do digivice branco com borda vermelha.
Acertaram o alvo. Um clarão ofuscou as visões dos demais... Menos dela. E aquele brilho começou a despertar a Digimon do Desejo.
- O-O que é isso?! – perguntou-se Miyako, tirando o D-3 do bolso e mirando diretamente na tela e no que aparecia nela.
Um símbulo. Parecia YinYang, o de cima era maior e era aberto na “esfera” com uma bola menor no centro. O de baixo era um pouco menor.
Aquela figura logo saiu como uma onda energética, percorrendo até Holsmon.
Envolveu o seu parceiro digimon, que teve, em seu peito, o mesmo desenho que apareceu no aparelho da Inoue.
Holsmon... Evolução com o Fragmento da Energia para...
A brisa energética do Amor!! Fäuermon!!
O digimon sofreu uma drástica transformação. Assim como WereGarurumon, Fäuermon tornou-se bípede, surgiu asas em suas costas, suas patas dianteiras viraram braços, com garras de três dedos e um dedão (tal como Garudamon), ganhou em seus ombros três penas longas, e nos braços tinham braceletes no estilo egípcio, com bordas douradas, pedras de fileiras azuis e no meio destas uma fileira de vermelhas. As asas do elmo de Holsmon diminuíram um pouco,e o brasão do amor nele alterou do azul para o vermelho. No peito do digimon havia um colar egípcio, bordas douradas, uma segunda borda em vermelho e pedra da cor do elmo no centro, onde tinha estampado o símbolo da Energia em azul.
Na cintura havia um cinto de ouro, com um orbe vermelho, que segurava a túnica que vestia.
Holsmon havia passado para o nível de perfeição.
- H-hein?! M-mas como... H-Holsmon... Evoluiu?! – disse ela, impressionada.
Mas a distração dela iria causar numa desgraça.
A ave inimiga aproveitou e tentou atacá-la com as garras. Daisuke imediatamente se atira na amiga e a derruba no chão com o seu peso.
Dessa forma, os dois escapam de um ataque letal a tempo.
- M-mas...! Por que fez isso, sua idiota?! – reclamou ele – Por que ficou parada?!
- E-eu... Olha! O Holsmon evoluiu!
- Miyako, acorda! Estamos no meio de um confronto! Não dá pra ficar sonhando acordada--
- D-DAISUKE-SAN, MIYAKO-SAN, CUIDADO! – alertou ChibiBunnymon, apontando para Frostmon, que voltava a atacar.
- EU NÃO VOU PERDER PRA VOCÊ DENOVO GAROTO!! – avançou contra eles, cheia de ódio.
Avança, ataca com as garras de suas patas. Porém...
Algo bloqueia o ataque. Um cajado dourado, que lembrava o cajado de Horus, o Deus-Falcão egípcio.
- Não permitirei que você toque na Miyako-san, muito menos que elimine o Daisuke-san. – disse Fäuermon, que tinha parado na frente das crianças, impedindo o ataque.
- M-Mas...!! Como que... O outro... Fragmento...!!
- Acaba com ela, Fäuermon!! – A garota de óculos estava elétrica, sua energia transbordava pelo seu corpo e era emitida direto ao seu parceiro.
- M-Miyako... *gota* – Daisuke a olhava com cara de tacho.
- Então esse é o poder total do fragmento correspondente à Miyako-san? Wow, e não é que ela é bem energética mesmo? – comentou Bunni ao escolhido de goggles.
- Hein? Miyako também tem um... fragmento? – virou-se para ela.
- Sim, Daisuke-sama... – acenou positivamente com a cabeça – Três dos doze escolhidos não possui um brasão próprio... Mas possui um Fragmento.
- Se bem que seriam dois, já que... Pelo que o Kiseki-sama me disse, você sendo a vida nova dele, o brasão do Milagre certamente te pertence... Pois depois do Lance-kun, não apareceu mais ninguém que os digimonianos achassem digno de usar a Lux Miraculum.
- ... Afinal, o brasão do Milagre é ou não meu?!
- Ei – Miyako intrometeu-se na conversa dos dois – Que tal ao invés de ficarem falando de brasões irem ajudar o V-mon?! Ele está ferido, lembram?!
O parceiro de Miyako lutava contra a digimon ave gelada, bloqueando os ataques dela com o cajado, e atacando-as com rajadas de vento gerada pelas suas asas – o Wing Blast.
E este ataque empurrava-a para trás, servindo mais como uma defesa do guerreiro pássaro.
A luta encerrou, quando Fäuermon ergueu o cajado, apontou-o para Frostmon e disse:
- Red Sunburst!!
Um raio vermelho, saiu de uma esfera desta cor que se formou no topo do cajado. O golpe acertou o oponente e o arremessou contra o outro lado da rua. E isso também acerta Ranamon, que estava atrás de uma estalactite.
E isto também começou a derreter o gelo obscuro que cobria o local.
Incluindo... O acesso às escadas do prédio, que tinha sido bloqueada e eles não tinham visto ainda.
O raio foi enfraquecendo... Assim que o digimon ouve uma voz...
Não... Duas vozes.
“P-por favor... P-Pare!! N-nós p-precisamos de aju--da..”
“D-Du-- Está... U...san...do... N... para... ... comp... se...u... pla...o”
“P-por favor... P-pare!!”
“Por... fa...vor... a...ju...de... n...!!”
Seus olhos arregalaram, e o cajado caiu no chão.
Tanto a ave azul quanto a digimon rã desapareceram num piscar de olhos.
Os outros não compreenderam bem, exceto V-mon.
Este levantou-se, com dificuldade e olhou para Fäuermon. Seriamente, um parecia perguntar ao outro mentalmente se ouviu aquelas vozes.
E essa resposta estava clara em ambos os olhos. O digimon falcão voltou à forma criança e dirigiu-se diretamente para Miyako e Daisuke:
- Miyako-san... Daisuke-san...
- Aquelas digimons... Eles têm algo de errado.
- C-como?! – exclamaram as crianças.
- Não me diga que ouviu uma voz como o V-mon tinha dito ter ouvido antes, quando ele, Bunni e eu estávamos numa caverna?! – exclamou Dai.
- Vozes... Eu não ouvi nada... – relatou a Inoue.
- Eu as ouvi, Daisuke... – o azulzinho andou até eles, mancando e soltando grunhidos de dor.
- Uma voz... Pedindo para que parássemos. Aquelas digimons parecem estar sofrendo.
- Sofrendo?! – disseram os escolhidos outra vez.
- DAISUKE! MIYAKO! – vozes vindas da escadaria os fizeram olhar para trás.
- VOCÊS ESTÃO BEM?! – outra, agora feminina, perguntava-os.
As quatro silhuetas humanas, uma alada e uma felina sugiram saindo do prédio.
Eram os outros quatro escolhidos, Patamon e Tailmon.
- Sim... Estamos... – respondeu o Motomiya, levantando-se do chão e estendendo a mão para que a menina de óculos se levantasse.
- Graças a Miyako. – sorriu ele para a Inoue.
- Graças a Miyako?! – exclamou Taichi – O que aconteceu, huh? Nem sabíamos que estavam por aqui!
- Ahn... longa história... Mas foi ela e o Hawkmon quem fizeram tudo por hoje...
- E o V-mon tentou ajudar, mas... Aquela ave estúpida o feriu mais...
- Não foi nada, Dai-chan... – V-mon tentou acalmá-lo, visto que o parceiro mostrava-se preocupado – Eu estou bem.
- Eu disse que não ia te abandonar, seu idiota – bufou Miyako, dando um cascudo no menino de goggles.
- Parece que voltou a ser o Dai-chan... digo, o Daisuke idiota de antes.
- Ow ow, Não sou idiota! – retrucou ele, pondo a mão no local em que recebeu o cascudo – E-eu só não queria... Que aquele estranho, ou essa ave te usassem para me atingir!
- E eu não quero que eles façam isso com mais ninguém.
- Daisuke-kun – Hikari direcionou-se a ele – Esta missão não é só sua. É de todos os escolhidos.
- Kiseki esteve no quarto de Takeru, e eu pude falar com ele. Me explicou tudo e também... Sobre o perigo que tudo está correndo caso essa entidade encontre “a Pandora”.
O Motomiya ficou meio... surpreso. Ainda mais quando descobre agora que o resto do grupo não estava envolvido por suas atitudes, mas sim por causa do dever deles:
Proteger a Digital World, o mundo humano e os demais mundos paralelos que existem entre eles, incluindo aquele de onde ele pertenceu antes.
- FRAGMENTO DE MEMÓRIA #1:
- Fazia pouco tempo que ele tinha ido morar lá. Depois dos ocorridos em Kuroboshi.
Depois da execução da “princesa Yami Kuroboshi”, que na verdade...
Era seu irmão gêmeo que havia trocado de lugar com ela.
O jovem, agora com uma aparência diferente, que nem mais fazia os demais acreditarem que ele era o gêmeo da tirana, sentava-se em um sofá e a ler um livro qualquer.
Conhecimento. Ele agora era um aprendiz daquele quem o salvara e o dera uma nova oportunidade de reverter a situação. A situação? Ele só descobriria mais tarde, bem mais tarde.
- Lance-kun... – disse uma voz, timbre feminino, que vinha detrás do sofá, na porta de entrada de outro cômodo do castelo – Como vai?
- Miya-san! – respondeu o Kuroboshi, virando-se para ela – Vou bem, e você?
- Ah... Perdendo a cabeça com aquele idiota do Okami. Ele é um tanto mal-educado, irônico... E quase não me ouve! É diferente de você, que é gentil, educado e bonzinho.
A palavra “bonzinho” o fez largar o livro. De fato, não se considerava mais uma pessoa boa depois do que tinha acontecido.
- MiyaShurimon... Eu acho... Eu acho que você não pode me chamar de “garoto bonzinho”, porque eu não sou uma pessoa boa.
- Por quê?! - exclamou ela – Não vejo maldade alguma...
- Justamente isso. Eu fui uma pessoa má. Os kuroboshianos tinham... razão em me odiar.
- Não diga isso! – num movimento rápido, pousou diretamente no sofá à frente.
- Você soube o que aconteceu de verdade no meu antigo lar?
- Sim, eu soube... Ahn... T-tem mais coisa pra saber?
- Minha irmã assumiu o trono. Eu fui o serviçal dela. Tudo que ela mandava, eu fazia.
- Isso é lealdade.
- Até coisas ruins. E tudo isso... para alegrá-la. Mas no fundo... Eu me sentia péssimo por isso.
Ela manteve-se em silêncio. Deixou-o continuar.
- Yami-chan não era tão ruim assim...
- Mas, como a pressionaram tanto... E anteciparam a coroação...
- Ela não sabia como agir. Não sabia o que fazer.
- E eu, com a experiência que tive como uma simples pessoa do povo...
- ...Via o que eles passavam.
- Então, com essa experiência e com ela no poder... Poderíamos trabalhar juntos.
- E fazer com que o reino mudasse, e todos os problemas fossem resolvidos.
- Mas... Mas ela parece ter se esquecido de tudo.
- E agia por conta própria. Não me ouvia. E não deixava que ninguém se opusesse a ela.
- O povo, que via em mim uma esperança, passou a me considerar um traidor...
- Graças a minha fidelidade. E isso foi uma promessa que fiz a ela quando nos reencontramos.
- “Eu nunca mais irei me separar de você. Nós não iremos mais nos separar, Yami-chan”.
A sentinela observava-o, percebia que ele começava a chorar. Sua voz ia enfraquecendo e tornando-se chorosa.
- Aqueles olhares... Aquela sensação de medo... Ninguém mais me considerava uma pessoa boa.
- E depois de tanto tempo, eu mesmo percebi isso. Tornei-me uma pessoa fria.
- Fria e quase sem sentimento algum. Apenas servia a minha princesa.
- E a qualquer ordem dela. Lá no fundo... Aquilo que ainda era bom em mim...
- Sofria. Sofria com aqueles olhares, com aquelas ordens, com aquelas trevas que rondavam pelo castelo.
- L-Lance-kun...
- Miya... Eu fiz algo terrível. Algo que jamais me perdoarei por isso.
- A causa da queda do meu reino foi graças... A morte da princesa regente de Gota Pura.
- O massacre ordenado pela minha irmã... E ao assassinato da princesa Ai...
- Foi isso que... Passou dos limites. Aconteceu algo terrível.
- Algo que só contei a ela... E ao Warlock quando fui salvo da guilhotina.
- E ela... E eu... Fizemos total sigilo disso...
- A Yami-chan ficou arrasada com o ponto em que tudo aquilo chegou.
- Eu também. Isso foi o fim. Foi o fim definitivo do que deveria ser...
- O início da era onde os irmãos herdeiros do trono criariam um reino pacífico, solidário e próspero...
- Não era um pesadelo, era realidade. Ela ordenou que atacassem Gota Pura e eliminassem a princesa de lá...
- E eu... Eu traí meus sentimentos. Eu tinha visto aquela dama! E eu me apaixonei por ela!
- Lance...
- MIYA, EU... EU FIZ ALGO TERRIVEL E ISSO...
- ISSO NÃO ME FAZ SER UMA PESSOA BOA!
- Eu... assassinei ela... Matei a princesa Ai...
- Aqueles que diziam que eu era o Servo do Mal... estavam certos...
- Pois eu não sou uma pessoa boa, sou um garoto corrompido...
- Um... traidor...
- Mas... Mas você se arrependeu disso tudo! Não foi?! – contestou a híbrida.
- Foi por isso que o Warlock-sama te salvou! Confessou seus crimes, e se arrependeu deles.
- Sim... Eu me arrependi disso tudo.
- Mas isso não muda o fato... Às vezes... Queria voltar ao tempo...
- E impedir tudo isso...
- Impedir que eles a coroassem tão cedo, ou que tivesse mentido ao meu pai, o rei Kuroboshi II, que estava vivo...
- Talvez se eu assumisse o trono no lugar da Yami-chan... Nada disso teria acontecido.
- Eu não acho que tu sejas uma pessoa má, Lance-kun...
- Pelo contrário... Só queria fazê-la feliz, e também...
- A avisou várias vezes que isso aconteceria, certo?
- E... querer se sacrificar por ela, para protegê-la...
- Mostra que é uma pessoa leal a aqueles quem ama.
- E concordo com o Warlock-sama, você não poderia morrer ali.
- Não mesmo. Se eu soubesse... Eu teria evitado que isso acontecesse também.
- M-Miya-san...
Ele continuava a chorar. Sim, os erros do passado o incomodavam ainda.
Por mais que tivesse pedido perdão e prometesse nunca mais fazer qualquer mal...
Aquilo o incomodava. O desanimava.
A garota de óculos levantou-se, o puxou pela mão e lhe deu um abraço.
Abraçou-o com força, e acariciou seu cabelo. Queria acalmá-lo, queria transmitir carinho.
Queria que ele não se sentisse mais culpado. Afinal, havia sim uma justificativa para todos os ocorridos. E isso só seria revelado em breve a ele.
- N-não se sinta mais assim. – disse ela.
- Lance-kun... Não chore.
- Há como apagar os atos cometidos no passado.
- Basta mudar suas ações no presente, fazer coisas boas.
- Como está fazendo agora mesmo.
- M-Miya...
- Eu... Eu...
- Obrigado... Obrigado por... Consolar-me desta maneira.
- Tu e o Warlock, e o Okami são... pessoas tão... nobres...
- São meus amigos, assim como o Saigo, Yaku e a Yami-chan foram antes...
- Espero que eles estejam bem...
- Claro que eles estão!
- Não seja pessimista! Algum dia... Talvez você possa ir até lá e rever o seu reino...
- Já que agora mudou sua aparência e tem um novo nome... Não é?
- Talvez... Algum dia...
- Não mais como... Lance... Agora como... Kiseki...
Enxugou as lágrimas, olhou para ela.
Sorriu, e ela também.
Pois sabia que... Nem todos o viam como uma pessoa má.
Ainda existiam aqueles que o viam como um garoto bonzinho e gentil.
Última edição por Nina Geijutsushi em Sex Ago 26, 2011 10:28 pm, editado 2 vez(es)
Convidado- Convidado
Re: Digimon Adventure ZeroTwo: Hinode
Estava a Inoue a explicar aos demais, enquanto o menino olhava para V-mon, preocupado com os danos que ele recebera.
- Está dolorido isso, não? Você não devia ter forçado... Já estava mal antes, agora está pior.
- Isso... P-passa, Daisuke... E-eu não podia d-dei...xar o Hawkmon lu...tar sozinho.
- Espero... Espero que isso não seja grave...
- Pra que... Tan...ta preocupa...ção? E-eu e-estou... bem!
- Não parece...
- E... Q-quanto a vo-você?
- Eu? Estou bem...
Após dizer isso, o garoto deu um espirro. Mostrava-se cansado e andava como se estivesse meio zonzo.
O grupo restante olhou-o. Realmente, o menino pegou aquela friagem toda.
- Daisuke! Eu te disse que estava febril, está querendo adoecer desta forma?! – bronqueou Miyako.
- Aaah... *atchim* Não... é nada... Isso é passageiro...
- Tenho... que encontrar a... Pandora antes que seja... tarde.
- Daisuke-kun – disse Hikari – Kiseki tinha dito que...
- A missão não é só minha, dele e da Bunni, certo? E sim de todos nós?
- mas nós não podemos... *atchim* Parar agora!
- Deixa de ser teimoso! – vociferou Yamato – Será que não percebeu ainda?
- Não está em condições de continuar. Deixe que nós procuremos por ela por enquanto.
- E-ei! De qualquer forma... E-eles vão vir atrás de mim!
- Se eu ficar parado... Eu... Eeee-- *atchim* Eu serei um alvo fá-fácil!
- *sigh* Daisuke... Você não pode agir dessa forma, seja prudente.
Uma voz ecoou.
Essa voz só foi ouvida pelo escolhido, pela Yagami, pelo dragãozinho e pela coelhinha.
- Kiseki? – exclamaram os quatro. Os demais só ficaram a olhar para frente.
#10 - Rise up! O amadurecimento de um líder.
O anjo suspirou, olhou diretamente para Daisuke:
- Sair dessa forma... E ainda sem estar bem agasalhado neste clima frio...
- Ainda por cima cair em uma armadilha...
- Meu jovem, acho que deveria por a cuca pra funcionar mais vezes.
- E-ei! – reclamou o Motomiya.
- Você está certo sobre o Lance ter sido esperto e muitos o terem subestimado.
- Aliás, o Daisuke, você, foi subestimado também. E o que fez você mostrar a eles?
- Mostrou as suas capacidades, as mesmas qualidades que o Lance tinha.
- Uma mente cheia de surpresas, cheia de estratégias e potencial.
- Mas... Esse potencial você só o usa quando quer.
- Diferente do Lance, que o usava a todo momento, para não cometer deslizes.
- Estou errado?
- B-bem... É... Essa... habilidade que ele tinha... E-eu a herdei também...
- Mas, não é sempre que consigo ter calma para pensar!
- Às vezes a gravidade do problema não permite que eu possa relaxar e analisar melhor!
- Como... Como ele fazia isso antes? Eu gostaria de me lembrar...
- Você sabe. Lance era atento a tudo ao seu redor.
- O único deslize que ele cometeu foi aquele, o de levar o golpe fatal de Unmei pela irmã.
- E ela não era o alvo... Acho que já sabemos da história toda.
- É, sabemos. Inclusive eles.
- Atento... Devo permanecer atento a tudo ao meu redor?
- Isso que me fará agir com mais eficaz quando as coisas estiverem feias?
- E não irei tomar um impulso... *atchim* Impulso que me fará cometer um erro?
- Exatamente isso.
- Não perca o foco. Mas também não pense que isso é só dever seu.
- É dos escolhidos. A razão de eles serem escolhidos... Você sabe, certo?
- C-claro que sei! É por causa do... *atchim* Contato que alguns tiveram com...
- Aqueles que possuíam elos com os digimonianos, c-certo?
- E os híbridos, como MiyaShurimon, Okami e IoriArmadimon?
- Certamente.
- Graças a isso, alguns tiveram contato com Dragon Hu. Outros com o Lance.
- Estes dois eram considerados os únicos que os digimonianos achavam dignos de usar
- A Lux Miraculum contra as trevas.
- E foi com isso que o Mago Hu derrotou Pandora anteriormente. E o mesmo poder...
- Está em suas mãos agora.
- Ou melhor, na estrela.
- Mas... E quanto aos demais escolhidos? – perguntou Hikari.
- Se isto está relacionado com a vida anterior do Daisuke-kun...
- Onde entra a profecia dos escolhidos da Digital World?
- Inicialmente... Os digimonianos viviam em um mesmo mundo, ao lado dos humanos...
- Porém, raças distintas... Sofriam preconceitos.
- A Digital World pode ter sido um mundo paralelo criado por eles, para que pudessem finalmente encontrar a paz e viverem longe dos humanos.
- Quanto aos escolhidos... Vocês se lembram que o feitiço do Mago Hu precisava de quatorze elementos? Nove deles eram correspondentes aos seus brasões.
- Depois que o Lance foi assassinado – começou a coelha – Outras nove pessoas daquele mundo tiveram contato com os monstros.
- Saigo, Yaku, Omoni, Nesshin, Unmei, Yami, Warlock, Negai e Yorokobi.
- Ai, por ter tido contato com Lance, assim que renasceu se tornou uma das crianças escolhidas pelos digimons.
- Okami, MiyaShurimon e IoriArmadimon se tornaram também, já que seus ancestrais tiveram contato com essas criaturas, dando origem a esta raça nova.
- Negai e Yorokobi são... Escolhidas também? – perguntou Daisuke.
- Então... A Geijutsushi e a Choujutsushi... pertencem ao nosso grupo?
- Mas elas não têm digivices, nem parceiros... – V-mon intrometeu-se.
- Como que elas...
- E quem disse que um escolhido tem de ter digivices e parceiros digimons, hm? – respondeu a orelhuda.
- Nove dos brasões correspondem aos nove dos quatorze elementos da magia do Dragon-sama.
- Incluindo... O do Desejo e o da Felicidade.
- Elas... p-possuem brasões? É isso?
- Ahn... N-não entendo...
- Vee... Os brasões correspondem aos seus corações, lembra?
- Assim como o Daisuke-sama tem um coração determinado e a Miyako-san tem um coração energético...
- Essas duas possuem um coração sonhador e um coração feliz.
- Ahn... Não me parece muito que elas sejam... assim... – o goggle boy começou a recordar das vezes em que falava com as duas.
- Ou elas... não despertaram esses fragmentos ainda, certo?
- Por isso que vocês devem estar juntos. – voltou a falar o Kiseki no Tenshi – Esses dois fragmentos estão em duas pessoas que... Guardam alguma mágoa de Negai e Yoro.
- Alguns de seus atos correspondem à suas antigas vidas. Outros são reflexos do que elas fizeram anteriormente.
- Assim como sua necessidade de querer terminar isso sozinho e sem envolver mais ninguém.
- Assim como a necessidade deles é de querer ajudá-lo, para que não aconteça de novo.
- Ah... Então... P-por isso que... *atchim*
- A Geijutsushi e a Choujutsushi são tão... Estranhas quando estou por perto?
- Tem algo a ver com a relação da Negai e Yoro com o Lance?
- Você sabe disso, não sabe?
- Bem, se não souber... Sim. Tem a ver.
- Na verdade, deveria te alertar sobre esses reflexos.
- Muitos deles podem não parecer nada, mas outros sim.
- Tenha cuidado, já que alguns deles podem vir de pessoas que tiveram alguma péssima interação com o Lance.
- Você sabe de quem eu estou falando.
- Sim... – olhou para o chão – Mimi, Koushiro e Carol...
- Talvez a Sora também...
- No entanto... – apontou para ChibiBunnymon – Bunni sabe desses reflexos, e das causas deles.
- Se houver alguma ação ocasionada por um desses reflexos, ela irá avisá-lo imediatamente.
- Assim evitará que tenha mais problemas.
- Q-que bom... *atchim*
- Ah... maravilha... – resmungou.
- *sigh* Por que saiu atrás daquilo sem ao menos ter se agasalhado bem? – suspirou Kiseki.
- Ok... Eu vou dar uma forcinha a vocês dois...
Apontou a palma da mão direita para a dupla 2-top, que milagrosamente foram curados.
E mais, o anjo também trouxe a mochila do garoto, e num passe de mágica, o uniforme do time havia mudado para as roupas que ele vestia antes de ter se trocado para o jogo.
E o uniforme voltou para dentro da mochila. Simples assim.
- Wow... Valeu, Kiseki. – disse ele, impressionado.
- Queria saber fazer isso sempre que pegasse um resfriado.
- Me sinto melhor! – disse o azulzinho – A dor passou e nem parece que eu gastei minhas energias!
- Obrigado, Kiseki-sama.
- Disponham... – sorriu a figura angelical.
- E Daisuke... Tenha prudência, favor.
- Nem sempre poderei fazer coisas assim... E não é toda hora que consigo uma brecha.
- Melhor tomar mais cuidado, se acontecer algo a você...
- Infelizmente a vitória será daquele estranho.
- Ok! Tomarei mais cuidado! – respondeu o rapaz.
- E valeu pelo aviso.
Kiseki sorriu e desapareceu num piscar de olhos, deixando-os ali.
---
- Nada................. Eles não conseguiram nada ainda!
- O que faremos?! Estou com uma vontade imensa de correr para o aeroporto mais próximo e comprar passagens para Tóquio!
A Tachikawa observava impacientemente o D-terminal e a tela de seu portátil.
Wallace tentava acalmá-la, enquanto Terriermon... Bom, o digimon do loiro deitou na cama de Mimi e dormiu um pouco.
- Mimi... tenha calma.
- Easy, Mimi... Easy...
- Eu... Eu preciso saber o que está acontecendo e como estão os outros!
- E se for algum digimon que está causando tudo isso?!
- E se eles estiverem em perigo?!
- M-Mimi... Tenha calma, por favor!
- Desse jeito não teremos sucesso algum!
- Precisa ser paciente e...
- Eu não consigo pensar dessa forma!
- Está decidido! Irei imediatamente para Tóquio! Agora mesmo!
“Mimi...”
“Você não deveria fazer algo tão arriscado assim.”
Ecoou uma voz pelo quarto.
Essa voz tinha uma entonação familiar a ela.
Porém... Aquilo a deixou confusa.
Muito confusa.
- Q-Quem está aí?!
“Não tenha medo, pois não sou teu inimigo.”
“Hehe... É uma bela jovem, não?”
“Ainda bem que... você e ‘ela’ são tão parecidas, de coração e alma.”
- H-Huh?!
- V-você me conhece?
“Só nos vimos uma vez só.”
“Pertenço a outro lugar. Um lugar distante...”
- Sua voz... Você é...
- R-Ryo?
“Hm...? Não, meu nome não é Ryo.”
“Dragon Hu. Esse é meu nome.”
- Mas... V-Você é aquele mago que lembrou o nosso amigo Ryo... N-Não é?!
“Sim.”
“Ouça, Mimi. Você não pode ir agora para Tóquio.”
“Eles estão à procura de alguém.”
“E também impossibilitando que os doze escolhidos possam agir e proteger esta pessoa.”
- Mimi? Você está bem? – perguntava Wallace, que parecia não ouvir aquela voz.
- E-estou... – respondeu ela com uma voz meio trêmula.
- O que houve?? Não parece estar...
“Pense bem...”
“Se pegar um avião, e logo depois eles ‘travarem’ o tempo...”
“Vocês correriam um risco.”
“Afinal, ficariam sozinhos dentro dele, em um paralelo à esta dimensão.”
- N-nós morreríamos? – perguntou ela à voz, ignorando o amigo ali.
- É isso que nos aconteceria?!
“Bom... Uma das probabilidades seria esta.”
“A outra... Seria vocês ficarem de fora deste paralelo, e não conseguindo ter contato com os seus amigos.”
“E então, prefere arriscar? Ou esperar pacientemente que eles descubram como abrir o Portal para a Digital World e usarem como um meio de se reunirem?”
- Eu... Eu...
- Eu acho que...
“Se você ainda tiver algum traço dela....”
“Saberá a escolha certa a fazer...”
A Tachikawa olhou para o ecrã, depois para Wallace.
Em seguida para os digivices em cima da cama, e por último para Terriermon.
Respirou fundo. Pensou e repensou.
Seria certo arriscar?
...
- Eu irei acreditar no Koushiro-kun e na Miyako-chan!
- Eles irão resolver o problema do portal!
“Ótima escolha, Mimi.”
“E quanto a este menino ao seu lado...”
“...”
- Fala do Wallace? – olhou para o loiro.
- O que tem ele?
“... Não sei se seria possível isso...”
“Mas.. Será que...!”
“Mimi... Cuide bem dele.”
- Cuidar? Como assim?
“Se for...”
“Ele precisará de proteção...”
“Portanto, tome cuidado.”
- Mas... O que? O que tem o Wallace-kun?!
- Ei, você está aí?
A voz não respondeu. Logo aquele contato com o mago foi cortado.
---
- Talvez se eu correr... Eu consiga chegar na casa do Yagami mais rápido!
- Mas... Me ensinaram que não posso correr numa rua!
- Mas está tudo deserto...
Andava pela calçada. Apressava o passo. Por um instante...
Parou.
Do outro sentido em que vinha, avistou Ken. Parecia ter saído logo da onde ela ia.
Ele aproximou-se e... Parou na frente dela.
- Geijutsushi-san? – olhou-a, com aqueles olhos inocentes dele.
- Ichijouji... Ahn, você...
- ... Ele não está em casa, se é isso que irá perguntar. Estou vindo de lá agora.
- Mas... O Yagami não está também?
- Pelo que soube pela Hikari-san, ela, o Yagami-san e o Yamato-san estão na casa do Takeru-san.
- Hm... E eles não sabem onde está o Motomiya? Se ele está bem...?
- Perguntei a eles, mas ainda não obtive resposta alguma. E tem alguma coisa... Ahn, deixa pra lá. Preciso falar com ele.
- Com o...
- Sim, com o Motomiya-kun. Ahn, desculpe em sair desta forma... Qualquer coisa eu lhe avisarei.
- Ok...
Despediram-se e o escolhido da Bondade voltou a correr, indo para a casa de Takeru.
Quanto a ela...
...
Sentia algo estranho. Muito estranho.
Voltou a se perguntar.
- Por que estou tão preocupada com o Motomiya?!
- Se nós nem nos falamos tanto?
- E... O que o fez querer falar mais comigo do que antes?!
- ...
Pos a caminhar. Colocou as mãos no bolso do casaco e observou o chão.
Olhava seus pés pisarem no asfalto. Meio melancólica e confusa.
- Neste lugar, desde que sonhei em vir para cá...
- Graças às cartas da minha avó e das fotos...
- ... Pensei que iria ter amigos e mais amigos...
- ... No entanto... Só fiz amizade com a Carol.
Suspirou. Continuou a falar sozinha pela rua.
- No entanto... Graças a esse meu dom...
- Me tornei famosa na escola, por causa desses rabiscos.
- E do estranho efeito que eles surtem.
- Não sei como... Mas meus desenhos transmitem meus sentimentos.
- Já que falar é algo que não consigo. Não tenho palavras.
Olhou para o céu.
Via-se escorrer algumas lágrimas.
- No entanto... Estou sozinha.
- De alguma maneira, sozinha.
- Vejo que continuo na estaca zero, sozinha aqui.
- Meu sonho de conhecer a terra da minha avó...
- ... Era diferente. Bem diferente.
Pegou o celular do bolso e olhou para a tela do mesmo.
Ao olhar a lista de chamadas realizadas, deparou-se com o da casa de Daisuke e também o de seu celular.
- Depois daquilo... Ele quis falar mais comigo.
- Assim como boa parte das pessoas vem, mas primeira coisa que falam é sobre o que eu faço.
- Às vezes... eu adoraria não ter herdado o lado artístico da minha família!
- Não queria... Saber desenhar, nem pintar...
- ... O que é que você pensa de mim? Hein, Motomiya?
- O te fez despertar tamanho interesse em me conhecer?
- ...
- E o que me faz ficar preocupada contigo?!
Parou. Guardou o celular e mirou o céu outra vez.
Escorreu uma lágrima de sua face.
Confusão... E uma estranha sensação de abandono.
- Antes de termos conhecido eles...
- Ainda tinha a neechan...
- Mas agora ela...
- ... E ainda acha que eu gosto do Motomiya!
- Tsc! A Carol acha que eu iria me apaixonar por um cara tão inconseqüente e encrenqueiro como ele?!
- Hmpf!
- ... Acho que o melhor que posso fazer é voltar pra casa e... Ir desenhar um pouco.
- Ao menos... me sinto bem quando estou desenhando...
E prosseguiu para casa.
Ironicamente, no mesmo prédio onde mora o goggle boy. E ao lado daquele prédio, os Yagami.
---
- Então foi isso que aconteceu! Bom, até agora não compreendi muito bem a explicação daquela coelha... – terminou o relato a garota de olhos verdes.
- Hmm... Então estamos em uma espécie de dimensão criada pelo nosso inimigo? – supôs Koushiro.
- E eles estão atrás de alguém, só que... O Daisuke-kun não disse muita coisa?
- É. Isso mesmo.
- Ele queria falar de um assunto complexo demais... Mas desistiu quando aquela coelha nos explicou isso.
- Eu vou tentar falar com os outros. Isso é uma pista que pode nos ajudar a descobrir o que impede de nossos digimons evoluírem.
- Obrigado, Carol-kun. Com essas informações talvez possamos resolver isso e agirmos!
- Aa... D-disponha... – ficou meio corada.
- ... K-Koushiro-san...
- O... O Daisuke-kun está... bem?
- Eu não sei, mas creio que esteja. Antigamente seria preocupante ele não nos responder...
- Bem, era meio... Inconseqüente e cabeça-dura, parecia o Taichi-san quando nós nos aventuramos pela Digital World pela primeira vez.
- Ah... Digital World...
- Como é? E como são os digimons que habitam lá?
- São iguais aos seus parceiros? Quais as habilidades deles? E quanto à alimentação?
- C-calma... São muitas perguntas!
- Bem... vejo que você também é um tanto curiosa...
- Ahn... Ah é! Neechan, Ni-chan, estava preocupada com o Daisuke-kun!
- Alguém do grupo sabe onde ele está? E se está bem?!
- E-eu ia checar isso agora mesmo!
- Minutos atrás, antes de vocês chegarem, Miyako-kun e eu estávamos tentando abrir o portal.
- Ele abriu, porém... Pela resposta que eu recebi da Mimi-san, o portal da escola não abriu.
- E o tempo... Parece estar “congelado” outra vez.
- Espere, irei enviar uma mensagem à Miyako e contar a ela o que descobrimos até agora.
Carol acenou positivamente com a cabeça, e então o ruivo pegou o D-terminal e enviou uma mensagem à Inoue.
---
*beep* *beep* *beep*
- Alguém está mandando uma mensagem – notificou Vee.
- Mas... Pra quem? *gota* - falaram as crianças.
- Ah, é o meu! – disse Miyako, pegando-o da bolsa e abrindo-o em seguida – É o Izumi-senpai.
- E o que ele disse? – perguntou o Yagami – Descobriu algo?
- Bem... Isso e... Ah, Daisuke, a Geijutsushi-san esteve preocupada contigo.
- Hm? Comigo? – olhou-a.
- É, isso mesmo. Ah, Taichi-san – a garota de óculos voltou-se a ele – ele descobriu algo sobre o “congelamento” do tempo.
- Ótimo! – Taichi abriu um sorriso – Agora só precisamos descobrir como que isso funciona e...
- ... Senpai – o Motomiya interferiu – eles, os nossos inimigos, criaram um paralelo. Eles nos separam da nossa dimensão, nos movendo para cá. Além disso, estão usando essa tática para separarem a vida nova de Pandora. E também nos impossibilitar de agirmos.
- Ahn? Esse é o plano deles?!
- ... Creio que, como estão separando poucas pessoas da nossa dimensão e as enviando para este paralelo, assim como nós... E como parece que nós somos os únicos neste lugar...
Os demais ficaram em silêncio e deixaram que ele prosseguisse.
- ... Ou “a Pandora” não se encontra aqui...
- ... Ou “ela” é um de nós.
O grupo fica em choque. O olhar sério do escolhido do Milagre os faziam trocar olhares entre si, imaginando quem poderia ser.
- M-Mas... – disseram os cinco.
- Em não posso ser, já que sou a nova vida dele.
Ele apenas os fitava. Enquanto os outros transmitiam uma sensação de desconfiança, incrédulos caso um deles fossem “a tal Pandora”.
- Mas nenhum de vocês aqui é “ela”.
- Nem a Mimi-san, Koushiro, Jou, Iori e Ken.
- Nem a Geijutsushi e a Choujutsushi.
- Se não é nenhum de nós – começou o escolhido da Coragem – Então quem poderia ser?
- E se nós estamos presos aqui, como poderemos procurar por “ela” em outras regiões? – questionou-se Takeru.
- Se o V-mon e o Wormmon pudessem evoluir para Imperialdramon... – tentou sugerir Hikari, mas logo viu que era inútil, pois a evolução normal continuava bloqueada por algo que nem eles sabiam ao certo o que seria.
- Ei! Mimi poderia pedir ajuda aos escolhidos de lá! – manifestou-se a Inoue.
- Miyako, não sabemos se só ela está neste paralelo ou mais algum outro escolhido... – contestou o Motomiya – Se houver mais alguém...
- Poderá ser “a Pandora”, certo? – completou Yamato.
- Bingo.
- Ei, Daisuke! Essa frase é minha! – retrucou a garota.
Ele ficou em silêncio por alguns segundos, logo voltou toda sua atenção nela.
- ... Não temos tempo para brincar ou trocar palavras “carinhosas”! Isso é um assunto sério!
- ... – Miyako pensou: - Realmente ele mudou. E está mais concentrado, sério e mais responsável do que era dois anos atrás.
- Desculpe Miyako... Mas da forma que levávamos as coisas, como se fosse uma brincadeira salvar o mundo humano e a Digital World, nós seriamos trucidados agora.
- Eu nunca vi o Daisuke são sério assim antes – comentou Takeru aos demais.
- Eles não estão de brincadeira. Se tiverem a oportunidade de nos eliminarem, farão de tudo para que isso aconteça e não terão piedade alguma!
- Aquelas duas tentaram me matar. E eu fiquei cara-a-cara com o cara que quer usar “a Pandora” novamente.
- Acha que dá pra continuar agindo quando nossa missão era apenas quebrar os anéis e espirais negras que controlavam os digimons, e destruir as torres negras e os digimons sintéticos feito delas?!
- Não sei quanto a você, mas minha vida e a de todos aqui correm risco. Sabe o que aconteceu àquele mundo estranho onde vaguei por quatorze dias, naquela missão pendente?
- Aquilo irá se repetir se eles “a” encontrarem, e se me matarem.
- D-Dai... – a escolhida tentou dizer, mas o garoto prosseguiu.
- Miyako, por isso que não queria incluir os outros. Pois alguns parecem não ter compreendido isso ainda. Não me refiro ao grupo do senpai, nem à Hikari e ao Takeru.
- E sim a você, Iori e Ken. Também à Geijutsushi e Choujutsushi.
- E talvez aos demais escolhidos ao redor do mundo.
- Sei que ficou brava comigo por ter mudado repentinamente e agido de outra forma...
- Mas por agora, preciso encarar isto a sério, como ele encarava a missão de derrotar Pandora. E não como uma brincadeira, como o Daisuke de dois anos atrás levaria.
- Nossos inimigos são mais fortes desta vez. E ficarão mais ainda se “a” encontrarem.
- Entenda isso, por favor.
- Isso me fez lembrar de quando Vamdemon estava atrás da oitava criança...
- *sigh* Ainda me lembro disso, senpai.
- Porque... Eu fui capturado pelo exército de Vamdemon naquela época.
- Sim, você me contou isso...
- Foi por esse motivo que nos mudamos. E eu acabei por conhecer quem eles estavam atrás.
- ...
...
"Naquele dia, em 1999, minha família e eu estávamos em Odaíba."
"Tínhamos chegado em casa, depois de termos feito as compras no supermercado..."
"Jun e eu ajudávamos a guardar as compras..."
"Quando..."
- AAAAAAAAAAAAAAAH!!
Um grito é ouvido da sala, o menino, que estava em outro cômodo da casa, corre para lá e se depara com estranhas criaturas que usavam um lençol branco por cima de seus corpos – Bakemon – segurando os outros três integrantes da família Motomiya, que tentavam se soltar.
- Mamãe! Papai! Jun-neechan! – gritou o menino, incrédulo.
- D-Dai-chan!! – gritou a mãe, olhando-o como se transmitisse a ordem de sair de lá o mais rápido possível.
- Corra! Antes que eles te peguem também! – o pai reforçou a idéia do olhar da esposa.
- Não fica aí parado! Fuja! – berrou a irmã do garotinho.
"Eles foram imobilizados pelos Bakemons. E... Eu não consegui me mover."
"Estava assustado. Petrificado pelo medo... Quando me dei por conta, fui pego."
Tentou fugir, mas não dava mais. Outros Bakemons invadiram a morada e o pegaram enquanto ainda estava naquele estado.
Ao perceber que estavam segurando seu braço, gritou:
- Ei ei! Me solta! – movia os braços, tentando se soltar - M-mãe! Pai...! Neechan!! - olhava para a família, que continuava a tentar resistir em serem levados.
- Soltem-nos! – gritava Dai, quase chorando já - Deixe-nos em paz!!
"Nos levaram para o mesmo local onde estavam outras crianças e suas famílias, além de outras pessoas: Big Sight"
"Jun estava apavorada. Minha mãe tentava acalmá-la, abraçando-a."
"Meu pai estava nervoso. E quanto a mim..."
"Eu estava com medo. E muito mais, quando em seguida... Os Bakemons me separaram deles."
"..."
- Mãe! Pai! Jun-neechan! – gritava ele, enquanto os fantasmas o levavam dali - N-Não! Me solta! Me solta! – tentava se soltar, esperniando e batendo nos monstros.
- Dai-chan! N--!! – a sra. Motomiya grita, desesperada e querendo correr atrás dele, mas outros Bakemons a impediram.
...
Os digimons o levaram para uma fila, cheia de crianças. Colocaram-no lá e saíram. A fila era monitorada por outros Bakemons.
O garoto olha ao seu redor, muito mais espantado. Pensava:
- Por quê...?
- O que eles querem comigo?
- O que eles querem fazer com essas outras crianças?
- O que irá acontecer conosco?
"Fui colocado em uma fila, onde havia milhares de crianças..."
"Todas elas iam direto para o local onde estava Vamdemon e seus servos."
" ... Para que Tailmon, que estava sob custódia dele, identificasse a oitava criança, ou seja, a sua parceira..."
Aproximava-se sua vez na fila. Daisuke continuava a olhar para todos os lados, apavorado.
- Não tem como sair daqui e voltar para os meus pais? – perguntava-se mentalmente.
- Ei você aí! Ande logo! – disse um Bakemon, empurrando-o para frente de Tailmon.
- A-aah!! Não empurra! – reclamou ele, mas logo calou-se depois de ver um olhar atravessado do digimon fantasmagórico.
- Esse garoto é a criança? – Phantomon pergunta à Tailmon, colocando a foice na frente do menino.
- ...! *glup* – Daisuke fica mais apavorado ainda.
- Não... – respondeu a gata desanimadamente, negando com a cabeça.
"Depois disso, eles me empurraram para o grupo dos que já tinham passado pela identificação."
"Foi quando, depois de mais umas quatro ou cincro crianças passarem por ali..."
O vampiro de pele azul, olhos azuis e cabelo loiro lança um olhar mortal à felina, e diz:
- Tailmon... Você sabe que se mentir... Todas essas crianças morrerão.
- M-Morrer?! – Dai engole a seco, muito mais aterrorizado do que antes e trêmulo.
Um burburinho de crianças começou logo seguida de ouvirem aquela frase. O mais novo do casal Motomiya suava frio só de ter ouvido aquilo.
"Depois de algumas horas, encontrei a Jun ali, naquele mesmo grupo. E tentamos fugir dali, para encontrarmos nossos pais."
- Neechan! Neechan! – avistou-a logo depois de um casal de gêmeos, passou por eles e atirou-se em seus braços, chorando.
- Dai! V-você está bem! – disse ela, retribuindo o abraço – E-eu estive preocupada com você!
- O-onde... estão os... nossos pais? E... E... E-eu não quero morrer! Não quero...! – tremia de nervosismo.
- Calma, calma... – tentava tranqüilizá-lo – Está tudo bem, calma.
- ... Jun.
Soltou-se dela, enxugou as lágrimas com o braço e a olhou. Um olhar diferente do anterior. Um olhar quente, flamejante.
Ela percebeu aquela mudança repentina de estado. Seu corpo havia parado de tremer, suas mãos estavam fechadas, e ele apertava os punhos.
- ... Daisuke?
- Neechan, nós temos que sair daqui. – disse ele – Nós temos que encontrar nossos pais!
- M-mas... Os fantasmas...!
- Tem alguém aqui que... Aquele vampiro está procurando! E... E eu não acho que ele seja uma boa pessoa.
- O que você... Você quer fazer?! T-tá maluco?!
- Jun, temos que encontrar nossos pais, e escapar daqui! Depois podemos avisar a polícia, ou sei lá quem puder ajudar! – apertou mais os punhos.
- C-como? Como podemos sair?
- Eu não quero que ninguém morra! N-não quero! – ignorava-a.
- Daisuke! – chamou a atenção – Como que poderemos sair daqui?! Me ajuda a pensar!
“Naquele instante, Estava meio nervoso ainda. Mas sentia que queria fazer alguma coisa para nos salvar.”
“Para todos nós não morrermos, seja quem me conhecia ali ou não.”
“Parei e observei ao redor, os Bakemons que empurravam os que passavam pela Tailmon eram os mesmos que vigiavam.”
“Então...”
- Jun. Quando eles forem... Vamos fugir por trás deste grupo!
- Ahn? Você quer dizer passarmos entre esse mar de crianças?!
- Isso! Podemos escapar assim, podemos?
- Tirou isso de algum lugar, certo?
- Ahh... Do meu programa favorito hehe... *gota*
- *sigh* Impressionante sua criatividade, maninho...
Os irmãos esperaram o momento certo, e assim que os Bakemons se viraram para separar mais uma criança, Dai e Jun deram as mãos e se misturaram na multidão de crianças.
Prosseguiam por ali, até saírem do outro lado. Então saíram em disparada, escondendo-se se misturando novamente no aglomerado logo que viram um Bakemon a passar por eles.
Quando o digimon passou, retomaram a fuga, até passarem de fininho por todos eles.
No meio do caminho, uma estranha menina chamou sua atenção. Cabelos castanhos, olhos cor de mel e uma aura tão inocente e pura.
Foi por um momento, pois a Motomiya logo o despertava do transe.
- Anda logo ou eles vão nos pegar! – disse ela, puxando-o pela mão ainda.
- Aaah! T-to indo! – o menino apertou o passo.
Esconderam-se atrás de uma mesa, tinha mais uns fantasmas ali.
- Viu? Se você não tivesse demorado, nós teríamos chegado logo! – bronqueou a menina.
- D-desculpe... Eu... Eu me distraí...
- Bem... Vamos tentar de novo.
- Certo.
- Ok... – seguia os movimentos dos bakemons, até que eles foram para outro lado – Agora!
Os dois se moveram rapidamente detrás da mesa e correram, com cautela.
"De certa forma, conseguimos numa segunda tentativa. Os guardas se distraíram e seguimos para o local onde estávamos antes de nos separarem de nossos pais."
"Só que, quando chegamos lá..."
"Eles já estavam desacordados, como os demais familiares daquelas crianças e outras pessoas."
...
- ...! Você esteve naquela fila?! - exclamou Tailmon, puxando da memória - Espera... Ah! Agora me lembro... Lembrei de você agora.
- Estive, Tailmon. - confirmou o goggle boy - Por isso que quando você e a Hikari se reencontraram, três anos depois, no dia em que conheci o V-mon, tive a sensação de ter te visto antes...
- Então o Daisuke e a Tailmon já se conheciam? - perguntou V-mon.
- Isso, V-mon.
- Daisuke-san - Bunni o interrompeu - O tempo está correndo. Por favor, deixe para contar isso mais tarde.
- Ah! Tem razão! – olhou para o grupo – Pessoal, contem aos outros sobre o objetivo do nosso inimigo.
- E se possível, contatem a Mimi-san e peçam para que ela reporte sobre a situação em Nova Iorque.
- Ok! – responderam os outros cinco.
- Yosh... – olhou para Vee e Bunni – Vamos encontrar a Geijutsushi e dizer a ela que estou bem. Depois prosseguimos com nossa busca.
- Ok, Daisuke! – acenaram positivamente estes dois digimons.
O grupo de dispersa, só restando o Yagami ali.
Este sorri para o nada, fitando exatamente o garoto de cabelo desarrumado e acompanhado de dois digimons.
- Fico feliz em ver que fiz a escolha certa em te passar meus goggles.
- Está no caminho certo para ser um ótimo líder.
- Continue assim, Daisuke!
Última edição por Nina Geijutsushi em Sex Ago 26, 2011 10:30 pm, editado 2 vez(es)
Convidado- Convidado
Re: Digimon Adventure ZeroTwo: Hinode
Passos leves eram ouvidos pela calçada. Um outro logo o outro em seguida.
Lia a mensagem, que havia sido respondida rapidamente.
- Hmm... Koushiro disse que ela foi procurar pelo senpai...
- Mas... – V-mon o olhou – Ele não a avisou que o Taichi estava na casa do Takeru?
- A Choujutsushi nem deu tempo dele explicar, pelo que está escrito aqui. *gota*
- Err... – Bunni suspirou, e voltou a falar – E agora?
- Agora... Hm... Vamos até a casa dele, certo? Ela deve ter ido lá. Ou... Voltou pra casa logo depois de ter visto que ele não estava.
- É uma boa idéia, mas... E se eles nos atacarem de novo?
- Aí nós--
- Motomiya-kun! Daisuke! – soou uma voz pela rua.
- Ahn? Ken? – Olhou para a direção em que vinha a voz do menino.
O amigo vinha correndo. Parou e recuperou o fôlego, logo sorriu por encontrá-lo.
- Onde... Onde você estava? Eu fui até a sua casa e não havia ninguém.
- Longa história... – respondeu Dai – Se prometer não ficar com vontade de me bater, feito o Yamato e a Miyako, até te explico.
- ... Huh?! – piscou os olhos, confuso.
- Sabia que poderia contar contigo, Ichijouji – riu – Mas antes... Preciso achar a Geijutsushi e dizer a ela que estou bem.
- Geijutsushi-san? Eu a encontrei horas atrás. Estava procurando pelo Yagami-san.
- Ahn... Daisuke, eu tenho de te falar sobre uma coisa que... Está me incomodando...
- Se ela estava procurando pelo senpai, deve ser para saber onde tinha ido e como estou...
- Ah? Falar sobre o que?
- As trevas estão chamando por alguém, eu sinto isso. E sempre que... Acontece do tempo “congelar”...
- Acho que tem uma causa esses eventos... Deve estar relacionado a isto.
- Tem, Ken. Tem a ver. Eu te conto pelo caminho. – saíram a andar juntos.
- Era justo isso que queria falar com os outros, em especial você, Iori, Geijutsushi e Choujutsushi.
- Ok... Só que... Eu...
- T-tenho medo que... Essas trevas, essa escuridão toda...
- ... Possam afetar a Semente das Trevas?
- Não iremos deixar em hipótese alguma que seja controlado por ela outra vez!
- Hmm... – ChibiBunnymon apenas os ouvia atentamente.
- Ken – o menino dos goggles olhou no fundo dos olhos do outro, e disse seriamente – Se isso vier a te atormentar outra vez, lembre-se que tem a mim, aos outros escolhidos, aos nossos parceiros.
- Você não está sozinho. E nunca estará.
- Então... Não tenha medo! Nós estaremos ao seu lado, e iremos te ajudar quando vier precisar. Pois nos somos escolhidos, somos parceiros!
Sorriu, como sempre sorria. Cheio de vida, transmitindo seu otimismo aos demais.
Ken continuou quieto, e logo se lembrou daquela última frase.
A mesma que ele tinha dito dois anos atrás, no dia seguinte após ter salvado Iori de um digimon feito de torres negras.
- ... Obrigado, Daisuke – Ichijouji esboçou um pequeno sorriso tímido.
- Obrigado por ter te conhecido... E me ajudado a superar aquilo...
- Ah! Sabe aonde o Iori foi? Onde ele está?
- Preciso falar com ele também.
- Não sei... Desculpe.
- Então – Dai parou – Poderia falar com ele? Vamos nos encontrar na sala de informática da escola primária. Peça para que Miyako, Hikari e Takeru estejam lá também.
- Uh... Ok... Mas... Mas o Iori-kun e eu... Não nos falamos muito...
- Está na hora de um de vocês deixar disso e se entenderem! Nosso inimigo é muito mais poderoso que Archnemon, Mummymon... Até Belial Vamdemon e Diablomon.
- Eu... Eu vou tentar.
- Obrigado, Ken. – saiu correndo, para os blocos residenciais.
- Ken-chan... – Wormmon chamou-o – O que ele queria nos contar?
- Ah é! Ele não falou... Bem, depois ele conta, certo? Temos que procurar pelo Iori-kun.
A pequena coelhinha, que havia parado antes, saiu atrás de Ken sem que o Motomiya percebesse.
- Será que... O Ken-san...
- Eu preciso verificar isso... Kiseki-sama.
#11 - Team ZeroTwo, unam-se! Hora de levar as coisas a sério!
- ... Não sei por quê... Mas vir até aqui foi tão estranho.
- ... Meu corpo moveu-se sozinho.
Uma garota olhava pelos portões da escola primária. Suas mãos agarravam as grades, usando-as como impulso para tentar ver se havia algo lá dentro.
- Parece que tinha alguém aqui algumas horas atrás...
- Será que... O Motomiya esteve na escola?
- Geijutsushi-san? Está procurando pelo Daisuke-san? – soou uma voz vinda da direita.
- Uh? – virou-se e olhou direto para uma pessoa – Iori-kun?
- ... Eu... N-Não. Estou procurando pelo Yagami.
- Ah, Taichi-san está na casa do Takeru-san. – respondeu ele.
- ... Sabe se alguém esteve aqui antes? – soltou-se das grades e apontou para dentro do pátio – Aquilo é...?
- G-Gelo?! – Iori arregalou os olhos, engoliu a seco – Houve uma... Batalha aqui?!
- *sigh* Eu tenho a impressão que o Motomiya esteve aqui.
- Já que ele foi atacado naquela vez por uma ave, certo?
- Mas o gelo é normal! O que ele tinha dito era...
- Gelo negro! Mas como...
- Não sei, mas... Mas...
- ... Eu tenho que ir.
- Está preocupada com o Daisuke-san? – perguntou ele, com um ar de dúvida.
- Todos nós estamos... Ele faz parte do nosso grupo. E é nosso amigo também.
- O que está te incomodando, Geijutsushi-san?
- ...
- N-Nada.
- Não parece, dagyaa. – comentou Upamon.
- Eu sinto que tem alguma coisa de errado, dagyaa.
- ... Eu... – sentou-se no chão, olhou para o mesmo.
- Acho que... Ainda não compreendo porque o Motomiya quer me conhecer melhor.
- Desde aquele dia, em que nós todos fomos parar em outro lugar e presenciamos uma luta...
- Não entendo. Antes ele quase não me olhava, nem sequer falava comigo.
- Eu não sei, mas isso é suspeito... O que ele quer comigo?
- Ele disse há muitas horas atrás, que tinha de falar comigo e com a Carol sobre um assunto complexo.
- Mas... Não nos disse nada e saiu às pressas. Sem dizer aonde ia.
- E eu... Eu estou preocupada com ele! E confusa! Não entendo... Por que eu me preocupo com o Motomiya?!
- Porque você parece ser uma pessoa que se preocupa com o bem-estar dos outros. – supôs o menino.
- Mesmo que não os conheça tão bem. Eu acho que é isso.
- E o Daisuke-san... Ele deve ter percebido que você precisa de ajuda.
- Ele sempre se aproxima dos outros com o intuito de ajudar, e de fazer novos amigos.
- Ele fez isso com o Ichijouji-san. Daisuke-san aproximou-se dele, e até ficou contra o resto do grupo, alegando que o Ichijouji-san tinha mudado e que não era mais o Digimon Kaiser.
- ... Ajudar-me? – murmurou.
- Então... Ele percebeu que... Tenho um problema?
- Algo que... Me faz sentir tão triste por dentro?
- ... – olhou-o – Eu não pensei nisso antes...
- Pois, todos que se aproximaram de mim antes foi...
- Porque eu desenho bem. E não pelo que eu sou.
- Achou que o Daisuke-san...
- Iori – interrompeu o digimon amarelo – Não deveriamos contatar os outros sobre esses estranhos espinhos de gelo encravados no pátio da escola, dagyaa?
- Ah, tem razão. – pegou o aparelho do bolso, abriu-o e enviou uma mensagem.
- ... Pergunto-me onde ele foi e se está bem... – suspirou ela.
- Claro que está, dagyaa – consolou o parceiro do garoto.
- Vou tentar ligar para ele outra vez... – pegou o celular, digitou o número, mas não funcionava.
Iori olha para ela, e depois para o D-terminal. Pensa por alguns segundos e estende-o para a jovem.
- Geijutsushi-san, tente falar com ele através do terminal. Só ele está funcionando no momento.
- H-Huh? Terminal...?
- Daisuke-san e os escolhidos tem este mesmo aparelho. Serve para nossa comunicação. Se enviar uma mensagem para ele através do meu terminal, pode ser que ele veja e até responda.
- ...! E-eu... Obrigada... S-só não sei como... Como se usa isso.
- Eu te mostro.
Sentou-se ao lado dela, e ensinou-a a usar. Ele sentia que ela era parecida com alguém.
Esse alguém também se sentia sozinho, e graças a essa solidão... Tornou-se algo ruim.
Alguém que ele dificilmente consegue esquecer seus atos. Uma pessoa de coração bondoso, porém que foi manipulado pelas trevas.
Mas, diferente dessa pessoa, ele via que tinha alguma coisa de diferente. Talvez só viesse descobrir os verdadeiros motivos para que ela fosse tão quieta aos demais...
Quando todos estivessem reunidos.
---
- Hmpf... Nada. Nada mesmo.
- E aquele anjo fajuto não apareceu! Grrr!!
Ranamon andava pelo salão das gárgulas, mais furiosa do que poderia estar antes.
Além de não ter feito nada, não conseguiu encostar um dedo sequer no garoto que possui a estrela de cristal.
E ainda, perdeu duas vezes. Para o mesmo digimon.
- Eu não acredito nisso!
- Não mesmo!
- Cale-se. – gritou Frostmon, que se encontrava naquele mesmo cômodo.
- Estamos a ganhar tempo. Não se esqueça disso...
- Tempo? – perguntou, ainda com aquele tom enraivecido.
- Para que a Lekismon pegue a criança que é a reencarnação de Pandora. – respondeu.
- ... Não acha que estamos sendo usadas para que ela fique com a glória?!
- Não. É assim que o mestre quer. Nós atrasamos os escolhidos e aqueles outros dois.
- ... Frostmon, você é muito... ingênua.
- Seu trabalho é cuidar daqueles dois. O meu é destruir aquela criança e impedir os escolhidos.
Saiu pela porta, no final do salão. Ranamon olhou para lá e viu a porta fechando com toda força, fazendo com que a sala tremesse por dois segundos.
- Hmpf, essa garota me dá nos nervos...
- Deixar que a Lekismon encontre e leve todo o crédito?! Não mesmo!
- Eu sou a Guerreira da Água, não posso permitir que uma digimon tão calada e suspeita como ela seja melhor que eu!
Dirigiu-se para a outra porta, do outro lado do salão. Até que parou próxima dela e...
Lembrou-se das palavras ditas pela companheira:
- “Seu trabalho é cuidar daqueles dois”...?
- Então... Eu posso pegar aquela coelha...
- Pegando-a, o anjo fajuto irá aparecer para salva-la!
- Hohoho... Frostmon, estou agradecida pela dica.
Sorriu diabolicamente e desapareceu dali.
Agora sabia como completar seu objetivo.
---
O moreno corria para a casa de Iori, pensando naquilo que o amigo tinha dito.
Se o vilão da vez era mais poderoso, todos teriam de se unir. Inclusive ele e Iori.
E pela seriedade com que Daisuke tinha pronunciado aquela frase, sabia que era algo grave.
Grave, colocando em risco tudo e todos. Seja digimons, seja humanos.
Ao chegar perto dali, viu o menino e a mesma guria que tinha encontrado algumas horas atrás. Ambos estavam conversando.
- Iori-kun! – gritou Ken, chamando-o.
- Ichijouji/Ichijoui-san? – olharam para frente, vendo-o se aproximar.
- O Motomiya-kun... – disse ele, um pouco gago – Quer falar conosco...
- Encontrou o Motomiya? – Ni rapidamente desviou o assunto – Onde ele está? Como está?
- Está bem... E ele tinha ido te procurar. – respondeu.
- M-Me procurar?
- Onde ele está agora? – perguntou Iori.
- Estava indo para a casa do Yagami-san, procurando pela Geijutsushi-san.
- ... Eu estou aqui. – suspirou ela – Como que ele sabe que eu iria para lá?
- Bem, ele perguntou ao Izumi-san...
- Ah...
Silêncio. Como os três ali não tinham tanta intimidade com o outro, apenas foi feita uma troca de olhares.
Um olhar gentil e confuso, que ainda queria encontrar o menino... Por mais que soubesse que ele estava são e salvo;
Um olhar bondoso e tímido, que tinha dificuldades de interagir com o outro menino ali graças aos ocorridos do passado;
E Um olhar mais reservado, difícil de falar abertamente com o rapaz de cabelos morenos à sua frente, pelos erros que são julgados como “imperdoáveis”.
Dois digimons a se olharem, e a observarem tudo... Enquanto as três crianças mantinham-se em silêncio.
- Então... Aonde vamos nos reunir? – o Hida quebrou o silêncio.
- Na sala de informática da escola primária. – respondeu Ichijouji.
- Bem, eu vou indo – desculpou-se a garota, querendo sair dali – Não tenho quase nada para falar e, provavelmente este assunto não é meu.
E mesmo que eles dissessem algo, ela deu passos mais apressados. Até que alguma coisa esbarra nela, derrubando-a no chão.
Do outro lado, uma coisa rosa estava caída de costas. Ao visualizar melhor, percebeu que era a digimon orelhuda que estava andando atualmente com o mesmo indivíduo que os três estavam falando antes.
- Você de novo?! – exclamou ela.
- Aah... – levantou-se do chão a pequenina, e a fitou – Eu tenho nome... é Bunni...
- Tanto faz! Da onde você veio?!
- Ghn... Desculpe em não te responder isso, mas... Isso também é assunto seu.
- Hein?! Como assim? Do que está falando?
- Eu ouvi sua conversa com os dois escolhidos. Isso é assunto de todos vocês.
- ... Inclusive meu e da Carol? Explica?
- Sim, seu e dessa outra menina. Daisuke-san vai querer falar com vocês duas também.
- E como sabe disso? Hein, como sabe? – resmungou.
- ... Por que eu ia justo pedir ao Koushiro que ele pedisse pra ela vir até aqui. E ia justo te pedir o mesmo. – respondeu uma voz, que estava parada bem atrás da digimon orelhuda.
A menina toma um susto. Não, não foi um sustinho simples. Foi um dos grandes. Afinal, ela não esperava que o próprio Daisuke pipocasse ali tão repentinamente... Já que não o viu se aproximando dali no Lighdramon.
O coração dela acelerou, e ela ficou bem pálida com aquela atitude. E olhando-o... Com uma cara de quem tinha visto uma assombração. Já ele, não percebendo que ela não tinha o visto chegando e descendo do seu parceiro quadrúpede, fez uma expressão de quem não compreendeu aquela reação dela.
- Geijutsushi? Que foi? Parece ter visto um fantasma... – piscou os olhos com um ar de confuso, após ter falado aquilo na mais pura inocência possível.
- ... Da onde tu saíste?! – exclamou ela, bufando – Como que você aparece assim do nada?!
- Eh? Mas... Não me viste chegando no Lighdramon? – continuava com aquela mesma e típica ingenuidade de sempre.
- Mas precisava aparecer assim atrás dessa coelha desse jeito?! – reclamou.
- Podemos deixar isso pra depois? – interromperam os dois digimons, Lighdramon e ChibiBunnymon, aquela discussão estúpida que estava logo no inicio.
- Te assustei? – ele ainda não tinha se tocado. A resposta dela foi um simples olhar atravessado de insatisfação.
- Não... Só tomei um susto do caramba quando surgiu atrás dela feito uma alma penada. – respondeu ela, ainda chateada.
- Ahn... Desculpe... O que tá fazendo aí sentada na calçada?
- Curtindo a vida... – respondeu sarcasticamente em um tom bem baixinho – Essa... A... A Bunni esbarrou em mim enquanto estava indo em outra direção.
- Desculpe... – disse a coelha – Não fiz por mal...
- Não tem problema...
- Vem. Logo os outros estarão aí. – o menino estendeu a mão para que pudesse ajudá-la a se levantar.
A Geijutsushi fitou a mão dele. Ficou pensativa como sempre ficava naquelas horas. Sempre que alguém se aproximava dela... Sempre que alguém falava com ela...
Ainda queria entender qual o motivo que a fazia travar e falar mais com ele, se tinha algum receio de alguma atitude ou... O simples fato de que ainda pensava que as intenções do escolhido eram por interesse?
Por outro lado, Daisuke pressentia aquela atitude poderia ser algum tipo de reflexo...
Poderia mesmo? Algo que na curta amizade de Lance e Negai poderia ter causado aquelas atitudes? Ou era outra coisa, como os tais problemas que ela sofria para interagir com os demais?
Parecia que nem estavam um na frente do outro, e sim que estavam bem longes. Muito distantes. Alguma barreira impedia que a conhecesse melhor, que descobrisse mais sobre a “Negai” pertencente àquela dimensão.
Uma “Negai” diferente daquela que tinha visto naquele mundo, no antigo lar dele.
A tão alegre animada e sorridente Negai, que não tinha medo e dava total apoio a ele, por mais que soubesse que o menino era e ao mesmo tempo não era mais aquele seu amigo que morrera protegendo a irmã gêmea...
Era diferente daquela menina de cabelos morenos acastanhados, que era quieta, fechada, e não sorria quase nunca. Isso, quando ela não estava com sua melhor amiga, Carol.
Outra que ele também não conseguia muita aproximação. Talvez soubesse dos motivos para que a “Yorokobi” de lá não conversasse muito.
E outro detalhe foi percebido na Geijutsushi: A jovem nunca, repito, nunca o olhava direto nos olhos. Nunca. Se for, era um rápido olhar, ok. Mas sempre duravam uns dois segundos ou muito menos do que isso, milisegundos até.
Aliás, essa atitude da colega-vizinha (e até parceira do grupo dos escolhidos por agora) era típica. Acontecia com boa parte do pessoal.
Isso era um problema. Um dos problemas que o Motomiya identificava nas ações dela.
Nas rápidas frases que trocavam. Nos limitados olhares que se cruzavam.
Alguns segundos passaram ali. Ela até tirou a mão do chão gelado e... Tentou entregá-la a do menino para que pudesse segurá-la e ajudá-la a se levantar.
Mas...
Não o fez. Ao invés disso, levantou-se sozinha. Ainda perdida nos pensamentos, naquelas dúvidas que lhe percorriam a linha do raciocínio.
“Será mesmo que ele só quer me ajudar a vencer essas barreiras?”
“Que ele está tentando aproximar-se de mim para ver quem eu realmente sou?”
“Para descobrir que não sou tão fria e anti-social como muitos pensam?”
Essas perguntas vagavam em sua mente. E sempre atrás das respostas.
E sempre se perdia mais e mais naquelas questões.
- Geijutsushi... – ele quebrara aquele momento pensativo dela, fazendo-a lhe dar atenção.
Um rápido olhar. O mesmo de sempre. Tentou dizer algo, como “não tenha medo de se abrir comigo” ou “tem algo te incomodando?”, mas não saía. Ficava preso na garganta.
Só foi aquela vontade de falar... E a garota a se virar de costas.
E ela... Seguiu para onde estavam Ken e Iori, que perceberam a chegada do líder do grupo 02.
De qualquer forma, o goggle boy só a olhava. Calado pela ação de Nina. Os digimons ali também. Lighdramon andou até lá, acompanhado do seu parceiro e da coelha.
Logo aqueles dois cumprimentaram o amigo, e seguiram para a sala de informática.
No meio tempo o menino de olhos castanhos enviou uma mensagem ao Izumi, pedindo que convocasse a outra “escolhida” para a reunião.
Passados algumas horinhas, todos estavam na sala. Os cinco com seus parceiros, as duas meninas cujo Kiseki diz pertencerem ao grupo (porém serem “escolhidas” diferentes dos outros doze), a digimon do Desejo, seu companheiro azulado e... Claro, ele.
Antes de prosseguir, pensou se daria certo unir todos ali. Se teria mais algum problema ou não.
Pelo jeito, não havia nenhum. Ao que lembrara, Negai, Yoro e Yami se davam bem. Miyako, Iori e Ken... Ok. Takeru... Ok...
“Por enquanto, acho que não há problema em reuni-los somente neste pequeno grupo... O do senpai já está ciente disso, pois quando eles enfrentaram os inimigos da época deles... Todos tiveram alguma seriedade, sabiam que colocavam suas vidas em jogo e um deslize e os vilões os matariam.” – Justo o que ele pensava, enquanto observava os sete à sua frente.
Uns sentavam nas duas mesas, outros nas cadeiras. E os restantes ficavam de pé.
Respectivamente Miyako, Nina e Hikari, Carol e Iori, Ken e Takeru.
Hawkmon ficava sentado no colo de Miyako, Upamon no de Iori, e Tailmon no de Hikari. Wormmon ficava o ombro de Ken, e Patamon em cima da cabeça de Takeru.
ChibiBunnymon estava na cabeça de V-mon, que por sua vez ficava ao lado direito da Inoue.
Aquele olhar do Motomiya era meio diferente do costumeiro. Alguns podiam até sentir alguma intimidação ou só a impressão disso.
Tirando Miyako, Hikari e Takeru, que ouviram aquele sermão todo (algo que fez com que também os veteranos Taichi e Yamato perceberem a maturidade com que o seu pupilo estava encarando a tal situação atual), os restantes não faziam idéia do motivo daquela convocação.
Ainda mais aquelas duas gurias ali, que não estavam a par de quase nada. Só sabiam que tinha uma ave estranha atrás do “seu” líder, mas nada além desta informação e olhe lá.
Silenciosamente... Sem ruídos, os sete olhavam-no. Este esperava que alguém, por obséquio perguntasse o motivo deles terem sido chamados até ali.
Ou... O mais provável, era o próprio líder não saber como iniciar aquela reunião.
Como explicar a eles que o problema de agora era mais grave, no nível do que Taichi e os outros sete escolhidos enfrentaram em 1999?
Pois bem, essa era a hipótese mais adequada para responder àquele silêncio.
- Daisuke-san... – finalmente um dos componentes daquele espaço se manifestou – Por que nos chamaste aqui?
A voz vinha do mais jovial de todos. Do mais novo, claro. Porém, o tom era sério e o que os cinco ali, que conviveram ao lado dele naquela missão em 2002, já estavam acostumados.
O jovem Hida fizera aquilo, pois era o que se previa de acontecer.
Já o garoto de doze anos, que antes só os olhava, iniciou o discurso:
- Miyako, Hikari e Takeru já sabem do que irei falar com vocês. Especialmente a Miyako, já que foi direcionado a ela aquilo. Hikari e Takeru, como já passaram por uma experiência semelhante a esta, ou da mesma gravidade, tem noção do que estamos para enfrentar.
A voz do Motomiya não estava naquele tom normal, pelo contrário. Estava tão séria quanto aquelas palavras que tinha dito anteriormente para a moça de cabelo violeta.
Prosseguiu, antes que pudessem interferir:
- Dois anos atrás, nossa missão como escolhidos era simples. Apenas libertar digimons sob o controle dos anéis negros e das espirais negras, destruir as torres que controlavam a região... E depois, quando o Ichijouji uniu-se a nós, eliminar os digimons criados por essas torres graças às habilidades especiais de Archnemon. Porém, naquele mesmo ano, o senpai nos alertou que... Uma hora teríamos de lutar pra valer, para sobrevivermos, lembram? Geijutsushi e Choujutsushi não, mas elas são exceções aqui.
Os cinco acenaram positivamente com a cabeça, relembrando com o irmão da escolhida da Luz tinha falado a respeito do assunto, quando foram obrigados a matar SkullSatamon, LadyDevimon e MarineDevimon.
Especialmente a própria Yagami, que tinha conversado antecipadamente sobre isso com Taichi, antes do ataque da Demon Corps.
- Naquele dia, se não tivéssemos destruído-os... O caos estaria feito. Além do mais, não derrotamos Demon. Nós só tivemos a única opção de bani-lo para o mundo das trevas. Agora o assunto é nesse mesmo nível, pessoal.
Nossos inimigos são mais fortes. Mais poderosos, e mais inteligentes. Se dermos brecha, todos nós cairemos em uma cilada... Até então, nos eliminarem.
Vocês sabem que eu passei quatorze dias em um mundo diferente, onde tive de enfrentar uma bruxa que estava sendo manipulada pelas trevas, assim como a Semente Negra controlou o Ichijouji e o fez se tornar aquilo que enfrentamos no início de nossas vidas como crianças escolhidas.
O citado ali abaixou a cabeça, não gostava de se lembrar das atrocidades que tinha cometido como Digimon Kaiser. Aquele era o seu passado negro, envolto pela escuridão, alienado do que era verdadeiramente a Digital World.
Ao perceber o sentido em que Ken levou aquilo, o menino aproximou-se ele, colocou a mão no ombro esquerdo, que estava vago (o Wormmon estava no outro), e sorriu:
- Ken, não precisa temer o passado. Isso já passou. Você está conosco agora, não está mais sozinho. Não encarem isso como uma bronca, por favor. – afastou-se de lá e continuou:
- O problema que tive de enfrentar lá, foi só uma mostra do que teremos de encarar. Creio que Warlock tenha explicado a vocês o que fui fazer lá, certo? – fez uma pequena pausa, não obteve nenhuma afirmação dos outros – Certo.
Quando derrotei a Pandora, isso gerou uma espécie de “futuro alternativo” de lá. Porém, acho que em outro “futuro”, o Lance não morreu e então ela foi derrota... Ah, não sei como que ela veio parar em nosso mundo.
Mas ela veio. Renasceu que nem a Princesa Ai, que atualmente é a Mimi Tachikawa... E que nem ele, Lance Kuroboshi, que atualmente sou eu...
E foi graças a uma parte do Lance... Um fragmento que, depois de ter completado sua missão, tornou-se o protetor daquele mundo, e passou a se chamar Kiseki.
Só que... Quando Kiseki ajudou Pandora, a tal maga “maligna”, – fez aquele gesto tradicional que se faz quando se coloca aspas em uma palavra – a se libertar das trevas, da forma correta...
Parou de falar. Aquilo meteu um suspense na sala. E mais sério ainda, dando um daqueles “surtos” que o V-mon apelidara quando Daisuke assumia psicologicamente mais a identidade do Kuroboshi do que do próprio serelepe escolhido...
Voltou seus olhos para os sete, e para os seis digimons:
- O verdadeiro causador daqueles ocorridos em Kuroboshi, Gota Pura e Gakushoku... Apareceu, e se manifestou quanto ao renascimento de sua marionete. Nem preciso dizer que este cara veio até aqui para encontrá-la, certo? ... Certo.
Mas, resumindo tudo... Se esse estranho, e aquelas duas subordinadas suas encontrarem a nova vida de “Pandora”... Nosso mundo correrá o mesmo risco de ser controlado pelas trevas.
- Não... Todos os mundos que possuem uma ligação com este. Inclusive aquele que nós temos o dever de proteger destas forças sombrias.
- A Digital World! – exclamou Ken, pasmo com a história. Os olhares voltaram-se para o escolhido da Bondade, como se ele acidentalmente tivesse se antecipado.
- Sim, Ichijouji... – afirmou o líder, agora mais sério do que nunca – Incluindo o mundo dos nossos parceiros, o mundo dos Digimons. Aquele que nós somos seus protetores.
Por isso, como eu tinha dito a Inoue... Nossos inimigos não estão de brincadeira.
Os olhares voltaram-se a si. E seguiu falando:
- Ter recebi este pingente outra vez não foi mera coincidência como tinha pensado antes. É um alerta. Um alerta feito pelo Kiseki e pelo Dragon Hu. A vinda de Bunni, esta digimon coelha invasora de domicílios...
- EI! – rosnou ela, não gostando da piadinha incluída ali. Principalmente por causa do assunto sério.
- D-Desculpe, precisava descontrair um pouco... – desta vez, pronunciou aquelas palavras com o seu tradicional sotaque e um sorrisinho tímido.
- Bem, como estava dizendo... Ela ter vindo aqui é para termos como agir. Pois aquilo que está no pescoço dela não é um simples colar. É um amuleto criado pelo próprio Mago Hu caso a Pandora finalmente conseguisse ser libertada das trevas e pudesse renascer. Temendo que esta entidade maligna pudesse se apossar mais uma vez dela, esse pingente ali é uma magia que deve ser executada para que esta nova vida da Pandora não seja ameaçada, e que não se torne outra vez aquilo que ela foi no passado.
Vocês compreendem? Ela foi designada a vir até aqui, com o Kiseki, que a esta hora está ocupado com seus afazeres celestiais, para encontrar “a” “Pandora” e realizar este feitiço.
- E... Também é nosso dever protegê-la deles. Destes que querem usá-la para o mal. – olhou diretamente para Ken, que tinha sensações de que as trevas chamavam por alguém – Por favor, entendam a seriedade desta missão. Pois, eles não estão só tentando capturá-la, como também... Estão tentando eliminar talvez o único que possa enfrentá-la de igual para igual.
- Você...? – murmurou Geijutsushi, atônita.
- Exatamente. – respondeu ele, com um tom de desanimo. A garota se assustou outra vez, pois pensava ter dito aquilo o mais baixo possível, olharam-na e logo voltaram a atenção a Daisuke – Eles também tentaram usar a Hikari como isca, para que me capturassem. E, se vocês não me matarem pelo que vou contar... Err... Eu também caí numa armadilha deles, e fiquei cara-a-cara com este individuo que deseja se apossar da “Pandora”. Fui atirado logo depois numa batalha contra Frostmon... E graças ao V-mon, e a nossa determinação... Conseguimos fugir de lá.
Novo silêncio. A comunicação permanecia por cada olhar. Agora, todos percebiam que a hora de brincar como escolhidos se tornou... Um futuro erro que os destruiria. E devastaria ambos os mundos, e outros mais até.
- Desculpem se eu pareço ter mudado de uma forma tão inesperada. Sei que muitos não gostaram disso, mas não dá pra ser como era dois anos atrás. Nós não vivenciamos totalmente a experiência que o senpai, os outros veteranos, e Hikari e Takeru vivenciaram! Mas, esse dia chegaria. E ele chegou. E trouxe também... Dois membros novos na equipe, porém diferente de nós... Elas não tem parceiros digimons.
Os cinco sabiam de quem ele se referia. Aquelas duas ali, que antes pareciam estar apenas em Odaíba por acaso. Mas agora estava mais do que claro: Era onde deveriam estar. E o destino fez tudo para que viessem parar naquela sala, a ter contato com as doze crianças que formam aquele grupo.
E assim como os três “ex-novatos”, eram diferentes. Este trio não tinha um brasão específico (porém Daisuke fugia a regra, mesmo que fosse um dos novos da época), mas sim digimentais que possuíam um brasão pertencente a uma das outras seis crianças. Eles, como foi explicado por Bunni ao azulzinho, são “auxiliares” dos outros seis. Porém, só um destes três fugia a regra, por herdar o poder da Lux Miraculum.
Mas mesmo assim, Eles tinham os Fragmentos. Todos os doze tinham. Mas, havia mais dois, totalizando quatorze Elementos.
E estes outros dois...
- ... Negai, Yorokobi. – disse ele, respectivamente apontando para Nina e Carol – Ou seja, Desejo e Felicidade.
- Huh? Elas tem... Brasões, dagyaa? – exclamou Upamon. Os outros quatro (tirando Hikari), esboçaram uma cara de surpresos.
- Brasões?! – as meninas “novatas” se olharam, como se nunca tivessem ouvido falar daquilo antes.
- E-espera aí! – disse a Inoue – Existe... Escolhidos que não possuem parceiros, mas sim brasões?
- Não são exatamente brasões, Miyako... Sabe aquela luz que você viu no seu digivice e fez Holsmon evoluir para um novo nível? Aquilo é algo similar ao brasão. – tentou explicar o garoto dos goggles.
- Isso são Fragmentos. – Bunni deu uma resposta mais completa – Nove dos Quatorze são brasões. E como os brasões são nada além da representação de seus corações... Os outros fragmentos restantes, Determinação, Energia, Justiça, Desejo e Felicidade, também são considerados brasões.
- Então... – falou Carol – De qualquer jeito, neechan e eu fazemos parte do grupo?
Tanto a coelha quanto o garoto de olhos castanhos acenaram positivamente com a cabeça.
Os outros continuaram quietos, pensando naquilo que tinha sido repassado a eles.
Um novo perigo, uma nova missão. Algo que desta vez exigia mais deles. Mais atenção, mais força, mais desempenho, mais agilidade... E o importante:
Mais união.
- Alguma coisa a mais para acrescentar, Daisuke? – perguntou o escolhido da Esperança.
- Ahn... Mais nada por enquanto... Pessoal, compreenderam o que eu disse?
- Sim, nós entendemos a situação – falou Miyako, com uma expressão séria. Aliás, todos ali se mostravam sérios após o término daquele evento.
- Miyako, poderia perguntar a Mimi como estão as coisas lá em Nova Iorque? Eu tenho outras coisas para fazer...
- Sem problemas, Daisuke. Só... Tenha cuidado. Seja lá o que for fazer.
- ... Vai ir sozinho outra vez? Não deveria ao menos ir com alguém? – ponderou Nina.
- ... Eu quero ver como está minha irmã. Isto é, se o tempo tenha voltado ao normal.
- Não sei, acho que não... – interveio Ichijouji – Quando o tempo não havia sido “congelado” de novo, Wormmon conseguiu evoluir para Stingmon.
Sete olhos viraram-se diretamente para o escolhido de cabelos negros azulados.
Com um ar incrédulo de cada um deles, claro.
- Então é só quando estamos neste paralelo que nossos parceiros não podem realizar a evolução normal?! Mas é claro! Como não percebi isso antes?!
- O que está querendo dizer com isso? – interrogaram Iori, Ken, Nina e Carol.
- Só tentamos usar nossos digivices quando ocorreram estes “congelamentos”! Por isso que eles nos isolam neste paralelo! Para que nossos parceiros não tenham como evoluir para um nível superior à armor!
- Sim! Aquela vez, Nefertimon, Pegasmon e Fladramon não conseguiram derrotar aquela ave! – relembrou a Yagami.
- E isso também tem a ver com esses “fragmentos”? Pois Holsmon teve de evoluir para confrontá-la também – comentou a Inoue.
- Fladramon também. E se não fosse por essa chama determinada que nos conectou enquanto estávamos naquela caverna... Eu já estaria morto.
- Como a... – Takeru olhou para a digimon do Desejo, tentando se lembrar do nome dela.
- Būni – disse ela, pronunciando calmamente em japonês.
- Bunni... Ok. Como a Bunni disse – repetiu o inicio da frase – Esses fragmentos correspondem aos nossos brasões, certo?
- Sim, correspondem. Mas por enquanto... Só vi manifestações dos fragmentos correspondentes ao Daisuke-san e à Miyako-san.
- Então deveremos... Fazer com que nossos “brasões” se manifestem? – questionou Ken.
- Bem... E-eu não sei...
- Não sabe?! – exclamou toda a sala. Todos de olhos arregalados.
- Uh...Há coisas que eu não lembro bem, hihi... *gota*
- Ok. Fim de reunião. – cessou Daisuke – Nos comunicaremos através do D-terminal. Quaisquer problemas, não hesitem em pedir ajuda. E reportem, por favor.
- Ok, Motomiya – Geijutsushi o encarou – E quanto a nós duas aqui, Carol e eu? Como vamos manter contato se não temos esse D-terminal?!
Tinha esquecido justo deste detalhe. Bom, o jovem pos a pensar e...
- Acho que... Poderíamos ficar próximo de alguém que tenha! – sugeriu a Choujutsushi – Como... O Izumi-san!
- *sigh* E eu ficaria com quem? – refletiu mentalmente a sua amiga. Nina não tinha muita amizade com qualquer escolhido. Apenas conhecia alguns, por acaso mesmo, como Taichi e Daisuke. Outro graças a sua vó, que dera aula para um deles em 1999.
- Com o Koushiro?! – o goggle boy deu um salto para trás, meio assustado. A reação da menina foi diferente.
- Não posso? – perguntou.
- Primeiro... Vamos fazer apenas uma dupla temporária... Ahn... – colocou a mão no queixo e raciocinou:
– Miyako tem contato com o Koushiro e com a Mimi, então seria arriscado demais, caso a Mimi venha para cá e por casualidade ela, Carol e Koushiro se encontrem comigo em algum momento... Isso talvez causasse um reflexo das interações da Yorokobi com o Lance... Se eu deixar com a Hikari... Não sei se aconteceria algo, bom... Não aconteceu nada aqui. Mas não vou arriscar. Só me resta...
- Takeru, poderia ficar com a Choujutsushi por enquanto? – direcionou-se ao loiro.
- Huh? Claro. – respondeu Takaishi, mesmo não entendendo o porquê de ele ter tido aquela reação à sugestão da jovem.
- Ok, quanto a Geijutsushi... Ahn...
- Ela deveria ficar com você – disse Miyako.
- Concordo com a Miyako-san. A Geijutsushi-san esteve te procurando para saber como estava. - concordou Ken.
- Miyako, Ken... Não acho que ela queira isso – suspirou o garoto, vindo um pequeno flash do que acontecera antes de todos se reunirem naquele canto.
- Ué? Por que ela...
- PESSOAL, TEM ALGO LÁ FORA! – gritou aquela de quem os três falavam.
- Algo?! – arregalaram os olhos, surpreendidos.
Sem pensarem duas vezes, todos correram para o lado de fora do prédio, encontrando...
A mesma digimon má que atacou Miyako e Daisuke quando o fragmento correspondente da menina reagiu.
Sim. Ranamon.
- Você outra vez?! – vociferou tanto a Inoue quanto o Motomiya.
- Ah... Seus pestinhas... Eu vim aqui apenas para fazer mais uma ilustre visitinha, oh hohoho! – riu, colocando a mão na boca. E com aquele mesmo ar de desprezo, continuou – Não estou interessada no anjinho fajuto que se esconde de mim. Veio atrás daquilo que é rosa, tem orelhas longas, olhos verdes e um pingente que tem um significado muito importante para ela, pro anjinho, e... E quem diria! Até para você, honey~
- O alvo dela é a Bunni agora! – ecoou mentalmente isto em sua mente – Se a pegarem, estaremos com problemas... Mas, não sei se V-mon e Hawkmon têm energias suficientes para enfrentá-la aqui e agora... – O rapaz olhou para os digimons – O que poderíamos fazer?
- Não adianta brincar comigo... Um truque não funciona duas vezes!
- A coelha? – disse a moça de cabelos negros – refere-se a ela? – pegou-a no colo, e a segurou firmemente.
- N-Nina?! O que raios tu vais fazer?! – Carol sentiu um arrepio em suas costas, ao ver aquela atitude tão insana da amiga.
- Sim, ela mesma. – respondeu Ranamon – Seja uma boa humana e entregue-a – estendeu a mão, com um sorrisinho.
Geijutsushi sorriu sarcasticamente... E saiu em disparada, afastando-se dali o mais rápido que podia. Isso desencadeou num sentimento de raiva na inimiga, que tentou ir atrás dela. Por alguma razão, Iori correu atrás da menina. Carol também.
... Sim. Tentou.
Só não conseguiu graças a três digimons que se pararam frente dela: Holsmon, Fladramon e Nefertimon.
- Tsc! O que deu nela?! Que idéia suicida! – comentou negativamente Daisuke.
- Antigamente você faria o mesmo... – retrucou Miyako.
- É, eu faria mesmo... *sigh* Takeru, Ken... Vão atrás dela, por favor!
- Mas... E se precisar de ajuda? – contestou o loiro – Iori está com ela!
- Mas o digimon dele não consegue evoluir, Takeru-san! – contra-argumentou o moreno.
- Isso mesmo! Por isso que estou pedindo a vocês dois! Vão atrás deles! – o medo transpassava aqueles olhos castanhos. Temia que surgisse Frostmon e os atacasse. Era mais fácil Pegasmon estar preparado para uma fuga planejada.
- Entendi... Ok. – Takeru pegou o digivice e apontou-o para Patamon:
- DIGIMENTAL UP!!
Patamon... Evolução Armor para...
A Esperança ascendente, Pegasmon!
Os dois saltaram no corcel alado, e Wormmon nas costas de seu parceiro, e alçaram vôo. Indo na mesma direção que as garotas e o membro mais jovem foram.
Ficou lá, na batalha da escola...
Daisuke, Miyako e Hikari
- Vocês querem brincar? Querem? – provocou Ranamon – Ok...
- Então... Vamos brincar.
- FRAGMENTO DE MEMÓRIA #2:
O dia estava agitado demais. O povo saiu às ruas, comemorando a sua vitória.
O reinado do terror havia finalmente chegado ao fim, durante a noite anterior.
A princesa tirana, Yami Kuroboshi, filha do rei Kuroboshi II, tinha sido finalmente capturada pelos rebeldes em conjunto do exército de Gota Pura. Tinha sido abandonada por todos os seus serviçais, ministros, conselheiros e funcionários do extravagante castelo.
E o mais irônico... Foi a reação de Yami. Aliás, não houve reação alguma.
NENHUMA.
Ela entregou-se apenas com uma face repleta de ódio. Uma insatisfação total.
Só que... A verdade era outra. Outra mesmo.
E poucos sabiam dessa verdade.
Uma garota, diferente dos demais habitantes daquela terra, esgueirou-se por trás das celas. E por acaso... Descobriu que aquela princesa não era a verdadeira.
Mas sim... Seu fiel súdito. O servo que nomearam como...
Servo do Mal.
Aquele dia seria marcado pelo fim definitivo daquela que os maltratava e extorquia dinheiro, que assassinava inocentes e gerou o caos que sujou o nome de Kuroboshi, tornando o país uma terra totalmente temida pelas demais nações.
A hora da execução era às três da tarde, quando os sinos tocassem.
Esta jovem, de cabelos morenos acastanhados, com um laço prendendo um pequeno punhado dele num rabo de cavalo discreto, não queria que o serviçal fosse eliminado.
Mas quem a ouviria? Quem? Ninguém acreditaria nela. Então... Só restava deixar aquilo acontecer.
Não... Ela NÃO poderia. DEFINITIVAMENTE NÃO PODERIA.
E assim o fez. Saiu correndo pelas ruas, a procura de alguém. Chamava a atenção dos kuroboshianos, mas nenhum destes parava para ouvi-la.
Foi quando... Esbarrou em um menino, que estava acompanhado de um mago e de uma estranha mulher toda encapuzada como uma ninja.
- P-perdão! – disse ela repetidas vezes – V-Vocês precisam... Me ajudar!
- Ajudar?! – o mago exclamou – O que houve, garota?
- ... Aquela que eles querem matar na guilhotina não é a regente! – pronunciou rapidamente, trêmula.
- N-não é?! – os três ali arregalaram os olhos.
- Não! E ninguém me ouve! Vão matar um inocente que quer se sacrificar em nome dela!
Warlock, como era o nome daquele mago, olhou para a jovem, que agora sabemos ser a Negai, e seriamente interrogou-a:
- Onde é essa execução?
- N-na praça central d-de H-Hoshi! – gaguejou ela, já correndo lágrimas dos olhos.
- Mestre – falou a sentinela, MiyaShurimon – Será que...
- Eu sinto essa aura, Miya. Devemos verificar. Antes que seja tarde demais!
- Sim!
E os dois saíram a correr, deixando Negai e IoriArmadimon ali. Este último não falou nada com ela, mas despediu-se e seguiu os seus dois amigos.
E ela...
Olhou para os três sumindo naquele mar de pessoas:
- Por favor... Não o deixem morrer...!
Última edição por Nina Geijutsushi em Sex Ago 26, 2011 10:46 pm, editado 4 vez(es)
Convidado- Convidado
Re: Digimon Adventure ZeroTwo: Hinode
“KNUCKLE FIRE!!” “RED SUN!!” “CURSE OF QUEEN!!”
Um ataque da direita, um da esquerda e um do centro foram disparados em conjunto contra uma figura.
Esta desviou dos golpes com simples passos de bailarina, como se não os levasse a sério.
Definitivamente... Ela não ligava para os seus inimigos. Apenas bailava pela rua, com um aspecto um tanto familiar à Yagami, que tinha uma sensação de tudo ao redor ser desbotado.
Desbotado? Sim, as cores eram pálidas, sem vida.
Aquele paralelo começava a se assemelhar a dimensão sombria onde tinha posto os pés uma;
Duas;
Três vezes.
Arregalou os olhos várias vezes seguidas. Queria ter certeza que o cansaço daquela luta estava afetando sua visão.
Não... Não era mentira. Tudo estava como...
- Hikari? Você está bem? – perguntou Miyako, percebendo um pingo de espanto na parceira.
- M-Miyako... D-Daisuke... Tudo ao nosso ao redor está...
- Estranho? – completou – O que foi?
- Está tudo diferente, desbotado... Destruído!
- Destruído?!
A jovem de óculos olhou para os cantos, não reparava nada disso. Somente que o cenário era tão deserto quanto o Saara.
Os digimons se mantinham ocupados ali, naquela batalha, enquanto ela prestava atenção na mais nova. Daisuke estava concentrado demais naquilo para perceber que a Yagami sofria de alguma coisa.
Talvez outro truque daquele estranho vulto que prendera o escolhido do Milagre em uma caverna de cristal antes?
Ou Talvez seja algum sinal de que a situação tornava-se mais alarmante a cada hora que passava?
- Daisuke... – Miyako tentou chamá-lo, mas quando o menino estava naquele estado, era difícil quebrar o transe.
- M-Miyako... – Hikari abraçou-a, tremendo de medo – Algo... Algo está... Indo atrás...
- O que?! O que foi?! Algo? Hein?! – colocava as mãos nas costas da escolhida da Luz, fitando-a com um olhar mergulhado na preocupação.
- Está... vindo...!
Os olhos dela ao se encontrarem com o da outra transpassou sua “visão”.
Não era exatamente Odaíba que estava destruída...
Parecia ser um tempo mais distante. Muito mais distante. Talvez nem fosse aquele lugar.
Talvez fosse... Outra dimensão.
E nesta dimensão... Os três se encontravam em uma cidade em ruínas. “Cidade”, pois todos os edifícios dali eram tão medievais que pareciam estar num filme sobre a idade Média.
Mas não lhe era tão desconhecido assim. Sentia algo familiar. Voltou-se para onde estava Daisuke e percebeu... Aquele era o tal mundo onde aqueles dois que estavam consigo tinham ido parar!
O tal mundo onde presenciaram uma luta diferente daquelas que acostumavam ter: Um escolhido “evoluindo” com um Digimental, seu parceiro realizando a evolução Warp para o estágio final... Para confrontar uma misteriosa feiticeira com olhos roxos sinistros e dotados de escuridão, e um digimon que juraram ter selado no Oceano Negro: Demon.
Naquele dia podia jurar ter visto diante de seus olhos cor de mel que o menino serelepe e estúpido tinha sido acertado em cheio no abdômen, causando um ferimento terrível que... Depois de terminado o confronto e terem vencido, temiam que ele estivesse morto.
Graças à quantidade de sangue que ele perdera durante aquele tempo.
E quando se aproximaram dele... Viram seu rosto, olhos fechados... E um sorriso, um sorriso são satisfeito por ter vencido aquela maga... Mas também significasse um sacrifício feito pelo jovem em prol daquele mundo, daquelas pessoas que amava quando viveu ali com outro nome, outra família... E com outros amigos.
Sua mente lembrava daquelas cenas impactantes, e segundos depois começava a lacrimejar.
Teve mais medo de perdê-lo ali do que das últimas vezes em que o “líder” do grupo cismava em desafiar seus limites, correndo em direção ao perigo sem ao menos pensar nas conseqüências.
Enquanto a luta prosseguia, Kari e Miya pareciam estar presas naquele lugar. Não se movimentavam, abraçavam fortemente uma a outra e derramavam lágrimas.
Foi quando ele percebeu. O silêncio total daquela maluca da Inoue não podia ser normal.
Afinal, ela era tão agitada quanto ele! E onde estavam os elogios ao Holsmon que horas atrás fazia?!
- Hikari!! Miyako!! – gritou ele, pasmo. Via em volta delas alguma estranha aura, que as mantinha naquela ilusão toda.
- Droga! – pensou ele – É outro truque dele?! Agora atacando a... Hikari e Miyako?!
- Preocupado, huh? – provocou Ranamon. Aproveitando a brecha, conjurou algumas agulhas de água e arremessou contra seus dois inimigos quadrúpedes e outras no dragão azul.
O ataque foi mais efetivo do que o normal. Holsmon e Nefertimon caíram, com as agulhas encravadas em seus corpos, enquanto Fladramon possuía algumas delas nas partes onde sua armadura não o protegia: Seus ombros e sua cauda. Isso podia ser o de menos, mas aquilo doía.
Ranamon saltou e desferiu um poderoso chute rítmico no parceiro de Dai, derrubando-o no asfalto gélido.
Nesse meio tempo, uma rajada negra atacou os três digimons. E estes voltaram ao nível anterior, dois ao estágio criança e uma ao estágio adulto.
Não foi o suficiente...? Pelo menos ele esperava que a doida da Geijutsushi estivesse bem longe dali agora.
Virou-se ao pressentir uma brisa malévola do lado do mar. Era justo aquela criatura vil que o trancara antes.
O autor da rajada.
O mesmo causador daquilo tudo.
Seus olhares se chocaram. Um repleto de raiva pelo que a incógnita fazia às suas amigas, o outro com desprezo, rindo mentalmente da incapacidade do escolhido.
- Solte-as! – ordenou – Não deveria brincar com a mente da minha ohime-sama e da louca desvairada que é a Inoue!
- Soltá-las? – fez pouco caso – Sua princesa e sua antiga amiguinha híbrida? Pra que precisa delas, garoto? São apenas pessoas que, infelizmente você não conseguiu proteger.
- Cala a boca! Eu as protegi até o fim trágico que tive. Não me venha com essa! Eu não caio em ilusões. Não mais! Nem mesmo BelialVamdemon conseguiu me trancafiar em uma!
- BelialVamdemon? Não me faça rir! Comparando a minha “pessoa” com aquele idiota?!
- ... Você o conheceu?! – exclamou.
- Não o chamam de imortal por acaso... Lance-kun. Você não pode também me destruir. Nem mesmo meu irmão e meu bisavô conseguiram.
- ... C-como?
- Assim como meu bisavô também é imortal.
- ... E-espera... O... Dragon Hu...
- Oh, esqueceu Lance-kun? Você não foi o único que conseguiu realizar aquele feitiço... Na verdade, nem precisava esconder esse “fragmento de alma” na estrelinha. Mas é Claro que todos os ancestrais daquele pirralho idiota, Warlock, morreram. Mas somente dois deles realizaram este feitiço, com distintas intenções.
A criatura toda de preto ergueu a mão direita, com o punho fechado. Levantou inicialmente o indicador:
- Um foi para continuar seus propósitos como o mais poderoso mago do universo, dominando todas as raças existentes e banindo aqueles que se opusessem ao Tratado de Harmonia, exterminando todo o preconceito racial entre humanos, digimonianos e híbridos...
Ergueu o dedo seguinte, o do meio:
- E o outro para impedir que eu fizesse tal benefício para o mundo. Banindo-me com o auxilio do meu “adorável” irmão gêmeo, para a dimensão sombria! Afastando-me dos meus amigos, da minha própria família, e da pessoa quem eu amava!
Surgiu naqueles dois dedos uma esfera negra, que foi atirada contra o Motomiya. O golpe o arremessou contra os portões da escola primária de Odaíba, fazendo-o grunhir de dor, caindo sentado no chão na seqüência.
- Perderia graça te destruir agora sem ter encontrado a “Pandora-chan”. Não se preocupe... Pode viver mais um pouco. Quando “ela” se revelar... – aproximou-se ele, e sussurrou em seu ouvido – Será tarde demais, Lance-kun. – E afastou-se dali, indo parar do lado da digimon anfíbia.
- E-eu... – o goggle boy levantou-se, meio quebrado daquele golpe.
- Não vou permitir i-isso! – completou V-mon, acordando instantaneamente, como se estivesse em sintonia com o seu parceiro.
- OUVIU BEM?! – gritaram os dois, com os olhos castanhos e os avermelhados ardendo nas chamas determinadas.
- Daisuke! – berrou, fazendo uma conexão daqueles olhares, unindo as labaredas vermelhas que emanavam dentro de si.
- V-mon! Vamos... Lá! – pegou o D-3 mais uma vez do bolso, que por sua vez brilhou intensamente em um vermelho pouco mais escuro e vívido.
- DIGIMENTAL UP!!
V-mon... Evolução Armor para... A Coragem flamejante, Fladramon!!
Fladramon... Evolução com o Fragmento da Determinação para...
As chamas determinantes da Coragem!! Burning Fladramon!
O galante dragão de armadura escarlate criou suas asas flamejantes, derretendo a neve que tinha pelos cantos.
O misterioso vilão sorriu, e saiu correndo. Acompanhado de sua subordinada.
Não... Eles não queriam fugir.
- Você não vai soltá-las se eu não for... Certo? Ok... Eu não tenho escolha. – olhou-as seriamente.
Mas sim atraí-los para fora de lá, reservando uma luta contra o escolhido em outro terreno.
O digimon azul alçou vôo, indo à direção do parceiro. Quando este levantou a mão e agarrou-se no pé da criatura draconiana, desaparecendo pelos céus.
Quando eles se foram, tudo voltou ao normal...
Inclusive as duas vitimas.
“Hikari, Miyako... Pessoal... Eu voltarei. Não se preocupem.”
#12 - Mostre seu coração justo, Iori!!
Corria pela calçada, corria apressadamente. Em suas mãos segurava a pequena coelha rosada firmemente. O motivo que a fez tomar uma atitude louca como a aquela ninguém sabia, nem ela mesma!
Ao respirar pela boca, seu hálito se manifestava em forma de curta neblina e logo se dissipava ao vento, devido ao frio do inverno.
De repente esbarra em uma pessoa. Depois em outra. E assim por diante.
Até que ela para, e percebe: Ela tinha voltado ao seu mundo?
Ok, se tudo tinha “descongelado”, isso significava que não precisaria mais fugir, certo?
- Ufa... Conseguimos. Só espero que os outros tenham impedido aquela digimon...
- Nina-san... É esse teu nome, certo? – murmurou Bunni.
- Nina, mas algumas pessoas me chamam de Ni...
- Por que fez isso?
- Porque...
- Geijutsushi-san! – uma voz interrompeu a fala da menina.
- Iori? – disse ela, virando-se para trás. O garotinho aproximou-se dela, um tanto ofegante.
- Por que fez isso?! – perguntou a mesma coisa – E se aquela digimon te atacasse?!
- Porque... Eu não sei porque fiz aquilo! Só deu vontade de fazer...
- Isso deixou todos nós mais nervosos do que antes! – falou em um tom sério – Principalmente por você ter feito isso tão rápido que quase não teríamos tempo de evitar alguma tragédia!
Abaixou a cabeça. Irônico... Ela se comportava como se ainda tivesse uns cinco anos em determinadas situações! Aquilo soou como uma bronca de seus pais, como as de sua avó... Como as das professoras!
Sua ação de fato tinha feito o pequeno Hida lembrar de alguém. E esta pessoa mostrou-se atualmente mais responsável e atenta. Mas no passado, dois anos atrás, o tal era um completo ingênuo, agia sem pensar nas conseqüências e até fazia todos os onze restantes tremer de medo da criatura serelepe morrer devido a essas suas loucuras.
De quem estamos falando? You know.
- Não quis... Não quis fazer por querer... – respondeu, com uma voz baixa. A menina tinha algo a esconder.
- Sorte que o Daisuke-san, Miyako-san e Hikari-san agiram a tempo... – suspirou, e diminuiu o tom – Não havia muita necessidade de fazer aquilo.
- ... Um de nós iria fazer. – olhou para ele.
- Hã?
- O Motomiya estava olhando para os seus parceiros. Deu pra perceber que um de nós iria fugir com a Bunni enquanto o resto a impediria de vir atrás.
- Mas... Não pareceu que ele...
- Foi arriscado, eu sei. Mas eu supus que iriam cobrir a minha fuga, por isso... Arrisquei.
- E se não tivesse dado certo?! O que você faria?!
- Alguém já teria feito isso antes de mim. Ele mesmo teria dito alguma coisa, subentendendo a nós que deveriamos pegar a ChibiBunnymon e levá-la para um lugar seguro.
- O Daisuke-san... Estava a olhar para V-mon e Hawkmon... – refletia Iori – Será que ele estava pensando mesmo em fazer isso?
- Posso não conhecê-lo tão bem assim, mas seus movimentos eram claros. E se aquela coisa feia que parecia uma mulher-sapo queria pegar essa coisa fofa aqui... Então isso mesmo que ele iria fazer.
- Iori, eu concordo com ela, dagyaa.
- Então porque ele... Criticou a atitude dela? – olhou para Upamon.
- Talvez por causa de que ele não esperava isso dela, dagyaa?
- Ninguém esperava...
- Pelo menos ela está bem, dagyaa.
- Sim, e não apareceu nenhum inimigo por aqui...
- Ah, acho que já ajudei... – a garota colocou a digimon orelhuda em cima da cabeça dele – Vou pra casa, estou cansada de hoje. Já sei como está o Motomiya... Minhas preocupações passaram. Até mais. – despediu-se e saiu andando.
- Espera! – correu atrás dela – Como pode dizer uma coisa dessas? Por que está se retirando?
- ... O que eu posso fazer? Não tenho digimons, não tenho alguma amizade com vocês. Só conheço alguns, mas não se pode dizer que somos “amigos”.
- Isso porque você parece não querer falar conosco. Parece sempre querer se afastar dos outros. – argumentou o escolhido.
- Não quero? Eu... Eu não consigo falar muito com as pessoas. Sinto-me um estorvo.
- Por quê? Por que se sente assim?
- Por causa de... Ah, pra que quer saber?
- Por que nós somos parte do mesmo grupo agora, nós temos de nos conhecer melhor.
- Quem me incluiu neste grupo...? *sigh* O Motomiya?
Parou, olhou para o chão como costumava fazer. Sempre que pensava em “grupo”, lembrava das péssimas experiências que teve.
As pessoas explorando suas habilidades, alguns se fazendo de seus amigos só para que ela pudesse ajudar em algum trabalho... Outras só se lembravam dela por causa de seu dom artístico.
Quanto aos amigos reais que teve... Foram poucos. Mas estes também uma hora se afastaram dela, devido a novas amizades e a falta de contato diário que tinham antes.
Mudou-se para lá, conheceu Carol e passou a considerá-la uma de suas melhores amigas... Até o momento em que elas cruzaram com o caminho das doze crianças.
Agora sentia que esta sua única amiga lá... Ia se afastando dela, tentando se aproximar mais dos outros. Mais de Koushiro...
E esta nova então? Está em um grupo. Ok era algo que ela queria ter. Um grupo de amigos com quem poderia falar, se divertir, chorar, consolar com eles e vice-versa...
E se acontecesse de novo? Só por interesse em algo?
- Você é uma “escolhida”... – disse a orelhuda – Pode não ter um parceiro digimon, mas tem um fragmento que corresponde ao seu coração.
- Escolhida? Como me tornei uma “Escolhida”?
- No momento em que você conheceu os digimons – a pequenina pulou em sua cabeça – Assim como as doze crianças.
- H-hein? Tá falando... Que só sou uma integrante deste grupo só por conhecer os digimons?!
- Geijutsushi-san – Iori olhou-a nos olhos – Por que você age desta forma?
- Eu... Só... Só quero voltar pra casa agora, relaxar e...
- Neechan! Nina! – gritou Carol de longe, acenando para ela.
- Carol! – esboçou um sorriso, como se a voz dela a tranqüilizasse daquela conversa.
Deixou Iori ali e foi até ela. O menino de cabelo castanhos, meio desarrumado graças aquela correria toda (e também se passou dois anos, e este cresceu.), só acompanhou com os olhos a Geijutsushi se distanciar.
- Por que ela não quer falar comigo e com os outros? – pensava.
---
- Miyako-san... Miyako-san?
- Hikari! Hikari!?
As duas estavam abraçadas uma na outra ainda. E só se soltaram, voltando a si, quando ouviram os seus parceiros chamando-as.
- O que houve? – foi a primeira coisa que a Yagami disse, aliviando assim a tensão que Tailmon tinha ao vê-la petrificada naquele estado.
- Onde estou? – já a fala de Miyako deixou Hawkmon preocupado.
- Eles fugiram... – reportou a gata – E o Daisuke foi atrás deles.
- O... O que você disse?! – exclamaram as escolhidas, perplexas.
- O Daisuke tá querendo o quê?! – bufou a Inoue – Primeiro diz aquele sermão todo, critica a atitude da Nina-chan e... Agora faz o mesmo?!
- Miyako-san... – Hawkmon interrompeu-a – Ele não teve escolha, tinha alguma coisa prendendo vocês.
- Sim – afirmou a felina – Havia uma aura negra envolvendo vocês, e isso tornou a situação mais complicada para nós. Daisuke tomou essa atitude em prol de sua proteção.
Não houve mais nenhuma argumentação da garota de óculos. E por parte de Hikari...
A escolhida da Luz sentia... Sentia que aquilo significaria mais problemas. E mais, no fundo de seu peito uma pontada a fez quase cair de joelhos no chão gelado.
Aquela sensação... Era alguma conexão que tinha com o menino. Talvez a mesma que ele também tinha.
- Ah! – soltou no ar, colocando a mão no peito.
- Hikari/Hikari-san?! – exclamou os três restantes.
Ela voltou a abraçar Miyako, mas agora para não perder o equilíbrio. Sentia-se fraca por dentro. Fraca, como se tivesse todas suas energias sugadas.
Os outros dois se aproximaram dela, mais nervosos do que antes. Logo depois ouviram os sons urbanos. A mais velha desviou sua atenção da rapariga que tinha em seus braços e percebeu:
- Tudo voltou ao normal! Vamos... Vamos levá-la para minha casa, e avisar aos outros!
- Certo! – concordaram os digimons, ajudando-a a colocar Hikari em suas costas.
Passados alguns minutos... Depois de muita cautela para que os digimons não fossem descobertos pelas pessoas dali, chegaram ao apartamento dos Inoue. Levou-a para o seu quarto, colocou-a na cama e abriu a janela para que Tailmon e Hawkmon entrassem por ali, ao invés de virem por dentro do prédio.
Deixou as criaturinhas cuidando da amiga e correu direto para o telefone. Engraçado, por que para o telefone? Era mais fácil usar o terminal!
Só que ela não lembrou disso. Tirou-o do gancho, discou o número depressa... E esperou.
E em outro prédio, um pouco longe se for a pé, mas perto se for de bicicleta...
- Tadaima! – disse ele, entrando pela porta. Tirou os tênis e atirou-se no sofá.
- Onde você esteve? – perguntou a Sra. Yagami, que estava na cozinha.
- Estava com meus amigos... – por mais que parecesse uma mentira, era verdade.
- E o jogo? Como foi?
- Ahn... Foi bom... – agora sim, foi mentira. Já que a partida foi interrompida.
- E a Hikari? Ela não tinha ido ao jogo também?
- A Hikari...? Ela foi sim. – pegou o controle e ligou a televisão, começou a folhear os canais.
- Ah, então ela deve estar ainda com os amigos.
- É, ela ficou com o Daisuke, Miyako, Takeru e Iori... Não se preocupa que logo ela liga avisando que vai voltar tarde.
Visto que tudo tinha voltado, o Yagami relaxou por alguns segundinhos. Sendo que em seguida ia pegar na agenda o número do celular e da casa de Mimi para pedir que ela contasse como estavam as coisas por lá. Porém...
Um telefone começa a tocar. E de uma forma alarmante.
- Taichi... Poderia atender ao telefone, por favor? – pediu dona Yuuko – Deve ser sua irmã.
- Ok, ok... – levantou-se, pensando que também poderia ser só para avisar onde estava, como também para contar algo a mais.
Atendeu a ligação. Fez-se um silêncio após o “Moshi Moshi” do escolhido da Coragem. Yuuko apenas observava seu filho, que aparentemente parecia normal. Só parecia.
Ele largou o telefone, correu depressa para a entrada, calçou os sapatos, abriu a porta e disse:
- Ittekimasu! – saiu fechando a porta.
- Taichi?! Onde você está indo?! – perguntou sua mãe, mas não obteve resposta alguma.
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“Ora...”
Uma voz feminina, sozinha em uma sala escura e rodeada de telas monitorando todos os movimentos de vários pontos no mundo, sentava no chão, olhando diretamente para um dos ecrãs.
- Ranamon saiu... Lekismon continua procurando por aí... E eu... *sigh* Eu farei o que aqui?!
Estava falando consigo mesma. Bocejou devido ao tédio que era em ficar “assistindo” os televisores.
“Mudança de planos, baby~♥”
Um estrondo de portas sendo abertas e atingindo as paredes de dentro fez com que Frostmon virasse para trás. No meio daquela escuridão, só via a silhueta de Ranamon. Obvio que era aquela sua “amiga do peito”, ninguém mais naquele ambiente tinha o costume de abrir as portas daquela forma... Muito menos chegar com algumas gírias.
- O que quer dizer com isso?!
- Que o mestre está cuidando com o fator “Menino-encrenqueiro” que te derrotou duas vezes, querida.
Ou ironizar suas comparsas.
- Ok... – a ave de gelo tentou manter a calma e não se deixar aborrecer pelo sarcasmo da colega – Mudou mais alguma coisa?
- Ah sim, Lekismon está a vistoriar outros países, onde existam crianças escolhidas.
- Crianças escolhidas? Mas por que só elas?
- Diz o mestre que todas aquelas pessoas que anteriormente tiveram algum contato com um digimoniano naquela época... Atualmente é uma criança escolhida.
- Isso conta aqueles doze?
- Não, os doze são reencarnações de pessoas com que tiveram alguma relação com o Mago Hu ou com o Lance-kun... Aliás, um deles é o Kuroboshi.
- E quanto àquelas duas? Pensa que não vi sua lutinha besta daqui? Perdeste a coelha!
Diferente de antes, aquela crítica não a enfureceu. Pelo contrário, a fez sorrir.
Um sorriso mais sinistro que o da própria entidade que era seu mestre supremo.
- As duas...? Fala das jovens de olhos verdes e a de cabelos morenos acastanhados? Uma delas pode nos favorecer algo... Kukukukuku.
- Diga logo! O que elas têm a ver com isso?!
- Uma delas teve maus momentos com o Kuroboshi, e outra... Estava criando um elo de amizade com ele, hoho... Mas, se perceber bem... Os reflexos as impedem de se aproximar totalmente deste menino.
- Ah, mais uma coisinha, Frost-chan – Ranamon aproximou-se dela, com aquela alegria toda – O mestre não vai te deixar sentadinha aí enquanto nós nos divertimos às custas das criancinhas...
- O que ele deseja que eu faça por agora? – perguntou, mostrando-se interessada.
- Elimine aquela criança – apontou para o monitor – Ela e seu parceiro não podem nos atrapalhar. De acordo com o mestre, se essa criancinha continuar viva... Metade dos nossos planos irá por água baixo.
Os olhos avermelhados da criatura gélida olharam fixamente para seu novo alvo.
Levantou-se do chão, com uma cara de satisfação em não ter mais que ficar sentada ali.
- Oh, isso será tão fácil, já que... Esse digimon não tem como me derrotar!
E desapareceu de lá. Deixando a guerreira da água a sós na sala.
---
- Bom, minhas preocupações se foram. Motomiya está bem e isso que me importa.
- Hm... Não acha que fez mal em ter deixado o Iori-kun?
- Carol... Eu não quero incomodá-los. Não vou ajudar em quase nada, só vou atrapalhar.
Elas conversavam enquanto caminhavam pela calçada. A menina de olhos verdes a ouvia, enquanto em suas mãos segurava a coelha, que por sinal também prestava atenção na outra humana.
- Aliás, não temos como contribuir em nada! Não temos parceiros, somos apenas garotas normais!
- Elas não tinham poderes, mas ajudaram na batalha pelo que soube pelo Kiseki-sama... – contestou Bunni.
- O que duas meninas como nós podemos fazer?! Atacar com nossos cadernos, lápis, borrachas? – ignorou a orelhuda.
- Antes... Você queria ajudá-los... Ano passado, você queria. – falou Carol.
- Queria, já que não conseguia suportar mais encontrar todo dia a Jun-san naquele estado emocional. Agora não, ele está bem.
- Por que não podemos ajudá-los agora?
- Porque nós não temos como ajudá-los! Só seriamos peso morto para eles!
Pararam, entreolharam-se. O que a fez mudar tanto? O que aconteceu aquela garota gentil que conheceu por trás daquela aparência de “anti-social” que carregava?
A Choujutsushi estranhava-a. A amiga escondia algo, e não só dela... Mas sim daquelas outras doze pessoas que conheceram.
- Você não é assim... – deixou escapar esse comentário – Por que não diz logo o que está te incomodando, neechan? Foi alguma coisa que eu fiz? Por favor, diga-me!
- Não fez nada de errado, Carol! S-sou eu quem fez! – abaixou a cabeça outra vez – Eu tenho medo... Medo de acontecer de novo!
- Do que?
- Hm... Será que isso... – pensou Bunni. A coelha só analisava a conversa das duas.
- Eu continuo querendo ter amigos como você, mas continuo agindo de forma errada! E eu... Eu continuo a agir dessa maneira!
- Então por que não muda? – perguntou, em tom baixo.
- Não acha que eu já não tentei isso? - aumentou o tom da voz, como se algo a machucasse por dentro – Eu tento! Mas não consigo!
- Carol... – recolheu o ar, depois soltou – Eu tenho medo de acontecer de novo! De sofrer de novo! De me machucar de novo!
A rua continuava agitada. Até que, por alguma razão, elas se viram e vêem o Iori a correr do outro lado da rua, com Upamon em suas mãos. Ele fugia de algo. E logo ficou claro o que era: Um digimon!
A pé, no mesmo caminho, vinha Ken e Wormmon com uma expressão séria em seus rostos. E lá atrás, bem fora da visualização delas, Takeru e Pegasmon estavam presos pelos pés em gelo negro.
- O que será que--
- Carol, procure pelos outros! Telefone! – tira o celular do bolso e entrega a menina – Eu vou ir atrás deles.
- O que?! – espantou-se – Vai... Vai ir sozinha?!
- Não interessa! Faz isso que eu vou ver o que está acontecendo! Anda! – partiu correndo, na mesma calçada onde estava.
- Niiiiiiiiiiinaaaaaaaa-san!! – Bunni saiu voando e seguindo-a.
- E-espera, B-Bunni! Ah, elas já foram! – a jovem olhou para o celular, mas não tinha número de outros escolhidos, tirando de Daisuke, Taichi e Hikari, e Takeru. Aí decidiu optar em ir até a casa de Koushiro, sendo a única que ela sabia o caminho.
---
- Iori, me faça--
- Não dá tempo, Upamon! – dizia ele, correndo máximo que podia – Ela é muito poderosa para confrontarmos! Temos de nos esconder em algum lugar!
Atrás e pelo ar vinha Frostmon, com sua nova missão: Destruir o mais jovem dos escolhidos e impedi-lo de estragar os planos da entidade sombria. O mais estranho disso é que o tempo não parou, havia pessoas que fugiam da criatura alada, havia carros circulando pela estrada...
A digimon fria atacava-o com as agulhas de gelo negro. As mesmas que prenderam Takeru e o corcel bem longe dali. Os ataques acertavam tudo ao redor. Congelava o piso, um pedaço dos prédios, alguma parte de pessoas e animais em pequena quantidade...
Enquanto fugiam, Ken seguia-os, tirando o D-3 negro do bolso e olhando para Wormmon. Eles queriam lutar contra ela de alguma forma, mesmo que não fossem páreos.
A luz do digivice brilhou e o pequeno anelídeo verde evoluiu para Stingmon. Abriu suas asas, pegou Ken com uma de suas mãos e o colocou em seu ombro, mas longe dos dentes de metal do mesmo.
Avançaram pelos céus, rasgando-o naquela velocidade. O moreno segurava-se firme no digimon inseto e continuava a perseguição. Até que a inimiga os percebeu, virou-se contra eles e...
- FROZEN... ARROW!!
- CUIDADO, STINGMON!
E lançou uma remessa daqueles dardos nos dois. O parceiro de Ken o pegou rapidamente com as mãos e o protegeu num abraço, fazendo-se de escudo. O ataque congelou algumas partes de seu corpo e duas asas. Com as restantes, Stingmon desceu para o chão e largou Ken.
Não satisfeita ainda, Frostmon lançou uma rajada de gelo contra o escolhido da Bondade, que foi coberto pelo corpo do digimon. O Ataque atingiu Stingmon, congelando-o e fazendo retornar a Wormmon.
- Inútil um Seijukuki lutar contra mim. – declarou. Seguiu sua caça instantes depois.
- Não conseguimos fazer muito, Wormmon... – Ichijouji o pegava no colo – Mas acho que foi o suficiente para o Iori-kun escapar.
- S-sim, Ken-chan... – respondeu, soltando um pequeno grunhido de dor dos danos.
- Wormmon, não se esforce!
Subitamente, passa por eles um vulto. Ken não conseguiu prestar muita atenção em quem era, pois foi na hora em que prestava atenção mais no bichinho esverdeado.
- Será que... É o Daisuke? – Pensou.
Tanto ele quanto Takeru, Iori, Nina e Carol não sabiam o que tinha acontecido. Ainda.
...
Iori correu, entrou em um beco e ali ficou. A digimon passou minutos depois por ali. Reto, sem perceber sua presença. Respirando ofegante, soltou o pequeno companheiro amarelo no chão, e caiu de joelhos no chão.
- Iori--
- Shh! – fez o gesto de silêncio com a mão e murmurou – Fale baixo, Upamon!
- E agora, dagyaa? – sussurrou meio tenso.
- Não sei... Vamos sair daqui antes que ela nos encontre...!
Até que... Uma sombra os cobriu. Olharam pra cima e viram olhos vermelhos cintilantes. Os mesmos que Daisuke tinha visto na primeira vez em que foi atacado. E pertenciam ao mesmo individuo.
- Acha que pode escapar da poderosa Ave do Leste, Frostmon?
- Iori! Corre, dagyaa!! – saltou nas mãos do menino que se levantou e despachou dali imediatamente.
- Não irei tolerar esse joguinho besta! – alçou vôo e perseguiu-os de novo.
Voltaram a correr, feito rato e gato. O menino logo voltava pelo caminho, e ela na cola dele. Uniu suas asas e lançou uma rajada nas duas presas.
O ataque era certeiro, e não teria tempo de Armadimon evoluir.
O jovem rapaz gritou, fechando seus olhos e esperando pelo pior.
- IORI!! – soou uma vez pelo ambiente. A pessoa que gritara corria e atirava seu peso para derrubar o Hida no chão. Fazendo isto, o ataque acerta a calçada e não os dois humanos e o pequenino digimon.
A incógnita cai de barriga no chão, ao lado do menino. Este abre os olhos e vê alguém que não esperava surgir assim tão de repente... Principalmente depois da interação que tiveram:
- Geijutsushi-san?!
- I-Iori... – sorriu ela – O que se passa? Você está bem?
- N-não é hora para perguntas dagyaa!! – berrou Upamon, pulando inquietamente.
- Estou... Obrigado... – agradeceu, com uma timidez.
- Já acabou a brincadeira? – debochou Frostmon – Posso transformá-los em estátuas de gelo? O salão ficaria mais bonito se tivessem um par de crianças numa pose bem dramática!
- Upamon! – O menino pegou o digivice do bolso de seu casaco, e fitou o companheiro.
Upamon evolui para... Armadimon!
- Tsc... Um Seichouki contra uma Kanzentai?
- DIGIMENTAL UP!!
Armadimon... Evolução Armor para...
A Sabedoria profunda, Digmon!
- Hah... Um Aamaatai? Devo lembrar que sou mais forte que isso?
- Força? – a menina levantou-se do chão – Não acha que isso é tão muda nada? De que adianta ter poder se não sabe administrá-lo?! Por que você está agora atrás do Iori?!
- Mudança de planos. O meu antigo trabalho está encerrado.
Choque! Iori e Nina ficaram perplexos.
Eles sabiam que aquela ave estava atrás de Daisuke. Mas, se ela disse ter terminado aquele objetivo...
- D-Daisuke-san está...? – gaguejou o Hida.
- N-Não pode ser...! – arregalou os olhos a Geijutsushi.
- Ótimo... Agora que estão nessas poses... Ficarão perfeitas para o salão!
- Não... I-Impossível – Ni caiu de joelhos no chão incrédula, tremendo.
- Isso... Isso não deve ser verdade! – vociferou o garoto – Ele não deixaria isso acontecer! Mesmo que o Daisuke-san de antes fosse meio idiota e não pensasse... Ele não deixaria que o matassem tão facilmente!
O digivice de Iori brilhou, e o colar de ChibiBunnymon, que estava chegando perto deles também.
- Por que você tem de jogar tão sujo assim? – encarou-a nos olhos – Isso não é justo! Principalmente quando... Quando fere outras pessoas! Quando se aproveitam da fraqueza delas! Como consegue fazer algo tão cruel assim?! Só para vencer de forma desonesta?!
- Ora seu...!
- Iori Hida... – simplesmente Bunni pousou na cabeça dele, com o mesmo tom de voz que tinha feito quando os fragmentos de Dai e Miya foram despertados – Você é o mais jovem do grupo, e também o de coração mais nobre e puro. Sua marca é aquilo que todos deveriam ter mais em seus corações, para fazerem o bem e derrotarem o mal. Sua marca, a Justiça! Seu coração é justo e honesto, e isso te torna uma das pessoas que todos ao seu redor gostam e confiam.
O brilho uniu-se ao do digivice. Uma luz forte, na cor rubra, iluminou a cena. E logo em seguida, aquela mesma luz atraiu outras duas.
Essas luzes invadiram o aparelho branco com bordas amarelas, fazendo com que uma balança na cor rubra aparecesse no ecrã. Seguido disso, um feixe desta cor, como se fosse as correntes que sustentam os pesos da balança percorreu o corpo de Digmon, formando o mesmo símbolo em sua cabeça.
E assim, ocorreu a mais nova evolução de Armadimon!
Digmon... Evolução com o Fragmento da Justiça para...
A Justiça perfurante da Sabedoria! Drill Digmon!
Última edição por Nina Geijutsushi em Sex Ago 26, 2011 10:49 pm, editado 2 vez(es)
Convidado- Convidado
Re: Digimon Adventure ZeroTwo: Hinode
- Eu nunca irei te perdoar por ter mentido para nós! Daisuke-san não pode estar morto! Ele não iria deixar que você o matasse!
Vociferou o garoto mais alto que podia. Aquilo vinha lá do fundo de seu coração. Um sentimento forte, um sentimento que...
- Iori Hida... – A coelha pousou em sua cabeça, depois de ter finalmente alcançado-os. Sua voz mudara como das duas outras vezes.
Bunni proferiu aquele mesmo discurso que fez quando os fragmentos de Daisuke e Miyako foram despertados, o brilho do pingente da coelha uniu-se ao do D-3 de Iori. Uma luz forte na cor rubra iluminou a cena. E logo em seguida, aquela mesma luz atraiu outras duas.
Uma vinda da rua...
- Takeru! Olha! – notificou Pegasmon, apontando com o focinho para o brilho que saía do bolso do menino. O garoto pegou o aparelho e viu o seu brasão na tela.
Onde Takeru ainda estava preso. A Esperança.
...
E Outra da casa de Miyako,...
- O digivice da Hikari... Está...! – A gata olhava para cima da mesa do quarto da Inoue. Pegou-o e no visor brilhava o brasão dela.
Onde se encontrava Hikari. A Luz.
Essas luzes invadiram o aparelho branco com bordas amarelas, fazendo com que uma balança na cor rubra aparecesse no ecrã. Seguido disso, um feixe desta cor, como se fosse as correntes que sustentam os pesos da balança percorreu o corpo de Digmon.
E assim, ocorreu a mais nova evolução de Armadimon!
Digmon... Evolução com o Fragmento da Justiça para...
A Justiça perfurante da Sabedoria! Drill Digmon!
Digmon teve uma transformação drástica. Sua cor de amarelo queimado passou a ser um prateado, A broca de sua boca transformou-se em um chifre, e abaixo deste surgiu uma outra pequena. Sua faze ficou semelhante ao rinoceronte. No topo dela havia uma proteção semelhante a de Armadimon, porém as bordas eram preto acinzentado e a parte de dentro, geralmente marrom por ser parte de sua carapaça na forma criança, era o mesmo metal utilizado nas brocas. Dentro da proteção, tinha o símbolo da Justiça – Uma balança em vermelho rubro, porém desenhada ao estilo dos brasões (um “T” de cabeça pra baixo, um arco sobre ele, duas pequenas meia-esferas com a parte de cima reta no final dos arcos e dois arcos menores, iniciando na parte achatada das meia-esferas e terminando quase encostando na base da balança)
As marcas roxas mudaram para vermelho rubro, seus pés tornaram-se patas, com garras feitas de brocas, e as “mãos” de Digmon ganharam mais uma broca, tornando-as patas.
Em sua barriga surgiu o mesmo desenho das mãos, em um lilás metalizado. Nos braços havia um compartimento de vidro, onde se armazenavam mísseis-brocas, que eram mais uma inovação de seu já conhecido ataque assinatura, Gold Rush, criando o Silver Missiles.
- Digmon... Evoluiu?! – disse Iori, perplexo.
- W-wow... – exclamou Bunni, com sua voz normal – Seu coração justo fez com que o fragmento se ativasse tão rapidamente!
- Isso não é hora pra conversas! – interrompeu Nina – Estamos de frente com uma ave assassina!
- Droga! Agora as coisas pioraram... – praguejou Frostmon.
- Você não vai conseguir isso, dagyaa! – pronunciou Drill Digmon – Eu irei proteger o Iori enquanto eu tiver forças para me manter de pé, dagyaa!
- Certo, certo... Veremos do que você é capaz! – avançou contra o digimon metálico.
O parceiro do Hida partiu pra cima também. Desferiu um gancho com sua mão, com as garras-brocas girando, na ave gélida – O Driller Paw.
Isso serviu para afastá-la dos humanos e da coelha, que diferente das outras duas vezes não desmaiou. Nina levantou-se depressa do chão, ajudou Iori e os dois puseram a observar a batalha.
O trio então testemunhava aquilo que Daisuke havia avisado naquela convocação. Frostmon não tinha piedade alguma em atacar, usava todas as suas forças contra o digimon.
Drill Digmon possuía alguns arranhões em sua carapaça de metal, e sua inimiga, ferimentos leves que escorria um frio fino de sangue deles. E o elmo dourado estava arranhado.
-O que aconteceu com o Daisuke, dagyaa? – interrogou.
- Eu não sei. Ranamon apenas me disse que os planos mudaram e que minha função agora é... – fez uma pausa na frase e desferiu uma rajada de agulhas congelante contra o oponente – Destruir a criança que poderá sabotar os planos do mestre!
- Drill Tornado!
O metálico digimon começou a girar as brocas de suas mãos, deixando-as lado a lado, gerou um tornado que destruiu todos os dados de gelo negro que a ave enviara contra si.
E o mesmo golpe continuou e a acertou no peito. Enquanto era empurrada pra trás, a mesma voz foi ouvida por Drill Digmon.
“P-PARE! P-PORFAVOR... NÓS...ESTAMOSEMPERIGO... P-PORFAVORNOSAJUDEM”
Isso fez com que cessasse seu ataque, aproveitando para que ela pudesse escapar.
Ele perguntou-se mentalmente o que aquela voz queria lhe dizer.
#13 - Drill Digmon, proteja Iori! // Pandora finalmente é encontrada!
- Iori... – O parceiro virou-se para as crianças – Vocês estão bem, dagyaa?
- Sim... Obrigado, Drill Digmon.
- Mas... Mas quanto ao Motomiya?! – Ni continuava tensa – Ouvimos bem?! Ela não sabia nada a respeito?!
- Tenham calma – Bunni tentou conter o nervosismo que era percebido nos rostos dos dois humanos – Daisuke-san pode estar em algum lugar. Não vamos pensar no pior agora.
- Nina-san – Iori a olhou seriamente – Não acredite nela. Daisuke-san não deixaria isso acontecer. Ele nunca se rendeu antes, por que faria isso agora?
- Não sabemos ao certo o que aconteceu lá. Talvez deveriamos perguntar para a Miyako-san – sugeriu a orelhuda.
- É, deveriamos. Ou entrar em contato com ele.
- Será que nos responderia? – indagou a menina.
- Não sei, podemos tentar.
- Acho que deveriamos fazer isso pelo caminho, dagyaa.
- Concordo com ele – pronunciou-se a coelha – Pode ser que Frostmon ou Ranamon apareçam outra vez.
Acenaram positivamente a cabeça, Drill Digmon voltou à forma normal e os seguiu.
Diferente de antes, Nina e Iori olharam-se nos olhos... O silêncio preencheu o dialogo e... Logo depois aconteceu algo que temiam:
Os dois começaram um elo de amizade.
---
- Takeru, o que vamos fazer?
- Espero que eles estejam a salvo, Patamon.
Eles ainda estavam na calçada. O gelo havia desaparecido assim que Frostmon desapareceu. Nem Takeru nem Ken sabiam o que tinha acontecido.
Aliás, os dois escolhidos viram algo sim... A luz amarela que despachou do D-3 verde, indo na direção em que Iori tinha ido. Da última vez que teve este ocorrido, houve duas novas evoluções.
- Fladramon para Burning Fladramon...
- E Holsmon para Fäuermon. – completou o digimon alaranjado.
- Será que... Armadimon também teve uma nova evolução?
- Digmon... Para o quê? Para um digimon mais elegante ou... Para algo mais estranho que um Numemon?
- Patamon... Não vamos pensar nisso. Temos de ver se Iori-kun e o Ichijouji-kun estão bem.
- É...
Saíram andando pelo mesmo trajeto. Poucos minutos depois vêem alguém se aproximando. Assim que visualizou melhor o rosto da pessoa, o outro o chamou:
- Takaishi-san! – aproximou-se mais do loiro, até parar em frente a ele.
- Ichijouji-kun! Vocês estão bem? E o Iori-kun e Upamon?
- Tentamos conseguir tempo para que ele pudesse escapar, mas aquela digimon é muito forte.
- Ela disse que era uma Kanzentai – reportou Wormmon com uma voz enfraquecida.
- Kanzentai? – exclamou Takeru e Patamon.
- Parece que agora é pra valer, Takeru – o porquinho olhou para seu companheiro.
- Sim, assim como cinco anos atrás. Era isso que o Daisuke-kun queria alertar.
- E o Motomiya-kun? – o nome do amigo fez com que um pingo de preocupação despertasse no moreno – Será que...
- Huh? O que?
- Quando nós fomos derrotados por essa ave, percebi que alguém passou rapidamente. Talvez ele tenha ido atrás dela para ajudar o Iori-kun!
- Ei! Takaishi, Ichijouji!
- Takeru-san, Ichijouji-san!
No sentido em que Ken tinha vindo, surgiram três silhuetas familiares.
- Essa voz... Não seria a Geijutsushi-san? – comentou Ken, mas a resposta parou diante deles.
- Aconteceu alguma coisa com o Motomiya?! – E ela já chegou atropelando qualquer pergunta que os dois rapazes poderiam fazer naquele momento.
- Como assim?! – exclamaram.
- Aquela ave psicopata que estava atrás do Iori disse que o trabalho dela já estava feito!
- Nina... Ela disse que não sabia o que tinha acontecido ao Daisuke, dagyaa...
- Vocês sabem de alguma coisa?!
- Calma... Não podemos entrar em pânico... – Takeru tentou acalmar a jovem, enquanto o moreno pegava o terminal e tentava enviar uma mensagem ao amigo.
- Ichijouji-san... – Iori, que estava quieto e sério antes, falou – Nós já enviamos uma mensagem a ele.
- E ele respondeu? – desviou a atenção do editor e fitou o menino.
- Ainda não...
- Não consigo... Não consigo pensar nisso... – ela mostrava-se ainda nervosa.
- Tenha calma, o Daisuke pode não ter tido tempo ainda de responder. Ou a bateria do D-terminal acabou.
- Seja lá o que tenha acontecido a ele – interveio Ichijouji – Motomiya-kun irá arranjar um jeito de nos avisar. Seja por mail, telefone ou...
Os terminais dos três tocam. A mensagem fez com que os escolhidos sentissem um frio na espinha. E Nina, que não tinha nem lido a tal notícia, apenas olhava-os confusa.
- O que aconteceu? – perguntou ela, com aquele olhar ainda.
- Hikari-chan... – murmurou Takeru, que em seguida partiu a correr dali o mais depressa possível.
- Takaishi?! Oi!! Eu não entendi nada ainda!!
- Hikari-san... Aconteceu algo com ela! – Disseram os outros dois em conjunto.
- A... A Yagami?!
Soou estranho. Mas, sentia que algo estava prestes a acontecer. Claro, ela era meio medrosa quando tinha essas sensações. Porém, foi diferente. Era como se aquilo estivesse interligado com tal informação dada por Frostmon.
Será que Hikari pressentia que havia acontecido algo com Daisuke?
Será que... Aquele garoto alegre e desastrado estava...
- NÃO! – soltou ao ar. Fechando os olhos com força. Implorava para que aquela hipótese fosse mais uma de suas paranóias que sempre teve.
Sentiu uma mão pegar em seu pulso e a puxá-la. Mão sensível e macia. Seus pés instantaneamente obedeceram ao guia, acompanhando seus passos.
Abriu os olhos castanhos, mirou no próprio pulso. Ouvia passos. Quatro. Olhou para os lados e via que estavam se movendo. Voltou a olhar para o pulso e seguiu aquela mão que o segurava. Então via a cabeleira de Ken voar com a correria.
Iori olhava-a preocupado. Aquele surto da menina foi mais uma do que tinha acontecido naquele dia. Primeiro Daisuke some, Hikari passa mal... Agora a Geijutsushi dá um berro daqueles como se visse alguma coisa terrível à sua frente?
Talvez. Talvez não fosse nada.
Ou talvez fosse sim.
---
- Miyako! Taichi! – Takeru chegara depois de duas horas de correria, sem pausa qualquer – A Hikari-chan...!
- Ela está bem, está repousando. – falou calmamente Miyako, que só se acalmou depois de muito sacrifício e graças aos dois digimons ali.
- Miyako, o que aconteceu a ela?!
- Eu... Eu não acredito nisso! – por outro lado, Taichi mantinha-se de pé e na janela. Parecia esfumaçar pelas orelhas. Os problemas voltaram a atormentar os escolhidos, e outra vez Daisuke saiu e não deu toques do que tinha acontecido ou algo do tipo.
- Eu tentei explicar ao Taichi-san... – suspirou, procurando as palavras certas para que não tivesse mais um esquentado por ali.
- O que aconteceu?! – insistiu.
- Hikari e Miyako caíram em um feitiço de um estranho ser. – simplificou a felina, com aquela voz serena e matura dela – O mesmo que atacou Daisuke e o fez segui-lo.
- Então... Algo aconteceu ao Daisuke?
- Não sabemos. – falou Hawkmon.
- Depois que elas foram libertadas da aura negra, Hikari quase desmaiou. Pode ter sido um efeito colateral daquela magia ou...
- Ou ela sentiu que aconteceu algo ao Daisuke. – completou Taichi, mostrando-se sério e um pouco calmo.
- Como ela saberia? – Patamon perguntou ingenuamente.
- Por que... – Miyako abaixou um pouco a cabeça, olhou para o chão. Seguida para a porta de seu quarto, onde estava a amiga – Quando o Taichi-san chegou aqui... Nós a ouvimos dizer “Daisuke-kun” bem baixinho, com muito esforço.
- O que aconteceu antes dessa batalha? – interrogou o mais velho.
- Antes? Surgiu uma digimon anfíbia, a mesma que atacou Daisuke e eu antes. Ela veio atrás daquela coelhinha rosa e... A Nina-chan pegou a Bunni e saiu correndo. Nisso, nós resolvemos impedir que a nossa inimiga fosse atrás delas.
- Iori e Carol-san foram atrás delas – completou o loiro – Daisuke pediu para que Ken e eu fossemos também para protegê-los de qualquer ataque possível.
- Bom, agora sabemos o que aconteceu ao todo. *sigh*
- A Culpa foi minha... – disse a Inoue desanimadamente – Se eu não tivesse abaixado a guarda, não a teria deixado ser pega por essa ilusão. E nem deixaria o Daisuke ir sozinho.
- Provavelmente a Hikari irá dizer que a culpa é dela. – Taichi deu outro suspiro, porém este foi um pouco mais longo – A culpa não é de ninguém. O que devemos fazer agora é ir atrás do Daisuke e...
- Eu vou procurar por ele. Takeru, Taichi-san... Cuidem da Hikari. – A escolhida dirigiu-se para a porta (no meio do trajeto pegou seu casaco e o chapéu), calçou seus sapatos.
- Mas... Não acha que deveríamos fazer isso juntos? – sugeriu Takeru – Eles podem te capturar!
- E quem vai ficar com a Hikari, Takeru? Alguém deve ficar aqui e cuidar dela. Só o Taichi-san não basta! E se eles tentarem atacá-la? A Tailmon está meio impossibilitada de evoluir sem que o digivice reaja.
- Poderíamos chamar o Agumon! Por enquanto não fomos enviados para aquele paralelo.
- Não dá tempo! – encerrou o diálogo, abriu a porta, e Hawkmon saiu na frente, e em seguida ela, fechando a porta.
Os dois rapazes trocaram olhares. Miyako estava muito energética que antes.
E parecia estar mais preocupada com o Motomiya. Mais do que de costume.
---
- Por enquanto nada. Mas que estranho...
...
- Se tudo está normal, por que o portal não abre?! O que está havendo agora?
*toc* *toc* *toc*
- Koushiro, a Carol-chan quer falar com você. – ouviu-se a voz da Sra. Izumi do outro lado da porta de seu quarto.
- Ah! Eu... Eu já vou! – levantou-se da cadeira e foi até a porta. Abriu-a e deu de cara com a rapariga de olhos verdes.
- Koushiro-san! – disse ela atônita – I... Iori... Iori-kun
- O que foi?! Aconteceu algo?
- Iori-kun estava sendo perseguido por uma... Ave azul! Isso... A Ni-chan foi atrás deles! E pediu que eu viesse procurar por ajuda!
- Ave azul?! Seria aquela que tentou atacar o Daisuke-kun antes?!
- Sim! Ela mesma!
- M-Mas...! O que...
- Koushiro-san! Por favor, nos ajude!
O ruivo correu para o D-terminal, enviou uma mensagem aos demais. Recebeu uma resposta (que foi enviada ao resto do grupo também). A de Iori. O menino afirmou que tinha sido atacado, mas estava são e salvo graças ao seu parceiro e a Nina, quem o salvou de um ataque de Frostmon.
Porém, tinha visto outra mensagem. Outra, referindo-se a Hikari. Era de Taichi, claro.
Virou-se para a Choujutsushi:
- Iori-kun está bem, o problema agora é a Hikari-san.
- Aconteceu algo a ela?!
-De acordo com o Taichi-san, ela passou mal depois de serem libertadas de um feitiço. Só foram libertadas depois que o Daisuke seguiu o autor da magia.
- Espera... O Daisuke-kun...!
---
Muito distante dali, cujo sua localização era totalmente desconhecida para boa parte da humanidade...
Em algum canto onde o verde era abundante, arbustos, árvores, flores e grama reinavam... Onde o céu era azul, suas nuvens pareciam pedaços de brushes de fumaça decorando aquele background que possuía pontinhos em branco...
Onde o chão e a flora se misturavam com diversas cores exóticas, dando mais estilo à sua coloração. Uma combinação entre o verde com outras, como azul, lilás, rosa, amarelo e até preto...
Ouviam-se explosões. E derrubadas das belas madeiras surreais. No meio daquela bagunça toda... Naquele caos... Três sombras lutavam incansavelmente. O barulho de uma espada a colidir com a armadura de um outro indivíduo era perceptível a algumas distâncias dali.
A terceira mantinha-se um pouco afastada. Segurava o aparelho com firmeza enquanto este brilhava em uma luz vermelha incandescente. Mas logo não resistiu e entrou na briga, auxiliando seu parceiro.
Não havia diálogo. Nenhuma silaba era proferida por eles. A conversa, se é que existia alguma, era através do olhar de cada um.
Olhar sombrio contra olhos que compartilhavam chamas poderosas.
...
E em outro lugar, do outro lado da Terra...
Mimi e Wallace caminhavam pela rua. Decidiram passar o tempo, já que não teria como ir ao Japão exatamente naquela hora. E também por ser ma atitude totalmente inesperada, no qual precisariam de uma boa desculpa para justificar sua imensa necessidade de viajar para seu país de origem.
O loiro decidiu por si mesmo ir para casa depois de algumas horas passadas. Ela quis acompanhá-lo, por lembrar das palavras de Hu:
“Fique de olho neste menino.”
De repente.
O céu tornou-se escuro. Não, não era comum. Era apenas preto. Não havia lua, estrelas e nem nuvens.
A mesma fumaça estranha que aparecera antes retornara ao local. Terriermon arregalou seus olhos, e soltou um comentário:
- Chocomon?!
- Chocomon?! – exclamaram Mimi e Wallace.
Aquela coisa misteriosa aproximou-se do escolhido. Rodeou-o. Repeliu Terriermon de suas costas, fazendo com que fosse parar nas mãos da Tachikawa, que o pegou antes de ser acertada no rosto.
- Wallace! – disseram eles, arrepiados.
- Mimi! Terriermon!
O véu negro saiu e ficou diante do garoto. Dali começou a aparecer um vulto.
Um coelho rosado, de olhos rosa, usando um elmo prateado com o desenho de uma lua nele. Suas luvas possuíam o mesmo desenho. Em seu peito tinha um medalhão de uma lua em prata, e em seus pés havia aros prateados.
O ser apontou para o humano, com seus olhos brilhando assustadoramente:
- Você. Estivemos a sua procura.
- Eu?!
- Ahn? – Mimi não entendeu nada.
- Você. Hora de despertar aquilo que está dentro de si. A hora chegou... Pandora-sama.
- Pandora?! – a expressão da escolhida da Pureza era de espanto. Aquele não era o nome da tal mulher com quem lutou contra Daisuke ano passado, naquela dimensão estranha?!
- Missão encerrada. – Lekismon estalou os dedos e um portal surgiu. A aura negra voltou a rodear o garoto e o suspendeu do chão, imobilizado. A coelha e a sua presa entraram no vórtice criado e desapareceram em instantes. Mimi tentou evitar que o levassem, e saltou no portal. Terriermon foi junto, já que estava em seu colo.
...
Quanto à batalha...
- Burning Fladramon, agüente firme!
- Kh...
- Não adianta. – dizia o inimigo – Vocês não têm como me derrotar. E não terão mais.
- Eu me recuso a desistir! – vociferou Vee – Eu não posso falhar! Daisuke... Não pode... Não pode morrer!
- Estou apenas brincando com vocês, kukukukuku. Até o momento em que...
- Mestre. – voa voz soou pelos arredores – Lekismon encontrou-a.
- O q-que?! – disse Daisuke, incrédulo.
- Não pode ser! – idem ao dragão azul.
- Ora, ora... Parece que nossa brincadeira acabou... Certo, Motomiya Daisuke-kun? – debochou.
Ele aproximou-se, e revelou sua forma ao menino. Tinha a idade dele, a mesma altura até. Olhos azuis, cabelos morenos azulados. Sua roupa era normal: Uma camisa lilás, um sobretudo preto que ia até sua cintura, calças pretas e sapatos pretos.
- Você... Você uma criança... Assim como o Daisuke! Mas...!
- É só a aparência... – corrigiu o Motomiya – Só a aparência dele que parece ser humana...
- Bravo, bravo! – aplaudiu o “jovem” ironicamente – Essa é a minha forma humana. A minha verdadeira forma... Bem, não preciso mais me preocupar em poupar suas vidas. – estalou os dedos, e num piscar de olhos seu corpo sofreu uma mutação. O cabelo tornou-se louro, seus olhos passaram a ser vermelhos. Sua fisionomia ganhou aspecto de um homem adulto. E as roupas foram substituídas por uma armadura negra esquelética, com um olho no peito, nos ombros, nos joelhos e na ponta dos pés. As mãos eram crânios sinistros. Seu elmo tinha três chifres (um de cada lado e um na testa), com três pedras vermelhas que pareciam ser olhos.
- Essa é a minha verdadeira forma, Daisuke-kun. E você sabe que... Quem tem o privilégio de ver meu verdadeiro aspecto... São os que morrem.
Avançou contra o parceiro do goggle boy, desferiu um corte poderoso que o fez voltar a V-mon, pois o mesmo não tinha condições mais de permanecer naquela forma devido a exaustão da batalha.
- V-mon! – berrou Daisuke, que correu até o pequeno, mas um ataque o atirou contra o chão, derrubando suas preciosas goggles perto do pequenino.
- Sayonara... Kiseki no Kishi.
- Gh... D-DAISUKE!! – berrou o azulzinho, com seus olhos vidrados na pior cena que presenciaria em toda sua vida.
...
Todos os demais escolhidos sentiram uma brisa gélida passar por eles.
Incluindo as duas garotas.
E independente de onde estavam, pararam. Sentiam estar presos pelos pés e pelas mãos.
Tirando Mimi. Ela não sabia do que estava acontecendo em Tokyo, ou exatamente em Odaíba.
...
Kiseki no Kishi (奇跡の騎士) -- Cavaleiro do Milagre. É uma referência ao DaiMagnamon.
Última edição por Nina Geijutsushi em Sex Ago 26, 2011 10:52 pm, editado 2 vez(es)
Convidado- Convidado
Re: Digimon Adventure ZeroTwo: Hinode
- DAISUKE-KUN! – Hikari, levantou-se. Suava frio. Escancarou a porta do quarto de Miyako e caiu nos braços de Taichi.
- Hikari?! O que aconteceu?! – perguntou ele, trêmulo e surpreso com aquilo.
- Ele... Ele... Ghn... – tentava falar, mas sentia como se algo a tirasse o ar.
- Daisuke?! O que aconteceu Hikari?! – Takeru ficou impaciente agora. Muito mais do que poderia estar – Hikari!!
Ela não respondia. Chorava, algumas vezes soluçava. O irmão a abraçava fortemente e passava a mão suavemente em sua cabeça. Queria chorar também, mas algo lá dentro o fazia pensar diferente.
Não. Não pode ter acontecido algo com ele. Não pode.
- Hikari, me responda! – Takeru estava aos prantos. Não obtinha resposta.
- TAKERU! – Taichi o encarou seriamente – Mantenha a calma. Não vai adiantar de nada se alterar desse jeito.
- Hikari... Tenha calma – Tailmon fitou-a com seus olhos azuis – Não pense no pior agora. Ele deve estar bem, não fique nesse estado.
- Isso mesmo. Você sabe de quem estamos falando certo? – o escolhido da Coragem sorriu para a menina – Daisuke nunca deixaria que isso acontecesse. Ele pode ser meio imprudente às vezes, mas sempre consegue dar um jeito de se salvar.
- Ele é o escolhido do Milagre. Lembre-se disso. No final daquela batalha no outro mundo nós o vimos cair semimorto. Mas ele não havia morrido. Pode ser que tenha acontecido o mesmo.
- Oniichan, Tailmon... – enxugou as lágrimas com a manga de sua blusa e olhou-o, ainda chocada – Eu ouvi... Um grito desesperado. Parecia ser dele... *snif*
- Hikari... Não se desespere. O Daisuke deve estar bem. – o mais velho tentava confortá-la – Ele irá falar conosco logo. Eu tenho certeza.
- Eles têm razão, Hikari-chan – finalmente o Takaishi estava calmo, olhou-a e sorriu – Nós conhecemos tão bem o Daisuke-kun. Apenas não chore e acredite nele.
- Então... – soltou-se dos braços do rapaz da gigantesca cabeleira, pegou o digivice rosado e voltou-se aos dois companheiros.
- Vamos procurar por ele! – ordenou-a.
#14 - Para a Digital World! Avante, escolhidos!
- Ventos gélidos batem anunciando uma notícia desagradável a nós...
- O que?! – Exclamou o Izumi, vendo Carol meio petrificada ali.
A janela abriu-se repentinamente e entrou uma brisa fria. Koushiro a fechou e então, a jovem Choujutsushi disse aquilo.
- Os tempos mudam. A história se repete... É o ciclo. É assim que a vida age em certas ocasiões.
- Carol-san?! Você está bem?!
- Uh... Koushiro-san? – piscou seus olhos verdes duas vezes, como se estivesse acordando de um transe – O que foi? Que vento frio foi aquele?
- A janela... Abriu-se.
- ... Daisuke-kun! – gritou ela, nervosa – Eu... Eu ouvi alguma coisa... Um grito...
- Grito?!
- Koushiro-san! Nós temos que encontrar os outros e depressa! Talvez tenha acontecido algo a ele!
Pegou-o pela mão e o puxou. Sorte que o ruivo conseguiu a tempo pegar seu portátil e levá-lo junto.
Afinal... Eles precisariam daquilo.
...
- Anda Hawkmon! Não podemos...!
- Miyako-san, cuidado! – berrou a ave.
A Inoue corria às pressas pelas ruas, e quase aconteceu um acidente.
Sorte que alguém a segurou pelo seu braço e a puxou para trás.
O toque lembrava alguém familiar, virou-se para a pessoa...
- Daisuke? – disse ela, mas não precisou de confirmação, pois quem a segurava era...
- O que te deu na cabeça Miyako?! – a voz era diferente. Logo viu a face dele.
- Yamato-san?
- Tenha cuidado. Não queremos que aconteça mais desastres. – bronqueou ele.
- Então você já sabe?
- Taichi me contou. E chamou todos para uma reunião.
- Mas... E quanto a Hikari-chan?
Prosseguiram conversando.
Passada algumas horas, o grupo já estava reunido. Na sala de informática.
Na adorável companheira de todo escolhido. A velha salinha da escola primária.
Lá dentro, eles se entreolhavam, e tinham receio de falar sobre o assunto, e alguns sentiam que algo estava de errado...
- O portal não abre. – Koushiro quebrou o silêncio, chamando toda a atenção para si.
- Como não abre? – contestou Miyako – Nós conseguimos naquela vez.
- Miyako-kun, refiro-me à tela do portal. Ela não abre de forma alguma. Não abriu no meu computador, nem no notebook.
- Isso é um problema... – suspirou Jou – Como iremos pedir ajuda aos nossos parceiros? E como a Mimi-kun poderá vir para cá?
- Falando nela... – interrompeu Sora – Alguma notícia? Ela enviou alguma mensagem?
- Nada. – respondeu Hikari – Mimi não enviou mensagem alguma até o dado momento.
- Pessoal... Aconteceu algo ao Motomiya, não é? – perguntou Nina, meio séria.
- Eu...
- Não sabemos, Nina-san – disse Takeru, enquanto colocava a mão no ombro da Yagami.
- Como então poderemos ajudá-lo?! E aos outros?! E quanto a Mimi?! – agora a Inoue ficou um pouco nervosa.
- Tenham calma. – Ken tentava tranqüilizar – O Motomiya-kun deve estar bem, vamos pensar positivos.
- Mas... Aquele vento... Aquele grito... – Carol abaixou a cabeça.
Todos abaixaram. Eles sentiram. Inclusive os parceiros.
Era como se todos tivessem alguma conexão com o menino. Aliás, eles tinham.
E se chamava... Amizade.
Do outro lado da tela...
Na Digital World...
Um vulto movimentava-se apressadamente pelo bosque. Não se tinha idéia de quem era.
Não sabia nada sobre tal figura.
Ela apenas corria... Até deparar-se com uma jovem desmaiada perto da entrada da floresta. Ela... Mimi. Estava ali, atirada de barriga para baixo, com sua cabeça sobre seus braços lisos e macios.
O vulto aproxima-se dela, a olha. Depois volta a correr.
E chega ao seu destino.
...
- Como seremos capazes de ajudá-lo se não temos como?! – dizia Yamato, inconformado.
- Estamos tentando Yamato-san! – o Izumi analisava o computador tradicional em que abria o portal, porém nem a tela do mesmo entrava ali.
- Go! Go! Go! Izumi-senpai! – e a jovem de óculos, além de ajudar ficava animando o mais velho.
- Vocês... Poderiam fazer menos barulho? – pediu a Geijutsushi.
- Eu acredito no Koushiro-san e na Miyako-san.... Você também acredita que eles possam abrir o portal, Nina? – perguntou Iori.
- Acredito... Mas nessa barulheira toda não teremos como resolver isso.
- Estou tentando contato com a Mimi-kun, mas ela não atende o celular e parece que não está recebendo mensagens no D-terminal – reportou o Kido, porém continuou a tentar.
- Tenha calma, Jou! – Sora também parecia querer acalmar aquela turma agitada.
- Será que eles estão bem? – questionava-se mentalmente a Choujutsushi.
Aquela bagunça toda começou a incomodar.
Mais os digimons falando e apoiando alguns... Outros tentando confortar os outros...
Aquilo tudo estava prestes a fazer alguém surtar e dar um berro.
E justo quem faria isso?
- VOCÊS PODERIAM FAZER MENOS BARULHO POR FAVOR?!
- Kh...
Claro, a rapariga de cabelos morenos acastanhados, que olhava para o lado e via a escolhida da luz cambalear para os lados, como se estivesse tonta.
- Esse barulho todo tá deixando a Yagami zonza! Por favor, pessoal!
O berro foi o basta para cessar qualquer barulho que faziam. Seja as conversas, os incentivos, os “tec” “tec” “tec” dos teclados...
Só se ouvia o som da CPU ligada.
- Bem... Acho que não conseguimos nada por enquanto... – presumiu o escolhido da Sabedoria.
- Será? Será mesmo? – Miyako continuava a tentar incansavelmente – Digital Gate... OPEN!
Nada. Nada mesmo.
O portal parecia fechado por dentro agora.
- Droga... – praguejou Taichi.
- Tenha calma, Taichi... – dizia Sora.
...
A mesma figura de antes fitava um aparelho a sua frente. Uma televisão um pouco antiquada.
Pensava no que aquilo poderia ser. Talvez nunca tivesse visto antes.
Esticou sua mão e passou a mão pela superfície. Sentia que era lisa e sua palma deslizava suavemente. Ou tirava o pó, que cobria um pouco do aparelho.
Em seguida... Voltou a averiguar. E parece ter dado um sorriso, pois mal se via o rosto da incógnita.
...
- Hm? Onde estou...? – a Tachikawa acordara.
- Isto é a... – arregalou seus olhos – A Digital World? Eles o trouxeram para cá?
Levantou-se, e percebeu que ainda estava com sua bolsa. Tirou de lá o D-terminal e viu inúmeras mensagens de Jou.
Respondeu a elas. Numa só. E nesta dizia:
“Wallace foi levado para a DW! Eu os segui... Mas os perdi de vista!”
“Um estranho digimon o chamou de ‘Pandora-chan’.”
“Pessoal... Venham para cá, rápido! Estou com medo do que aquela criatura possa fazer a ele!!”
Depois de enviada, pegou o digivice e saiu à procura de sua parceira. Tinha de encontrá-la o quanto antes, para caso cruzasse seu caminho com algum digimon feroz.
...
Ela passou um pouco distante dali, mas parou. Olhou fixamente para a sombra que estava perto da televisão.
“Quem é?”;
“Será um novo digimon que nunca vimos antes?”;
“Será que é amigo ou inimigo?”
Essas perguntas ecoavam em sua mente.
A curiosidade falou mais alto. Então se aproximou com cautela dali, escondendo-se atrás de algumas árvores da região. Mas o indivíduo era muitíssimo rápido e atento...
Assim que sentiu a presença da Tachikawa... Um brilho a cegou temporariamente.
E quando tua visão voltou, não havia mais ninguém ali.
- Uh? Mas... Mas eu podia jurar que tinha alguém aqui!
- O que será que... Veio fazer aqui?
...
- Mantenham a calma pessoal! Não vamos deixar que isso nos tire do sério!
- Como se você fosse tão calmo, Taichi...
- Yamato... Não começa, vai.
- Vocês dois poderiam pelo menos AGORA deixar de serem tão infantis? – rosnou uma Sora que já não aturava mais as atitudes daqueles dois ali – Mimi está na DW!
- É, mas ela não pode abrir o portal por dentro... Ao menos que ela tivesse um D-3 – ponderou Koushiro.
- Mas o digivice da Mimi-kun é igual aos nossos – manifestou-se o mais velho dali.
- Sim, por isso mesmo que seria perda de tempo pedir que ela o abrisse.
- Se ao menos o Motomiya-kun estivesse lá... E conseguíssemos contato com ele... – comentou o escolhido da Bondade.
- Minna... – a coelha falou – Olhem a tela! – apontou.
- Mas o que?! – exclamaram todos.
- A tela do portal... É essa, certo?
- É, Carol-chan... – respondeu Koushiro – Essa é a tela.
- Mas... Como ela abriu agora? – disse um Takeru incrédulo.
- Eu estou indo! – prontamente a Yagami pegou o D-3, apontou para a tela e foi sugada com sua parceira para lá, como antigamente.
- H-Hikari! – exclamou tanto Taichi quanto Takeru.
- Ei, espera! – O loiro foi atrás, junto de Patamon.
- Mimi-oneesama precisa de nós! E o Wallace também! E... E o Dai-chan também! Vamos Hawkmon! – disse a Inoue, apontando o D-3. Logo eles foram sugados também.
- Wormmon! – chamou o Ichijouji, enquanto apontava o aparelho negro pra ela. E a cena repete.
O único pertencente ao grupo 02 que não tinha ido ainda era Iori. Não sabia se deveria segui-los, ou se esperava e levava os outros... Ou se Carol e Nina teriam como ir caso ficassem por último.
E o engraçado era que... A entrada do portal “fechou” quando ninguém mais o usou.
Logo, se Iori fosse... Eles ficariam de fora, certo?
- Vai, Iori. – disse a Geijutsushi – Eles precisam de você, certo?
- Mas... Como vocês irão para lá?
Eis que um clarão sai dos seis modelos antigos, os cinco dali e o sexto de Mimi na DW. Surge no ecrã de cada um deles o brasão correspondente. Logo os mesmos são ativados, tornando o metal do digivice a cor de seu respectivo brasão.
- M-Mas o que isso...? – exclamou todos os veteranos, independente do lugar em que estavam.
- Ah, não importa agora! – o Yagami apontou-o para a tela. E para a surpresa de todos, ele conseguiu entrar.
- Parece que... Os digivices antigos quando estão ativados podem abrir o portal... – observou o Izumi.
Todos os outros repetiram o mesmo feito de Taichi e foram. Ficou somente na sala Bunni, Koushiro, Iori, Nina e Carol.
- Mas... Mas e quanto a nós?! – questionou Carol – Devemos ficar aqui ou...
- Se quiser ficar aqui... Eu irei! – Ni fechou o punho com força, e pôs firmeza em sua decisão.
- Como irá até lá? E... E como iremos ajudar? Não temos parceiros, nem digivices... Você mesma tinha dito isso, não seria um tanto perigoso?
- Carol-san, se não quiser vir... Não tenha medo de nos falar – disse o escolhido da Sabedoria.
- Mas... Eu quero ir... Só não sei se... Deveria...
- Eu disse aquilo por não querer me intrometer nisso! Por medo! Desta vez eu sinto que posso ajudar em alguma coisa! Nós podemos! Nós devemos ajudar!
- Neechan... Mudou de idéia?
- Eu quero encontrar o Motomiya! E... Eu tenho certeza que ele está lá!
- É provável... Talvez ele tenha ido para a Digital World.
- Mas Koushiro-san, e se ele foi para outra dimensão? Como daquela vez?
- Iori! Eu acredito que ele esteja lá! – mais uma vez a menina atropelou a fala de outro.
- Calma, neechan... Por que tanto interesse no Daisuke-san agora?
- ............ CAROL NÃO É NADA DISSO QUE VOCÊ ESTÁ PENSANDO! – berrou ela, meio corada.
- A... Ah... Gomen... *gota*
- Mas... Não importa se tenho ou não parceiro! Se não tenho digivice ou coisa do tipo! – continuou.
- Eu vou! De qualquer forma! Meu coração diz para fazer isso! E que se tiver uma chance de voltar atrás...
- E mudar tudo... Eu irei até o fim! Luto pelo que é certo! Luto pelos meus sonhos!
- E eu preciso... Vencer aquilo que me impede de estar em grupo!
- Eu preciso... Eu preciso voltar atrás! Ele queria me conhecer melhor e eu fugi outra vez!
- Ele me estendeu a mão para me ajudar e eu neguei!
- Eu quero voltar atrás! Eu quero fazer o que é certo! Quero vencer esse meu medo de me aproximar dos outros! Dos escolhidos... Do Motomiya!
- Neechan...
- Eu... Eu quero ir também! Quero estar com eles! Quero estar contigo!
- Se você for, irei junto! Sempre estivemos juntas desde que nos conhecemos aqui!
- E... Eu me sinto feliz em estar com vocês! Quero ajudar! Eu posso ajudar!
- Nós podemos ajudar, certo?
O pingente da coelha brilhou. Duas luzes saíram de lá e foram parar na palma da mão de cada das duas garotas.
Um brilho lilás cintilava na mão de Nina, e dentro desta esfera continha um brasão. Uma estrela com uma asa, assimilando-se a cauda de uma estrela cadente. Aquele era o fragmento do Desejo.
O outro era rosa claro e estava na mão de Carol. Dentro da luz havia uma flor de cerejeira, com três pétalas grandes e três pequenas entre elas. Aquele era o fragmento da Felicidade.
- Isso é... – disseram juntas, a olhar para o que flutuavam em suas mãos.
- Fragmento. – respondeu Bunni – Finalmente vocês despertaram os Fragmentos do Desejo e o da Felicidade.
- Com isso... – começou Carol.
- ... Nós podemos ser úteis! – completou Nina.
- Iori, vamos logo, dagyaa!
- Ah, Sim Armadimon! – pegou o D-3, olhou para os outros – Prontos?
- Vamos nessa! – deu o grito de guerra a artista.
O Hida apontou o D-3 amarelo para a tela firmemente, e disse a frase:
“DIGITAL GATE... OPEN!”
...
- Estão todos aqui? – perguntou o líder, olhando para o grupo.
- Uh, falta o Iori, Izumi-senpai, Nina-chan e Carol-chan. – disse Miyako.
- Na verdade... Estamos aqui, Miyako-kun. – respondeu o ruivo.
- Ok... Agora precisamos achar a Mimi e...
- Ei, tem alguém ali! – apontou Sora. Todos saíram correndo naquela direção e deixando o Yagami parado lá, com uma cara de tacho.
- Mimi-oneesamaaa! – Miyako saltou na garota de cabelos castanhos com mechas rosadas.
- Miyako-chan! Pessoal! – sorriu ela – Miyako... Poderia me soltar?
- Ah, claro, claro...! – solta-a.
- O que aconteceu, Mimi? – perguntou a moça de cabelos ruivos.
- Onde está o Wallace-san? – perguntou Iori.
- Pessoal... – o Yagami chamou-os – Não deveriamos ficar parados aqui. Temos que procurar pelos nossos parceiros também.
- E pelo Motomiya! – completou Nina – Não se esqueça dele, Yagami!
- Claro que não! Ele é do nosso grupo! Quando disse “parceiros”, me referi a ele também. Parceiro não significa só os digimons.
- Ele pode estar aqui como também pode estar no nosso mundo ainda. – falou Yamato – Agora que conseguimos vir até aqui, vamos encontrar Gabumon e os outros para irmos atrás do Daisuke.
Todo mundo concordou com aquilo. E ela sentiu um pouco reprimida. Não sabia por que se sentia assim.
Deram início a caminhada pela área, adentrando na floresta. Tinha pouco diálogo, e era mais com Mimi. A escolhida contava tudo pelo caminho e perguntava o que tinha acontecido em Odaíba. Miyako, Sora e Takeru explicavam-na sobre os eventos que houveram por lá.
Carol falava mais com Koushiro, que falava com Taichi e com Yamato. Hikari e Ken mantinham-se calados e pensando como e onde estaria o serelepe Goggle Boy.
Iori e Jou trocavam algumas palavras, mas o mais novo do grupo olhava para a última da “fila”.
Lembrou-se das vezes em que a encontrou naquele mesmo dia. E também daquilo que tinha dito quando o fragmento do Desejo foi ativado.
Queria dizer algo para animá-la... Mas não era tão bom nisso quanto os outros. É nessas horas que queria que o Daisuke estivesse ali. Não entendia muito bem os motivos que a levavam a ser tão calada e fechada com os demais. Apenas sabia existir um “medo” de alguma coisa. E que ela queria vencer aquilo. Desejava superar essa barreira e se abrir aos demais.
Mas... Isso parecia tão difícil. Se ela não conseguia expressar o que sentia aos demais, as idéias, as certezas e incertezas... Como que conseguiria derrubar o muro?
Tentou pensar no que poderia falar para a menina.
“O que o Daisuke-san diria agora?”
“O que ele faria para animar uma pessoa triste?”
...
“O que o Vovô me aconselharia?”
- Ei, Nina.
- Hm? Yagami? – olhou diretamente para o núcleo. Quem ia mais à frente era Mimi e Miyako.
- Não se preocupe, nós iremos encontrá-lo. O Daisuke não deixaria que o matassem tão cedo. – sorriu – Ele pode agir sem pensar às vezes, mas sempre dá um jeito de se salvar.
- Ele aprendeu com mestre, claro... – brincou Yamato – Tal senpai, tal kouhai.
- Yamato... *gota*
- Obrigada... Yagami... – disse ela, ainda naquele estado – A questão não é essa... *sigh* É que... Tenho receio de que tenha acontecido alguma coisa a ele...
- Você está se sentindo culpada... Por isso? – perguntou Hikari a ela – Se for isso... Nós também somos culpadas.
- Por quê...?
- Eu caí numa ilusão do inimigo... E ele teve de segui-lo para nos libertar.
- “Nós”?
- Miyako-san... Também foi pega por este feitiço...
- Por que está se culpando por isso...?
- Se nós não caíssemos naquela armadilha... Ele não teria tomado essa decisão.
- Hikari... Ninguém tem culpa de nada aqui. Nem você, nem a Miyako-chan, nem a Nina.
- Ahn... Como iremos encontrar nossos parceiros?
- Podemos usar os nossos digivices para encontrá-los, Jou-san.
---
Um castelo distante dali destacava-se nas montanhas. O céu daquela região era negro, as nuvens cinza, a vegetação morta e monocromática.
- Mestre! Apresento-lhe a criança que nós procurávamos.
A voz correra do grandioso salão das gárgulas. Na porta principal estava Ranamon reverenciando a pessoa que saía dali.
Um jovem de cabelos louros claros, olhos azuis e de treze anos.
No centro do salão, estava o mesmo rapaz que batalhou contra Daisuke horas atrás.
- Ah... Então é essa criança?
- Sim, mestre. Este garoto foi identificado pelo espectro. Ele contém... Aquilo que Pandora tinha.
- Ah sim... Ele possui?
- Sim.
- Do... Do que estão falando? – perguntou Wallace, trêmulo.
- Pandora-chan, não se lembra mais de mim? – o mago aproximou-se dele.
- V-Você? Nunca te vi...!
- Umbra Hu. Lembra? Éramos pupilos de Dragon Hu!
- Umbra Hu? Não conheço...
- Tsc... – deu de ombros – Acho que vai levar um tempo para se lembrar... *sigh*
- Pelo menos... Não temos muito com o que preocuparmos, não é? – Umbra soltou um pequeno riso – Afinal... Aquele que possui a Lux Miraculum está morto.
- O garoto do V-mon... Você o eliminou?! – exclamou a digimon.
- Espera... – O menino começou a recordar de alguém cujo era parceiro de um dragão azulzinho e logo gritou – Você matou o Daisuke?!
- Oh, conhece ele? – perguntou sarcasticamente o mago.
- O que... O que você fez a ele?! – Wallace o encarou, rangendo os dentes.
- Pandora-chan... Ele é seu inimigo, não lembra? Quem te selou naquele mundo escuro e sombrio, hein?
- Meu nome não é “Pandora-chan”! Meu nome é Wallace! – gritou ele – Onde está a Mimi-san? E o Terriermon?!
- Agora idiota não pode atrapalhar nossos planos, Pandora-chan. Nem ela, nem o Kousei no Kishi. Agora temos de dar um jeito naquela coelha idiota. Não se preocupe, Pandora-chan... Nada mais irá nos separar, nem mesmo sua nova vida. Juntos iremos controlar o mundo, e eliminar aqueles que se opuserem a nós e ao Tratado de Harmonia.
- Eu não te ajudar! – balançou a cabeça negativamente – Não depois do que fizeste ao Daisuke, à Mimi e ao Terriermon!
- O parceiro dele matou o seu digimon, não foi? – olhou dentro dos olhos do escolhido, lendo sua mente e suas lembranças.
- Kh... Chocomon... Ele estava descontrolado! V-mon e Terriermon... O salvaram! Ele quem pediu para ser destruído!
- E se seu parceiro tivesse mentido a você? Hein, garoto? Não pensou nessa possibilidade?
Calou-se. Refletiu sobre estas frases. E se Terriermon tivesse feito isso? Da forma que ele agiu quando tinham encontrado aquelas crianças e seus parceiros... O modo com que ele passou a falar... A querer contar aos demais sobre Chocomon e o motivo de estarem voltando para o campo de flores...
Isso era uma ponta para que Umbra realizasse mais um truque. Sua presa estava caindo em suas palavras. Logo estaria colocando-o ao seu lado. E em seguida poderia fazer com que o jovem recordasse de sua vida anterior... E do confronto travado que terminou na vitória do escolhido do Milagre e no selamento da maga no mundo obscuro.
- Mas... Por que Terriermon mentiria para mim? Nós amávamos Chocomon... E ele não o faria isso... Ao menos que Chocomon pedisse!
- Mas quando o seu parceiro encontrou aqueles garotos... Ele começou a agir de outra forma, certo? Até fez amizades com eles... Acha que Chocomon pediria algo tão idiota assim, Wallace?
- Eu... Eu não sei! Chocomon... Ele...
- Vamos... Não acredite nessas crianças... Nem nesse digimon... Eles são de outra realidade, eles não sabiam o que você sentia pelo seu admirável Chocomon.
- Chocomon...
- Se você cooperar comigo... Eu posso trazê-lo de volta.
Wallace arregalou os olhos, surpreso. Aquele rapaz poderia mesmo trazer de volta o Chocomon?!
Mas... Ao fazer isso... Metade daquelas lorotas já haviam surtido efeito. O loiro passou a desconfiar do que tinha acontecido no verão de dois anos atrás, a desconfiar de seu próprio digimon e dos escolhidos...
E o principal...
- Você... Poderia trazê-lo de volta?! Sério?!
- Tudo que você desejar. Apenas... Una-se a mim. – os olhos de Umbra brilharam em um vermelho sangue, que penetrou no fundo de sua alma.
As pupilas de seus olhos desapareceram, tornando-os sem vida alguma. Estava feito.
Wallace estava sob o domínio das trevas.
- Eu... Quero o Chocomon de volta...!
- Bom garoto... – murmurou o vilão, dando um sorriso sinistro ao ouvir aquela resposta.
Um silêncio se fez. Mas durou pouco tempo.
As portas do outro canto da sala abriram-se com violência, causando um grande barulho e estremeceu um pouco da sala.
- MESTRE UMBRA, ELES ESTÃO AQUI! – gritou Frostmon desesperada – AS CRIANÇAS ESCOLHIDAS CONSEGUIRAM ACESSAR A DIGITAL WORLD!
- O que?! – Ranamon pulou para trás – Como que eles conseguiram?! Pensei que... Nós tínhamos selado o portal que ligasse ao mundo dos humanos... Não tínhamos?!
- Tudo bem, Ranamon... – respondeu calmamente o moreno – Está tudo nos conformes. Sem o Lance-kun... Eles não conseguirão fazer muita coisa. Pelo contrário, são mais inofensivos do que imagina.
- Não deveriamos subestimá-los. – Lekismon surgiu ao lado de Ranamon – Principalmente os herdeiros dos fragmentos da Energia, Justiça, Bondade, Desejo e Felicidade.
- E não vamos... Eles estão confiantes por agora... Mas quando aquele grupinho de humanos descobrirem o que aconteceu com o guerreiro do Milagre, kukukuku...
- E como eles irão descobrir isso? – perguntaram as três subordinadas.
- Eu deixei aquele vermezinho azul viver... Apenas para dar a trágica notícia.
---
- Ah... Onde será que Agumon está?
- E o Gabumon?
- E a Piyomon?
- Será que está tudo bem aqui na DW? E com o Tentomon?
- Gomamon...
- Eu quero encontrar a Palmon logo!
- Gente, Estamos andando horas e nada! Nenhum sinal deles!
- Calma, Miyako-san... Eles devem estar em algum lugar.
- Mesmo assim... Já deveriamos ter encontrado eles, Takeru.
- Vocês querem que a gente vá à frente? – perguntou Hawkmon e Patamon.
- Não seria perigoso? – questionou Carol.
- Ahn...
- Pessoal... Não podemos demorar! Temos de encontrá-los, achar o Daisuke.
- Não se esqueça o Wallace-kun, Taichi-san... – completou Mimi.
- Será que isso vai levar mais tempo do que pensávamos? – comentou a Takenouchi
- Cinco anos atrás estávamos aqui sem saber por aonde deveriamos ir, e nem tínhamos como voltar para casa – lembrou o escolhido da Confiança – Mas agora podemos vir e voltar quando quisermos.
- Mas eu acho que, para o portal estar fechado daquele jeito... Deve ter acontecido algo aqui – ponderou o Izumi – Mimi-san, foi você quem abriu o portal?
- Eu? N-não... Eu cheguei aqui por um portal que o digimon coelho abriu.
Pausa.
Todos se voltam diretamente para a coelha que estava nas mãos de Carol.
- O que?
- Essa coelha é muito suspeita... – cochichou Yamato aos demais.
- Coelhos voadores que invadem domicílios não pode significar boa coisa – devolveu Taichi.
- Ei! Eu não fiz nada! – protestou Bunni.
- Oniichan, ela esteve conosco o tempo todo!
- Ela estava com o Daisuke-kun também – completou o escolhido da Esperança.
- Mas que ela foi a causa de tudo isso... Ela foi. – bufou Geijutsushi.
- Ni-chan, você... Acha que eu sou a culpada?!
- Não me chame assim!
- Ei, ei! Parem de culpá-la! – intrometeu-se Miyako e Iori.
- Se não fosse por ela, Daisuke já estaria morto! Foi ela quem fez o Hawkmon evoluir!
- E ela também fez o Armadimon evoluir para Drill Digmon. – respondeu o Hida.
- Neechan... Ela também fez o Chibimon do Daisuke evoluir, lembra?
- Vocês três não deveriam me julgar! – resmungou a pequena – Pois saibam que o Kiseki-sama e eu quem salvamos o Daisuke-san quando a Frostmon tentou atacá-lo pela primeira vez!
- Ok, ok... – disseram os três.
- Que coisa feia, meninos...! – bronqueou Sora.
...
Continuaram a busca pelos seis digimons. Enquanto andavam e observavam o local, a garota de cabelos negros acastanhados viu algo se mover rapidamente entre os arbustos e atrás das árvores.
Ken percebeu alguns minutos depois e alertou o pessoal. Os digimons ficaram apostos caso fossem algum inimigo.
No entanto... Não era. Da moita saiu um Terriermon um pouco ferido e exausto.
Alguns dos escolhidos reconheceram aquela criaturinha:
- TERRIERMON?! – exclamaram Mimi, Hikari, Takeru, Miyako e Iori ao verem o pequenino.
Era o parceiro de Wallace.
Última edição por Nina Geijutsushi em Sex Ago 26, 2011 11:03 pm, editado 1 vez(es)
Convidado- Convidado
Re: Digimon Adventure ZeroTwo: Hinode
- Terriermon! É ele! Este é o Terriermon do Wallace-san! – exclamou Iori.
- Sim, é ele... – confirmaram os outros quatro.
- O que aconteceu, dagyaa? – perguntou Armadimon ao digimon.
- W-Wallace... Eles... O levaram... Eu tentei segui-los...
- Ah! Lembrei! – gritou a Tachikawa.
...
“Quando Wallace-kun foi capturado, Eu mergulhei no portal atrás deles. Terriermon veio junto comigo.”
“Quando chegamos aqui...”
- Ei... Solte-o! – ordenou a escolhida.
- Solte o Wallace! – reforçou Terriermon.
- ... Heiwa no Lady...Você não deveria ter nos seguido. Deveria ter ficado no mundo humano.
- Ele é meu amigo! Não vou deixar que o leve!
- E ele é meu parceiro! – berrou o digimon orelhudo – Eu não posso deixar que o leve!
- Vocês não estão aptos para lutar comigo... – Lekismon fez pouco caso – Desistam.
- Nunca! – responderam ferozmente Mimi e Terriermon.
- Blazing Fire! – o parceiro do loiro saltou dos braços da menina, abriu a boca e atirou uma bola de energia esverdeada contra a inimiga.
- Tear Arrow! – contra-atacou, lançando flechas de gelo contra o pequeno.
Terriermon recebe o dano, cai no chão, mas se levanta. Volta a disparar seu ataque especial contra Lekismon. Mas aquilo não surtia efeito algum contra ela.
A digimon coelho avançou e golpeou com suas mãos, o arremessou contra a Tachikawa, que caiu sentada no chão.
- Terriermon!
- Se a Palmon estivesse aqui... – pensou ela – Ela poderia evoluir e derrotá-la!
- W-Wallace... É... – levantou do chão, encarou a digimon adulta – Meu amigo! – saltou contra ela outra vez e atirou outra esfera energética.
- Chega de brincadeiras... – proferiu – MOON NIGHT BOMB!
A oponente materializou bombas em suas mãos e as atirou contra a humana e o coelho branco-amarelado. Assim que foram atingidos, Mimi caiu adormecida no chão enquanto o digimon foi arremessado longe. Quando chegou ao chão, desmaiou graças a queda.
“Então... A bomba me atingiu e eu adormeci.”
...
- Depois disso não sei para onde ela o levou...
- Então... A “Pandora” é o Wallace? – deduziu Miyako.
- Parece que sim, Miyako-san. – respondeu Hawkmon.
- Eles a levaram, certo? – Bunni abaixou a cabeça, desanimada – E o Daisuke-san está desaparecido...? Eu não acredito que falhei, Kiseki-sama...
- Não desanime agora, por favor! – disse Hikari – Nós vamos encontrar o Daisuke-kun, e libertar o Wallace-kun! Não perca as esperanças, Bunni!
- Será inútil sem ele... *sigh* Pois o único que pode derrotar a Pandora, caso esse menino recupere as memórias de sua antiga vida, é o Daisuke-san. Só ele consegue usar a Lux Miraculum.
- Lux Miraculum? – todo o grupo ficou confuso.
- É uma longa história...
- Não deveriamos estar de conversinha aqui – intrometeu-se Yamato – Temos de achar os nossos parceiros digimons se quisermos tanto encontrar o Daisuke quanto salvar esse Wallace.
- Então... Vamos continuar. – decidiu Taichi.
Mimi pegou Terriermon no colo e o grupo voltou a caminhar. Mas isso fez Nina torcer o nariz.
Seria o parceiro de Wallace quem teria visto se movendo pelas árvores e arbustos?
#15 – Agumon ao resgate! A coragem flamejante que alça vôo!
Meio longe dali, em uma clareira... Existia um pequeno vilarejo de vários tipos de digimons. O mais comum era encontrar alguns tipos de Agumons.
Os tradicionais dinos alaranjados, que apenas tinham cores de olhos variados;
Uns que tinham listras azuis (ou cinzas) em seu corpo, sendo do tipo Antibody-X;
Outros que tinham a pele negra, sendo do tipo vírus;
Os que eram brancos e do tipo gelo;
Alguns que eram feitos com blocos de brinquedo azuis, vermelhos, amarelos e verdes;
E um deste mesmo tipo, só que com blocos pretos.
Era pacífica, os habitantes de lá não eram nem um pouco ofensivos, quanto mais de briga.
Alguns Agumons protegiam os digimons bebês I e II que ali conviviam. Os Greymons também faziam o mesmo. A comunidade era bem unida.
Até...
“FUJAM!”
“Salvem suas vidas, estamos sofrendo um ataque Kanzentai!”
O dia em que foram atacados por Frostmon e outros subordinados de Umbra.
E muitos digimons morreram. Os sobreviventes se refugiaram na floresta, com medo de serem exterminados.
O motivo daquilo tudo começou quando o maléfico mago trouxe o escolhido e Burning Fladramon por um portal. Durante a luta, ordenou que Frostmon e um grupo de digimons a sua mercê destruíssem os digimons dos veteranos, para que estes não pudessem atrapalhar os planos.
O alvo eram as comunidades de espécies de Agumons, Gabumons, Piyomons, Palmons, Tentomons e Gomamons.
Infelizmente... O parceiro atrapalhado de Taichi estava lá. Mas... Por sorte era um dos refugiados, que foram salvos por um digimon semelhante à Flaremon, porém era bípede e tinha uma armadura na cor creme, empunhava uma espada e tinha um grande senso de justiça, Iustimon.
E como auxilio...
Um digimon leão branco, parecido com Leomon, Panjyamon;
Um baixinho de armadura azul denominado Spadamon;
E uma incógnita que mal sabiam quem era. Tudo por causa dela ser totalmente preta.
Eles apareceram depois que o mago voltou para o castelo, após eliminar um de seus obstáculos.
Na verdade, somente os três felinos se conheciam. O quarto integrante apenas pipocou misteriosamente, e os ajudou a movimentar os habitantes da vila para um lugar seguro.
O local foi tomado pelas tropas. Frostmon era como o general daquele bando de Were Garurumons negros, Death Meramons, Waru Monzaemons e Doumons.
Os Agumons e outros digimons, tais como Elecmons, Gotsumons e Floramons, escondiam-se apavorados em uma caverna no fundo da floresta.
O dino alaranjado de olhos verdes tentou chamar Taichi, mas não conseguiu resultados.
E segundo Spadamon, quem volta e meia espionava os inimigos, o objetivo deles era eliminar todo e qualquer digimon que tivesse contato com as crianças escolhidas, para que estes não pudessem avisá-las e/ou estragar tudo.
Logo... Agumon corria perigo. E outros que conheciam o grupo.
...
A sombra vista pela menina seguia os escolhidos na penumbra. Parou e averiguou o caminho aonde iam. Ia direto para tal vila tomada pelos inimigos.
Era o que o digivice laranja de Yagami indicava. Era lá que estaria seu adorável amigo réptil.
A criatura misteriosa olhou para trás, como se bolasse um plano. Sua intenção era tirá-los da rota ou levá-los a uma armadilha?
...
- Agumon deve estar por aqui. O sinal está cada vez mais forte. – comentou Taichi, abrindo um sorriso e já vendo em sua mente o seu companheiro abraçando-o.
- Só o digivice do Taichi-san que está reagindo... – desanimou-se Mimi.
- Talvez seja porque o Agumon está por perto... – supôs Jou – Nossos parceiros devem estar separados dele.
---
- Nada por enquanto, certo? – perguntou a ave gélida.
- Nada, Frostmon-sama. – respondeu uma Doumon – Nenhum sinal dos sobreviventes.
- Nem da Trinidad Leo. – um Black Were Garurumon surgiu ali.
- Trinidad? Não eram quatro? – perguntou a raposa.
- O quarto sujeito não pertence ao grupo.
- Isso não interessa... Todos os que se opuserem ao mestre Umbra... Devem ser eliminados.
- Encontraram o Agumon cujo pertence ao grupo dos escolhidos? – Frostmon mudou de assunto.
- Nada ainda. – responderam os dois.
- Bem... Ele não tem pra onde ir... A floresta logo será destruída, junto com aqueles fricotes.
Alguém espichava o pescoço pela janela. Frostmon e seus soldados estavam instalados em uma grande casa, onde viviam os Greymons que protegiam a cidade.
Claro, uma casa grande como aquela tinha objetos para o tamanho de um tiranossauro laranja.
E em outro lado, numa outra janela, estava Spadamon. Ambos os indivíduos espiavam a conversa em total silêncio.
- Então é isso que eles planejam... Atacar a floresta! – pensou o leãozinho branco – Tenho de avisar ao Iustimon e ao Panjyamon o mais rápido possível! Temos de retirar todos de lá a tempo!
A janela, apesar de ser enorme, era baixa e qualquer um conseguia subir ali. Logo não era tão difícil esgueirar até ela e bisbilhotar. E uma cortina gigante também ocultava quem fosse pequeno e olhasse por através dela.
A outra criatura era um pouco maior que ele, digamos que tinha um tamanho de uma criança humana de 13 anos.
Este olhou o guerreiro de armadura azul saltar da segunda janela e sair às pressas para o bosque.
Pensou em fazer o mesmo, mas... Esbarrou no vidro e a janela abriu-se subitamente.
Poderia até ter sorte, e não ser pego, e fugir dali o mais depressa... Só que a bendita dobradiça daquela janela rangia. Era uma das quatro que tinham esse problema.
- Droga! – praguejou mentalmente.
E o ranger despertou a audição aguçada do lobo, que correu até a janela e desferiu um Kaiser Nail e picoteou a cortina.
O pano veio a baixo e um ser totalmente negro com um longo tufo prateado de cabelo surgiu dali de trás.
Olhos amarelos encaravam os olhos vermelhos do digimon pequeno.
Encararam-se por alguns minutos. Até que repentinamente o xereta atacou-o com suas garras, causando um choque leve no lupino.
Não foi de muita ajuda, pois quando tentou sair dali, bateu de cara numa barreira de gelo negro.
Grunhiu de dor, reclamou até. E foi pego pelo lobo. Este o levou até Frostmon e Doumon.
- Temos um espião aqui. – mostrou-o, esticando sua mão. Segurava o digimon misterioso pelas costas.
- Não é aquele guerreiro que apareceu logo após a batalha contra a Trinidad Leo? – indagou a raposa azul.
- O que faremos com ele, Frostmon-sama?
- H-Hey! – manifestou-se o individuo – E-esperem um minuto...!
- O que você quer? Não tens direito algum de falar depois do que fizeste.
- Pôr a vida de outros digimons só por causa daqueles que têm contatos com os escolhidos?! Vocês realmente acham isso certo?!
- O Mestre falou sobre o Tratado de Harmonia. Nós não temos direito algum de eliminar os inocentes, apenas aqueles que estão do lado de nossos inimigos, os escolhidos e os digimons traidores. – Frostmon fitou o pequeno, e ordenou que Were Garurumon o soltasse.
- Heh. Obrigado. – arrumou suas vestimentas, e olhou discretamente atravessado para o lobo.
- Quais são suas intenções em vir até aqui?
- Minhas intenções? Eu defendo os digimons, os inocentes. Não tenho lado algum nisso. – explicou – Luto por estas pobres criaturas que são vítimas destes confrontos.
- Seja direto. – encarou-o.
- Não acho certo terem tomado a cidade! Nem de exterminarem os habitantes! – bravejou, fechando os punhos – Quer saber? Se quiserem resolver isso logo, que resolvam sem incluí-los nisso!
- Eu vou resolver isso agora – bufou o digimon lupino.
- Espere... Podemos propor um acordo, certo? – direcionou-se para a ave.
- Acordo? – repetiu, com tom de dúvida.
- Sim... Olha só, tudo que tem de fazer é deixar isso por minha conta. Posso encontrar os digimons dos escolhidos e dar um jeito neles.
- Como assim...?
- Eu tenho meus métodos. Só peço que NÃO incluam os inocentes nisso. Ok?
- Hm... Espero que cumpra suas palavras...
- Irei. Não se preocupe. – reverenciou-a.
- Como se chamas?
- ...
---
- Está anoitecendo... – reparou Jou – Não deveriamos parar por aqui?
- Espera... passar a noite... AQUI?! – exclamou Nina.
- É. – afirmou Taichi – Algum problema? – perguntou, com um ar de confuso.
- Mas... E quanto às nossas famílias?! O que vamos dizer a eles?!
-Que saímos para acampar de repente nas férias de inverno?
- Mas... Do nada?! Sem avisá-los, sem levarmos equipamentos?!
- Calma, neechan... – interveio Carol – Nós vamos dar um jeito nisso.
- Por um lado ela tem razão – disse o Kido – Nós não viemos preparados. Nem planejamos um pretexto para que não os deixassem preocupados.
- O Daisuke naquela vez foi, passou quatorze dias fora e isso deixou muita gente preocupada – Miyako também concordava – Acho que deveríamos voltar por agora, combinarmos melhor isso e retomar a procura amanhã.
O rapaz da gigantesca cabeleira ficou quieto, pensando. Os demais fizeram o mesmo.
De fato, não tinham imaginado que aquilo demoraria tanto. Já passara horas e nem sinal de Agumon, muito menos encontraram alguma pista sobre o paradeiro do serelepe garoto desaparecido.
Suspirou, refletiu e decidiu:
- Está certo... Vamos retornar. Pensaremos com mais paciência no que deveremos fazer. Agora, será que há algum portal por perto daqui?
- Me deixa verificar... – Hikari sacou o D-terminal, acessou o mapa da DW do mesmo e procurou pelo mais próximo da área – Tem um nesta região... Exatamente por ali – apontou para o oeste.
Seguiram a caminhada, até encontraram o bendito aparelho antiquado que chamam de “portal”.
Param diante dele, Hikari pegou o digivice e apontou para a tela:
- Digital Gate, open!
Todos aguardaram a abertura, mas... Nada aconteceu.
NADA.
- Hein?! – exclamaram todos.
- O portal não está abrindo?! Estamos presos aqui?! – exclamou uma Miyako assustada.
- Tem alguma coisa errada... – Koushiro começou a checar a televisão.
- Como assim? Não temos como voltar?! Estamos aqui... E...
- Miyako-san, calma... – falaram Ken, Iori e Hawkmon.
- Maaaaaaaaaravilha. – disse a Geijutsushi, ironicamente e em seu idioma. Apenas Carol entendeu, e os outros a olharam sem terem compreendido.
- Estamos presos aqui. Legal... – agora ela falou na língua deles, ainda com aquele tom sarcástico – O que iremos fazer agora? Temos COMO arranjar outra saída?
- Estou tentando verificar o problema, Nina-san... – respondeu pacientemente Koushiro, que já estava acostumado com outros dois que viviam de ironia nessas horas (aliás, mais um irônico no grupo não ia atrapalhá-lo.) e nem ligou pra isso.
- Se não conseguirmos nada... Melhor passarmos a noite aqui. Uma só não vai fazer tanta diferença... – disse o escolhido da Coragem.
- Bem... Se conseguirmos voltar no dia seguinte, né Taichi? – cutucou Yamato.
- Vocês dois... Não vão começar, não é? – resmungou Sora.
- Alguma solução, Koushiro-san? – perguntou Carol.
- Nada... Mas não compreendo! – o jovem ruivo levantou uma sobrancelha – O portal não parece estar danificado!
- Então... Como que ele não reage ao nosso digivice? – questionou Takeru.
- Será que são apenas os D-3 que não funcionam? – idem a Hikari.
- Deixem tentar usar o meu digivice... – ofereceu-se Mimi.
A escolhida da Pureza apontou o aparelho verde para a tela, segurando-o firme.
E disse a famosa frase:
- Digital Gate... OPEN!
Mas nada... O portal não abriu. Não reagiu.
Será que os digivices estavam com defeito?!
- Não é possível... Como conseguimos então entrar?! – Miyako arregalou os olhos. Aquilo não podia ser verdade. Eles estavam PRESOS lá?
- Calma, Miyako-san... – o parceiro penoso tentou confortá-la – Deve haver uma explicação.
- ... Ah! – a jovem de cabelos morenos acastanhados olhou espantada.
- O que foi Nina?! – Taichi a olhou, preocupado. Alguma coisa ela poderia ter visto por ali.
- Vocês perceberam que...
Todos a olharam, prestando total atenção nela.
- As roupas da Carol, do Iori, da Inoue e as minhas... Mudaram de repente?!
E... Todos, tirando Carol, capotam com aquela “observação” importante.
Vestimentas da Geijutsushi: Mudaram para uma camisa violeta púrpura com uma estrela grande e uma pequena acima desta, localizavam-se nas laterais e suas cores eram açafrão. Usava uma espécie de manga-falsa da mesma cor da camisa, com o final das mangas terminadas em uma borda branca, com duas faixas em laranja-ouro. em seu pescoço surgiu um lenço roxo com algumas estrelas na mesma cor das que estão na camisa. Sua calça era uma malha índigo longa e iam até os tornozelos, as bordas da mesma repetia o mesmo detalhe das mangas. Usava um tênis rosa All-Star. Para completar o visual, tinha uma bolsa a tira colo magenta escuro, com sua alça no ombro esquerdo (e a tira estava na diagonal, pois a bolsa ficava no lado direito de seu corpo).
As de Carol: Transformaram para um suéter de gola alta, com um top sem mangas por baixo. Saia até os joelhos, botas até o meio das pernas. Por baixa delas uma meia que aparecia um pouco acima das botas. Também tinha uma bolsa tira colo completando o seu look. Toda a vestimenta era em tom castanho.
As de Iori: Eram similares à battle outfit de dois anos atrás, só mudava um pouco o estilo. A camisa ia até a cintura, sendo que a parte da esquerda era mais comprida. Na gola tinha uma faixa da cor carmim na vertical, (uma outra passava pela parte da esqueda da camisa) com um quadrinho branco no meio. As calças iam até os tornozelos e terminavam em sapatos marrons.
Por último, a vestimenta de Miyako: Era um mix de sua battle outfit de dois anos atrás com o seu estilo quando tinha 12 anos. Usava uma malha de mangas longas na cor malva, um colete da cor madeira, uma saia cereja, por baixo uma malha castanho avermelhado que ia antes dos joelhos, meias rosa claro, e suas botas eram de cano curto marrom rosa com detalhes em rosa. Na cabeça, ao invés de um chapéu de aviador, tinha um lenço cereja que permitia ver melhor seus cabelos, e nas costas uma mochila púrpura acinzentada com sua alça atavessada em seu corpo, indo do ombro direito e descendo na diagonal para a direita.
Um adicional: Nina e Carol usavam um colar com uma pedra pequena no formato oval na cor branca. E nessa pedra marcava em o fragmento do Desejo e no outro o fragmento da felicidade.
- E você só notou isso AGORA?! – balbuciou Yamato, bufando com o comentário desnecessário da garota.
- Eu não tive TEMPO pra perceber isso, ok? – respondeu a altura – Estive mais interessada em procurar pelo MOTOMIYA do que olhar para esse detalhe IDIOTA!
- Yamato... *gota* – Suspirou Taichi e Sora. Por mais que aquilo fosse algo inútil, não era hora de arranjar brigas.
- Vamos procurar um lugar para passarmos a noite então? – O escolhido da Confiança tentou desviar o assunto, vendo que a menina e o loiro trocavam olhares nada amigáveis.
- É uma boa idéia! – concordou Mimi – Estou cansada, preciso de um sono de beleza para relaxar... E acalmar meus ânimos... Quero encontrar a Palmon logo!
- Ok, ok... Então é isso que iremos fazer agora – disse Sora, enquanto empurrava Yamato para que ele se movesse.
- É, e logo pela manhã procuraremos pelo Agumon e tentaremos retornar à Odaíba, bolar uma desculpa e voltarmos aqui. – completou o Yagami, empurrando Nina do mesmo jeito que a Takenouchi fez com o Ishida.
...
Depois de muita procura, eles encontraram... Um longo e grande vagão de trem abandonado. Havia alguns trilhos por lá, mas eram velhos, enferrujados e não tinham continuação.
Talvez antigamente passasse trens ali.
Arrumaram o lugar, concertando os assentos, os vidros quebrados e até deram um jeito de fechar a porta, para que não fossem atacados durante a noite.
Acomodaram-se ali, todos em um canto. Taichi ficou perto de Hikari e Sora. Yamato ficava ao lado esquerdo da ruiva, com Takeru. No outro lado estava Carol, Koushiro e Jou. E do lado direito encontrava-se Nina, Iori e Ken. No meio, e mais pro fundo do vagão, encontrava-se Mimi, Miyako e Bunni, que por sorte acharam alguns cobertores guardados e os puseram no chão para que pudessem dormir.
Os seis digimons ficaram situados mais para frente, mais para a porta de entrada. E faziam turnos para vigiarem a porta e o ambiente ao redor.
A noite foi boa. Todos dormiram tranqüilamente e não houve nenhum problema em que precisassem batalhar ou algo do tipo.
Levantaram logo cedo, e voltaram à busca. O digivice laranja de Taichi reagia a um ponto. Todos pensavam ser Agumon. E esperavam que fosse.
Seguiam a direção que o sinal indicava. Durante aquilo, alguns conversavam. Koushiro continuava a pensar no que poderia ter dado de errado com o portal, se era algum defeito nos digivices (tanto o modelo dos veteranos quanto os D-3), ou se era outra coisa.
Miyako continuava a conversar abertamente com Mimi, ambas até davam aqueles tradicionais gritinhos que meninas dão quando estão juntas e falando de assuntos femininos (tais como meninos, moda, revistas, etc...).
Os demais mantinham total silêncio. Por vezes Takeru perguntava como estava Hikari, ou outro do grupo.
Nina volta e meia olhava para a paisagem, como se visse algo se mover entre os arbustos outra vez. Agora não poderia ser outro indivíduo, certo?
Poderia até ser Daisuke, Agumon, outro digimon do grupo...
Mas ela tinha a impressão de que não era alguém conhecido. Era como se estivessem sendo vigiados. Não só ela tinha isso como também Iori e Ken. Aliás, estes três estavam mais atentos ali atrás, enquanto Taichi, Yamato e Sora tinham atenção à sua frente.
Seus olhos não desgrudavam dali. Pensou que estava sendo paranóica outra vez, como de costume. Só que...
Sim, o grupo estava sendo monitorado.
Olhos vermelhos cintilavam discretamente pela flora. Eram os Doumons e os Black Were Garurumons que procuravam pelos digimons refugiados ou/e rebeldes da cidade.
Um deles correu com muito cuidado, sem chamar atenção, e avisou à ave maligna.
Esta foi se comunicar com o seu superior. Criou um espelho de gelo negro e murmurou algumas palavras.
Logo, o mesmo mostrou uma sombra de olhos vermelhos, logo ficou melhor a visualização e via-se o “rapaz” moreno.
- Mestre... Os escolhidos estão pelas redondezas. O que devo fazer?
- Ora... Deixem que eles vivam até o momento de saberem da terrível notícia.
- E se eles se rebelarem? Podem colocar todos os digimons contra nós!
- Aww, Frost-chan... Você está querendo brincar com eles, não é?
Não respondeu. O mago negro sorriu e continuou:
- Então brinque com eles. Diga a notícia. Quando eles encontrarem o verme azulado, ele confirmará o que testemunhou. – deu uma risada maléfica, porém baixa.
- Sim... Mestre... – reverenciou-o. E desfez o espelho, cessando a comunicação.
A digimon má mirou diretamente os soldados e ordenou que atacasse as crianças, capturando-as imediatamente.
Porém... Alguém os ouvia do lado de fora. E assim que terminou a conversação, saltou depressa e desapareceu pela floresta.
...
Longe dali, em uma parte mais pacifica da região, onde o final das árvores eram como portões de entrada para um belo campo, e mais pra dentro havia uma caverna que abrigava os sobreviventes do ataque à vila.
Lá estavam todos eles. Reunidos no gramado enquanto o leão alado, cujo nome é Iustimon, e Panjyamon ofereciam frutas para os pequeninos bebês I e II, e aos digimons de nível criança.
Spadamon vigiava, com o auxilio dos Greymons. E seus olhos percebem algo vindo rapidamente naquela direção.
O cavaleiro de armadura azul empunhou sua espada e encarou o que vinha.
Só que o sujeito era mais rápido, e num salto com piruetas, passou pela defesa e seguiu adiante.
- Ei! PARE AÍ MESMO! – bravejou Spadamon.
Persegui-o. Atacou-o com a sua arma, a Blue Blade. O invasor bloqueou o golpe com suas garras. Ambos se encararam, e um fazia força para acertar o golpe, e o outro tentava barrar que fosse atingido.
- Quem é você?! O que veio fazer aqui?! – interrogou o digimon branco.
- Estou à procura de um Agumon! Preciso falar com ele pessoalmente. – respondeu a criatura negra.
- Um Agumon?!
- Deixe de papo! É urgente! Vai permitir minha passagem ou me tratar como se não estivesse do lado de vocês?!
Spadamon recuou, guardou a Blue Blade. Olhou-o direto nos olhos. Suspirou e apontou para frente:
- Vá. Espero que você não seja um dos soldados de Frostmon. Caso esteja me enganando...
- Ei, calma aí! Não tenha medo... Que inimigo de vocês eu não sou. – disparou como um raio, sumindo dali.
...
Os agumons, assim como os outros digimons dali, comiam suas frutas em total paz.
Até que pipoca... Uma sombra. Esta confronta agora Iustimon, e repetindo toda aquela conversa...
- O que você veio fazer aqui?!
- De novo?! – suspirou – Preciso encontrar um Agumon. Um Agumon que pertence a um escolhido.
Iustimon lançou um olhar desconfiando para o baixinho. E como nem eles sabiam qual daquela massa alaranjada de olhos verdes era o tal Agumon do Yagami, não deram trela.
- Se eu disser que sei como identificá-lo... Vais acreditar em mim? – falou o misterioso digimon de cabelos prateados.
- Você... Sabe quem é o Agumon do escolhido?! – disseram Iustimon e Panjyamon, incrédulos.
- Heheh... – riu, com um ar de convencido – O Agumon quem procuro irá reconhecer isso.
Tirou debaixo do lenço de seu pescoço um acessório familiar. Os leões observaram, abismados.
E um dos dinos laranjas que estava por perto... Viu aquilo, apontou para tal objeto, aproximou-se dali e interrogou-o:
- Você! Onde achou isto?!
Sim. Esse era o Agumon de ele estava procurando.
---
- O sinal parou... Que estranho... – comentou Taichi.
- Parou? – o resto do time pediu que confirmasse.
- Sim. O sinal sumiu.
- Será que esse sinal possa ser de outro digimon ou... – Koushiro começou, mas foi interrompido por uma pessoa:
- Seria o Daisuke?! – E tinha sido justo a Inoue.
- Pode ser, Miyako-kun... Como também pode não ser...
- Ou pode ser o Wallace... – supôs Mimi.
- Também, Mimi-san. Pode ser tanto um quanto outro.
- Se esse sinal fosse do Daisuke-kun... – Takeru falou – Ele não teria nos enviado uma mensagem?
- Pode ser que o D-terminal esteja sem bateria... – comentou Jou.
- Ou ele pode ter o perdido... De novo. – Completou ChibiBunnymon.
- Se ele perder aquilo... V-mon não pode evoluir para Fladramon ou Lighdramon, dagyaa.
- Ou para Burning Fladramon... – acrescentou Patamon.
- E se nossos inimigos são mais poderosos que os que enfrentamos dois anos atrás, eles poderão ter problemas. – disse Hawkmon.
- Então ele não perderia o D-terminal. – concluiu Tailmon – Então só nos resta a hipótese de que eles não tiveram tempo de enviar notícias.
- Como assim? – Terriermon perguntou.
- Daisuke estava sendo perseguido por um digimon kanzentai pássaro do elemental gelo. E este tentou matá-lo três vezes. Até usaram a Hikari e Miyako como iscas para conseguir atraí-lo a uma armadilha.
- Depois aquela ave disse que o trabalho dela estava terminado, dagyaa. E aí veio atrás para eliminar o Iori, dagyaa.
- Hm... Será que isso tem a ver com aquele coelho estranho que levou o Wallace? – o orelhudo indagou.
- Se aquele digimon chamou esse menino de “Pandora-chan”, é claro que sim! – disse a coelha rosada – Daisuke-san tinha de encontrar a nova vida de “Pandora-chan” antes deles, para que nada disso acontecesse!
- Falando nele... Será que ele e V-mon estão bem? – suspirou desanimadamente a irmã de Taichi.
- Pergunto o mesmo... – sussurrou Nina, sem que a ouvissem.
- Depois de mudar tanto, dizer aquelas coisas... Espero que ele esteja bem... – desejou a Inoue.
- Hikari, Miyako-chan, Nina... – Taichi voltou-se a elas – Não pensem que isso tudo foi culpa de vocês, ok? Daisuke deve estar bem, só ainda não conseguiu contato conosco.
- E nem me culpem. – resmungou Bunni – Não tenho culpa que aquele cara tenha vindo até aqui para procurar pela “Pandora”.
A discussão toda é interrompida quando todos os digivices começam a apitar.
Os escolhidos olham para os ecrãs dos aparelhos coloridos e vêem muitos pontos vermelhos.
Não... Não tinha como ser o Goggle Boy ou o parceiro de Terriermon...
Já que se fosse ao caso, só seria um sinal e não tantos.
Pressentindo algo vindo do meio das árvores, Taichi, Yamato, Jou, Takeru e Ken empurraram os demais contra o chão, abaixando-se em seguida. Um ataque poderoso passa por cima deles, papeis que assim que tocaram num tronco explodiram.
- O que foi isso?!
- Esse ataque... – a felina olhou para trás – É um Doumon!
- Doumon?!
- Sim – afirmou – É um Digimon Kanzentai, um nível Perfeito!
Surgiu dali vários deles. Cercaram-nos. O team ZeroTwo levantou-se, pegaram seus D-3 e foram à luta.
- DIGIMENTAL UP!!
Hawkmon... /Armadimon... /Tailmon... EVOLUÇÃO ARMOR PARA...!
As asas do Amor, Holsmon!/A Sabedoria profunda, Digmon!/A Luz do Sorriso, Nefertimon!
Holsmon... /Digmon... Evolução com o fragmento da Energia/Justiça para...!
A brisa energética do Amor, Fäuermon!/A justiça perfurante da Sabedoria, Drill Digmon!
Patamon... /Wormmon... Evolui para...!
Angemon!/Stingmon!
Os cinco digimons partiram pra cima dos inimigos, atacando-os imediatamente:
- Curse of Queen!
- Red Sunburst!
- Drill Tornado!
O ataque de Nefertimon atordoou um pouco dos Doumons, enquanto o de Fäuermon afastou-os com o raio em que saía da esfera formada no topo de seu cajado.
O Drill Tornado de Drill Digmon gerou uma rajada de vento que impedia os talismãs de papel acertar os parceiros e as crianças. Já Angemon e Stingmon ficaram na defensiva, protegendo os escolhidos e os dois digimons de nível inferior.
- Heaven’s Knuckle!
- Spiking Finish!
Os ataques acertavam e atordoavam os inimigos, afastando-os. Dessa forma, os outros digimons Armor os pegavam. Nefertimon servia tanto como ofensiva quanto como defensiva. Voava ao redor de Angemon e Stingmon, usando Nile Jewelry e Rosetta Stone para retardar os inimigos.
Porém eram muitos. E o grupo de Daisuke não conseguia eliminá-los. E o mesmo se dizia dos Doumons. Pareciam enfraquecê-los para capturá-los. Isso não ia dar muito certo, claro. Já que depois de alguns minutos daquela batalha, surgiram os Were Garurumons negros.
E quem iria atacá-los se... Angemon e Stingmon não eram suficientes para isso?
- Baby Flame!
Uma bola de fogo veio da floresta, cortando os cipós e moitas que atrapalhavam seu caminho, seguido de uma intensa labareda de chamas que destruiu dois Doumons que bloqueavam a passagem.
Os nossos heróis não compreenderam muito bem, mas o escolhido da Coragem avistou algo pequeno e com formato de mini-dinossauro:
- AGUMON!!
- TAICHI!!
O digivice da Coragem brilhou intensamente. E os outros começaram a apitar. Havia um outro sinal por perto?! Mas isso não interessava agora.
As pedras dos colares de Ni e Carol se acenderam, mudando do branco para a cor respctiva do fragmento. As mesma flutuaram no ar e lançaram uma luz de cada.
Uma luz era lilás, a outra era rosa claro.
- O que é isso?! - exclamaram elas, surpresas.
E estas correram em direção do Yagami, penetraram no aparelho alaranjado e o brasão da Coragem surgiu no ecrã.
Logo...
Agumon super evolui para...! Metal Greymon!
E com uma patada com sua garra de metal, O gigantesco dino dizimou os lupinos inimigos, salvando Taichi e os outros.
- Estes Doumons destruíram um vilarejo onde eu estava antes! – rugiu Metal Greymon – Mataram vários digimons e se apossaram do local!
- Mataram?! – exclamou Mimi, horrorizada.
- Isso é imperdoável! – vociferou Iori.
- Não percam tempo... Eles querem nos eliminar! – alertou – Giga Destroyer!
Metal Greymon lançou os seus mísseis de seu peito-metálico enquanto Fäuermon e Drill Digmon atacaram com seus especiais:
- Red Sunburst!
- Silver Missiles!
O raio avermelhado da esfera gerada pelo cajado acertou os Doumons. Já o parceiro de Iori abriu os compartimentos de seus braços e, juntamente das brocas de suas patas, lançou contra outra metade.
Os mísseis de Metal Greymon destruiu os raposos e raposas azuis restantes. Logo a batalha havia sido encerrada.
Os monstrinhos voltam à forma infantil (Nefertimon à forma adulta). Voltaram para o grupo, e Agumon pulou nos braços do rapaz de cabeleira castanha.
- Taichi! Ainda bem que consegui chegar a tempo!
- Agumon...! Estávamos procurando por você! – disse o escolhido – Sabe onde está os outros? Viu o Daisuke e o V-mon?
- Não... Desculpe. – respondeu de forma negativa, e abaixou a cabeça.
- Por que será que aqueles digimons devastaram essa vila, Agumon? – interrogou Patamon.
- Estavam procurando por mim...! Uma estranha ave de gelo chamada Frostmon apareceu por lá e começou a destruir e a matar os digimons com uma legião de Doumons, Death Meramons e Were Garurumons negros. E também queriam destruir todo e qualquer digimon que tivesse contato com os escolhidos. Havia alguns Gabumons nesta vila...
- Gabumons?! – Yamato ficou meio tenso, e a preocupação voltou a subir sua cabeça.
- Por sorte... O Gabumon não estava por lá. Eu lembro que tínhamos nos separado antes, indo ajudar e a proteger os outros digimons. Ele deve ter ido para a cidade de Santa Geria...
- Então nossos parceiros estão correndo perigo?! – Agora foi a vez de Sora.
- Nós temos que encontrá-los depressa agora, não é? – idem a Jou.
- Ainda bem que aquele estranho me avisou sobre a chegada de vocês... – confessou Agumon – Se não fosse por ele... Estariam nas mãos daquela criatura cruel.
- Que estranho?! – exclamaram todo o grupo.
- Ah? Pessoal, tem um sinal aqui... – Ken desviou o assunto e mostrou o seu D-3, havia um ponto piscando.
- Talvez seja algum de nossos parceiros! – falou o Kido.
- Então vamos para lá, e rápido! – ordenou o Yagami.
- Certo! – acenaram positivamente com a cabeça o restante, e seguiram adiante.
Mas...
No meio daquelas árvores... Havia alguém a observá-los.
E a menina, a Geijutsushi, olhou para um ponto fixo, como se soubesse da sua presença. Sua sorte foi que Carol e Iori a chamaram, e ela saiu correndo atrás do grupo.
Este ser sorriu, enquanto atrás dele havia uma outra sombra, que não tirava seus olhos do estranho.
- Heh... Não adianta vocês lutarem contra eles sem ter necessidade de sobrevivência. Escolhidos, os tempos mudaram. Dois anos atrás a missão era fácil... Agora as coisas estarão difíceis daqui por diante. – proferiu.
- Você está agindo como se já fosse experiente nisso... – disse a outra, suspirando.
- Cale-se e vamos logo. – bronqueou – Antes que aquela ave apareça e descubra tudo.
- Ok...
Desapareceram num piscar de olhos.
Quem seriam? Será que são inimigos ou... Amigos?
Última edição por Nina Geijutsushi em Sex Ago 26, 2011 11:20 pm, editado 3 vez(es)
Convidado- Convidado
Re: Digimon Adventure ZeroTwo: Hinode
Depois dos inimigos terem descoberto a identidade de Pandora e Umbra ter eliminado Daisuke, os escolhidos foram imediatamente para a Digital World. Taichi e os outros não tinham a mínima idéia do que havia acontecido ao serelepe Goggle Boy.
Após o portal digital, que parecia ter sido trancado por dentro, abrir misteriosamente, as doze crianças e os onze digimons chegaram à DW e encontraram Mimi, que contou o que havia acontecido. O grupo, agora completo, saiu em busca dos parceiros dos veteranos. Durante o caminho acham Terriermon, parceiro do escolhido americano Wallace, que é a nova vida de “Pandora”.
Depois de algumas discussões, todos decidiram voltar para Odaíba e pensar em um plano melhor, já que tinham ido sem nenhum preparativo. A surpresa foi quando encontraram um portal, que não se abriu ao serem usados os digivices D-3 ou os anteriores (que subitamente foram ativados).
Graças a isso, foram obrigados a passar a noite em algum lugar. Encontraram um vagão grande e espaçoso de um trem antigo e por ali ficaram. No dia seguinte trataram de prosseguir com as buscas, e acabaram sendo atacados por soldados do inimigo, que era composto de Doumons e Were Garurumons negros.
As crianças são salvas por Agumon, que surgiu no último instante e evoluiu diretamente para Metal Greymon.
Agora, os escolhidos seguem atrás dos próximos parceiros dos outros cinco veteranos.
E também procurando por Daisuke e Wallace, que eles mal sabem o que aconteceu a estes dois.
- O sinal está mais forte! – gritou uma Mimi alegre – Será que é a Palmon?!
- Ou a Piyomon?!
- Ou o Gomamon?!
- Ou o Gabumon?!
- Ou o Gomamon?!
- Ou o Tentomon?!
- Também pode ser o Motomiya! – supôs Nina.
- Ou o Wallace! – falou Miyako.
- Não deveriamos ter cuidado? – disse Iori.
- O sinal que vimos minutos atrás eram daqueles Doumons e Were Garurumons... – relembrou Tailmon.
- Nós deveriamos ir com mais cuidado... – sugeriu Ken.
- O sinal até agora não parece ser de algum inimigo... – discordou a escolhida da Pureza.
- Mimi... – chamou Taichi – Nós não sabemos ainda se é ou não um de nossos parceiros, ou se é o Daisuke ou o Wallace.
- Também pode ser algum inimigo! – alertou Agumon - Eles estão por toda parte... Faz três semanas.
Todos pararam e olharam para o dino laranja.
- TRÊS SEMANAS?! – exclamou o grupo, perplexo.
- Espera... Mas... Mas não foi ontem que o Daisuke-san sumiu?! – indagou Carol
- Que horas eram exatamente? – perguntou Sora.
- Foi pela tarde... Mais ou menos há uma hora, depois daquela reunião que tivemos...
- Eram duas da manhã em Nova Iorque quando aquele digimon nos atacou. – falou Mimi.
- O jogo foi às oito da manhã. – Taichi adicionou mais uns dados – E logos nos primeiros 5 minutos do primeiro tempo apareceu aquela estranha sombra.
- Como vocês foram deslocados do tempo atual e movidos para aquela dimensão, – começou Bunni – a hora exata do desaparecimento de Daisuke foi, na verdade, às três da tarde. E o do garoto... Às seis horas da tarde.
- Mas... Nossos relógios então... Foram alterados? – perguntou Jou.
- Como os digivices e qualquer aparelho eletrônico que estavam com vocês foram parar naquele paralelo, eles também foram congelados.
- Isso mesmo! – afirmou Miyako – O relógio da sala de informática na hora da reunião marcava duas e meia! A luta ocorreu depois de quinze minutos! Quando marcou exatamente três horas, o Daisuke havia sumido.
- Mas então como se passaram três semanas aqui?! – a Geijutsushi mostrou-se muito confusa.
- Não sei... – falou a orelhuda – Talvez ele também tenha mudado o tempo da DW...
- Esse estranho então é muito poderoso... – comentou Agumon – Para ter feito isso...
- Onde será que o Wallace está? – Terriermon desviou o assunto.
- Não deveriamos estar parados aqui conversando sobre isso... Se os nossos parceiros estão correndo perigo, temos de encontrá-los logo! – balbuciou Mimi, nervosa.
- Certo... Então vamos continuar e falar disso pelo caminho. – o Yagami finalizou a discussão.
O grupo acenou positivamente a cabeça e prosseguiu.
Mais uma vez, a garota de cabelos morenos acastanhados sentiu a sensação de que estavam sendo seguidos. Não só ela, como o Ichijouji e Iori também.
Os digivices deles também apitavam. O escolhido da Bondade questionava-se mentalmente o que aquele sinal poderia significar... E era diferente do que Mimi tinha recebido em seu aparelho.
- Ei! Ichijouji-san! – gritou Iori – Venha depressa, não podemos nos separar deste jeito!
- Ah! Estou... Estou indo! – respondeu ele, correndo em seguida.
Olhos vermelhos cintilantes observavam o menino partir.
Desapareceu em seguida, sem deixar vestígios.
Aqueles olhos... Seria algum inimigo?
#16 – A luta no Vilarejo da Floresta! Encontrem-nos, Palmon e Gomamon!
Passada uma hora da batalha, apareceu um lupino dentro da casa do Greymons.
Sentada na sala estava Frostmon, em uma poltrona duas vezes maior que ela mesma.
Ela esperava alguma notícia. Suas garras batiam em ordem decrescente, do dedo indicador até o último. Até que um barulho de portas se abrindo violentamente ecoa pelo local.
Ela espicha seu pescoço e olha para frente. Vê um de seus soldados entrando às pressas.
Para diante dela, exausto. Aquele lupino tinha fugido a tempo, já que foi o único que ficou para trás por ter tido a impressão que mais alguém, além de seus companheiros, estava vindo.
- M-Mestra! – disse ele, atônito – Os escolhidos destruíram o Esquadrão 1A. E os reforços do Esquadrão 1B.
- C-como?! – deu um tapa poderoso na guarda da poltrona, congelando-a em instantes – Como foi possível um esquadrão ter sido destruído?!
- O Agumon foragido apareceu! – encurtou toda a história.
- Apareceu?! Então... Aquele... Aquele...
- Aquele...? Ficou gaga, Lady Frostmon? – uma terceira voz surgiu no ambiente.
- SEU FAJUTO! – insultou-o, apontando diretamente para o digimon negro que pipocou ali.
Este deu um pequeno riso. Lançou um olhar superior e com um tom arrogante disse:
- Tenha calma... Não queria encontrá-lo? Então... Aí está ele.
- Idiota! Ele deveria ter sido destruído antes mesmo que encontrasse os escolhidos!
- Ops... Acho que nossa linha de raciocínio é bem diferente, não acha?
- O que queres dizer com isso? – encarou-o de perto, encostando seu elmo no do da criatura pequena.
O Were Garurumon apenas dava um olhar desconfiado para o estranho. E quanto a ele...
Afastou-se dela, andou um pouco pela sala e começou a explicar:
- Não acha que seria melhor pegá-los todos juntos? Incluindo o dino alaranjado?
- Hmm... Prossiga. – ordenou.
- Então... Creio que o Agumon do escolhido irá contar sobre o que aconteceu à cidade. Logo o grupo inteiro irá tomar a decisão de querer tirá-la de vossas mãos.
Parou, ficou se costas pra ela.
- No momento em que eles vierem... É só bolar uma armadilha e capturá-los. Assim, você fica livre do Agumon do escolhido... – vira-se para ela – E terá a sua mercê todos os seus inimigos.
A ave ficou impressionada com a idéia. Esboçou um sorriso, satisfeita. Era um plano perfeito, e parecia não haver muitas falhas.
- Meu caro... Essa idéia é esplêndida! – elogiou – O mestre irá ficar satisfeito com isso!
- Nem precisa agradecer - disse ele, convencido.
- Certo, certo... – fitou o lobo negro – Ordene que o Esquadrão 1C prepare-se para um ataque surpresa aos nossos inimigos!
- Sim, mestra! – bateu continência.
Eis que o dono do plano sai andando calmamente, dá uma espiada para trás de forma muito discreta e ri tão baixo que ninguém ouve.
- Keikaku doori – murmurou, enquanto um brilho em seus olhos tornava-os de outra cor.
---
- Agumon... – o escolhido da Coragem olhou para o seu inseparável amigo réptil – Você tinha dito que alguém te avisou que corríamos perigo... Quem era?
- Ahn? Ah é! Ele não disse o nome e... Era muito misterioso...
- O que aconteceu exatamente? – perguntou Miyako.
- Hm...
...
“Enquanto os refugiados comiam maçãs frescas colhidas pelo Iustimon e Panjyamon...”
“Apareceu um estranho digimon negro de cabelos prateados.”
“E ele...”
- Heheh... O Agumon quem procuro irá reconhecer isso. – mostrou aos leões um objeto que carregava por baixo do lenço.
“Ele tinha algo que me chamou a atenção.”
- O que é isso?! – exclamaram Iustimon e Panjyamon, ao mesmo tempo.
- Aquilo é... Os Goggles do Taichi!! – falou a si mesmo mentalmente o atrapalhado parceiro do Yagami.
- Ei, você aí! – correu até lá, apontando para os goggles nas mãos do individuo – Onde encontrou isto?!
- Ah...! – vidrou seus olhos vermelhos no dino – Aí está você.
- Não falei? – olhou com arrogância para os dois digimons leoninos.
- O que você está fazendo com isto?! – rugiu Agumon – Onde os encontrou?!
- Isso não te interessa agora... Não irá, já que vai mudar seu foco para algo que venho te alertar.
- Vamos, responda! Como conseguiu os goggles do Taichi?! – encarou-o.
- Siga-me. E não ouse negar... – sua voz ficou um tom mais sério do que o normal – Já que a vida do seu precioso parceiro está correndo risco agora, Agu-chan.
Os olhos verdes do réptil arregalaram ao ouvir aquela última sentença.
Taichi estava na DW?! E ele corria perigo?!
Não pensou nem uma, nem duas vezes:
- ONDE ELE ESTÁ?! Você sabe?! E quanto ao...
- Cale-se e venha comigo antes que seja tarde demais. Se recusar... O garoto que mencionara irá ser capturado pela ave azul maldita que atacou o vilarejo.
“Não tinha como negar.”
“Se ele sabia onde você estava...”
...
- No momento pensei que era uma armadilha tramada pelos soldados de Frostmon, mas quando olhei dentro de seus olhos, senti que não era mentira. Então ele me mostrou o caminho e depois desapareceu. – terminou o relato.
- Mas... O que ele estava fazendo com os meus goggles se eu os dei para o Daisuke?!
- EU SABIA! – gritou Nina, de uma forma que deu um susto em todos.
- Sabia?! – exclamou Jou.
- Eu sabia que ele estava aqui! Ele está! Eu sabia disso! O Motomiya está na Digital World!
- Certo, mas não precisa ficar se achando por isso – cutucou Yamato.
- Ei! Qual o teu problema, Ishida?! – rosnou ela.
- Pessoal! – Taichi bronqueou-os – Não importa agora! O que temos de fazer é encontrar o Daisuke, os nossos parceiros e o Wallace.
- Mas... Deveriamos deixar de lado a vila? Os digimons de lá estão correndo risco, não estão? – perguntou uma Hikari preocupada.
- Não. Não devemos! – disseram Takeru e Iori em conjunto.
- Não podemos deixar que essa ave tome conta de algo que não a pertence! – alegou o Takaishi.
- O exército dela matou digimons, isso é imperdoável! Não devemos continuar nossa busca sem ao menos termos recuperado o vilarejo das mãos dela! – completou o mais novo do grupo.
- E como iremos fazer isso? Temos de pensar em um plano, ou iremos ser pegos. – Ken meteu-se na conversa.
- Bem... Ela não é muito longe daqui... – notificou o digimon dino.
- Podemos pegá-los de surpresa! – sugeriu a garota de cabelo violeta.
- Sim... Mas como? – questionou-se o moreno.
- Agumon, Hawkmon e Armadimon são os únicos que podem evoluir para o estágio perfeito – disse Koushiro – E nossos oponentes parecem ser deste mesmo nível...
- Eles podem ser a nossa ofensiva! – uma Miyako excitada atropelou a fala do ruivo – Enquanto Tailmon, Wormmon e Patamon poderiam ser a nossa defesa!
- Mas Miyako-kun... O certo seria o Metal Greymon ser nossa ofensiva, e ter o auxilio de Fäuermon e Drill Digmon. Nefertimon e Pegasmon podem servir para imobilizá-los, enquanto Stingmon seria uma ótima defensiva.
- Fäuermon tem uma habilidade interessante... O Wing Blast serve tanto como ofensivo como defensivo. Acho que a defesa poderia ficar por nossa conta.
- Drill Digmon também tem um ataque que serve para isso. Nesse caso deveriamos deixar o Fäuermon e o Metal Greymon no ataque, Stingmon serviria como um coringa. Nefertimon e Pegasmon seriam mais úteis se pudessem atordoar o inimigo. Dessa forma, talvez conseguíssemos um bom resultado – ponderou Ichijouji.
- Seria mais fácil se tivéssemos o Burning Fladramon conosco também... – suspirou Bunni – Ele seria perfeito para nossa ofensiva.
- Mas ele não está. – disse Nina,
- Ainda. – complementou Taichi – Nós vamos encontrá-lo. Agora sabemos que ele está aqui, só temos de procurá-lo.
- OKAY! – gritou a garota de óculos – Escolhidos, aqui vamos nós! – recitou sua frase preferida.
Depois de formado a estratégia, Taichi e os outros prosseguiram adiante no caminho.
Aquilo tudo foi visto pelo mesmo sujeito que os seguia cautelosamente.
“Está tudo conforme os planos...” Pensava enquanto movia-se pelos arbustos e entre as árvores. Parou imediatamente quando viu à sua esquerda, onde ao longe ficava a costa do continente, uma movimentação.
- Hein? Tem alguma coisa... Aqueles não são...! – seus olhos arregalaram ao ver silhuetas tão familiares.
- O que foi? – perguntou uma voz bem baixinha, ao seu lado.
- Mudança de planos... – respondeu, fitando os olhos vermelhos do companheiro mais baixo que ele – Os escolhidos irão cuidar disso sozinhos, nós temos que ir até lá... Agora.
E mudou seu curso, indo à direção da praia.
---
Certamente... A costa do continente era uma belíssima praia paradisíaca. A areia era tão branquinha que era como se o chão fosse um espelho, pois refletia o sol escaldante e o céu azulado.
Lá tinha uma pequena comunidade de digimons aquáticos, e alguns pescadores. A maioria eram Gomamons, uns tinham a pelugem vermelha mais comprida na cabeça e um tufo disto no peito.
E também, pela ótima qualidade do solo e do astro solar ser visto do inicio do dia até o final da tarde, alguns digimons plantas, como Palmons, Floramons e uma variação do primeiro tipo de digimon - Alraumon - viviam por lá.
Qual a diferença entre Palmons e Alraumons? A flor em suas cabeças eram de cores diferentes. As de Palmons eram rosa com um detalhe em amarelo, já as de Alraumons era totalmente roxa.
A região estava sendo invadida e atacada por um grupo de Starmons negros de óculos escuros, cujo eram uma evolução das trevas do mesmo digimon: Os Dark Superstarmons.
Os Shellmons, digimons crustáceos rosados que tinham uma concha nas costas, atacavam os invasores com seu Hydro Pressure, um jato de água que é lançado de sua cabeça. Porém isso era inútil, já que as estrelas negras sugavam o ataque deles com o Dark Hole (gerando buracos negros, como o próprio nome diz) e outros atacavam direto com o Dark Explosion (lançando fragmentos de uma explosão de uma supernova).
- Não adianta! – gritou Gomamon, obviamente este era o doce parceiro de Jou – Eles são de um nível superior a vocês, Shellmons!
- Precisamos fugir enquanto pudermos! – falou a Palmon de Mimi.
- Vamos, para a floresta! – sugeriu uma Floramon.
- Corram para a floresta, goma! – um coral de Gomamons ordenou os outros digimons. Estes saíram em disparada.
Os pequeninos movimentaram-se em bando, correndo o máximo que conseguiam até a floresta. Mas três Dark Superstarmons bloquearam a passagem. Petrificados pelo medo, só sobrava apenas a dupla de digimons que nós conhecemos (mas não as outras criaturas dali) para confrontar.
- E agora?! – disseram aquele mundaréu de digimons, menos Gomamon e Palmon de Jou e Mimi.
Eis que um rápido movimento, de uma sombra desconhecida, atordoa os inimigos com suas garras:
- LIGHTNING NAIL!
Um choque paralisou temporariamente tais digimons do nível perfeito, permitindo que os inocentes fugissem logo de lá. Porém, a dupla ali não se moveu, já que também foram acertados pelo ataque... Propositalmente.
- Finalize-os logo! – gritou, pegando Palmon e Gomamon, saltando para longe e saindo da linha de tiro.
Uma rajada de fogo poderosíssima saiu dentre as árvores, destruindo todos os Dark Superstarmons que estavam batalhando contra os Shellmons. O fogo cessou e só cintilava na penumbra olhos vermelhos.
A incógnita aterrissou em um grande galho de uma enorme árvore, soltou os pequeninos e “sorriu” (já que não se via seu rosto, só podemos supor isto).
Nervosos e confusos, os parceiros da Tachikawa e do Kido perguntaram, com um tom firme e desafiador:
- Quem é você?!
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O grupo dos escolhidos pos em prática sua estratégia. À frente foi Metal Greymon, acompanhado de Fäuermon. Atrás ficavam as crianças, Drill Digmon e Stingmon.
No ar, na esquerda do dinossauro, Nefertimon. Do outro lado, à direita do parceiro de Miyako, Pegasmon.
Escondidos, estava o Esquadrão 1C, formados por Death Meramons.
E a espera... Frostmon.
- Não há ninguém aqui? – comentou Mimi.
- Isso não é um bom sinal... – soltou ao ar um Jou nervoso.
- Esperem... – pediu ChibiBunnymon, pulando dos braços de Carol para o ombro direito do Yagami – Eu sinto a presença de digimons kanzentai escondidos por toda a cidade.
- E-Escondidos?! – disseram todos, menos os seus parceiros.
- Ataquem. – proferiu a ave de gelo, surgindo do alto da casa dos Greymons.
Os inimigos saíram de seus esconderijos, abriram sua boca e cuspiam metal quente na direção de Metal Greymon e Fäuermon.
- Wing Blast!
- Drill Tornado!
As rajadas de vento e o tornado gerado pelas brocas repeliram o ataque de volta para os monstros de fogo. Isso não fez dano algum, já que absorveram e se tornaram mais fortes.
- Isso não foi uma boa idéia! – balbuciou Jou.
- Droga! Ataques de fogo não irão funcionar com eles! – lembrou o escolhido da Coragem do dia em que eles enfrentaram um Death Meramon na Torre de Tóquio.
- Estamos em menor número! Eles são oito! – contou o Izumi.
- Se ao menos eu pudesse evoluir... – lamentou Terriermon.
- Eu não posso também. – respondeu Bunni – Mas nós podemos usar a cabeça! Números não importam! Mas sim... Habilidade!
- Isso mesmo! – concordou a Inoue – VAMOS LÁ, FÄUERMON! – começou a socar o ar freneticamente.
- Miyako-san... *gota* – suspirou Iori.
- Giga Destroyer! – O dino gigante lançou seus mísseis do compartimento metálico de seu peito contra o exército, derrotando dois inimigos.
- Red Sun-- - Infelizmente, uma corrente vinda dos inimigos acorrentaram Fäuermon no pescoço, que deixou o cajado egípcio cair no chão – Ghn!!
- Isso não é bom! – Uma Mimi apavorada soltou ao ar esta frase.
- O que iremos fazer agora, dagyaa? Devo atacar, dagyaa?
- Drill Digmon – Iori olhou-o – Ajude o Fäuermon, por favor! – falou naquele tom sério e jovial de sempre.
- Certo, dagyaa!
- Silver Missiles! – disparou as brocas de suas mãos, e as que estavam nos compartimentos em seus braços.
- Ah, não vai não... – Frostmon desceu do alto e usou uma rajada de gelo que repeliu o ataque para outro canto. A broca das mãos voltaram, mas as outras caíram no chão congeladas.
- Solte-o agora! – bravejou Taichi seriamente.
- Não... Esse passarinho aí deve uma... E eu gosto de ver algumas aves engaioladas. Bom, pelo menos não preciso me preocupar com aquele garoto e o seu dragãozinho azul mais.
- Você sabe alguma coisa sobre o Motomiya?! – interrogou Nina, empurrando com “delicadeza” Hikari e Takeru, colocando-se ao lado direito de Taichi – VOCÊ SABE?!
- Claro que sei... – deu uma risadinha diabólica – Meu mestre o atraiu para cá e... Matou-o.
Todos, sem exceção alguma, ficaram chocados com aquela informação.
Agora sim, eles sabiam o motivo de tanta demora a obterem respostas do amigo.
- Daisuke... está...?! – Miyako caiu de joelhos no chão.
- Então... Então...! – A Geijutsushi mal conseguia falar, tremia. Aquilo a arrasou por completo.
- D-Daisuke-san... – A pequenina ficou incrédula.
- Não... Não pode ser verdade! – berrou Hikari – ISSO... ISSO NÃO PODE TER ACONTECIDO!
- Está mentindo, não está?! – Iori fechou os punhos, de raiva – Está tentando nos enfraquecer psicologicamente para nos pegar de surpresa?! Isso é... Imperdoável!
- Como pode fazer isso? O que vocês tem em mente?! – Takeru não conseguia mais se conter, estava agora uma tempestade de emoções. Uma era pela tal notícia e outra pelo estado da Yagami.
- O que querem com isso?! – Yamato também estava com os nervos à flor da pele.
- Isso é mentira, não é?! Se for verdade... – o tom do Yagami também mudara. Estava revoltado, aquilo fez com que boa parte do grupo ficasse horrorizado ou a beira de um ataque de nervos.
Mimi e Sora tremiam de nervosismo, Koushiro, Jou e Terriermon também estavam sem palavras e não conseguiam acreditar naquilo. Carol chorava, chorava e abraçou o ruivo enquanto derramava aquelas lágrimas.
Ken estava meio confuso. Não acreditava naquilo. Também, se fosse verdade, não fazia tanto sentido...
Se o portal antes só poderia ser aberto pelos D-3... E se não foi a Mimi quem o abriu para que eles pudessem passar... E sabendo que Agumon encontrou um digimon cujo tinha em posse os goggles de Taichi, que agora pertenciam ao seu amigo alegre e destemido...
Daisuke seria o único que poderia abrir o portal então. Nesse caso...
- Ele não está morto... – murmurou para si mesmo – O Daisuke... Ele... Ele deve estar em algum lugar da Digital World...
- Não, não estou mentindo garotinho... – sorriu de uma forma insana – O mestre eliminou-o. Podem perguntar para aquele vermezinho azul quando o encontrarem. Ele testemunhou tudo.
- MENTIRA! – gritou um Taichi, um Yamato, um Iori, uma Nina, uma Hikari e um Takeru tomados por um sentimento de revolta.
- Isso não importa agora... Peguem o dinossauro laranja! – vociferou a ave de gelo, recuando com um sorriso de satisfação, deliciando-se com aquelas carinhas confusas, espantadas, incrédulas e revoltadas.
Os digimons de chamas lançaram suas correntes contra Metal Greymon, prendendo-o pela garganta e pelos seus braços. Puxaram-no para o chão e o derrubaram. Os outros digimons dos escolhidos tentaram interferir e ajudar os dois capturados, mas era inútil.
Nem Drill Digmon seria capaz agora de confrontar contra seis. E os outros três de seu grupo não conseguiriam fazer sequer arranhão.
O digivice deles começa a piscar outra vez. Havia outro sinal por ali?! Quase ninguém viu isso, já que todos estavam fora da realidade com tais informações recebidas.
Segundos depois, emergiu do alto de uma das casas dois digimons. Estes saltaram lá de cima e caíram de pé na frente de Taichi e Nina. Foi uma surpresa e tanto...
- Mimi!
- Jou!
- PALMON?! GOMAMON?!
... Para a equipe toda.
- Um sujeito mascarado disse que vocês estavam em perigo e então viemos até aqui! – contou Palmon.
- Antes disso ele nos ajudou a salvar a Baía da Perola, que estava sendo atacada por Dark Superstarmons!
- M-Mas...! Como que...! – Jou estava ainda sem compreender absolutamente NADA.
- Isso não importa agora! – falou a Tachikawa – Temos que ajudá-los!
- Sim! – acenou positivamente – Gomamon, evolua!
- Palmon, evolua!
O brilho novamente tomou conta das pedras ovais de Nina e Carol, fazendo o colar flutuar. Dali saiu outra luz que entrou no digivice dos dois escolhidos, fazendo com que o brasão da Pureza e da Confiança aparecessem nos ecrãs.
Palmon... super evolui para...! Lilimon!
Gomamon... super evolui para...! Zudomon!
- Heh. De acordo com o plano. – sussurrou uma voz, assistindo a batalha de outra casa.
Zudomon partiu pra cima, martelando os Death Meramons com o poderoso martelo. Estes soltam as correntes que prendiam Metal Greymon. Já Lilimon atacou com o seu canhão-flor, lançando um tiro de energia contra o oponente que prendia Fäuermon. Este foi destruído e então a corrente que sufocava o pássaro dissipou no ar.
Exausto e ferido, retornou para Hawkmon e desmaiou. Stingmon rapidamente o pegou e entregou a Miyako, que o envolveu em um abraço forte, chorando um pouco (mas de forma que ninguém a visse).
- Hawkmon... *snif* D-desculpe...
- Ele vai ficar bem... Não se preocupe, Miyako-san. – confortou Ken.
- Se eles continuarem de brincadeira assim... Vão ser capturados pelos lobos. – comentou a si mesmo o telespectador.
- C-chamem reforços! – ordenou um Death Meramon ferido.
- Nada disso! – gritou o Yagami – Metal Greymon!
- Metal Slash! – o parceiro do líder desferiu uma patada contra os Death Meramons restantes, jogando-os para um canto.
- Hammer Spark! – Zudomon golpeou o solo e da colisão um raio elétrico contra os inimigos.
- Flow’ Cannon! – a fada novamente disparou outro tiro de energia.
- Silver Missiles! – Drill Digmon repetiu o mesmo ataque anterior, o que foi interrompido pela Frostmon, nos Death Meramons.
Os golpes uniram-se e desfragmentaram todo o esquadrão 1C. Com essa derrota, os lupinos negros que estavam esperando para capturá-los, saíram correndo amedrontados, desejando que não fossem descobertos pelas crianças.
A perversa digimon do gelo presenciou tudo aquilo, com ódio. De onde saíram aqueles dois?! Será que o esquadrão 1D, composto por Dark Superstarmons fora derrotado?!
Mas... Por quem?! Os escolhidos não estavam com aqueles dois digimons antes.
Isso só podia significar uma coisa...
Retirou-se de lá depressa. Não queria enfrentá-los. Não agora.
...
- Conseguimos! – comemorou Agumon – Derrotamos os soldados da Frostmon!
- Sim! Conseguimos! – sorriu o rapaz de cabeleira castanha.
- Mas... E quanto àquilo que ela nos disse? – perguntou-se uma Miyako confusa ainda – Daisuke morreu mesmo?
- Você não acredita que o Daisuke, aquele atrapalhado que já se safou milhares de vezes, tenha morrido...
Né, Miyako-chan? – respondeu ele, voltando-se para o grupo – Vocês o conhecem! Ele não deixaria que isso acontecesse!
- Isso foi uma mentira dela. Tentou aplicar mais uma vez. – manifestou-se Iori – Quando ela veio atrás de mim, nos disse a mesma coisa. Estava tentando nos fazer abaixar a guarda, ficarmos abalados e assim conseguiriam nos derrotar.
- Isso só pode ser uma mentira! – bufou Nina – Vamos logo, temos de encontrar o Motomiya e provar pra ela que ele NÃO ESTÁ MORTO!
- Isso mesmo! – concordou Hikari.
O Digivice de Sora começa a reagir. Logo o de Koushiro também.
Ambos se olham, alegres.
- Piyomon e Tentomon devem estar por perto! – disseram juntos.
- Ok! Então vamos lá! – falou o Yagami, encerrando aquele assunto.
Deram início a caminhada, seguindo o sinal dos digivices.
Porém... Iori olhou subitamente para o telhado de uma das casas. Viu uma estranha criatura toda preta sentada ali, olhando para ele.
Mas, quando piscou seus olhos, ela havia desaparecido dali.
Teria sido uma ilusão sua?!
...
- Heheh... Bom trabalho, crianças. – murmurou tal sombra, saltando de telhado em telhado, até chegar ao solo. Lá encontrou o mesmo Were Garurumon vírus que o encarou lá naquela sala.
- Você... Você é o culpado disso tudo! Sabia que não era de confiança! – acusou-o.
- Você sabia que não sou de confiança, principalmente por andar sozinho e até... Ser um gatuno, certo? – rebateu o digimon mascarado.
- Frostmon-sama ficará sabendo disso, e ela irá te destruir!
- Sério? Quem irá contar que fui eu quem sabotou os planos dela? – perguntou, estalando os dedos e aparecendo olhos vermelhos vibrantes de um beco.
O lobo negro olhou para trás, com um frio na espinha.
- O q-que é isso?!
- Não é da sua conta. Aliás, nem ligo em eliminar vocês... Já que estão do lado deles. – aproximou-se da fera.
- Não se preocupe, você e os seus outros companheiros tomados pelas trevas irão renascer na Cidade do Princípio... – cochichou em seu ouvido.
Afastou-se dali e uma rajada de fogo acertou o digimon, que virou dados.
- Ah... Os outros devem estar naquela ilha que vimos pelo caminho. – ele supôs – Espero que os escolhidos tenham como se dirigir para lá. Vamos logo, e não ouse contestar minhas ordens.
E os dois digimons misteriosos saíram de lá, sem deixar vestígios.
- Keikaku doori (計画通り) - De acordo com o plano. Referência a esta frase aqui (Nota: EU NUNCA ASSISTI DEATH NOTE. Mas já ouvi o primeiro episódio via Skype uma vez lol)
- Nervos à flor da pele - Quando alguém diz que está com os “nervos à flor da pele” significa que está numa situação de stress, ansiedade ou medo. (fonte)
Última edição por Nina Geijutsushi em Sex Ago 26, 2011 11:42 pm, editado 2 vez(es)
Convidado- Convidado
Re: Digimon Adventure ZeroTwo: Hinode
Após terem recuperado o vilarejo, Agumon contou ao Spadamon, que levou a notícia aos seus companheiros e aos refugiados. Todos ficaram felizes e agradecidos.
Voltaram para lá, e logo depois os escolhidos então seguiram o sinal, voltando pelo caminho e indo parar na costa.
Este mostrava que os parceiros dos ruivos estavam do outro lado, em uma ilha.
Gomamon evoluiu diretamente para Zudomon.
Nossos heróis montam no gigantesco parceiro de Jou um por um. O último foi o Ichijouji, que parou para averiguar um detalhe um tanto interessante que lhe chamou a atenção.
- Estas folhagens... Estão carbonizadas. – falou para si mesmo – Parece que houve uma batalha aqui... Tal como Palmon e Gomamon contaram. Mas eles disseram que o estranho digimon mascarado paralisou-os com um choque de pequena voltagem!
- Ichijouji! Venha logo!
- Será que... Não é apenas um digimon, mas sim dois que estão agindo sigilosamente?!
- KEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEN-KUN, VENHA LOGO!! A CARAPAÇA DO ZUDOMON É DESCONFORTÁVEL DEMAIS!!
- Mimi-kun... É nosso único meio de atravessarmos o mar e ir para a ilha.
- Não importa! É ruim! Estou ficando dolorida já!
- Um digimon de fogo e um elétrico... Faria sentido...? E ele encontrou os goggles do Daisuke... – Ken nem ouvia a gritaria vinda das costas de Zudomon.
- ICHIJOUJI, QUER FAZER O FAVOR DE VIR LOGO?! NÃO SUPORTO MAIS A TACHIKAWA BERRANDO NOS MEUS OUVIDOS!
- Neechan... Você berrou nos meus agora *gota*
- E nos meus também... *gota*
- Será que eles sabem onde está o Daisuke? – olhou para seu ombro, onde estava Wormmon.
- Não sei, Ken-chan. Talvez...
- KEN-KUN!
- ICHIJOUJI!
- Não sei quem grita mais, ou a Mimi ou essa maluca.
- Ei, fica na tua, Ishida!
- Yamato... *sigh* Poderia com esse seu sarcasmo só um pouquinho, por favor?
- Sora, nem adianta. O Yamato está adorando irritar a Nina.
- E você está querendo me irritar, não é Taichi?!
- VOCÊS DOIS! PAREM AGORA MESMO!
- Ken-chan... Eles estão nos chamando – notificou o anelídeo.
- Ah! Obrigado, Wormmon!
O moreno saiu correndo até o gigantesco digimon de Jou, subiu com a ajuda de Wormmon, que usou uma teia para criar uma corda. Quando todos já estavam ali, Zudomon partiu.
- Ah... Esqueci que o Gomamon daquele rapaz de óculos pode evoluir para Zudomon... – comentou o tal falado digimon, com as mãos na cintura, naquela pose típica.
- Acho que nós teremos de voar, certo? – olhou para trás.
A criatura ali escondida nada disse, apenas abriu suas asas e decolou. O pequeno digimon negro agarrou em sua pata antes de seu companheiro subir e sentou-se em seu pé, segurando-se firmemente em sua perna.
---
- Eu não acredito ainda que... Que perdi praqueles humanos!
A ave gélida resmungava sem parar. Ainda estava inconformada.
Como?! Como ela pôde ter sido derrotada mais uma vez?!
Onde tinha errado?! O que tinha feito para que um plano tão perfeito como aquele falhasse?! Plano perfeito?!
Não, aquilo foi uma atitude idiota.
Como foi tão burra em aceitar aquilo?!
- Eu... Eu vou pegar aquele... Aquele...
- Mestra! – pipocou um lobo atrás dela – Os escolhidos dirigiram-se para a ilha.
- Para a ilha?! – virou-se, encarou-o com um olhar feroz.
- S-Sim – gaguejou de medo – E... E... E um dos soldados disse ter visto uma criatura que parecia ter asas flamejantes voar minutos depois.
- Criatura com asas... FLAMEJANTES?! – apertou os punhos, cheia de raiva.
- Ele disse não ter muita certeza, já que... Que se movimentou tão rápido...! – respondeu, trêmulo.
Impossível. Ou poderia? Bem, o digimon obviamente estava vivo.
Ou poderia ser outro, ao invés daquele.
Poderia ser qualquer Birdramon. Ou um Vritramon. Ou um Ardhamon.
- Não vamos arriscar, certo? – sorriu, falou com uma voz doce.
- Arriscar? Ahn? – digimon a olhou com uma cara confusa.
- Quais são as probabilidades daquele VERME AZUL evoluir SEM o parceiro?
- Ahn, existe...
- Mas sem o garoto, o digimon não seria capaz de fazer isso TÃO RÁPIDO E TÃO CEDO! – rugiu ela.
- Talvez... Ele tenha conseguido juntar forças e realizar a evolução sozinho... Para vingar a morte do escolhido...
- Você não confia na palavra do mestre, Frostmon? – Um espelho surgiu atrás dela, mostrando a face de Ranamon.
- O que você quer? – perguntou ela, muito mal-humorada.
- Achei que gostaria de saber que estou procurando pelo passarinho rosado que fugiu para a ilha junto com outros digimons... E que tenho uma pista de onde essa galinha possa estar.
- Veio me provocar... Outra vez?! – bufou.
- Não... Só queria saber como estão às buscas pelos outros digimons que fugiram...
- *doki* Estou indo bem... Encontrei três deles...
- Mas... Eles não estão com os escolhi-- - Frostmon pisou no pé do lobo com força – OUTCH! Isso dói, mestra! – choramingou.
- Cala a boca! – falou enquanto rangia o bico.
- O quê? Você os encontrou, mas eles já estavam COM os humanos?! – Ranamon colocou a mão na boca e deu uma risadinha discreta – Acho melhor procurar por eles rapidinho antes que venham para cá...
- É claro que irei! – agora o orgulho subia a cabeça da digimon ave.
- Mas eles não estavam ind--
- FROZEN STORM! – atacou-o, transformando-o em uma estátua de gelo e logo a destruiu com um poderoso soco.
- Deveria controlar esse seu temperamento, amiguinha... – debochou a guerreira da água.
- Cale-se! Eu irei pegar todos eles! – encarou-a, apontou para o espelho – Todos! E você irá calar essa sua boca!
- Ah? Mas... Eu ia ser tão legal com você... – fez uma carinha triste – Ia pegar eles e te enviar, para que pudesse torturá-los a sua maneira.
- Sério? Mas... Não me interessa! EU IREI DAR O TROCO!
- Aiai... – suspirou, com uma cara de convencida – Quando é que você vai mudar, Frost-chan? – olhou-a por cima dos olhos – Talvez por isso o Mestre tenha tanta pena de você...
Aquele comentário foi o basta. Frostmon meteu um burro no espelho, que se fragmentou em milhares de dados. Estava irritadíssima.
Do outro lado, Ranamon ria do raciocínio fraco da colega. Mas por um lado, tanto ela quanto a ave não tinham tido sequer sucesso nas missões anteriores. Apenas Lekismon quem completara o trabalho.
E isso as faziam se morderem se ciúmes.
#17 – O digimon desconhecido se revela: Lightnimon!
- Então os escolhidos estão vindo para a ilha, atrás daquela avezinha rosa medíocre... – repassou a informação obtida de um dos lacaios da sua rival.
- Não posso deixar que eles a encontrem. Tenho de tomar outras medidas em meus planos.
Virou-se para trás, onde estavam parados três tipos de digimon:
Um fantasma, Bakemon;
Um urso marrom-cinza com retalhos, capa vermelha rasgada e uma garra sinistra na pata esquerda, Waru Monzaemon;
E um canino de armadura negra cujo nas ombreiras tinham duas cabeças, Cerberumon.
- Os escolhidos estão vindo para esta ilha. – informou-os – Então devemos separá-los uns dos outros. Enquanto isso... O esquadrão 2B irá continuar procurando pela ave rosa, já que possui um bom faro.
- Sim, mestra Ranamon – disse o Cerberumon.
- O esquadrão 2C, por serem maiores e poderosos, aguarde novas instruções. Só usaremos suas habilidades caso sejam necessárias contra aquelas criancinhas.
- Sim, mestra Ranamon! – acenou positivamente o urso.
- Então... Para este serviço... – apontou para o fantasma – Esquadrão 2A, vocês estão encarregados de separá-los.
- Sim, mestra Ranamon! – bateu continência este soldado.
- E quanto a nós? – disse uma quarta voz, do lado de fora da deslumbrante torre que ficava nas extremidades da praia.
- Oh? – olhou para o lado direito, vendo uma gigante serpente vermelha com um elmo dourado, chifre prata e cabelos verdes (Mega Seadramon) - Esquadrão 2D, vocês ficam esperando novas ordens por enquanto. Acho que não precisamos força bruta ainda. Os escolhidos ainda não estão com seus digimons, muito menos com os fragmentos ativados para que possam realizar a evolução para kanzentai.
- Como desejar, mestra.
Os soldados retiraram-se e a deixaram sozinha no cômodo.
Esta abriu um pequeno sorriso, convencida que iria dar o troco.
E... Por que não começar pela garota que atrapalhou seus planos?
Sim, Ranamon pensava seriamente em se vingar...
---
- Fazia tempos que não ficávamos mais de uma semana na Digital World... – comentou Mimi – Nem lembro mais como é passar dias sem conforto, sem uma cama quentinha e sem uma refeição decente...
- Se soubéssemos que viríamos para passar mais de um dia – começou Miyako – Poderíamos ter nos preparado com mantimentos, primeiros socorros e outros utensílios que nos ajudariam em alguma situação.
- Cinco anos atrás caímos neste mundo e sem termos sequer preparatório – criticou Yamato.
- É, mas o Jou tinha mantimentos. – contestou Taichi – O que nos ajudou naquela vez.
- Mas depois nós tivemos que trabalhar duro para sobrevivermos.
- Olha, não parece ser tão ruim assim... – intrometeu-se a Geijutsushi – O problema é... Se oito de vocês já sabem como agir aqui... Como ficam os outros? Aprenderemos na prática? O que acontecerá se nos separarmos?
- O digivice irá mostrar o sinal de onde estamos caso alguém se perca – explicou Jou.
- Só que elas não têm digivices... – disse Ken – Vai ser difícil se a Geijutsushi-san e Choujutsushi-san se perderem do grupo.
- É. É isso que eu quis dizer, Ichijouji...
- Neste caso... – falou Carol – É só não nos separarmos do grupo.
- Só haverá problema mesmo se eles decidirem nos separar. – pronunciou-se Sora – Antigamente era uma das táticas que mais os favoreciam. Separando-nos dos outros agora, sem termos encontrado os nossos parceiros, ficará mais fácil nos capturarem.
- Mesmo assim, nós conseguimos superar isso e nos reunir. Acho que não era tão problemático... – discordou Taichi.
- Mas agora sim, sem os outros digimons ficará difícil enfrentá-los. – contestou o Izumi – Temos de ter muito cuidado.
- É, e acharmos logo os outros seis restantes.
- E o Daisuke-kun... – completou a escolhida da Luz.
- E o Wallace... – adicionou Terriermon.
- Falta muito? – perguntou a Tachikawa.
- Acho que só mais um pouco... – disse Zudomon.
- Mais?! Aaah! Estou ficando dolorida já!
- Mimi-kun... Nós já iremos chegar, agüente mais um pouco... – Jou tentou acalmá-la.
- Mas... Já estou dolorida de tanto ficar sentada nesta carapaça dura!
- Não sei o que é pior... – resmungou um loiro de cabelo até os ombros – Se é a Mimi de cinco anos atrás ou a Mimi de hoje...
- Do jeito que você fala... Parece até que gosta dela, Ishida. – cutucou a Geijutsushi.
- O... O quê?! – encarou-a, corando.
- Os opostos se atraem, não acha? – riu.
- Se é assim... Você também gosta do Daisuke-san, neechan? – comentou uma Choujutsushi sorridente e inocente.
- EEEEH?! EU GOSTAR DO MOTOMIYA?! – quase derrubou Yamato na água ao ouvir aquilo – CAROL, EU JÁ DISSE QUE... QUE NÃO É NADA DISSO!! – protestou, enquanto suas bochechas ficavam um pouco avermelhadas.
- G-Gomen... Neechan *gota*
...
No meio daquele burburinho, o moreno ouviu alguns “beep” vindo dos digivices.
Ninguém tinha percebido, a não ser ele.
Pegou-o do bolso e visualizou a tela. Um sinal estava sendo detectado.
- Onde será que está o Wallace?
- E o Daisuke-san?
- Espero que a Piyomon esteja bem...
- E o Tentomon...
- E o Gabumon...
Ali naquela tela estavam... O sinal de cada aparelho dos parceiros, e um outro distante.
Mas não tão distante deles.
- Falta muito?
- Você já perguntou isso!
- Ei, Yamato-san, não seja tão grosso!
- Isso aí, Miyako-chan!
Um sinal... Desconhecido? E ainda, parecia estar se movendo na mesma direção deles?!
O que aquilo significava? Estavam sendo seguidos por algum inimigo?
Ou...
- PESSOAL! OLHEM ALI!
O grito da Inoue o fez voltar à realidade, e olhar para o mesmo ponto em que ela apontava com a mão direita.
Sim, aquela era a tal ilha. Um pequena ilha não muito longe do continente.
Uma ilhazinha exótica, com uma flora muito colorida e vibrante. Dali onde estavam conseguiam ver as cores vívidas.
Sem dúvida, era uma bela paisagem. A Yagami tirou uma foto, a garota de cabelos morenos acastanhados fez um rápido rabisco à caneta, com azul, verde, vermelho e preto (já que eram as únicas cores disponíveis ali, pois era uma daquelas “quatro em um”).
- É tão lindo! – os olhos da escolhida da Pureza cintilaram com aquela coloração extravagante.
- Estamos chegando. – informou o parceiro do Kido.
...
Chegaram lá, desceram na praia e ficaram deslumbrados com a beleza do local.
- Que maravilhoso! – voltou a exclamar a garota de cabelos castanhos com algumas mechas em rosa – Parece como os filmes! – saiu correndo em direção da floresta, parando na entrada dela e admirando as flores.
- Mimi-kun... Não se afaste muito, por favor! – pediu Jou, indo atrás dela.
- Mimi! Mimi me espera! – gritou Palmon, correndo logo atrás.
- Isso me fez ter lembranças da primeira vez em que viemos à Digital World – comentou Sora.
- Não deveriamos deixá-los ir muito à frente ou nós nos separaremos deles – alertou Koushiro.
Os restantes então foram atrás da jovem e do rapaz mais velho. Enquanto isso, algo voou por cima das árvores, dando um rasante que criou uma ventania.
Esse vento despertou a atenção da Inoue, que olhou para cima e viu uma gigantesca sombra passar por eles. Tratou de se apressar e gritou para que o grupo tomasse cuidado, pois tinha visto algo passar pelos céus.
Seria algum inimigo?
Hawkmon, que já estava melhor (e também acordado), olhou-a:
- Miyako-san?
- Ah?! O quê? Como? Ahn?
- O digivice. – apontou com sua asa para o bolso da menina.
- Huh? – pegou o aparelho, levou-o para perto de seus olhos e viu um ponto “beepando”.
- Tem alguém por perto. – ficou em posição de luta.
- Alguém...? – não desgrudou os olhos do sinal, que se movia mais a frente.
- Miyako-chan – chamou Sora – Venha antes que você se perca de nós!
- Ok, Sora-san! – guardou-o e apressou o passo, juntando-se aos doze outra vez.
...
Não muito longe dali, aquela dupla que seguia os escolhidos pousou no chão.
Espreguiçou o pequeno, bocejou também. Olhou para a sombra maior e “sorriu”
- Pensei que eles iam demorar pra chegar aqui... *phew*
- Não entendo ainda qual é a sua...
- E precisa? – falou com pouco caso.
- Claro que precisa... Eu preciso compreender isso tudo.
- Já disse que não é para contestar as minhas ordens. – levantou um pouco a voz.
O grandão suspirou, sabia que o seu “companheiro” (para não dizer “chefe”) era meio temperamental e “não gostava” (para não dizer “detestava muito”) que ele o contestasse.
- Sim, sim... – acenou com a cabeça, com um pouco de desânimo.
- Ok... Então... Algum sinal deles?
- Nada ainda.
- Certo. Nem dos digimons dos escolhidos que ainda estão espalhados por aí?
- Nada ainda também.
Praguejou bem baixinho, não queria receber aquele tipo de resposta.
Sentou-se no chão e concentrou-se. Talvez conseguisse detectar algo, talvez a natureza pudesse ajudá-lo em seus objetivos.
Retirou a máscara que cobria sua boca, fechou os olhos e respirou fundo; liberou o ar pela boca e passou a prestar atenção nos sons ao seu redor.
A silhueta ali atrás o observou em silêncio. Queria até dizer alguma coisa, mas não falou nem uma sílaba.
A audição do “companheiro” era ótima, e isso os ajudaria muito no que eles queriam fazer. Portanto, atrapalhá-lo agora seria um erro, fatal até.
Cerca de dez minutos se passaram e nada. Até que algo desperta seus sentidos e o faz se levantar do chão, cobrir sua boca outra vez e dirigir uma ordem a outra incógnita:
- Eu sei onde eles estão. Vamos logo, antes que estes tipos encontrem-nos.
- Certo...
- Ah, não se esqueça... – encarou-o, com aqueles olhos vermelhos e misteriosos:
“Não conteste minhas ordens.”
---
- Essa floresta está ficando um tanto assustadora... Não acha? – comentou Ni.
- Bom, passamos umas três horas atravessando o mar... – disse o Yagami.
- E quanto mais fundo nós vamos, mais escuro fica...
- Nina, você tem medo do escuro? – virou-se para ela.
- Claustrofobia...
- Ah, não se preocupa... Estamos todos juntos. – confortou Sora.
- P-pessoal... – gaguejou Mimi – O que é aquilo? – apontou, com sua mão tremendo de medo.
Um gigantesco vulto passa pelo horizonte, indo para a direita. Não sabiam exatamente o que era, mas tinham certeza que poderia ser algum inimigo.
- Isso foi um digimon selvagem?! Ou algum digimon maligno?! – perguntou ela.
- N-Não sei... – falou a rapariga do cabelo violeta – P... Pode s-ser algum...
Um grande estrondo fez com que todos tremessem de susto. Vinha de trás deles.
Viraram a cabeça lentamente e...
- FANTASMAAAAAAAA! – gritaram as meninas.
- Bakemon?! – exclamaram os rapazes e os digimons.
- Espera... – falou a gata – Não é um Bakemon...
- SÃO VÁRIOS! – berrou Patamon.
Não pensaram nem uma, nem duas vezes. Todos deram no pé depois de perceberem que não teriam muitas chances naquele conflito. Além do mais, os digimons ainda estavam cansados da batalha anterior.
- ISSO NÃO DEVIA ESTAR ACONTECENDO COMIGO!! – chorava uma Tachikawa apavorada.
- PÉSSIMAS LEMBRANÇAS DE BAKEMONS, PÉSSIMAS! –gritavam Sora e Jou.
- POR QUE TINHA DE SER JUSTO AGORA QUE NOSSOS PARCEIROS ESTÃO EXAUSTOS DEMAIS PARA LUTAR?! – protestou Miyako.
Correram mais rápido, mais, e mais, e mais, e mais... Até que surgiram mais digimons fantasmagóricos à frente. Então pularam direto para a esquerda. Apareceram mais outros. Tentavam escapar pela direita... E o que encontraram? Mais deles.
Os nossos heróis não sabiam PRA ONDE IR. Naquela confusão toda, Taichi gritava para todos não se distanciarem um do outro, já que estava na cara que eles queriam separá-los.
Ranamon ria daquilo. Estava escondida no topo de uma das árvores dali, saboreando aquela cena.
- Isso. Brilhante, brilhante! Parece um filme de comédia! – comentava, dando alguns risinhos.
- Ah... Aquela ali... – pôs a olhar para uma menina de cabelos longos até as costas, olhos castanhos e com uma bolsa lilás – É aquela garota que fugiu com a coelhinha idiota...
A guerreira da água então estalou seus dedos, chamando a atenção de alguns Bakemons. Estes viraram para sua mestra, que apontou para a Geijutsushi:
- Eu quero aquela humana ali. Peguem-na.
- Pessoal, não se afastem! – reforçou a ordem o líder de cabeleira gigantesca.
- Dêem as mãos! – sugeriu Carol – Assim fica mais fácil de não nos perdemos!
- Ótima idéia, Carol-san! – elogiou Koushiro, fazendo a menina de olhos verdes corar.
Todos fizeram isso e continuaram a correr. Passaram pelos Bakemons e seguiram o bosque obscuro adentro. Só que, no meio do caminho...
A mão de Nina escorrega e se solta da de Ken depois dela tropeçar numa raiz e cair de joelhos no chão.
- Geijutsushi-san! – chamou-a.
- I-Ichijouji!! Pessoal!! – Levantou-se e saiu correndo atrás, porém já estava ficando exausta de tanto correr.
Quase os alcançara... Se não fosse pelos Bakemons que se puseram no caminho, barrando sua passagem.
Sua única alternativa foi desviar da rota e escapar por outro canto.
Fugia como nunca fugiu em sua vida. E não era por serem simples inimigos...
Tinha a ver com mais um detalhe. Algo que aqueles lençóis voadores com olhos esbugalhados e garras amedrontadoras significavam para ela.
Algo... Que estava lá no passado, bem lá no passado.
Um medo de infância. Causado por um certo evento.
- NÃO... NÃO!! – gritava desesperadamente – SAIAM DAQUI... SAIAM!
Os digimons a seguiam, era ela quem sua mestra queria. Não iriam embora, não sem terem capturado a menina.
- Por quê...?! Por que tinham de ser... Esses digimons?!
E como se não bastasse, tropeçou por uma segunda vez, em outro galho.
Ela teria sido pega... Se não fosse por uma figura...
- LIGHTNING... NAIL!
Um rápido “slash” elétrico paralisou os inimigos. A garota olhou para frente e viu um ser totalmente negro e de cabelo prateado parado ali.
- Acabe com eles, agora. – ordenou o estranho, enquanto virava-se para trás.
- Q-Quem... – tentou falar, mas o sujeito agarrou-a, tapou sua boca e saiu como um raio dali.
Segundos depois uma rajada flamejante transformou os bakemons em dados.
Durante aquele salvamento, a menina caiu no sono... Já que estava sem energias.
No fundo de sua mente... Algo lhe chamou atenção.
Sentia os braços de um estranho envolvendo-a... Mas a sensação não era de medo.
Ela sentia-se segura em seus braços. Como se o tal digimon não fosse lhe fazer mal algum.
...
- Ela vai ficar bem? – perguntou uma voz.
- Vai. – respondeu outra – Só desmaiou, não precisa se preocupar.
- Uh... – abriu os olhos lentamente, viu as folhas das árvores – O que... O que aconteceu? – questionou-se, levantando-se e sentando-se.
A Geijutsushi olhou ao seu redor e viu umas folhas de bananeiras onde sentava. Tinham sido posto embaixo dela, para não se sujar ou pegar a umidade do solo (já que aquela área era escura).
Correu seus olhos pelo lugar. Talvez tivesse sido salva pelos seus amigos. Ou tivesse sonhado tudo aquilo.
Mas não poderia ser sonho... Se fosse, acordaria em seu quarto, e não em uma floresta!
- Onde estou?!
- Vejo que você acordou... – alguém lhe dirigiu a palavra.
- Eu te disse... Ela só estava cansada – e este falou para o outro logo em seguida.
- Ahn? – procurou pela voz, mas não a encontrava.
- Ni-chan! – Subitamente uma criatura azul, usando um item peculiar na cabeça, apareceu ao lado direito dela.
- AAAH! – gritou assustada, mas assim que o viu se acalmou – Vee... V-mon?!
Para a sua surpresa, quem a salvara foi... O parceiro de Daisuke?
Espera... Teria como o dragãozinho azul ser aquele quem atacou os Bakemons, e a tirou de lá?!
- Que bom que você está bem! – disse ele, sorrindo – Fiquei um pouco preocupado com esse seu desmaio.
- Uh... E-eu... B-bem...
- Então você a conhece?
Ouviu outro ser. Procurou-o... Mas nem conseguiu encontrá-lo.
- Sim, ela é minha amiga – afirmou V-mon, que olhava para trás de Nina, onde estava o responsável pelo salvamento.
- Hein? – a menina levantou-se do chão, virou-se e viu...
- Contanto que ela não venha me atrapalhar... – falou.
- Ah não... Ela não faria isso... – disse o azulzinho.
- Eu? Mas... Mas o que eu posso fazer?! Ei! Quem é você?!
De braços cruzados, olhos fechados, encostando suas costas numa árvore, estava um digimon cujo sua vestimenta lembrava Lighdramon. Usava uma malha preta (que ia até os seus pulsos) por baixo de uma camisa de manga curta (que era rasgada, tal como o design do digimon), com um detalhe semelhante ao do digimon quadrúpede, só que em índigo. A camisa tinha pedaços mais longos nas laterais, sendo comprida atrás. Suas mãos eram protegidas por luvas pretas com “garrinhas” em cada um dos dedos.
Sua calça também imitava as patas traseiras do monstrinho, sendo curtas e rasgadas. Nas laterais tinha o mesmo detalhe das patas. Por baixo dela, uma calça de malha preta até os calcanhares, escondida por tênis de cano longo pretos.
Os “dentes” das laterais, as marcas do elmo e a parte superior do chifre em formato de raio ao invés de serem em amarelo eram em azul aço claro. O elmo era idêntico ao de Lighdramon.
Usava no pescoço um lenço negro. E cobria sua boca com uma máscara da mesma cor.
A única coisa visível eram seus olhos. E estes eram vermelhos, tais como os de V-mon.
Ah; e o longo tufo prateado que era seu cabelo, que ia até às suas costas e umas mechas compridas caídas em seu peito.
- Quem é você? – perguntou mais uma vez.
- Por que quer saber? – rebateu com outra.
- Por que me salvou? – e ela repetiu a tática.
Encarou-o. Não estava brava nem nada, apenas queria saber por que um digimon daquele tipo faria algo assim tão repentinamente. E pelo que aparentava, ele não tinha muito um perfil de “mocinho”. E também, não parecia ser muito amigável ou que gostasse de conversar.
- Por que você...--
- Eu não podia deixar que aqueles Bakemons te atacassem, garota humana. – respondeu finalmente.
- ... Quem é você?!
- Eu? – olhou para ela – Eu sou o guerreiro da noite, Lightnimon!
Última edição por Nina Geijutsushi em Sáb Ago 27, 2011 12:16 am, editado 1 vez(es)
Convidado- Convidado
Re: Digimon Adventure ZeroTwo: Hinode
Depois de terem recuperado a cidade, os escolhidos partiram em direção de uma pequena ilha. Lá esperavam encontrar os outros três digimons restantes do grupo – Piyomon, Tentomon e Gabumon – Mas foram emboscados por uma tropa de Bakemons, comandados por Ranamon.
Nina acaba se separando acidentalmente do grupo... E salva por um misterioso digimon... Que anteriormente ajudou Agumon, Palmon e Gomamon.
Para sua surpresa, também encontra V-mon; que parece estar com este sujeito.
Curiosa em saber qual o motivo por ter sido salva, ela interroga-o.
E então...
- Por que você...--
- Eu não podia deixar que aqueles Bakemons te atacassem, garota humana. – respondeu finalmente.
- ... Quem é você?!
- Eu? – olhou para ela – Eu sou o guerreiro da noite, Lightnimon!
- Lightnimon? Ahn... E-eu sou Nina... Nina Geijutsushi...
O dragãozinho suspirou. A menina não entendeu por que. E o outro digimon lançou um olhar atravessado pro parceiro do Motomiya.
- Ah! V-mon! – sorriu pra ele – O que está fazendo aqui? E onde está o Motomiya?
- O Daisuke? – ele ficou pensativo – Eu... Eu não sei bem onde ele está...
- Não sabe?! – espantou-se.
- Não... – acenou negativamente a cabeça. Começou a explicar, com uma voz meio triste ao relembrar daquilo – A... Aquele cara que nos atraiu até aqui... Lutou conosco durante horas. Quando uma voz veio anunciar que tinham finalmente encontrado a “Pandora”, ele revelou sua verdadeira forma... Deferiu um golpe poderoso em mim, fazendo com que voltasse à forma criança... – corriam algumas lágrimas em seu rostinho – Daisuke tentou vir me ajudar, mas ele o atirou longe... Dai-chan deixou as goggles serem derrubadas no chão e... E...
- Ele o matou... Não é? – a menina abaixou a cabeça.
- N-Não sei bem... Mas... Mas eu... Eu acredito que não! – enxugou as lágrimas, fechou os punhos com força – Daisuke nunca deixou que isto acontecesse... Ele nunca deixou que o matassem!
- Então... Por que você está sozinho aqui?! Não estou entendendo nada! O Motomiya está perdido por aí?! – voltou a fitá-lo.
- Acho que ele foi arremessado longe com aquele ataque... Ou fugiu e assim nos perdemos um do outro.
- E o que é que você está fazendo com este cara ali? – apontou para Lightnimon por cima do ombro, com o polegar direito.
- Este “cara” devia ter deixado a “mocinha” ser pega pelos Bakemons. – resmungou o outro.
- Ele me encontrou logo depois... – contou Vee – A Digital World mudou. Aquele estranho com quem lutamos paralisou o tempo dentro daquela batalha. Enquanto estávamos lutando, o tempo atual da Digital World foi alterado. Passaram-se três semanas.
- Foi exatamente às três da tarde que vocês sumiram... – Ni lembrou daquela conversa com o Agumon e que gerou esta polêmica – Então... Uma hora no mundo humano equivale a uma semana aqui?
- Isso. Alguns digimons disseram que os soldados deste cara atacaram colônias de digimons à procura dos parceiros dos outros seis escolhidos.
- Eu sei... Nós ficamos sabendo disso graças ao Agumon... Que nos disse que um estranho digimon negro mascarado de cabelos prateados estava com os goggles do Taichi que agora são do Motomiya e...
Interrompeu sua frase. Olhou para a cabeça da criatura azulada e viu aquilo que geralmente o escolhido do Milagre usava. Em seguida mirou a figura toda de preto.
A descrição era a mesma que os parceiros de Taichi, Mimi e Jou descreveram em seus relatos.
Será que tinha alguma ligação?!
#18 – Corram dos Bakemons! A Fuga pela floresta!
- V-mon... – sussurrou para o amigo digimon – Eu sei que isso pode parecer um tanto equivocado, mas... Por acaso o Lightnimon e você não ajudaram o Agumon, Palmon e Gomamon às escondidas?
- Hein?! – exclamou – Mas... Mas eu não fiquei sabendo disso.
- O que não ficou sabendo? – Lightnimon aproximou-se e interveio na conversa particular. Encarou a humana, como se ela soubesse de algo.
- Foi você quem ajudou os parceiros do Yagami, da Tachikawa e do Kido? – perguntou diretamente.
- Quem? Está falando dos escolhidos?
- Isso. Você está com o V-mon, e ele está com as goggles do Motomiya. E a descrição que os digimons deles disseram batem com a sua!
Peitou-o. Olho por olho... Dente por “presa”.
- Está dizendo que eu me intrometi nesses acontecimentos?! – rosnou.
- Vamos! Está na cara que sabe de algo! Diga-me, o que você sabe? E por que está com o V-mon?!
- E quem disse que eu estou com ele? Não faço ninguém de refém, ok? E nem gosto de companhias.
- Então o que ele está fazendo aqui?!
- Eu... Eu quem estou com ele, Ni-chan... – encurtou a história – Eu decidi segui-lo...
- Mas... Mas por quê?! – ficou surpresa, fitando-o.
- Por que... Ele me encontrou. E... E disse que iria me ajudar a encontrar o Daisuke.
- Eu já te disse pra ficar calado quanto a isto! – bronqueou o guerreiro.
- Nós também viemos procurar por vocês! – disse ela – Talvez pudéssemos unir forças e procurá-los juntos!
- É isso que eu queria dizer com “atrapalhar”, entendeu?
- Ué, o que isso tem de mal? – fez uma cara de confusa.
- Não que isso seja “mal”... – V-mon resolveu falar antes que o outro respondesse de forma grosseira – É que... Ele não é muito de trabalhar em conjunto...
- Então por que está com ele?
- Esse digimon aí é uma exceção. – apontou para o baixinho – Não faço parceria com qualquer um.
- Ei! Está dizendo que... – sentiu-se ofendida.
- Não, e cale a sua boca. Não pergunte mais nada. E tudo que você ouviu e viu aqui fica em sigilo. Ou...
- Ou o quê? Vai me matar ou algo do tipo?!
- Espera... Você não faria isso... – Vee o olhou – Faria?
- Se ela não fosse sua amiga... Faria sim. – virou-se de costas pros dois.
- Não entendo então... Por que me salvou? Se você não gosta dos humanos--
- Não é nada disso. – encarou-a – Eu tenho meus próprios objetivos aqui, e não quero que nada e ninguém ousem atravessar meu caminho.
- Não acha que está sendo um pouquinho rude? – inocentemente o pequenino interveio.
- Rude?! E o que tem de “rude” em dizer que não quero que ninguém estrague meus planos?!
- Você está do nosso lado, não é? – Nina continuou interrogando-o.
- Eu não tenho lado algum. Nesse conflito quero é ficar de fora.
- Mas... Por que ajudou os parceiros dos escolhidos?
- Eles são digimons, como todos aqui são. Exceto você e os escolhidos.
- Isso não te faz estar do mesmo lado?
- É diferente “estar a favor de vocês” e “ajudar e proteger os digimons inocentes que estão envolvidos nessa história”.
- Então por que resolveu me ajudar?
- Por que eu já te falei... Não podia deixar que aqueles Bakemons te pegassem!
- Por quê? Isso pra mim não parece uma boa justificativa.
- Por que você não cala a boca? Essas suas perguntas me irritam!
- Lightnimon... Calma... A Ni-chan só está um pouco confusa... Ahn, não seria melhor contar a ela?
- Contar?! – exclamaram os dois.
- O que você está querendo com isso?! – pegou-o pelo pescoço, mas não com força.
- Ghn!
- V-mon! Ei... Solta ele, seu... – bravejou a garota.
- Lembra do que eu te disse quando te encontrei? O que foi que você me prometeu?! – falou em um tom sério, encostou seus olhos nos olhos do monstrinho.
- Que... Que eu não iria contestar suas ordens... Kh... E não iria revelar vossos planos...
- Em troca disso te ajudava a encontrar aquela criança e te protegeria daqueles que acham ter matado o seu parceiro, não foi?
- I-Isso...
- Então, aí está a sua resposta pra sua sugestão imbecil. – soltou-o no chão “delicadamente”.
- Vee, você está bem? – Ni foi até ele, agachou-se no chão e o abraçou.
- S-Sim... Não se preocupe, Ni... – deu uma pequena risada sem-graça – Ele é assim mesmo... Meio difícil de convencer.
- Não sei pra onde foram os escolhidos... Por enquanto você ficará aqui com o V-mon. E fará o que eu disser, e não conteste minhas ordens.
Aquilo a deixou mais confusa. Estava na cara que tinha outro motivo para ele ter salvado-a.
Para ter ajudado os digimons de Taichi, Mimi e Jou.
E por estar ajudando V-mon e protegendo-o dos vilões.
Aquela frieza nas palavras... Por que lembrava alguém?
Aquela carapaça dura... Por que parecia tão familiar?
- Lightnimon... – levantou-se do chão – Obrigada por me salvar daqueles digimons fantasmas. Pensei que... Iria acontecer de novo, como o que houve cinco anos atrás.
A frase final lhe chamou a atenção.
- Cinco anos atrás?!
- Quando eu fui à Odaíba visitar minha avó... Em 1999.
- 1999? – repetiu V-mon.
- Sim... Em agosto daquele ano... Eu estava na casa dos meus tios. Saí para brincar no parquinho do condomínio e...
...
“Aconteceu aquilo que mudaria minha vida...”
“Foi o primeiro contato que tive com um digimon...”
Uma menininha de seis anos andava no balanço alegremente, ouvindo os sons costumeiros que o tal brinquedo faz.
Ali também brincavam outras crianças, mas ela nem interagia com as meninas e meninos dali.
De repente, um estouro de lençóis voadores começou a afugentá-los.
Uns corriam, outros tentavam se esconder.
“Eu nem os percebi, já que estava de olhos fechados e curtindo aquela brisa agradável que batia em meu rosto...”
“Foi quando o choro das crianças me acordou para a realidade.”
- Minna?!
- Pra onde foi todo mundo?
Um Bakemon surge por trás, para o balanço e a agarra pelos braços.
“E os fantasmas me capturaram.”
- Aaah! M-Me solta!! Me solta!! – gritou, enquanto tentava se libertar.
- Socorro! Socorro! – berrou, mas quase ninguém ouvia.
“Eles me levaram para um lugar onde estava repleto de crianças...”
“O nome? Bem, na época não sabia... Mas depois fiquei sabendo.”
“O lugar para onde todos os fantasmas levaram... O Big Sight.”
- Onde estou?! O que... O que está acontecendo?!
- Eu quero voltar pra casa... – começou a chorar – Quero meus pais...
- Não quero ficar aqui! Não quero!
“Estava com medo. Segurei no meu pingente, que foi um presente da minha avó antes dela voltar pra o Japão...”
- N-Não... Não posso chorar. Isso... Isso não vai ajudar em nada...
“E me acalmei.”
- Tenho que fugir daqui... Tenho que...!
Os lacaios de Vamdemon a colocaram na fila, nela ela viu milhares de crianças.
A sua frente, depois de uma menina loira e uma outra de cabelos encaracolados, estava um menininho de sete anos de cabelo castanho avermelhado bagunçado, olhos castanhos, pele um pouco mais escura que a dela.
A pequena Nina olhou para este menino. E seus olhos uma hora se cruzaram.
Ela, tímida, escondeu-se atrás da loira, mais alta (e velha) que ela.
“Todas as crianças passaram por uma gata branca de olhos azuis.”
“Inclusive eu.”
“Aquela gata... Eu não sabia que ela era a parceira de uma criança.”
“Uma criança... A oitava criança.”
Tailmon mostrava desânimo em suas respostas. Acenava negativamente, dizia “não” a cada criança que parava a sua frente.
Esta negou quando foi a vez da Geijutsushi.
“Fui parar em um aglomerado de crianças...”
“E lá... vi duas delas fugirem.”
“Foi quando decidi seguir o exemplo delas...”
“E escapar de lá também!”
A garotinha saiu pelos fundos do grupo de crianças, e encontrou por danada sorte, um pano que parecia com os Bakemons. Pegou-o e utilizou como um disfarce.
Passou normalmente pelos fantasmas. E até foi confundida com um pelos irmãos Motomiya, que se esconderam atrás de uma mesa.
“Depois de muito custo, e sem conhecer muito bem o local...”
“Cheguei a um lugar onde... estavam muitas pessoas.”
“Fiquei por lá... Até que apareceu um aluno da minha avó e um irmão dele.”
...
- Passou um tempo... E em 2001 nos mudamos para o Japão. Desde então... Conheci uma menina que veio da Europa para Odaíba... E ficamos amigas.
- Você também foi uma das crianças capturadas pelo Vamdemon? – V-mon ficou surpreso.
- Sim... Eu fui. E... E eu acho que vi o Motomiya naquela vez... Ele não me era tão estranho...
Lightnimon ficou calado, pensativo. Depois quebrou tal silêncio, com uma pergunta:
- Por que me contou isto...?
- Porque... Porque você parece comigo... – confessou – Não tenho muitos amigos... Até porque temo que as pessoas não gostem de mim pelo que eu sou, mas sim pelo meu dom. Eu desenho bem, e alguns só se interessam por isso. É tão triste andar sozinha com esse receio.
- Mas... É por isso que você evitava falar com o Daisuke, Ni-chan? – perguntou o azulzinho.
- Eu não entendia bem... As verdadeiras intenções dele, nem dos outros. Pensava que a única pessoa que me entendia era a Carol... E temia que um dia eu ficasse sozinha, sem ela... Já que boa parte das pessoas que eram minhas amigas... Acabaram conhecendo outras e... Nossa amizade foi enfraquecendo e acabando... Isso porque eu não gosto de atrapalhar os outros...
- ... Não devia fazer isso. – falou o outro individuo.
- Huh?
- Eu ando sozinho por outra razão... E eu não gosto de pessoas que não são verdadeiras com as outras.
Ela abaixou a cabeça, deprimida.
- Eu... Eu sei disso... – fechou os punhos – Por isso... Por isso que quero encontrá-lo. Quero voltar a atrás e achar o Motomiya!
- Então não fique aí choramingando, sua humana chorona...
- Quem... Quem você está chamando de chorona?! – gritou, chateada.
- Olha, quer parar de gritar?! – chamou a atenção dela – Se eles nos encontrarem, vai ser mais difícil para escaparmos.
- Não seja tão... Uh... Rude... Lightnimon... E Nina, não grite muito... Por favor... – pediu V-mon.
Sentou no chão ela, suspirou: - No momento em que te vi, V-mon... Pensei que tinha encontrado o Motomiya. Mas... Mas não o encontrei ainda.
- Não se preocupe, ele deve estar em algum lugar! – motivou-a – Logo iremos achá-lo!
- É isso que eu espero! E... Eu quero!
Ambos sorriram um para o outro. E começaram a conversar normalmente.
Quanto ao Lightnimon... Ele estava ocupado, e ela nem percebeu.
- Então você conheceu o Daisuke em 1999?
- Bem, não foi um contato direto, mas...
- Aqueles Bakemons pelo que pude notar estavam atrás dela... – falava consigo mesmo o guerreiro da noite – O que será que eles queriam com ela?
- Ah que fome...
- Está com fome?
- Sim...
- Eles pareciam ter sido enviados por algum inimigo... Será que era a Frostmon outra vez? Não... Se fosse teria mandado aqueles lobos... Talvez... Esta área esteja sendo invadida por outro lacaio daquele cara...
- Estou com vontade de comer algum doce...
- Ah! Eu também! Queria chocolate...
- Você gosta de chocolate também, Vee?
- Adoro!
Ouvem-se então as folhagens dali se mexerem. Lightnimon imediatamente salta em Ni e Vee, derrubando-os no chão. Quando os mesmos tentaram perguntar, o gatuno tapou as suas bocas e murmurou para que ficassem calados.
Levantou-se em seguida e aproximou dos arbustos. Abriu uma pequena “janela” deles e viu Bakemons passando pelo “corredor” do lado.
- Encontrou-a? – perguntou um Bakemon a outro.
- Não... Mas podia jurar que ouvi um grito... – respondeu.
- A Mestra Ranamon quer aquela humana... Mas pra quê?
- Eu não sei, só vamos descobrir assim que a capturarmos.
- Ranamon? – pensou o digimon mascarado, voltou pra perto dos dois “companheiros”.
- Valeu pelos berros, menina – agradeceu ironicamente, em voz baixa – Por pouco eles não nos encontraram.
- Ei! – bufou ela.
- Shh! – tapou sua boca – Aqueles fantasmas são servos da Ranamon, e ela tem algum interesse em você. Então, se não quiser descobrir o que ela tanto deseja com “vossa majestade”, cale a boca e vamos sair daqui agora.
Os três saíram com cautela da área, pé por pé e evitando fazer o menor barulho possível.
---
Enquanto isso, o grupo dos escolhidos continuava seguindo caminho. Mas... Não para procurar o sinal de seus parceiros.
- NEECHAN! – gritava Carol
- NI-CHAN! – berrava Bunni.
- NINA! – chamava Taichi.
- GEIJUTSUSHI-SAN! – procurava Ken pelos arredores.
- NINA-SAN! – Iori e Koushiro olhavam pela direita.
- NINA-CHAN! – Miyako, Takeru e Hikari pela esquerda.
- NINA-KUN! – E o Jou entre as árvores.
Os digimons também ajudavam, mas nenhum sinal dela.
Os escolhidos se reuniram depois de meia hora procurando-a, sem sucesso.
- Onde ela poderia estar? – perguntou Sora.
- Será que os Bakemons não a pegaram? – palpitou Mimi.
- O que deu na cabeça daquela garota?! – resmungou Yamato – Ela é surda ou não ouviu que nós não deveriamos nos separar?!
- Yamato-san... – falou o escolhido da Bondade, com receio – A mão dela... escorregou da minha e...
- Aaaah! Vocês estavam de mãos dadas?! – gritou uma Inoue.
- Miyako-san... – Hawkmon a olhou com cara de tacho – Ele pegou a mão da Nina-san para que ela não se separasse de nós. *gota*
- A culpa foi minha... Se eu tivesse agarrado com mais firmeza, ela não estaria perdida agora – desculpou-se o Ichijouji.
- Ichijouji-san... Não é sua culpa... – Iori tentou confortá-lo – Foi um acidente.
- Iori está começando a se dar bem com o Ken, dagyaa. – comentou o tatu aos outros digimons.
- Faz algum tempo, né? – sorriu Wormmon – Ken-chan e ele não se davam muito bem antes...
- Não podemos ficar aqui para sempre! – disse o Yagami – Precisamos encontrá-la antes que aqueles Bakemons voltem!
- Hm... Não sei se isso interessa a vocês... – Bunni entrou na discussão – Mas acho que ouvi alguém ordenar para que a capturassem.
As crianças olharam diretamente para a coelha rosa: - Quem?
- Pela voz... Suponho que tenha sido a Ranamon, uma das guerreiras daquele mago maligno que quer fazer com que o Wallace-san lembre de sua vida passada.
- Mas... O que ela iria querer com a Nina-kun? – perguntou o escolhido da Confiança.
Um rápido flash passou pela cabeça do team ZeroTwo e na de Carol:
Lembraram-se justamente quando a digimon anfíbia apareceu logo após a reunião.
Ela tinha ido atrás da digimon do Desejo... E a Geijutsushi pegou a orelhuda e fugiu.
- Foi a neechan quem pegou a Bunni naquela vez!
- Sim... E por isso... Ela deve estar querendo se vingar... – supôs Miyako.
- ... Pela Nina-chan ter atrapalhado os planos dela? – completou Hikari.
- Só pode ser! – afirmou Iori – Qual seria outro motivo para querer separá-la de nós?
- Então precisamos encontrá-la antes deles. – concluiu Takeru.
- Vai ser difícil... – suspirou Ken – Ela não tem digivice, se ao menos tivesse...
...
- Então ela está perdida por aí ainda, hm? – A guerreira da água bisbilhotava-os do alto de uma árvore – E eles estão tentando encontrar essa pirralha antes de mim...
Olhou para o lado, onde estava um fantasma: - Espere que eles se separem para procurá-la. Quando isso acontecer, mantenha-os afastados uns dos outros.
- Sim mestra! – reverenciou.
- Ah, mas um detalhe... Separe os escolhidos que não acharam seus parceiros ainda. Ficará mais fácil se pegarmos eles. Não terão como se proteger, a não ser correr e se esconder... O que será inútil!
- Sim, mestra!
Taichi e os outros continuam a procurar pela amiga, sem saber ao menos o que a perversa Ranamon tinha preparado para eles.
---
Naquele mesmo momento...
Lightnimon, V-mon e Nina escapavam dos outros fantasmagóricos soldados.
- Se continuarmos assim, sem fazer ruídos... – explicou ele – Vamos passar despercebidos.
- Sim.
- Ah.
Mas... Este estranho digimon acidentalmente bate num tecido branco.
O trio parou, e ficaram muito tensos. O Bakemon virou-se e deu de cara com o que estavam procurando.
- Ops...!
- Lightnimon! – resmungou V-mon.
- Corre! – berrou Nina.
E saíram em disparada, agora com os inimigos atrás deles.
- Droga! Como que eu fui tão desastrado?! *gota*
- Você sempre é! – respondeu o dragão criança.
- Eles vão nos alcançar! – informou a garota – O que faremos?!
- Ali! Ela está ali! – indicava um dos maléficos lençóis.
- Eu não sou! – rosnou pro V-mon.
- Então como que fomos descobertos?! – resmungou ele.
- Vocês podem parar de brigar e darem um jeito nisso?! – e ela tentava apartar a briga.
- Rápido, rápido! Eles não são fortes o bastante! – falava outro Bakemon.
- Não posso fazer nada com ela aqui...! – sussurrou ao azulzinho.
- Não pode?! O que devemos fazer então?! – murmurou ao Lightnimon.
- Temos que encontrar os escolhidos e nos livrarmos dela o quanto antes!
- Mas... Sabe onde eles estão?!
- Não...
- Ei! Olhem pra frente! – chamou Nina, apontando para um grupo de Bakemons que surgiram no caminho, bloqueando a passagem.
- V-mon... – olhou-o no canto dos olhos, mudando a coloração deles mais uma vez – mudança de planos.
- EH?!
- Oi, o que vocês estão falando aí?! Ouviram-me?!
O misterioso Lightnimon pegou no pulso do parceiro de Daisuke com uma mão, e o da jovem com a outra.
- O que é que você vai fazer?! – perguntaram os dois, temendo o plano engenhoso da figura.
- Vocês vão ver. – “sorriu”, enquanto continuava correndo em direção dos outros fantasmas.
Assim que se aproximaram deles, os que os seguiam estavam bem perto...
Quando o gatuno saltou bem alto em uma árvore, pegando impulso no tronco dela e “voando” alto subindo para o topo e visualizando toda a floresta.
E lá... Seus olhos, que já estavam vermelhos novamente, captaram uma das doze crianças do grupo. E então partiu naquela direção.
E os fantasmas destrambelhados se pecharam uns nos outros, formando um montinho de panos.
...
- Heheh... De acordo com o plano! – riu e se exibiu. Aterrissou num galho e uma arvore gigante.
- É... Mas... Eles não iriam nos ver enquanto emergíamos da copa das árvores? – questionou a menina.
- Ei, o que eu falei sobre questionar as minhas ordens, hm?
- Não... Não é isso *gota*
- Eu sei o que estou fazendo.
- Ahn, Lightnimon... – V-mon desviou a sua atenção para si – Encontramo-los, mas... Como vamos chegar até lá sem chamar a atenção dos Bakemons?
- Hm... É isso que estou pensando.
- Eu posso ir sozinha até lá, se é que estejam pensando em continuar agindo às escondidas... – falou Ni.
- Nada disso – negou – Ranamon quer alguma coisa contigo e eu não posso deixar que ela te pegue.
- Por que tanta importância comigo agora? – ficou meio incomodada – Minutos atrás tínhamos discutido; você disse que se arrependeu de me ajudar e...
- Garota, isso não é da sua conta.
- Não vai dizer que ficou com pena do que tinha te contado, por favor... Não falei aquilo para ter esse ‘consolo’.
- Shh, silêncio Tem alguma coisa vindo pra cá.
Fizeram o que o guerreiro da noite mandou. Então três sombras apareceram andando por ali.
- Nina-san!
- Geijutsushi-san!
- Ninaaa!
- Nina-chan!
As vozes eram familiares a ela. Sorriu e falou aos dois “acompanhantes”:
- É o Iori e o Ichijouji! Vocês não precisam mais se preocupar comigo.
- Hm... Parece que são eles mesmos... – comentou Vee.
- Ok... Como desço daqui? Lightnimon?
Mais uma vez ele estava distraído com alguma coisa...
E ela nem percebeu de novo.
- É, são os dois escolhidos. – confirmou.
- Então... A gente se separa por aqui, não é? – olhou um pouco tristonha, afinal aquele pequeno período de tempo juntos foi tão agradável.
- Ni... – V-mon a abraçou, escorrendo uma pequena lágrima – Não se preocupe, nós vamos encontrar o Dai-chan.
- Ok... Por favor, tenha cuidado... – passou a mão na cabeça dele, suavemente – E você também, Lightnimon...
- Uh... C-certo... – pela primeira vez, o tão temperamental digimon de cabelos prateados gaguejou.
Pegou-a pela cintura e desceu da árvore, a colocou no chão. Mas antes de voltar para o galho, ela o segurou pelo pulso.
Não fazia idéia do que a motivou segurá-lo. Nem ele entendeu. Apenas um rápido trocar de olhares ocorreu.
Ela deveria ter medo, era um desconhecido. Só que não sentia isso, sentia como se já o visse antes.
- Obrigada... – agradeceu – Obrigada por tudo.
- Disponha... – tentou desviar o rosto, como se escondesse algo.
- Eu... Eu não irei contar nada do que eu sei a eles. – sorriu – Apenas... Cuide bem do Vee, e se encontrarem o Motomiya... Por favor, nos avisem.
- Certo... – tentou se soltar – Poderia, por obséquio, me soltar agora?
- Uh... Ok... – soltou-o.
- Sayonara, humana. – desapareceu rapidamente dali.
Olhou para o topo da árvore, meio tristonha.
- Até... Algum dia... Lightnimon... – murmurou.
Virou-se e saiu andando. Enquanto os dois rapazes a procuravam, fixaram em uma moita que começou a se agitar.
- Será que é um bakemon, dagyaa?
- Espera... – falou Ken, meio sério.
Dali saiu a tal garota que procuravam. Respiraram aliviados, pois a amiga não apresentava ferimento algum ou qualquer tipo de problema.
- Nina-san! – Iori chamou-a, acenando.
- Iori! Ichijouji! – foi até lá.
- Você está bem? – perguntou o moreno – Estivemos preocupados.
- Estou, estou... Sem problemas! – sorriu.
- Agora temos de nos reunir com os outros antes que os Bakemons voltem! – lembrou Wormmon.
- Ok/Ok, dagyaa! – responderam.
E saíram em busca do sinal dos outros digivices.
Mas, ao olhar para o ecrã... Ken e Iori perceberam um ponto perto deles.
Esse sinal... Seria um daqueles fantasmas?
...
- Ei, o que foi? – olhou-o – Você nunca me pareceu tão... Quieto assim...
- Cala boca, V-mon.
- É por causa da...
- Não tem nada a ver... Com essa humana. – virou a cara, sentindo-se constrangido.
- O-Ok...
Saltaram de galho em galho e fugiram dali. Retomaram aos planos anteriores.
Quais seriam?
Mas, no momento... Os sete deveriam se preocupar com o que a maléfica Ranamon tinha planejado, tirando proveito da situação.
Os Bakemons fizeram o serviço. Taichi e os outros foram separados.
E agora corriam dos fantasmagóricos digimons.
Taichi, Carol, Bunni e Koushiro...
Mimi, Miyako, Takeru e Yamato...
Jou, Hikari e Sora...
Todos estavam em mini-grupos. E distantes um dos outros.
E agora?
Última edição por Nina Geijutsushi em Sáb Ago 27, 2011 12:26 am, editado 1 vez(es)
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