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Digimon Adventure ZeroTwo: Hinode
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Digimon Adventure ZeroTwo: Hinode
Índice:Lady of the Castle series: Hoshi [IV] - Tobira [i] - Michi [II] - Kiseki no Tenshi [III]
デジモンアドベンチャー 02: 日の出
Digimon Adventure ZeroTwo: Hinode
Hinode - Sunrise // Nascer do sol
Base: Digimon Adventure ZeroTwo, Lady of the Castle series
Tema: Aventura, Comédia...
Classificação: T [14+]
Nº de Capítulos: cerca de 40~50
Sequela de ZeroTwo e da série "Lady of the Castle", que narra os acontecimentos após a aventura de
Daisuke & V-mon em um mundo diferente. As quatro fics que estão relacionadas com a Hinode se encontram na fanfiction.net ( e em breve farei uma versão 'redux' e melhorada delas.)
Obs.: Chap. 30 foi co-escrito pela Carol/Carochinha.
[#0 - December 1st, 2003]
[#1 - Neve.]
[#2 - O Anjo do Milagre, Kiseki]
[#3 - Perigo? Uma nova ameaça ronda pelas ruas!]
[#4 - Fragmentos de Luz e Esperança! Irradiando a Determinação!]
[#5 - Um enigma surge! Visões do passado]
[#6 - Revelação! O segredo por trás da Estrela de Cristal!]
[#7 - Determinação no auge! Ruja, Burning Fladramon!]
[#8 - Miyako, desperte sua Energia!]
[#9 - Energia Contagiante! Voe Alto, Fäuermon!]
[#10 - Rise up! O amadurecimento de um líder.]
[#11 - Team ZeroTwo, unam-se! Hora de levar as coisas a sério!]
[#12 - Mostre seu coração justo, Iori!!]
[#13 - Drill Digmon, proteja Iori! // Pandora finalmente é encontrada!]
[#14 - Para a Digital World! Avante, escolhidos!]
[#15 - Agumon ao resgate! A coragem flamejante que alça vôo!]
[#16 - A luta no Vilarejo da Floresta! Encontrem-nos, Palmon e Gomamon!]
[#17 - O digimon desconhecido se revela: Lightnimon!]
[#18 - Corram dos Bakemons! A Fuga pela floresta!]
[#19 - Piyomon em Perigo! Sora, salve-a!]
[#20 - Ataque no acampamento! O gatuno mostra suas presas!]
[#21 - Encontre Tentomon!]
[#22 - Holy Light: O Esplendor da escolhida da Luz!]
[#23 - Estratégia!]
[#24 - A Estação Ferroviária da ilha: Starlight!]
[#25 - O brasão da Amizade! Gabumon compreende suas ações.]
[#26 - Clash! Takeru vs. Lightnimon!]
[#27 - O último confronto com Frostmon!]
[#28 - “Quero ser sua Tamer!” O pedido inocente]
[#29 - Atraído pelo gatuno! Ken prossegue investigando]
[#30 - Transforme as lágrimas de tristeza em felicidade!]
[#31 - Movimentos.]
[#32 - Face Off!]
[#33 - O último ato!]
[#34 - Death & Rebirth: A origem de Lightnimon]
[#35 - Os fragmentos]
[#36 - Revenge! Miyako, vença Ranamon!]
[#37 - Semelhanças? Coincidências?]
[#38 - ]
[#39 - ]
[#40 - ]
[#41 - ]
[#42 - ]
[#43 - ]
[#44 - ]
[#45 - ]
[#46 - ]
[#47 - ]
[#48 - ]
[#49 - ]
[#50 - ]
Última edição por Daisuke Kaizaa em Sex Set 14, 2012 10:24 pm, editado 31 vez(es)
Convidado- Convidado
Re: Digimon Adventure ZeroTwo: Hinode
................................................................
.....................................
...............
[2003 - 12 - 01]
“Neve... Os flocos branquinhos que caem no inverno...”
“Não é adorável? São tão bonitinhos...”
“Ah? Você nunca viu neve antes??”
“Bem... Essa é minha a primeira vez...”
A cidade estava enfeitada por estes flocos. A neve dava um clima mais sereno e suave.
Algumas pessoas curtem brincar nela. Algumas curtem admirar a paisagem coberta de branco.
- Sério mesmo?
- Ah... Sim. O país onde eu nasci não neva.
- Ah tá...
- ... Eu tenho que ir agora... – suspirou, arrumando a gola de seu casaco.
- Ok... Até mais.
- Até.
A outra pessoa saiu, deixando-o sozinho. Aquela pessoa ele tinha visto antes... E só depois de algum tempo resolveu conhecê-la melhor. Tudo isso graças a um ocorrido.
A um evento que se iniciou no dia 30 de agosto daquele ano e perdurou até 5 de outubro.
Algo que mudou sua vida, que deu razão para estar ali...
Como um dos doze escolhidos para proteger outro mundo, a Digital World.
- Queria entender... por que ela é assim...
- E parece ser só comigo... Com a Choujutsushi ela é mais... extrovertida.
Foi uma coincidência eles terem se encontrado pela rua. O que aconteceu foi que o escolhido da Coragem, enviou uma mensagem ao goggle boy, pedindo para que o encontrasse imediatamente na sala de informática.
No caminho acabou por encontrá-la. Ela, a sua colega e vizinha de aula...
Uma garota de cabelos morenos puxados para um castanho escuro, olhos castanhos e era mais nova que ele.
Como a menina sempre foi educada, cumprimentou-o e este devolveu da mesma maneira. Estavam indo na mesma direção, mas a destinos diferentes.
Ele indo para a escola...
Ela para a loja dos Inoue, comprar algo que sua mãe havia lhe pedido.
Andavam em silêncio, até que Daisuke começou a puxar assunto com ela. As respostas da jovem eram curtas e tímidas. Sentia que ela tinha alguma coisa incomodando-a.
E ouvia gaguejar algumas vezes.
Até que ela saiu daquele jeito, seguindo mais a frente. Deixando-o seguir o caminho sozinho.
- Dai? Você tá legal?? – uma coisinha azul, que estava em sua mochila, pos a cabeça pra fora e o olhou.
...Não “tão” sozinho.
- Ahn... Sim, Chibimon...
- É por causa dela?
- ... Não é o que você está pensando.
- Hein? Só achei que estava assim pela Nina ser um tanto reprimida ao conversar contigo.
- Ah! É, é...
- Afinal, não teria como você gostar de outra pessoa, né? Hikari é quem você ama...
- Nem sei ao certo... Talvez minha intenção de querer ficar perto da Hikari-chan seja... O desejo que ele tinha de ficar ao lado de sua irmã.
- Hm?
- O... O amor da vida dele era outra pessoa... Que também renasceu.
Pararam diante da porta da sala de informática. A conversa deles os distraiu tanto que quase bateram de cara.
Eis a companheira do ano passado. A Sala onde se reuniam para executar sua missão.
A mesma que quase não a utilizaram mais.
Deu uma olhada. As luzes estavam apagadas. E também... Não tinha mais ninguém na escola.
Eram mais ou menos umas nove horas da noite.
- Eu hein?!
- Não há ninguém na sala.... – comentou Vee.
- Me pergunto o que o senpai tem de urgente pra me falar...
Abriu a porta para o lado. Não tinha ninguém...
*click*
- SURPRESAA!! – ecoou um coral de vozes pela sala assim que as luzes se acenderam.
- Eh?!
... à primeira vista.
- M-mas... Espera! O que... – o menino ficou meio confuso.
- Ué, esqueceu seu próprio aniversário? – indagou Hikari.
- EEEH?! E-espera... Esqueci não... É que...
Olhou para os demais, estavam todos lá... e os parceiros dos veteranos na tela.
Logo percebeu... era apenas uma mentirinha. Não tinha nada de urgente.
Nada. Apenas era uma pequena festinha particular.
- É que... – continuou – Pensei que... fosse algo grave. O senpai sempre que envia uma mensagem com a palavra “urgente” só pode ser coisa séria.
- S-Só que... Eu...
Os outros ficaram em silêncio, ouvindo-o. O Motomiya gaguejava... Afinal, não era sempre acontecia isto. Na verdade, as demais festas de aniversário eram normais.
Essa era diferente. Totalmente diferente.
E por isso ficava emocionado, Tudo que tinha lhe acontecido naquele ano foi tão...
Inesperado.
- Eu... Eu não sei o que dizer! – desabafou.
- Acho que só posso... Agradecer por ter os conhecido.
- E por ter conhecido a Digital World, e o Chibimon...
- E os outros digimons... E ter me tornado um escolhido para defendê-la...
- Acho que... acho que só...
- Ah, chega de depoimentos e discursos! – falou Chibimon – Eu... Eu estou com fome!
- Ah, também estou Taichi! – disse Agumon, tendo sua voz engraçada saindo dos alto-falantes do computador.
- Agumon... – o parceiro o olhou dando um suspiro – Calma aí, espera só um pouco antes que isso vire uma bagunça...
- Não se esqueçam que não podemos destruir nada aqui, ok? – alertou Miyako – Só nos arranjaria mais problemas.
- Certo, certo... – Sora e Takeru tentaram acalmá-la – Não vai dar nada de errado, Miyako.
- Não seria melhor fazer isso na Digital World...? – sugeriu o aniversariante.
- É, seria uma boa idéia... Não tem como por doze pessoas e doze digimons nesta sala... – concordou Iori.
- Bem... Se não houver problemas... Também concordo que deveriamos ir lá. É melhor prevenir do que remediar, né Taichi? – cutucou-o Yamato.
- O que está querendo dizer com isso?
- Ahn... Vamos logo! – Miyako sacou o D-3 vermelho de sua mochila e apontou-o – Temos que deixar a sala de informática intacta.
- Só tem um problema... – notificou Koushiro – E se algum professor descobrir que a sala está aberta?
- Sem problemas... Pois eu consegui a chave da sala! É só fecharmos a porta e pronto.
- Miyako-san... – Poromon a olhou – Tem certeza?
- Mas é claro! Não vai haver falhas!
- Já perdemos tempo suficiente nisso... Poderíamos já estar comendo alguma coisa gostosa... – reclamou Agumon.
Decidiram então fazer a festa ali mesmo. E a mesma foi divertida e alegre.
No final daquilo, todos se despediram... Menos uma pessoa.
Uma que ficou lá. E esperava o momento certo.
Foi no pátio... que ela decidiu entregar o seu presente.
- Uh... Daisuke-kun... – ela se aproximou dele, com uma pequena caixa em mãos.
- Hikari? Você ainda está na escola??
- Bem... Eu queria te entregar isso... A sós.
- A s-sós?! – corou rapidamente.
- Também é uma forma de... Pedir desculpas pelos mal-entendidos que tivemos antes.
- Q-quais? Não lembro...
- Fui um tanto tola contigo... Quando o Takeru estava por perto...
- Ah... Tudo bem, sem ressentimentos. – sorriu.
Timidamente ergueu o embrulho a sua frente.
Ele pegou-o e abriu a caixa... E lá encontrou algo que não pensou em receber como presente.
De lá tirou um pingente de uma estrela feita de cristal.
Ele observou o presente por alguns momentos, depois fitou na Yagami.
- Feliz aniversário, Daisuke-kun... – deu um pequeno sorriso tímido.
- Hikari... Onde... – tentou perguntar.
- Ahn? Não gostou? Eu achei que combinava contigo....
- N-não entenda dessa forma! É claro que eu gostei!
- Então por que essa cara?
- É que... nunca pensei que receberia algo assim...
- Bem, está ficando tarde... Menti ao oniichan que iria na casa da Miyako.
- Ok... Até amanhã.
- Até!
Se separaram.
Daisuke olhava praquilo meio impressionado.
Seria a mesma estrela que pertenceu a ele?
Última edição por Nina Geijutsushi em Sex Ago 26, 2011 10:04 pm, editado 7 vez(es)
Convidado- Convidado
Re: Digimon Adventure ZeroTwo: Hinode
“Flocos brancos...”
“O que eles fazem aqui...?”
“No meio desta escuridão?”
...
“Eu não queria estar aqui.”
“Não queria... mas fui selada neste espaço.”
“Neste fundo negro... Nas trevas.”
“Nunca soube como vim parar aqui...”
“Somente quem me aprisionou.”
“Uma criança. Uma criança que possuía uma estrela de cristal”
“Foi ela quem me atirou neste lugar.”
- Sabe o que são esses flocos, certo? – pairou uma voz naquele cenário.
- ............ Veio me amolar? Já não basta ter me trancafiado nesta solidão eterna?! – respondeu a outra, que antes jogava palavras ao vento.
- Acalme-se... Primeiro que eu vim falar com você. – respondeu a outra, aproximando-se aos poucos.
- Segundo... Sua raiva não te levará a nada.
- E terceiro... Eu sei o que você está sentindo nesse espaço vazio.
- Como sabe?!
- Como pode dizer essas coisas?!
Parou diante da figura. Seus olhos seguiram dos pés até a cabeça...
Vendo o rosto do indivíduo.
#1 - Neve.
...
- ... Não que eu queira me meter nas decisões dadas por você...
- Mas não acha que ela se sente um tanto solitária lá?
Um pequeno pedaço branco. Poderia ser o céu. Mas na verdade não era bem o céu.
Era um simples palácio branco sob as nuvens.
Se o mundo das trevas era o Oceano Negro... Saiba que o mundo da luz é um simples palacete esbranquiçado no alto, junto das massas branquinhas que parecem algodão.
Muito tinha mudado naquele mundo. Uma das coisas foi... A eleição pelas divindades de lá...
Foram eleitas três almas, que ao ver das divindades, seriam adaptas às suas funções.
A primeira seria a deusa da paz, do amor e da harmonia. Esta ficaria responsável em proteger aquele mundo, e administrar as outras duas almas escolhidas.
A segunda seria o símbolo da justiça, verdade e igualdade. Seu dever era pregar estas lições aos mortais.
E a terceira... Era um tanto diferente. Tinha um nome próprio. キ セ キ (Ki - se - ki)
Ela tinha a missão de ser o guardião dos mortais, e lhe dar o perdão divino... caso cometessem um crime e se arrependessem verdadeiramente dele... Para poderem renascer em outro lugar e em outro tempo.
- Lá vem você querer se intrometer de novo com ela... – comentou o outro.
- Ow! Qual o problema?
Não se podia dizer que a morada alada era tranqüila também... Pois todos tinham algum conflito de idéias. E os debates eram intensos. Demorava às vezes para que duas entrassem em consenso.
- Problema é que essa pessoa que você insiste em querer ajudar foi condenada.
- Você sabe muito bem o que ela fez.
- Claro que sei... – debateu o outro – Só não se esqueça que é errado julgar sem ao menos investigar a verdade!
- Coisa que... Eu quero fazer.
A segunda e a terceira discutiram sobre a figura sombria que residia o mundo sombrio.
Uma dizia que ela o que merecia pelos seus crimes e pecados...
A outra contestava, alegando que deveriam descobrir o que a fez cometer aquelas atitudes desumanas.
A primeira só observava-os. Esperando que ambos chegassem a um acordo.
Coisa que ia demorar pelo visto.
- Podemos continuar nosso trabalho?
- Desculpa, mas eu estou fazendo o meu serviço.
- Meninos... – interferiu naquilo – Será que podemos chegar num consenso?!
- Ahn... Senhora...
- Bem... Princesa Ai...
- Ahn... Lance... Eu não sou mais princesa. Bom, esquecendo isso... O que você quer tanto com aquela mulher?
- Ai-sama, você sabe que... Quando eu era vivo, a ouvi pedindo ajuda. E não pude recusar... No fundo sinto que... Ela foi uma vítima.
- O que?! Foi ela quem libertou as trevas anteriormente para se tornar mais poderosa! – argumentou o outro rapaz.
- Favor, Hariki... Deixe-o expor sua opinião primeiro... Lance-kun nunca me pareceu uma pessoa má como diziam... – pediu a jovem.
- Ok... Como a senhora desejar.
- Prossiga favor.
- Acho melhor resumir... Eu acredito que ela não fez aquilo por querer, assim como não a libertei sem razão alguma.
- Ajudar os outros foi o que me ensinaram. Não haveria de pedir socorro se tivesse feito aquilo intencionada, certo?
- Por favor... Deixem-me tentar falar com ela! Pedir que renunciasse seus poderes malignos ou “sei lá” o que ela tenha feito!
- Tentar? – exclamaram os dois.
- É, tentar...
- Eu sinto uma grande infelicidade vindo dela.
- Eu sei como é... estar sozinho no nada... Pois eu fiquei lá também.
- E recebi uma nova... oportunidade. Coisa que creio que ele esteja fazendo o que é certo!
- Hm, concordo com ele. – opinou Ai.
- Mas... Senhora...
- Hariki, ele tocou em um ponto. Lance já esteve naquele lugar. E conseguiu uma nova vida.
- Por que não dar a ela uma chance também? Todos merecem.
- Se eu mereci... Não acham que seria justo ela também provar merecer?
O loiro calou-se. Não tinha como continuar com aquilo... E a decisão de Ai parecia estar definida.
- Ok – pronunciou a garota – Você tem permissão para falar com ela. Só espero que... Consiga nos convencer que ela se arrependeu do que fez no passado.
Sorriu e ajoelhou-se perante a administradora.
- Não irei falhar, Ai-sama... Farei jus ao meu nome.
...
E voltamos a cena anterior. Serenamente, o garoto respondeu:
- Porque eu também passei por isso.
- Também fiquei preso neste “nada”.
- Somente lembrando e relembrando do que fiz.
- ... O que veio fazer aqui? – interrogou-o.
- Quero falar com você. Eu acredito que não tenha feito nada disso por vontade própria.
- No fundo sinto que alguma coisa te usou para conseguir isso tudo.
- Aquela “coisa” que você chama de “mestre”.
- ... Como...
- Espera. Não terminei...
- Tive meio trabalho pra vir até aqui. Sei como é... E eu não suporto ver sofrimento.
- Principalmente quando uma boa pessoa é usada pelas forças sombrias.
- Você foi marionete delas, assim como essas mesmas trevas me usaram também...
- E tudo a ponto de me eliminar, para que quando descobrisse a verdade não tivesse como reverter.
Estendeu sua mão a ela, um gesto amigável e puro. Digno dele.
- Pandora... Sei que deve ter sido tão triste viver acorrentada e guardando uma caixa...
- Queria liberdade a si, e não ao que continha no recipiente de madeira.
- Elas te disseram que a única forma de se livrar daquela angústia de guardiã das trevas era alguém abri-la, certo?
- Pois eu te digo o contrário. Há uma forma de sair daqui, ser livre. A forma correta.
- ... Que forma?
- E por que está me dizendo tudo disso...?
- Se você confessar, há como sair daqui.
- Prove sua inocência! Renuncie a este poder que te ofereceram em troca!
- ... Por que está me ajudando?
- Mesmo depois de eu ter feito aquele garoto te matar...
- E de ter tentado eliminar sua nova vida...
- Por que eu sei que você é uma pessoa boa.
- E que está arrependida disso tudo!
- ... Então, o que me diz?
Fitou a mão dele, estendida a sua frente. Seus olhos cruzavam com os seus, alcançando lá no fundo de sua alma.
Ele entendia seus sentimentos. Ele compreendia que tinha sido manipulada.
Esticou sua mão e a deu. Com isso o menino a ajudou a se levantar e também tornou aquele lugar negro em um fundo branco.
Apenas permaneceu no lugar uma fumaça negra, que tentou se apoderar da jovem...
E foi impedida por uma luz fortíssima emanada da mão direita de Lance.
Com isso, a maga traiçoeira provou que tinha sido somente um brinquedinho dos males.
E foi perdoada pelo que fez. Tendo assim a oportunidade de renascer.
- ... Você tem um bom coração, meu jovem...
- Pensei que jamais sairia daqui.
- Pensava o mesmo, mas milagres acontecem. – riu.
- Aliás, é assim que me chamam... Kiseki. Anjo do Milagre.
- Eu só tenho a te agradecer por isso...
- Obrigada, de coração e de alma.
- Você merece uma chance como qualquer outro mortal.
- Como também tive. Bom, como ele teve, já que sou apenas um fragmento que ficou aqui por razões próprias...
- Então... Aquele menino é e não é você?
- É... Exatamente isso.
- Ele é eu, mas eu não pertenço mais a ele...
- Tenho de proteger minha irmã, e a todos...
- Você gosta mesmo de ajudar...
- Ah... Isso também faz jus ao novo nome dele...
E ela dispersou daquele lugar... Renascendo em outro mundo e outra época.
Assim como aconteceu antes... com ele.
Mas...
Nem sempre tudo que acontece agrada a todos...
Algum tempo depois da feiticeira ser solta daquele lugar...
O seu mestre descobriu.
O seu outro mestre.
E este certamente não ficou nada contente em saber disso.
E o mais provável que aconteceria...
Seria...
..................................................
............................
- Aww... Enfim... me safei.
- É, se safou mesmo... – respondeu uma outra voz.
- Ahn?! – virou-se, não viu nada, olhou para baixo e o viu.
- Achei que você ia se dar mal na escola...
- Também achei, Chibimon! Acho que milagres acontecem mesmo.
- Claro, é o Escolhido do Milagre né?
- Hehe... Acho que foi mais por sorte do que por capricho de escolhido – riu.
[Local... Residência dos Motomiya – quarto do mais novo.]
[Hora... 8 am. (GMT +9)]
[Dia... 9 de janeiro de 2004.]
Era essa data que marcava no calendário que se encontrava em cima da mesa.
Ao lado tinha certo objeto que ele ganhou de presente.
- Hm? – desviou sua atenção para uma anotação na folha – AH! Hoje tem treino!
- É hoje?
- Sim, e... – olhou para o relógio, situado no mesmo cômodo – E... E-E ESTÁ QUASE NA HORA! – saiu às pressas para arrumar suas coisas.
- D-Daisuke! Espera!
Mas o menino mal terminou de fechar sua mochila e saiu. Porém volta e pega o seu presente e o coloca.
Fecha a porta e... esquece alguma coisa, que provavelmente só se lembrará mais tarde.
- DAISUKEEE!! – o digimon azulzinho olhava pra porta, boquiaberto por ter sido deixado lá.
- E agora?? O que eu faço?!
- Ele nunca me deixa sozinho.... *gota*
No apartamento do lado... morava outra família.
E outra criança...
- AH, QUE FRIOZINHO~
- Me sinto tão bem! Espera...
- Férias de inverno!
- .......... Ah droga.
Saltou da cama, trocou de roupa e começou a arrumar o seu precioso canto. Deixou impecável e pos a olhar para a mesa do computador. Lá encontrava-se seu inseparável caderno, seus lápis, suas canetas, borrachas... material artístico em geral.
Cantarolando uma melodia, a menina puxa a cadeira com rodinhas para se sentar e começar ao seu habitual ritual matinal de expor sua criatividade no papel...
... Quando ela numa sensação estranha...
Para e olha para o céu pela janela.
E de lá vê um brilho... Algo vindo numa velocidade imensa!
Esquivou e abriu rapidamente o vidro, e pegou a almofada da cadeira e arremessou contra o piso.
Bingo. Algo adentra seu quarto e faz uma aterrissagem forçada no fofo. O estranho “meteorito” desmaiou na hora.
A jovem aproximou-se cautelosamente dele e descobriu o que era. Um coelho rosado, com marcas em lilás em suas orelhas... e usava um estranho colar em seu pescoço.
A criatura logo começa a recordar a consciência e a primeira coisa que aparece em sua visão turva é...
- Kh...
- O que é isso? – a desenhista piscou rapidamente seus olhos, observando-o.
- E-eh? – fitou-a.
- ...
- ...
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!!!
O grito ecoou pelo quarto, e saiu pela janela. Por sorte os pais da jovem tinham ido a alguma padaria para comprar pão...
Mas os demais vizinhos ouviram. Inclusive...
- AH! Essa é a voz da... Ni! – exclamou Vee, dando um salto.
- Ela deve estar com problemas!!
E ele salta pela janela e sai a toda, chegando até a outra. Ao entrar no quarto, nota que...
Em um lado estava a tal Ni, protegendo-se com a prancheta de desenho,
Do outro estava a tal criatura, usando a almofada por onde caíra como escudo.
- Mas hein?? Ni-chan, o que houve? – perguntou-a.
- Chi-Chibimon!! – respirou aliviada, andando até a janela – Como que veio até aqui?!
- Ué, pela janela... A-Algum problema?!
- Aquela coisa rosada... – aponta para o bichinho orelhudo – C-caiu... a-aqui dentro!
- Parece... Parece um tanto comigo.
O azulzinho chegou mais perto da coisinha rosa, que o olhou nos olhos. Ficaram se encarando até que o parceiro do Motomiya pegou sua orelha e a puxou.
- EI! ISSO DÓI! – reclamou o coelho – Isso são modos com uma garota?!
- Você é um digimon? – interrogou.
- ChibiBunnymon, ok? Eu sou a digimon do Desejo.
- Digimon... do Desejo?! – exclamaram Ni e Vee.
- É. Estou aqui para falar com uma pessoa!
- Com quem? Comigo? – falou Ni, confusa.
- Não, não! Estou a procura de uma pessoa que usa um pingente!
- Pingente?
- É, em formato de estrela! Eu preciso falar com essa pessoa... e depressa!
- Eu não sei... Já vi tanto pingente assim...
- Não conhece?! Eu preciso encontrá-la antes que seja tarde! Por isso que fui...
E a pequena começou a tagarelar.
Os outros dois se entreolharam, e ignorando-a...
- Ni, pode me fazer um favor?
- Uh, depende do que for...
- Poderia me levar para o treino? O Dai-chan saiu na correria e esqueceu de me levar junto... *gota*
- Outra vez?
- Ahn, quarta já. As outras ele lembrou a tempo. Só que desta vez não...
- Ok, ok. Sabe onde é, né?
- Sei! Eu te mostro!
- Ok! Então vamos!
Pegou seu casaco e saiu do quarto, deixando a coelhinha falando lá.
- ... EI!! ME ESPEREM!!
E esta os seguiu, voando janela a fora.
...
A bola corria pelo chão, passando pelos pés de todo mundo. Voava algumas vezes, encontrando-se com o peito dos jogadores.
Só que a redonda acabava, na maioria das vezes, nas “mãos” do outro time de treino.
E quando a bola estava prestes a entrar na goleira... Num “flash” ela era tirada por um carrinho.
O tradicional movimento.
Salvou o placar. 2x1 de seu grupo. Levantou-se do chão e ouviu os companheiros comemorando. Olhou para o Yagami, que estava alguns metros à sua direita, no mesmo time, satisfeito com a partida.
Passou um tempinho e todos já estavam indo embora. Taichi e Daisuke foram os últimos a sair, e juntos até.
Estavam andando calmamente pela calçada, conversando sobre o treino, o jogo que aconteceria na terça...
Até que... Repentinamente o mais novo some. Taichi olha para os lados, procurando-o e se vira para trás, vendo ele sentado no chão, com a mão na testa e expressando dor...
- Ow! Dá pra olhar por onde anda?!
- Aaah, desculpa, desculpa!!
... E à frente dele aquela garota que conheceu no parque junto de outra.
- Isso dói! E mais ainda por causa do... Uh?? – mirou naquela com quem colidiu – G-Geijutsushi??
- Ah! Motomiya! – ela percebeu-o só depois de ter ouvido seu sobrenome – Eu estava te procurando... Ahn... Chibimon... Você o esqueceu e...
- Chibimon? – olhou direto para as mãos dela, vendo o bebê II em seu colo.
- Daisuke!! – saltou dos braços e pulou no ombro do parceiro – Esqueceu em casa, de novo.
- Se bem que percebi que a mochila tava mais levinha...
- Ei!
- Uh, como que...
- Ele pediu para que o trouxesse aqui – respondeu ela.
- B-bem... Obrigado... Espero que ele não tenha te causado problemas.
- Ow! Eu não sou tão mau assim! – resmungou Chibimon.
- VOCÊ! TE ENCONTREI!! – surgiu outra voz pela rua.
- Hein?! – exclamaram os quatro, olhando ao redor.
- Ei! Isso é um... – perguntou Taichi, olhando para uma criatura rosada que voava ao seu lado – Coelho voador?!
- EEEEEH?! Coelho voador?! – encarou-o ChibiBunnymon – Saiba que eu sou a Digimon do Desejo, ok?!
- Digimon?! – disseram os dois rapazes.
- Ah não! Ela nos seguiu?! – falaram desanimadamente Nina e Vee.
- Vocês a conhecem?! –perguntaram os escolhidos.
- Ela... caiu no meu quarto... – respondeu Geijutsushi.
- Coelhos-digimons que voam e invadem domicílios? Esse ano começou com tudo... – comentou o Yagami.
- Eu não tenho tempo pra isso! Você aí, portador da estrela... – voou até Daisuke – Preciso falar contigo, é urgente!
- C-comigo?! – engoliu a seco – O que... O que quer?
- Fui enviada para lhe pedir ajuda! Tudo corre risco se alguém lembrá-la do que aconteceu antes!
- Ahn?? – todos ficaram confusos.
- Você precisa achá-la antes de tudo e entregar isto – apontou para o colar que carregava.
- Mas... Por que eu?? – indagou o goggle boy.
- Por que você quem a selou e a libertou das trevas!
- Daisuke... O que é que tá acontecendo aqui? – perguntou Taichi.
- Espera só um instantinho...
Levantou-se, ajudou a menina a se levantar, deu a Taichi sua mochila e pediu que deixasse em sua casa, também pediu que avisasse que tinha ido dar uma volta. Seguida pegou a coelha pela cauda e a puxou.
Os outros dois humanos se entreolharam, dizendo “O que raios deu nele?!”
Afastado de lá, ele a soltou e novamente voltou a dialogar com ela:
- Ok... O que é que tá rolando agora?!
- Que história é essa?! Dá pra explicar?!
- Você... – fitou a estrela – Você é ele, certo?
- Ele quem?
- Lance-kun... O portador da estrela. Aquele que libertou Pandora das trevas.
- ...
- Ela renasceu! Ela finalmente foi salva! Mas... Está correndo perigo. Só você pode impedir que ela sofra de novo, Lance-kun! Deve encontrar a pessoa que anteriormente foi Pandora e entregar esta poção. Com isso as trevas não poderão se apossar dela outra vez!
- Eu... Eu não sei de quem você está falando. – olhou para o lado – Não sou esse tal “Lance”. Não salvei nenhuma “Pandora”.
- Agora se me der licença... Tenho mais o que fazer... – deu a volta e saiu andando.
- M-Mas!! Ei, eu não vim do outro mundo pra ser largada no meio da rua!
Vai atrás dele, para diante de seus olhos e insiste:
- Não pode ignorar! Isso é um assunto sério, ouviu?!
- ... Eu já resolvi o assunto pendente! O que mais deixei de fazer antes de renascer?!
- Isso aconteceu depois... Bem depois.
- Hein?
- Kiseki... Ele a ajudou a pedir perdão pelos pecados e a provar que tinha sido uma vítima sob o poder da escuridão... – explicou a digimon – Com isso... Ela pode obter uma nova vida. Só que, depois de algum tempo, os três notificaram um estranho ser rondando pelo Oceano Negro... E... Bem... Eu não lembro bem o resto.
- Você esqueceu do resto?! *gota*
- Ahn... Daisuke... – o parceiro entrou na discussão – Acho que deveríamos ajudá-la... Já que ela disse que o mundo corre perigo caso... Caso aconteça o que?
A coelhinha suspirou, olhou para a poção que carregava e disse:
- Seu mundo irá ser dominado pelas trevas... E ficará a mercê daquele ser. E também... Ela... Ela talvez te mate por ter selado-a.
- Mas... Mas não fui eu quem a libertou das trevas?? – franziu a sobrancelha o Motomiya.
- Então... Como que ela pode querer matar alguém que a ajudou? – idem a Vee.
- Ela... ... Ela vai diferenciar. Um a selou, o outro a libertou. É estranho isso, já que o Lance agora é... você.
- É, então... Não sou responsável por isso... – prosseguiu andando.
- É sim, só você pode impedir isso! – insistiu.
- E por que eu? Por que não pode fazer isso por conta própria?
- Porque é você quem a ajudou antes!
- Não fui eu, foi o que restou de mim naquela vida passada!
- Não pode dar às costas a ela! Não agora!
Parou outra vez. Silêncio cobriu aquela rua. Apenas olhares.
Um deles sério, outro implorando.
- Olha, coelha voadora... Eu não quero por em risco... Outras pessoas. Passei quatorze dias fora de casa, muitas dessas pessoas sofreram com meu sumiço. Algumas delas saíram a minha procura, outras descobriram onde eu estava e deram total cobertura aqui. E confiança... Não quero deixá-los preocupados. Nem mesmo a Jun, por mais que nós briguemos... Ela gosta de mim, e eu senti isso no dia em que voltei pra casa.
- Mas... Mas você não vai ter que sumir! Escuta... Seu mundo corre risco, quer deixar que as coisas se repitam?! Se no passado as trevas reinaram por muito tempo, até a hora em que você retornou para terminar o serviço... Acha certo deixar o que tem aqui agora correr o risco de ser corrompido e até... destruído?!
- Eu... Eu não... Não sei! E preciso voltar pra casa agora, antes que pensem que desapareci de novo.
E saiu andando, deixando-a parada ali.
ChibiBunnymon só o via partir, enquanto uma pena branca passava por ela.
...
Voltou pra casa, almoçou, saiu com os outros amigos e retornou no fim da tarde.
Porém... Passou o tempo todo pensando naquilo.
Pensando, pensando e repensando...
Atirou-se na cama e olhou para o teto. Estava confuso sobre aquilo. Não sabia ao certo o que deveria fazer.
Diferente de antes, onde aceitaria e enfrentaria tudo sem temer as conseqüências...
Daisuke pos em primeiro lugar tudo que tinha. Havia pensado neles e não em si mesmo e na provável diversão que seria.
Tinha aprendido a controlar seu impulso e ansiedade por aventuras. Graças ao que vivenciou naquele mundo. Naquele mundo bizarro...
Até se lembrar do dado momento em que voltaram. Daqueles minutos em que Taichi e Jou o levaram a um hospital por causa de seus ferimentos.
...
- Onde é que você estava?! E como conseguiu esses hematomas, cortes e esse ferimento no seu abdômen?! – berrou Jun enquanto os pais do menino falavam com o médico.
- I-isso?? Eu me feri pra caramba... Nem me lembro... Outch...
- É sério... O que aprontou?! Como pode ter nos deixado tão preocupados?!
- Jun... Eu vou e-explicar! Calma!
- Foi culpa minha, Motomiya-san... – adentrou Hikari no quarto, com ar de preocupada.
- Hã? Sua culpa?
- Sim... Eu tinha ido passar uns tempos na casa de uma amiga, mas não consegui avisar meus pais pois houve uma pane telefônica na região... E o meu celular estava sem bateria e esqueci o carregador em casa. – explicou ela.
- Encontramos o Daisuke-kun me procurando... Mas o cachorro dela, que geralmente é dócil com as pessoas, se assustou ao vê-lo entrar de repente no quintal...
- E o atacou. A sorte que o oniichan também esteve me procurando esse tempo todo e o salvou rapidamente.
- Então ele pegou o seu celular e ligou para a emergência...
- Desculpe, a culpa foi minha... Se eu tivesse levado a bateria do meu celular...
- Hikari-chan... Não se preocupe – sorriu ele.
- Então esse cachorro é muito feroz... – disse Jun – Já que conseguiu causar tantos ferimentos assim...
- É que também me esfolei todo pra pular a cerca!
- Por que não chamou os donos da casa?!
- Eu chamei! M-Mas nada! Aí achei que podia entrar...
“Aquele dia eu salvei a Yami e o meu antigo lar...
"E fui salvo da Jun e dos meus pais pela Hikari... Graças a aquela desculpa que ela contou..."
“...”
- Chibimon... Acha que... Eu... Eu fiz o certo? – deitou-se de barriga na cama e pos a olhar o amigo que comia uma barrinha de chocolate sentado no chão.
- Ah? Bem... Fiquei surpreso em ver que... Pensou antes na sua família e nos amigos... A escolha foi sua, certo?
- Mas... colocar o mundo em perigo... ... O que eu estou fazendo?
- Hm?
Saltou da cama para o chão, pegando o casaco, D-3, D-terminal, o pingente e o parceiro.
Abriu a porta do quarto e moveu-se para a sala...
Porém tudo parecia ter parado. Olhou para o relógio e o ponteiro de segundos não se moviam. Poderia ser problema no mesmo, se não fosse o fato da televisão estar congelada em uma imagem... E o microondas também.
- Mas... Mas o que tá acontecendo aqui??
- Hein? Parece estar tudo... congelado?!
Não hesitaram e saíram de casa.
Desceram pela escada, já que o elevador consequentemente também não se moveria...
Assim que chegaram ao térreo, o corpinho frágil de Chibimon sentiu arrepio.
Eriçou seus pêlos e seus olhos focou-se em uma estranha entidade sombria que surgiu do outro lado da rua.
- D-Daisuke... Eu sinto... p-problemas...!
- Hein?! O que é aquilo..?!
Olhos cintilantes e rubros encararam o menino... Mas vidravam-se justo na estrela que ele tinha no colar.
A estrela... O símbolo... A chave.
- Daisuke... Agora!
- Yosh! – pegou o D-3 mas nada aconteceu.
- Mas hein?!
- O digivice não... reagiu?!
Aquela sombra começou a atravessar a rua. Nisso o garoto começou a suar frio...
Tentou fugir, mas algo agarrou seus pés. Quando olhou para eles, viu que estava preso em um gelo negro.
A tensão subia, seus batimentos aceleravam mais e mais. E aquilo que parecia querer atacá-lo estava cada vez mais próximo deles.
- Daisuke! O que... o que faremos?!
- E-eu não sei! Meu pé está preso! Saia daqui Chibimon!
- Mas, mas...
- Saia e chame logo o senpai ou a Hikari! Antes que seja tarde!
- O-Ok!!
Porém assim que as patinhas dele tocaram ao chão... Chibimon também ficou com os pés presos.
Isso o deixou mais nervoso ainda. Muito mais do que antes.
E agora?
Última edição por Nina Geijutsushi em Sex Ago 26, 2011 10:06 pm, editado 7 vez(es)
Convidado- Convidado
Re: Digimon Adventure ZeroTwo: Hinode
- Aah! Daisuke!! Eu fiquei preso também! E agora?!
- Kh... Droga! – murmurou Dai
Rapidamente começou a tentar mover um pé, numa tentativa de soltá-lo. E quando não conseguia um, tentava o outro.
Idem a Chibimon. Porém nenhum deles conseguiu. E a penumbra se aproximava mais e mais deles.
- E agora?? – Chibimon olhou amedrontado ao parceiro.
- E-eu..... Eu não sei! – confessou – Acho que não tem jeito!
- O que?! V-Vai desanimar agora mesmo?!
- Que?! Desanimar?! Nem pensar! Acha que vou me dar por vencido agora?!
- Não parece pelo que tinha dito antes...
- Estamos presos! Só nos resta... enfrentar aquela coisa!
- M-MAS... ENFRENTAR ASSIM?! E-esqueceu que quando saímos de lá...
- E quando é que se precisa ter “poderes” e coisas do tipo pra encarar uma situação dessas?
- ... Quando o inimigo é uma coisa desconhecida e que prende suas presas com gelo negro?
- ............
- ............
- AAAH! SOLTA, SOLTA!! – berraram desesperadamente, tentando soltar os pés, agora usando as mãos para rachar o gelo.
Quando estava já no mesmo lado da rua onde se encontravam a dupla 2-top...
Um disparo luminoso acertou a incógnita, que recuou.
As vitimas pararam suas tentativas de se soltarem... E viram uma pena branca passar por eles.
- M-mas... !! – exclamaram os dois ao verem outro indivíduo, trajado em roupas brancas, apontando a palma de sua mão para a figura maligna.
- Aquele... Espera, ele não era o “Daisuke sinistro” que apareceu pra gente aquela vez? – perguntou o dragão bebê.
- Uh... está falando do...
#2 - O anjo do Milagre, Kiseki
- ... Fragmento? – Daisuke arregalou os olhos, para ter certeza de que não era sua imaginação.
- V-você... Aqui?! – exclamou, agora tendo total certeza que era realmente ele.
- Ainda bem que chegamos a tempo, né Kiseki-sama... – suspirou aliviada a coelha, que estava ao lado de Lance.
- É... A tempo... De novo. – continuou encarando o inimigo.
- Espera... Ele está de branco?? – notificou o digimon.
- Vee... *gota*
- ChibiBunnymon, solte-os. – ordenou-a.
- Hai! (Sim)
A coelhinha uniu suas patas e lançou uma bolinha de plasma contra o gelo negro.
Que por sua vez rachou-se e libertou-os.
- Ei, valeu por nos salvar! – agradeceu o azulzinho.
- Não agradeça... É nossa obrigação protegê-los dele. – pronunciou o Kuroboshi.
- Dele? – indagou o Motomiya.
- É, daquela coisa ali que... Uh... não sei como se chama! – respondeu a digimon rosada.
A sombra pos a atacar novamente o goggle boy, e o anjo avançou contra ela.
Tais asas iluminadas que surgiam atrás de Kiseki tornaram-se outra rajada, que foi lançada contra o misterioso ser.
Este levou o golpe e o dano foi preciso. Vendo que não teria condições de encostar um dedo em Daisuke, ela foi embora.
E então tudo voltou a se mover.
- Caramba... – suspirou o escolhido – Mal começou o ano e já querem me matar!
- Desculpa, Dai-chan... Eu não consegui evoluir para te proteger... – choramingou o parceiro.
- Nah, isso não foi sua culpa... O digivice não reagiu... – pegou-o do bolso e pos a olhar – Que estranho...
- Foi por culpa dele que seu D-3 não reagiu, Motomiya. – respondeu Lance.
- E também, foi ele quem paralisou o tempo. Numa tentativa de te destruir antes que pudesse encontrá-la.
- Eh? Encontrar... a coelha-voadora? – perguntou.
- Não... – negou ele – A Pandora.
- Como é que sabe que eu iria...
- Ahn... Esqueceu de quem eu sou fragmento? *gota*
- Típico do Daisuke... – comentou Vee.
- Ei! Não era você que estava quase morto! – retrucou Dai.
- Quase morto? Ele nem chegou a te tocar!
- Bem... Mas quase ele me matou! Dava pra prever o que aquela coisa queria fazer!
- Já parou pra perceber que sempre estamos sendo ameaçados de morte?
- Já... Não sei por que disso...
- Tem certeza que temos de pedir auxílio pra esse garoto? – questionou Bunni.
- Não temos outra escolha... *sigh* Só ele pode me ver. Ele e o digimon dele.
Depois de um tempo, os quatro foram para um lugar mais apropriado para conversar...
- Então... Por que você veio até aqui pedir minha ajuda?
- E por que aquela coisa estranha queria me matar?
- Pensei que a Bunni tinha contado tudo... – o garoto olhou para ela.
- H-Hein? Mas... Mas eu contei! Só que... esqueci algumas coisinhas...
- Sabia que isso ia acontecer *sigh*
- O que aconteceu depois que a Pandora foi perdoada e pode renascer? – perguntou Daisuke.
- Ah... Não é uma história legal de se contar, quanto mais de se lembrar...
- Mas o que aconteceu foi...
...
“Depois de algum tempo, após o renascimento de Pandora...”
“Um estranho rondou pelo Oceano Negro.”
“Ele tinha ido especialmente para usá-la.”
“Para fins próprios, para ser indestrutível, para ser poderoso”
“Para controlar o mundo”
“Foi quando...”
- Ei, tem alguma coisa lá no hall do templo... – notificou Hariki.
- Mas... Seria alguma divindade vindo inspecionar nosso trabalho? – perguntou-se Ai.
- Onde está o Lance?
- Realizando seus afazeres.
- Awwn... *bocejo* Voltei... – falou o terceiro membro – Puxa, queria só um tempinho pra cochilar...
- Oi... Você não devia agir dessa forma! Pare de reclamar – o loiro encarou-o.
- Ah, calma um pouco... Não estou reclamando... *gota*
- Meninos – Ai chamou a atenção deles – Aquele estranho ser desapareceu do hall...
“Não era nenhuma divindade... e sim...”
“Aquela criatura que apareceu minutos atrás.”
O cenário é completamente pintado de vermelho e preto, com os três a lutar. Hariki empunhava a espada Iustia e partia pra cima do invasor... Enquanto Ai criava uma barreira protetora em volta dela, dele e Lance.
E por último, o anjo milagroso desferia rajadas de luz contra a criatura das sombras.
Mas era em vão, pois o inimigo era mais forte e os derrotou.
Quebrou o escudo, desarmou Hariki, jogou-o contra Lance e partiu pra cima de Ai.
“Fomos derrotados...”
“E o pior disso... Foi que ele pegou nossa mestra pelo pescoço, ergueu-a para o alto e interrogou-a.”
- Heiwa no Lady... Onde está aquela quem deveria estar selada no Oceano Negro?
- Ghn... A-aquela garota...
- DIGA!
- E-ela... Finalmente encontrou a libertação... que procurava. Ela se arrependeu dos seus... f-feitos e foi lhe concedido o milagre do renascimento...
- Então ela não está mais lá?!
- Solte a Ai-sama! – bravejou Hariki, correndo para pegar a espada.
- Como desejar, Kousei no Kishi. – O estranho soltou-a, atirando a dama contra o cavaleiro.
- Ai-sama! Hariki! – gritou Kiseki.
- Agora que me disseram... Irei procurá-la. – sorriu diabolicamente a incógnita.
- Até mais, seres celestiais.
“E aquele estranho desapareceu diante dos nossos olhos.”
“Só sei que o pior não foi termos o templo celestial invadido...”
- KISEKI!! – bufaram os outros dois, encarando-o.
- A-ah! E-esperem! E... Estão bravos comigo por ter dado a ela perdão para poder renascer e ter uma vida pacífica?!
- ... Não, seu idiota! Você não viu se tinha alguém atrás dela aquela vez?! – resmungou o loiro.
- Não sei, acho que não vi ninguém lá naquela vez em que nós conversamos...
- Ok, ok... sem brigas, sem conflitos... – ordenou Ai – Temos que impedir que este ser vil destrua a paz.
- Como? – perguntaram os rapazes.
- Kiseki. Terá de encontrar Pandora antes dele.
- Eu? Mas... mas... E o meu trabalho?? – questionou-a.
- Bom, pra isso você poderá recorrer à ajuda.
- Ah, se for assim... Hm... Mas não tem como ele fazer isso sozinho.
- E assim que encontrarmos Pandora, o que faremos?
- Eu pensei em chamar uma... “companhia” que pudesse servir de auxílio.
- Quanto a isto... – tirou um colocar que usava e mostrou a ele.
No mesmo instante, pipocou uma coelha do broche de Ai.
Ela abriu seus olhos, vendo aquele lugar harmonioso... em ruínas graças à batalha.
- Nhan... – piscou seus olhinhos – B-bom dia... Eu sou Bunni, a ChibiBunnymon. Digimon do Desejo.
- Ela irá contigo. – explicou Ai, entregando o colar à pequena – E também será responsável em protegê-los caso aquele estranho os ataque.
- Ah... – Lance piscou os olhos, meio confuso – Mas... O que tem de especial nesse colar Ai-sama?
- É uma magia, meu caro. Algo que criei para que caso algum dia ela se redimisse... Pudesse se livrar definitivamente das trevas. – disse uma nova voz, vindo do hall.
- Quem está aí?! – Hariki empunhou Iustia e apontou para a entrada do cômodo.
- Dragon Hu. – respondeu, surgindo rapidamente no meio da sala, ao lado direito de Kiseki.
- Dragon Hu?! Por que... Esse nome me é familiar? – exclamou o Kuroboshi, olhando para o mago.
- Claro que é... Sou Tataravô de Warlock e Nesshin. Ah, também tenho minha fama de grande feiticeiro.
- Espera... o que ele...
- Ele veio explicar, não é... Dragon-sama? – disse a coelhinha, pulando nas mãos do Hu.
- Explicar?!
- Ouça com atenção, Kiseki no Tenshi... – começou ele.
- Este objeto contém um feitiço especial. Foi feito em caso da Pandora se arrependesse do pacto com as forças sombrias, e fosse liberta corretamente.
- Porém, essa magia necessita de suas coisas: O fragmento do Desejo e da Felicidade. Ambos têm de ser puros.
- Afinal, você sabe que muitos confundem “Desejo puro” com o “Desejo impuro”, conhecido como “Cobiça”. E também sabe que existe a “falsa Felicidade” e a “verdadeira Felicidade”.
- Esses fragmentos, creio que você irá encontrá-los. Ou melhor... Ele os tem bem pertinho.
- Como Pandora tem uma nova vida, ela não irá abrir mão disso novamente. E é por escolha dela que essa magia funcionará.
- Bom, acho que desta vez ela irá fazer o certo.
- Continuando... Vocês devem entregar este pingente a ela, e ativar a magia.
- Com isso, tudo e qualquer força maligna que tentar apossá-la será repelida.
- E poderá continuar a viver feliz, sem se preocupar em ser uma marionete.
- Ah, entendi... – disse Lance.
- Só... Só me diz uma coisa... Você a conhecia antes?
- Pandora foi... Uma dos meus primeiros pupilos. – contou.
- No entanto... Ela deu ouvidos a um “aluno” meu... E usou as magias proibidas, as das trevas...
- Esse aluno meu foi... gêmeo do pai de Warlock. Filho do filho do meu irmão.
- Demonstrava interesse na escuridão, coisa que os outros aprendizes meus não tinham.
- Foi ele quem os atacou. E ele quem quer usar a nova vida de Pandora para controlar o mundo.
- O nosso mundo? – perguntou-o.
- Todos os “mundos” que este possa se tornar daqui a milhões de anos, Kiseki.
- Nosso presente... pode ser um passado de outra época. E o futuro de um mundo anterior.
- Ok... – Ai interrompeu a conversa – Kiseki, vá agora e encontre ele. Peça que o ajude e conte tudo que aconteceu, entendido?
- Sim, Ai-sama!
...
“E foi isso que aconteceu...”
“E aqui estou...”
- ... Aproveitando as brechas do meu serviço pra te safar a pele mais uma vez.
- Haha, muito engraçado... – resmungou Daisuke.
- Você sabe como eu sou... – riu – Não pude resistir.
- Agora tá explicado... Preciso achar a Pandora, mas antes tenho que reunir os fragmentos do Desejo e da Felicidade, mas devem ser de pessoas puras?
- Exato. E pelo que o Dragon Hu falou... Você as tem por perto.
- Quem seriam? – começou a pensar.
- Daisuke! – chamou Chibimon – Lembra da Negai e da Yorokobi?
- Ahn... Sim.
- Lembra que os nomes dela significam?
- Negai... Desejo, e Yorokobi... Felicidade. Tá, o quê que tem?
- ........ *gota*
- Ahn, Daisuke-sama... – Bunni aproveitou a pausa para se expressar – Creio que o digimon azulzinho quis dizer alguma coisa.
- Me chamo Chibimon, por vezes Vee.
- Ah, desculpe.
- Ele quis dizer que o enigma já está solucionado. – esclareceu Kiseki – Basta encontrar a “Negai” e “Yoro” de seu mundo.
- Bem, elas se parecem... Com duas garotas que conheço, mas não muito bem. – disse o goggle boy, meio pensativo.
Alguns segundos depois o terminal toca. Daisuke retira-o do bolso e abre-o.
Era uma mensagem de Taichi... Perguntando onde ele estava a essa hora.
Como não sabia que horas eram, já que a conversa toda com as entidades celestiais foi seu foco, pegou o D-3 e viu o horário. Marcava 1 da madrugada.
Com isso, deu um salto da onde estava sentado, despediu-se de Lance e ChibiBunnymon, pegou seu parceiro e saiu às pressas, dando alguns berros clássicos dele.
Os dois que ficaram para trás se olharam e disseram em coral: “O que raios deu nele?!”
Chegou a casa a tempo. Antes que Jun ficasse preocupada... Ela já demonstrava certa desconfiança da demora do irmão. E este teve de dizer que estava na casa de Ken, apenas para cobrir o verdadeiro motivo de sua demora.
- Bom, sabe que estou de guarda até que nossos pais voltem... Se te acontecer algo, a culpa será minha por não ter te cuidado bem. – alertou ela.
- D-desculpa, Jun! Da próxima vez eu aviso... Agora... eu vou para meu quarto. Hoje foi um tanto cansativo...
- Deve ter sido... Espero que ganhem o jogo na terça... E que você jogue também.
- Ow! Eu jogo! Não fico correndo à toa! Também salvo muitos lances, ok? E impeço vários gols!
- Tá, tá... Não fica nervosinho não... – riu.
- Sei... Boa noite. – foi para o quarto e fechou a porta.
Só tinha percebido uma coisa... Se o tempo tinha parado... Como que ela ficou preocupada assim?! Tinha vezes que ele saía e voltava no máximo a 1 da manhã.
Isso quando tinha de resolver assuntos na DW, com os outros onze escolhidos.
Ou ainda pensam que está tudo “ok” por lá?
...
No dia seguinte, o sol entrou pela janela... Numa tentativa de acordá-lo.
Mas como estava confortável debaixo dos lençóis que o ignorou. Virou para o outro lado e continuou dormindo.
Ao lado do travesseiro estava o pequeno azulzinho, na mesma preguiça que o companheiro.
Até que algo os cutucou:
- Ei, Daisuke-sama... Vee-sama...
- Acordem, por favor...
- Ei, ei! Acordem!
Abriu os olhos lentamente. Viu um borrão rosado em seu peito, encarando-o com olhos verdes brilhantes.
- Aaah! C-Como você entrou aqui?! – deu um rápido recuo, batendo em Chibimon que cai no chão.
- Outch! – grunhiu de dor o dragãozinho.
- D-desculpa, Vee!
- Ow... Que jeito de me acordar hein.... – coçou o olhinho direito com sua patinha, seguida fitou algo em cima do menino – O-o que é isso?!
- Adivinha... *gota*
- Ahn... – pulou na barriga do parceiro, o que não foi uma atitude agradável de seu digimon, e puxou a orelha da coelha delicadamente, chamando-a.
- Ei! Não precisa fazer isso, caramba! – reclamou ela.
- O que você está fazendo aqui? E a essa hora? – perguntou.
- Já amanheceu. E também não posso ficar vagando por aí! Tenho que ficar com ele!
- Só que... Se o Chibimon já me causa confusões sozinho... – disse Motomiya – Imagina com uma versão coelha dele!
- Heeeeeeeeeeein?! Eu não dou tanto trabalho assim! – protestou o azulzinho.
- OBJECTON! Eu não deveria ser comparada ao Digimon “auxiliar”. – idem a ela.
- Auxiliar?! Quem você pensa que eu sou?! – bufou.
- Três de vocês são “auxilio” aos nove escolhidos. Por isso que não possuem um brasão próprio... Ainda.
- M-Mas... O Daisuke tem um brasão! E ele... Ele...
- Um que ele raramente pode usar. E está relacionado também com sua antiga vida.
- Não quero interromper nem nada... Mas dá pra saírem de cima do meu estômago?! – resmungou o escolhido.
- Eh... ok. – responderam, saltando para o chão.
...
Depois de tudo arrumado, ter trocado de roupa e tomado o café (e ter dado alguma coisa para os digimons comerem)...
- Como assim eu só posso usar raramente o meu brasão e ele está relacionado a minha vida antiga?! – indagou o garoto.
- Bem, percebeu que... Naquela luta você tinha de conseguir um fragmento que vinha de você mesmo? – disse ela.
- Ahn... Sim. Lembro que parecia uma pegada ou coisa assim... Um brilho em vermelho mais forte, vibrante...
- Esse é o seu verdadeiro brasão. O do Milagre pertence a você e ao Kiseki-sama.
- Ahn... isso significa que não sou o escolhido do Milagre?
- Parcialmente não...
- Quer dizer que o Daisuke tem dois brasões? – perguntou o parceiro.
Acenou negativamente a cabeça e explicou:
- Daisuke é a nova vida de Lance... Lance foi um “escolhido primitivo”, que teve laços com os monstros de sua época.
- Naquela vida ele via uma discriminação entre duas raças distintas: Os Humanos e os Digimons. Um pensava que o outro era uma ameaça e temiam-nos.
- Outros, a minoria, não tinha medo deles... Então surgiram algumas criaturas Híbridas... Que eram “fusões” entre as duas raças. Os seus descendentes nasceram como híbridos.
- Isso explica... A raça de Okami, MiyaShurimon e IoriArmadimon... Seus ancestrais uniram-se com algum monstro e geraram aquela linhagem.
- Porém... Lance tinha um laço com as criaturas. E elas sentiam que ele não lhes oferecia perigo.
- Desta forma eles o relacionaram com uma pequena lenda escrita pelos deuses dos Digimons...
- “Existirá alguém que criará laços entre as duas raças. Alguém que irá impor igualdade entre todos. Aquele que será chamado por ‘Escolhido dos Digimons’, o vinculo da união.”
- Claro que ele é considerado o primeiro na época “primitiva”. Os outros que tiveram acabaram gerando essa nova raça...
- Graças a isso, depois que ele morreu... Algumas pessoas começaram a ter contato melhor com as criaturas... Creio que elas em seu mundo são as nove crianças dos brasões e os seus “ajudantes”... E duas crianças que são ligadas a vocês doze.
- Ok... Mas por que o brasão do Milagre é “parcialmente” do Daisuke?!
- ... Lance recebeu esse nome depois de ser salvo pelo tataraneto do Dragon-sama, Warlock.
- Por ser totalmente diferente dos pupilos anteriores. Aquele garoto tinha mais facilidade do que qualquer outro ex-aprendiz...
- E pelo fato de estabelecer laços com nós, os Digimons.
- Kiseki em seu idioma significa ‘Milagre’, estou certa?
- Bem... Por esses fatos, os Digimons acreditavam que ele seria capaz de usar um artefato antigo para proteger-nos, e também os Híbridos e os Humanos.
- Uma lâmina dourada... Chamada de “Brasão do Milagre”.
- Antes dele, existiu outra pessoa capaz de usá-lo.
- O próprio Dragon Hu, ele tinha um companheiro Digimon chamado Star V-mon.
- graças a ele, a criatura conseguiu atingir a última forma...
- Tudo para evitar que Demon destruísse o mundo.
- Mas isso já lhe foi contado, Daisuke-sama.
Fez uma pausa, olhou nos olhos do menino e sorriu.
- Seus olhos, ainda transpassam a sua determinação ardente.
- Bem... Lance foi indicado pelos anciãos digimons para receber este poder do falecido Dragon Hu...
- E eles não hesitaram, pois observavam as ações dele. Era digno de merecê-lo.
- Mas antes que nós pudéssemos dar a ele... Descobrimos por meio de outros de nossa espécie que o nosso protetor tinha sido assassinado.
- E ficamos sob o efeito das trevas... Que são mais catastróficos aos Digimons do que aos Híbridos. Os que tinham menos problemas eram os Humanos, a única coisa que acontecia era dos sete pecados corromperem suas almas.
- Até que... soubemos de que algum dia ele voltaria.
- Por isso... os deuses Digimonianos ocultaram o brasão na estrela de cristal.
- A estrela que te pertence. Porém o brasão é especial, diferente dos outros.
- Coragem, Amizade, Amor, Pureza, Sabedoria, Confiança, Bondade, Justiça, Energia, Esperança, Luz...
- ... São os onze brasões. O seu definitivamente é aquilo que corresponde ao seu coração.
- Coração corajoso, amistoso, amoroso, puro, sábio, confiável, bondoso, justiceiro, energético, esperançoso, iluminado...
- Você sabe qual é o seu, Daisuke-sama?
- ... Daisuke-sama?
Olhou para o garoto, que havia capotado pra trás devido ao sono.
Roncava alto e claro. Parece que aquela conversa toda foi... Entediante.
- M-Mas... Ora essa! Perco meu tempo te explicando pra... Pra... – fechou os punhozinhos de tanta raiva.
- Err... Acho que ele ainda está cansado. – supôs Vee.
- Tá, tá... Pelo menos entendeu o que eu disse?
- Ah sim, sim! O Brasão do Milagre é especial e só pode ser usado quando é preciso... É isso?
- Exatamente. O Brasão pertencente a vocês existe. E vocês sabem qual é.
- Acho que não... Senão eu saberia e ele também.
- Claro... claro.. – deu um tapa em sua testa – Eu DISSE ele. Como que podem ser tão...
*Beep* *Beep* *Beep*
O terminal toca. E isso faz o belo adormecido levantar num pulo berrando:
- HIKARI-CHAAAAAAAAAAAAN!! ~♥
- Hein?! – A orelhuda se assusta com aquilo e cai de costas no chão.
- Ah... Estava sonhando com a Hikari? – questionou o dragãozinho, olhando para seu serelepe parceiro abrindo o D-terminal e lendo a mensagem.
- Ahn... Não. Só tive uma sensação que ela iria me enviar uma mensagem~♥
- Err... E ela enviou?
- Como diz a Miyako... BINGO!
- O que é?? Hein, hein?! É alguma coisa importante? Um digimau atacando a Digital World? Um passeio a sós com ela e com a Tailmon? Um...
- Ela me convidou para ir ao parque!! ~♥
- AAAAH!! DIZ QUE A TAILMON IRÁ JUNTO, POR FAVOR, POR FAVO--
- ............. E que o Taichi-senpai, Yamato e Koushiro irão junto....... – desanimou totalmente ao ler aquele parágrafo.
- Ahn... Mas olha por um lado! Takeru não vai estar lá, não é?
- Hmm... Ela não disse que vai ir mais alguém... YOSH! Hoje eu conquisto ela! – ergueu a mão para cima e olhou o teto, numa pose bem heróica.
- WHEEEEE! GO, DAISUKE!
ChibiBunnymon nem precisou capotar. Mas Achou aquilo tudo ESTÚPIDO.
Sim, já que o mundo corria perigo e quem deveria fazer estava mais interessado em...
- ESPERA, VOCÊ VAI DAR ATENÇÃO A UM ENCONTRO COM UMA GAROTA AO INVÉS DE LEVAR À SÉRIO UM ASSUNTO COMO ESSE?! – esbravejou a Digimon.
Mas foi em vão. Dai e Vee já tinham saído do quarto, como um raio.
E isso só a deixou mais irritada.
- COMO QUE ELE PODE TER SE TORNADO TÃO IDIOTA ASSIM?!
- Acalme-se... Acalme-se Bunni.
- Bem que o Kiseki-sama disse que ele ficou meio... diferente do que era antigamente...
- ... Também disse que seria difícil *sigh*
- Espero que tudo esteja tranqüilo... Ou teremos mais problemas.
Abriu a janela e saiu. Fechou-a pelo lado de fora e seguiu a dupla dinâmica para o seu “encontro”.
E eles nem sabem o que acontecerá por lá.
#1-
- Heiwa no Lady (平和のレディ) -- Dama da Paz/Harmonia, forma como Ai é chamada
- Kousei no Kishi (公正の騎士) -- Cavaleiro da Justiça, forma como Hariki é chamado
- Kiseki no Tenshi (奇跡の天使) -- Anjo do Milagre, forma como Lance/Kiseki é chamado
#2- Iustia -- http://pt.wikipedia.org/wiki/Iustitia
Última edição por Nina Geijutsushi em Sex Ago 26, 2011 10:10 pm, editado 5 vez(es)
Convidado- Convidado
Re: Digimon Adventure ZeroTwo: Hinode
- Se é só para dar uma volta... Por que me chamaram para vir junto? – perguntou Koushiro aos outros dois rapazes, enquanto Hikari e Tailmon iam mais à frente.
- Ora, pra descansar um pouco essa sua mente! – respondeu Taichi – Está tudo sob controle na Digital World, não precisa ficar torrando neurônios nisso!
- De qualquer jeito não adianta Taichi – Yamato entrou na conversa – Ele sempre está com o notebook dele por perto...
- Mas... Eu preciso ter certeza! – argumentou o ruivo – Não foi à toa que a Digital World ficou meio estranha com aquele ocorrido do tal castelo da outra dimensão...
- Relaxa, esfria um pouco a cabeça! Se estiverem precisando de nós, o digivice irá receber um SOS de nossos parceiros. Aí é só irmos até lá e pronto, resolvido. – continuou o Yagami.
- É... Se não a gente a esfria pra você – riu o Ishida, pegando um pouco de neve do chão, fazendo uma bola e mostrando-a para o escolhido da Sabedoria.
- Tá, eu vou tentar me acalmar... – suspirou ele, olhando para os amigos – Só penso como devem estar Tentomon e os outros...
Mais adiante, Hikari andava graciosamente pela neve. Tailmon em seus braços, observando os montinhos de neve que cobriam a grama.
Seguia sorrindo e conversando com a parceira... Até que sentiu um arrepio e viu algo negro alguns metros de distância. O anel da gata começou a brilhar, alertando-as sobre um perigo iminente. Foi então que elas viram...
...
Olhos rubros cintilantes. Sedentos por algo. Algo que ela não imaginaria o que era.
Mas talvez depois de algum tempo descobrisse.
A felina saltou dos braços da Yagami e berrou depressa:
- HIKARI, CONTATE OS OUTROS! É UMA EMERGÊNCIA!
- M-Mas... Ok! – pegou o terminal da bolsa que levava consigo e enviou uma mensagem.
De: Hikari Yagami
Para: todos
Assunto: SOS!
Pessoal! Tailmon e eu vimos uma estranha silhueta negra! Venham para o parque, rápido!
Hikari
Em seguida a digimon pediu que Hikari usasse o digivice para evoluí-la.
Infelizmente aconteceu o mesmo. Nada de reação do aparelho rosado.
Então elas tentaram a evolução armor. O que parecia ser a única forma.
- Digimental Up!
Tailmon... Evolução Armor para...
A Luz do Sorriso, Nefertimon!!
Montou na companheira alada e saiu na frente. Seria capaz de elas resolverem aquilo antes mesmo de chegarem os outros??
Talvez...
Aproximaram em poucos minutos do alvo. E este as atacou, lançando estalactites negras.
Nefertimon contra-atacou disparando rubis de seus braceletes -- Nile Jewelry
Partiu-as antes que as atingissem.
Com isso, a penumbra se irritou, e saiu fugindo pelos céus.
Sem pensar duas vezes, a seguiram. E mais uma vez Hikari enviou outra mensagem aos restantes do grupo.
De: Hikari Yagami
Para: todos
Assunto: Re: SOS!
A sombra escapou! Nefertimon e eu iremos atrás dela para não a perdemos de vista! Usem o digivice para me encontrarem!
A evolução normal não funcionou. Não entendi por que...
Por favor, fiquem atentos!
Hikari
Ps.: Oniichan não se preocupe, eu irei tomar cuidado.
#3 - Perigo? Uma nova ameaça ronda pelas ruas!
- O QUE ELA ESTÁ PENSANDO EM FAZER?! – berrou o irmão após ler o que lhe foi enviado pelo D-terminal.
- Calma Taichi, calma... – disse Yamato, tentando controlar o rapaz da gigantesca cabeleira.
- Não se preocupe, ela tem a Nefertimon para cobri-la... – falou Koushiro, que depois volta a ler a mensagem – Hm... Parece que esse indivíduo impede a evolução normal de nossos parceiros.
- O-O que?! – A cabeleira de Taichi eriçou como os de um gato ao ouvi-lo – Então Agumon não poderá ajudar em nada?!
- Wow, como é que ele fez isso?! – sussurrou Yamato ao Izumi.
- Não faço a menor idéia... – respondeu-o no mesmo tom.
- Ahn... Por enquanto não. – concluiu o garoto – Precisamos antes descobrir o que os impede para que possamos resolver para depois agirmos.
- Ok! Abre logo esse notebook e comece a fazer seu trabalho! Ela pode estar em apuros!! – ordenou o escolhido da Coragem, mais nervoso do que nunca.
- Tenha calma, talvez leve algum tempo para que eu descubra Taichi-san. – abriu o notebook e iniciou suas análises ali mesmo.
- Mas... mas...
- Ei, Taichi... – chamou o loiro.
- O que é? – virou-se para ele
- Fica frio! – fez uma outra bola de neve e a jogou na cara do amigo.
A cena atrás do escolhido da Sabedoria era... Taichi correndo atrás de Yamato, fulo da vida e o outro rindo. Ambos começaram uma guerra de neve.
O terceiro desviou sua atenção ao ouvir os gritos enraivecidos do líder e presenciou aquela baboseira toda. Deu um suspiro e voltou a pesquisar o mais rápido que pudesse, para evitar que o Yagami se enfurecesse ainda mais.
---
- Hm? Tenho uma pequena impressão que... Esse estranho esteja atrás de alguma coisa em nosso mundo...
Falava, enquanto relia as duas mensagens enviadas. Em sua cama estava o digimon esverdeado, olhando-o com seus olhos azuis.
- Como assim, Ken-chan?
- E foi depois... Daquele acontecimento. O que será que essa coisa quer?
- Ah! Wormmon – voltou-se a ele – Desculpe, acabei pensando alto... O que disse?
- O que te preocupa? – perguntou, descendo da cama e parando em seus pés.
- Tem algo de errado... Eu sinto isso. Também tenho a sensação de que... As trevas estão chamando por alguém.
- As trevas? Elas não estão querendo te pegar, não é? – mudou o tom da voz, demonstrando sua preocupação.
- Não... Eu acho que não... Talvez esteja tentando atrair outra vítima...
Pos as mãos na mesa e ficou em silêncio.
O escolhido da Bondade raciocinava. Ele sabia que alguma coisa estava rondando por aí.
Só alguém que foi manipulado pela escuridão reconhece quando elas surgem.
Assim como também a Luz que as detecta.
- Infelizmente... Não podemos fazer muito... – concluiu.
- Não?? Por que, Ken-chan?
- A evolução normal não funciona, e não temos digimental algum.
- Mas... Não é possível transformá-lo outra vez o brasão?
- Não sei... Só que não é hora para tentarmos... Vamos.
Esticou seu braço para Wormmon, que subiu por ele e foi direto para suas costas.
Em seguida, pegou o digivice e o d-terminal e saiu.
--
- Hikari-chan ~♥ Hikari-chan ~♥ Hikari-chaaaaan ~♥ – cantarolava, sonhando acordado.
- Daisuke... – Vee tentou acordá-lo do sonho – Uh... O terminal...
- Hikari-chan~
- Daisuke..... O terminal...
Tava difícil chamar a atenção dele. Ignorou-o, esticou-se e pegou o aparelho do bolso, e abriu-o.
Leu a mensagem, e colocou o D-terminal bem na frente dos olhos do goggle boy.
- Chibimon!! Tira isso da frente antes que eu--
... Ele se esbarrasse em alguém.
Claro, ele bateu em uma pessoa que bateu noutra e os três caíram na neve fofa. Nisso derrubou o terminal, antes que pudesse ler.
- EI! Olha por onde anda!! – resmungou ele.
- Desculpa! Desculpa! – respondeu a outra voz.
- Huh? – fitou com quem colidiu – Geijutsushi?! Você... De novo?!
- Hein?! – falou outra – Daisuke-kun?
- Carol? Ahn... O que vocês estão fazendo aqui?
- Mas que pergunta! – bufou Nina – Viemos dar uma volta no parque!
- Vocês... Também foram convidadas pelas Hikari?!
- ....... Motomiya... – a garota morena fez uma pausa – Não precisamos de convite algum para virmos aqui, ok? Foi apenas uma coincidência!
- Ah! Então... O grupo está... Está aqui? – perguntou Carol.
- Não... Não... – negou ele – Só a Hikari, Taichi-san, Yamato e Koushiro...
- K-Koushiro? – corou.
- Bem... Já estamos de saída. Vamos, Chibimon!
Levantou-se da neve, e as ajudou. Em seguida saiu correndo e... Acabou deixando o D-terminal no chão. Por sorte, as meninas viram e pegaram.
Mas como a mensagem estava aberta, elas leram. Entreolharam-se como se sentissem incomodadas com alguma coisa.
E partiram atrás do serelepe goggle boy.
...
Este foi se aproximando dos outros rapazes, que tinham parado com a brincadeira e observavam o Izumi a trabalhar.
- Senpai! Yamato! Koushiro! – berrou ele, parando na frente do trio.
- Daisuke! – exclamou Taichi – Que demora foi essa?!
- Eh? Demora? Ah! Onde está a Hikari-chan?
- É, parece que ele é tão desligado que nem viu as mensagens que ela enviou – comentou Yamato.
- Ahn? Mensagens? Que tipo de mensagens?
- Ela... Ela tinha ido à nossa frente Daisuke-kun – Koushiro pos a explicar – Porém Hikari-san e Tailmon viram algo suspeito e resolveram agir...
A expressão boba e alegre do garoto mudou. Daisuke agora estava petrificado ao ouvir aquilo.
- O-O QUE?! ELA FOI AGIR SOZINHA?!
- T-tenha calma... – prosseguiu o ruivo – Ela notificou que a evolução normal não funcionou. Porém vocês têm outro tipo de evolução, a Armor...
- Ah... Ok. Isto se... O chibimon conseguir evoluir antes. – olhou para a bolhinha azul em seu ombro.
- Bem... E tem outra coisa... Não sei se deveria dizer isso, mas ela foi atrás para não a perderem de vista...
Fez um silêncio. Até passou uma pequena brisa para ocupar a ausência de diálogo.
- ................
- Daisuke? – perguntaram Chibimon, Yamato e Taichi.
- .................
- Eu não devia ter dito... não devia... – engoliu a seco o Izumi.
- O QUE?! VOCÊS A DEIXARAM IR SOZINHA?! COMO PODEM?! ELA É SÓ UMA GAROTA E... E PODE SER ALGO TERRÍVEL E PERIGOSO!! E TAMBÉM...
- Não sei quem é pior, ou o Taichi ou o Daisuke... – sussurrou Yamato ao escolhido da Sabedoria.
- Eu não devia ter contado... *sigh*
- CHIBIMON, EVOLUA JÁ PRA V-MON!! – mandou o Motomiya.
- H-hein?! M-mas... Eu não sei se isso irá funcionar! – falou o pequeno.
- A HIKARI-CHAN E A TAILMON PODEM ESTAR EM PERIGO!
- ... TAIL-CHAN!!
Saltou do ombro do companheiro, olhou-o com cara de mal. O garoto sacou o D-3 e apontou-o para a bolinha...
...
...
...
...
- Ué!? Não consigo?! – Chibimon olhava para si mesmo, vendo que não tinha evoluído.
- O que houve?! – Questionou-se Daisuke, olhando o aparelho branco a borda em azul celeste – Não... Não funciona?!
- Heeeein?! D-de novo?!
- Uh? Como assim de novo? – exclamou Taichi.
- Ontem apareceu uma coisa estranha que tentou me atacar... – relatou o menino – Quando peguei o D-3 para que Chibimon evoluísse e pudéssemos enfrentar “seja lá o que era”, não tinha reação alguma. E parece que está acontecendo de novo!
- Mas... Então significa que só Takeru e Hikari podem fazer alguma coisa por enquanto?!
- O QUE?! Como assim?! – bufou ele.
- Pelo visto este desconhecido está impedindo a evolução normal de nossos parceiros – contou Koushiro, enquanto pesquisava – Por enquanto não sabemos o que é e o que fazer para pararmos isso.
- E-então o... O Takeru irá salvá-la?! – fechou os punhos com força. Seus olhos pareciam arder em chamas...
- Não sei não... se ele leu a mensagem... – Yamato provocou-o.
- Yamato... – Taichi cochichou em seu ouvido – Não é uma boa hora para brincar com ele...
- KOUSHIRO, ANDA LOGO E DESCUBRA O QUE HÁ DE ERRADO! A HIKARI-CHAN PODE ESTAR PRECISANDO DE AJUDA!! – ordenou o líder do time 02.
- Eu estou fazendo o máximo que posso Daisuke-kun... Mas... Ainda não encontrei nada!
- Eu não posso perder pro Takeru!!
- ... Você está interessado em ajudar minha irmã ou não?! – resmungou o Yagami.
- Claro que estou! A Hikari-chan é importante pra mim! – enfrentou-o.
- A mim também! E eu... Eu estou esperando que o Koushiro descubra algo para que possamos ir atrás dela!
- O tempo não para! Não temos tempo se ele demorar muito! Ela pode até estar morta!
- Daisuke... Eu... Eu estou MUITO mais nervoso que você! Então...
- Senpai... Você não tem idéia de quão importante sua irmã é pra mim. Não vou ficar esperando!
Pegou Chibimon do chão e partiu correndo. E berrou:
- EU VOU SALVAR A HIKARI-CHAN E NÃO IMPORTA O QUE ME ACONTEÇA!
Os três pararam. Pararam e viram-no desaparecer pelo horizonte esbranquiçado.
A coragem do mais novo era incrível. Não, o que era admirável era seu olhar determinado. Aquele que sempre transpassava confiança e força aos outros.
...
Enquanto corria, sentiu um rasante pelo seu cabelo. Parou e deu de cara com uma bola de pêlo rosada à sua frente.
- Ei! Saia da frente, ChibiBunnymon! Hikari-chan precisa de mim!
- NÃO! Você não pode ir! – negou.
- Por quê?! Ela está em perigo! Não podemos deixá-la enfrentar aquela coisa sozinha!
- Tolo... Isso é uma armadilha. Não acha tão óbvio ter sido justo a garota que você gosta?
- Como que você sabe--
- Acha que não vi o escarcéu que deu lá com aqueles três moços?
- ..... Não tenho tempo pra ficar de conversa! Se for ou não, eu preciso ir! Se é comigo, então que venha e deixe ela de fora!
- ........ Burro como o Lance era em certas ocasiões... – suspirou.
- Saia do meu caminho! Não posso permitir que aquilo machuque a Hikari-chan!
- “Hikari-chan”, “Hikari-chan”, “Hikari-chan”... Dá um tempo!
- Dá um tempo você!
Empurrou-a para o lado e voltou a correr. Insistente, Bunni o seguiu.
E tentou convencê-lo a desistir.
- Não! Se você for as coisas irão piorar! Ela é a escolhida da Luz, certo?
- Não interessa o brasão dela! Hikari é importante pra mim, eu a amo e... Eu não posso deixá-la correr esse risco!
- Seu digivice não funciona, lembra? Não tem como ajudar em nada! Desista! Pense antes de agir!
- E se... – intrometeu-se Chibimon – E se tentarmos usar o digimental sem que eu esteja como V-mon?
- Bom, aí não sei se funcionaria...
- É isso! Podemos tentar! – abriu um sorriso com aquela idéia o escolhido.
- Ok, ok... Você realmente não se desanima nunca, huh?
Pararam mais uma vez. Ele colocou a mão no bolso onde tinha colocado o terminal...
E para sua surpresa, o mesmo não se encontrava lá.
- Uh? Esqueci-o em casa? Não é possível...!
- Daisuke... Eu o peguei, lembra? Ele apitou e eu te avisei... Mas como você não me ouvia, o tirei do bolso, li o que estava escrito e... – confessou o dragãozinho.
- O TERMINAL! AH! ERA ISSO QUE VOCÊ COLOCOU NA MINHA CARA?! – deu um salto pra trás, ao lembrar da cena.
- Err... Sim?
- Chibimon! Não custava nada me avisar que ele tava tocando?!
- Mas eu chamei... *gota* - o olhou com cara de tacho.
- Droga! Ele deve estar aterrado na neve, naquele mesmo lugar onde encontramos a Nina e a Carol!
- Bem, será que elas não viram?
- Será? - repetiu a coelhinha.
- Se não viram... Estaremos fritos! Como iremos ajudar os outros?! Como irei me comunicar com eles? Como irei pedir ao Koushiro ou ao Ken ou à Miyako as respostas das perguntas que eu não sei nos testes?!
Os dois digimons o encararam.
- Você cola nos testes?! – exclamaram, fuzilando-o com seus olhos.
- Hehe... F-foi só umas... duas vezes, e só umas... duas questões difíceis...
- QUE VERGONHA! – disseram juntos.
- Ah, e eu lá tenho cara de expert em matemática?!
- E ainda em matemática!
- Querem parar com isso?!
Durante aquela confusão, alguém cutucou o ombro do jovem. Sentindo um arrepio, afastou-se e virou rapidamente para trás. Era justamente aquelas duas meninas de antes.
E Carol com o aparelho citado em sua mão. Nina, quem o cutucou, estranhou a atitude do colega de aula, como se ele estivesse fugindo ou coisa parecida.
- Daisuke-kun... Deixou isto cair no chão – disse a garota de olhos verdes, entregando-o o D-terminal.
- Tá, o que tá pegando hein? – interrogou a Geijutsushi – Sei que não é educado ler as coisas dos outros...
- Mas foi acidentalmente! – disse a outra – E ficamos... Preocupadas.
- Não... – pausou, olhou para o chão – Depois que lemos aquilo... Sentimos... Uma sensação de que...
- Sensação?! – disseram a dupla 2-top.
- Tem alguma coisa... Alguma coisa de errado! Se... Se for até lá... Motomiya... Por favor... tome cuidado. – alertou a desenhista.
- Por favor, Daisuke-kun! – reforçou Carol.
Outro silêncio. Apenas olhares completavam a cena. O escolhido fitou o D-terminal na mão da menina de cabelos castanho-claros, logo na própria. Ela demonstrava preocupação... Ao seu lado via a Geijutsushi, e ela estava séria. Não tão diferente do jeito que ela era com as demais pessoas... Mas sim uma seriedade profunda, como se soubesse que aquilo seria perigoso demais e que se importava com ele lá no fundo.
Então, fechou os olhos. Refletiu um pouco. Abriu-os, pegou o aparelho das mãos de Carol e sorriu a elas. Aquele típico que Daisuke sempre dava aos demais, encorajando-os e motivando-os a nunca desistir.
- Sem problemas, garotas. Não vou deixar uma coisa daquelas tentar me matar, muito menos machucar a Hikari!
- Isso, vamos logo, Daisuke! Elas precisam de nós! – acelerou o digimon azul.
- Yosh...
Eis que uma luz fortíssima sai do pingente de ChibiBunnymon. Algo que os outros quatro não compreenderam. Só ela, a digimon do Desejo sabia o que aquilo significava.
- Daisuke Motomiya... – disse ela, com uma voz diferente – Sua determinação é a sua marca, graças a ela... Você consegue animar os demais, passar coragem e força ao grupo... E principalmente, os motiva a continuar adiante sem temer o caminho.
- Huh?! – foi a única coisa que saiu da boca do quarteto.
A luz envolve Chibimon, que evolui para V-mon sem precisar do D-3. E o próprio digivice começa a brilhar, mas era uma luz vermelha. Um vermelho forte...
... Que desapareceu lentamente. Segundos depois, a coelha cai na neve, desmaiada. As meninas a pegam, preocupadas com ela.
- Eu... Eu evoluí?! – dizia V-mon, olhando para si mesmo.
- OK! Depois agradecemos a ela por isso.
- ... Hora de agirmos, Daisuke!
- Yosh!
- Digimental up!!
V-mon... Evolução Armor para...
O Trovão da Amizade, Lighdramon!!
Montou no parceiro e saiu a toda, correndo pelas ruas. Seguia o sinal da Yagami pelo D-3 e também reparava algo no caminho.
Tudo estava... Parado. Sim, o mesmo que tinha acontecido antes. Toda a cidade parecia estar congelada no tempo. Mas... isso não fazia sentido, já que via algumas pessoas se movimentando pelas calçadas.
Então... qual o significado daquilo tudo?
---
- E então, descobriu algo?? – perguntava Taichi ao Izumi.
- Ainda não... Está meio complicado isso.
- Ahn..... Só espero que elas estejam bem... E o Daisuke...
- Tenha calma Taichi – Yamato colocou a mão no ombro do amigo – Eles não têm mais oito anos.
- Você não... se preocupa com o Takeru?
- Claro que me preocupo! Ele é meu irmão mais novo, porém... Desde a nossa primeira aventura pela Digital World, eu percebo que ele cresceu. Se tornou mais independente e capaz de agir sozinho. Não acha que a Hikari também tenha capacidade de fazer alguma coisa sozinha?
- Yamato...
- Até quando vai ficar protegendo-a dos perigos? E quando você não tiver como fazer isso? Tem que deixá-la crescer! Tem que confiar nela!
Suspirou e ficou pensativo. O loiro tinha razão. Aliás, ele era o que mais se preocupava com Takeru na época que o grupo conheceu a DW. O que mais protegia-o dos perigos, o que colocava mais o irmão em primeiro do que os outros seis.
E agora o mesmo irmão super-protetor estava ali, dando conselhos para que deixasse a sua irmã agir por si mesma. Para que lhe desse confiança e que não se preocupasse tanto.
- Você... tem razão. – olhou-o, dando um pequeno sorriso – Eu tenho que confiar mais nela. A Hikari é capaz de resolver isso sozinha... Valeu, Yamato.
Ambos sorriram, enquanto o terceiro membro continuava a desvendar o mistério.
Última edição por Nina Geijutsushi em Sex Ago 26, 2011 10:15 pm, editado 3 vez(es)
Convidado- Convidado
Re: Digimon Adventure ZeroTwo: Hinode
A passagem pela neve relembrava aqueles filmes em que se passa em um local onde predominava o frio e aqueles flocos brancos.
Até a respiração de ambos tornavam-se uma fumaça ao saírem pelo nariz ou pela boca.
Mas aquilo não iria impedi-lo de salvar sua donzela. Não mesmo.
O jovem vidrava no aparelho branco com borda em verde, observando o ponto rosado que se movia ainda, enquanto o seu corcel alado sobrevoava a cidade.
- O que deu nela para se arriscar desse jeito?! – dizia mentalmente a si mesmo – Pra que se arriscar tanto assim?!
- Takeru... – chamou-o o digimon – Não se preocupe, Nefertimon estará protegendo-a até que possamos encontrá-las.
Acordou de seus pensamentos, com uma expressão de surpresa. Logo relaxou e sorriu ao companheiro:
- Acho que... me preocupo demais com ela. Só posso esperar que a Hikari-chan esteja bem, Pegasmon...
- Tenha esperança, Takeru.
- S-sim...
---
Bem longe dali estava ela. Seguia tal sombra suspeita sem perdê-la de vista. Em sua consciência, a escolhida da Luz debatia sobre aquela sua ação precipitada.
“Ora, foi uma boa idéia. Assim podemos descobrir o que ou quem é.”
“Mas por um lado isso deve ter deixado os outros preocupados.... Eu fiquei desaparecida por 33 dias.”
“Agora...”
“Agora não posso voltar atrás.”
“Tenho que continuar isso... Eles vão vir.”
- Hikari... você está bem? – perguntou Nefertimon.
- Ah... Estou. – respondeu ela – Só fiquei pensando se tomei a decisão certa.
- Se essa perseguição tornar-se perigosa, iremos recuar ok?
- Ok.
O que não esperavam era que a estranha incógnita as levaria para um lugar sinistro e tenebroso. Não reparavam nisso, pois estavam empenhadas em ir adiante.
Os corpos de ambas começavam a distorcer visualmente, como se fossem imagens de computador.
Quando se tocaram, estavam lá. Justo no lugar onde ela pensou que jamais voltaria a ver e por seus pés.
- Nefertimon... E-esse é... ESSE É... – estava trêmula.
- C-como viemos parar aqui?! – exclamou a digimon.
O lugar?
- O... O... – a Yagami estava petrificada com a paisagem.
- Não pode ser...!
O Oceano Negro.
#4 - Fragmentos de Luz e Esperança! Irradiando a Determinação!
Não demoraria muito para que chegassem os demais escolhidos. Alguns responderam e disseram que dariam um jeito de se reunir com eles. Outros já tinham partido imediatamente, mandando a resposta pelo caminho.
Com exceção de Mimi, que estava nos Estados Unidos e com certeza levaria um tempo para que ela conseguisse ir para o Japão.
- E então, descobriu algo? – perguntou o Yagami, que já estava farto de esperar tanto.
- Nada ainda, Taichi-san... – respondeu negativamente Koushiro.
- Nada? Já passou quase duas horas e nada?
- Está difícil de descobrir o que é! Talvez não possamos fazer nada, só... Só usar o que temos.
- Seria perigoso demais se nossos parceiros enfrentassem algo que mal sabemos o que é! – contestou Yamato.
De repente, o escolhido da Sabedoria percebe um detalhe. O mesmo que já tinha sido percebido anteriormente por outro do grupo.
- Não estou compreendendo! – exclamou – Meu notebook parece estar congelado nos mesmos resultados. Mesmo que reinicie o programa... Continua a mesma coisa!
- Hein?! – a curiosidade desperta nos rapazes, que esticam o pescoço para visualizar uma tela aparentemente “travada” na mesma pesquisa de sempre.
- Koushiro, tem certeza que não é problema com o seu computador? – indagou Taichi.
- Não... Tem algo de estranho aqui! Taichi, você está com algum relógio ou algo do tipo?
- Mas pra que?
- Estou com uma sensação de que estamos parados no tempo ou coisa parecida.
- M-Mas como isso?! – exclamou Yamato, achando um absurdo aquilo que o ruivo dissera.
Diferente do Ishida, Taichi pos a olhar ao redor. Lembrou que via algumas pessoas passando por ali, famílias, casais, grupos de amigos etc.
Num ato inesperado, deixou-os ali e saiu correndo, mediante de alguma confirmação.
Yamato e Koushiro entreolham-se e seguem-no. Assim que o alcançam, vêem o garoto de cabeleira gigantesca parado com uma expressão perplexa. Sem hesitar, olharam na mesma direção que o Yagami.
Todas as pessoas daquele lugar desapareceram. Estavam a sós no parque congelado.
- Onde é que foram parar aquelas pessoas que vimos minutos atrás?! – questionou-se o escolhido da Coragem.
- Ora, isso não diz quase nada! Elas podem ter ido pra casa... – supôs Yamato.
- Sério, não é muito estranho só nós sobrarmos em um parque?!
- Yamato-san... – interrompeu o Izumi – Taichi-san tem razão em certo ponto. Por mais que sua hipótese possa estar correta, seria um tanto suspeito sermos os únicos aqui. E isso só comprova que há algo nos mantendo congelados no tempo.
- Eu não acredito nisso, é loucura! Por que só nós estaríamos parados?! – contestou o loiro.
De certa forma, eles eram os únicos... Mas tinham mais duas pessoas naquele ambiente branco.
Essas duas... Com certeza eram...
- Neechan! Não acha que isso aqui está meio abandonado? – perguntava a garota de olhos verdes, levando em suas mãos a estranha coelha rosada orelhuda.
- Não tenho certeza... Tá certo que está quase na hora do almoço, mas... É tão estranho todo mundo ter decidido ir almoçar no mesmo horário, não acha?
- Sim... Será que... Que isso tem a ver com aquele calafrio que sentimos ao ler a mensagem da Hikari-san?
Nina não respondeu à Carol. Preferiu ficar pensando e cuidando do digimon mamífero rosado.
Intrigava o aparecimento dele justo em seu quarto. E mais o fato dela ter vindo de algum lugar para falar especialmente com o seu vizinho.
Isso se juntava com a vontade repentina dele de querer conhecê-la melhor. Não só ela como a sua “irmã”. Tudo isso depois dele ter voltado de um mundo que não sabia o que era, o que significava... E não compreendia tal batalha que presenciaram lá.
Além daquelas “filosofadas” dadas diante de onze dos doze escolhidos, envolvendo espiritualismo, reencarnação, laços de pessoas gerados por vidas passadas...
Sua mente confundia tudo. Mil idéias lhe vinham à mente. Seria que Daisuke tinha algum ‘laço’ em sua vida anterior com ela? Será que não foi à toa que as duas foram viver em Odaíba e conhecerem o grupo e os digimons?
- Neechan... Algo te atormenta? – perguntou, acordando-a daquelas teorias e enigmas.
- Ah? Não, não... E como ela está?
- A coelha? – desviou a atenção para a pequenina – Ainda está dormindo...
- Carol, não... Não acha que... Ahn...
- O que?
- Nada, nada...
Continuaram a caminhar pela neve branca e fofinha. Mas a cada passo dado tinham a impressão que estavam perdidas e longe da civilização.
Só viam o branco, árvores sem folhas e mais nada. Tinha aparecido depois de alguns quilômetros uma neblina no horizonte gélido, que ofuscava o resto da paisagem.
Começavam agora a se desesperar aos poucos, apressando o andar. Quanto mais branco e silêncio, mais tensão subia em suas cabeças.
E por final, saíram correndo apavoradas. O medo ficava claro em suas faces. Estariam elas abandonadas? Seriam as únicas “sobreviventes”?
Continuariam nisso... se não tivessem visto sombras no final daquela trilha em que corriam.
Aquelas silhuetas... Eram de fato aqueles três que conheceram naquele dia.
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- Se não podemos evoluir, não temos como usar a Armor! Mas isso não vai nos impedir de ajudar, dagyaa!
- Isso mesmo! Mesmo sendo uma... Uma bolinha de penas eu posso ser útil de alguma forma!
Manifestavam-se enquanto Miyako e Iori apressavam-se para chegarem até os outros.
A escolhida levava-o em uma bolsa vermelha enquanto o menino carregava-o em suas mãos.
Ela teve de inventar uma desculpa aos pais... Só não a aplicou, já que eles tinham desaparecido sem deixar aviso algum, mesmo se dizia do Hida.
- Miyako-san, dá pra balançar menos? Estou ficando enjoado!
- Poromon, temos de nos apressar! Foi um alerta!
- Mas... Mas poderia...
- Só achei estranho nem eles e nem meus irmãos estarem em casa...
- Nem a minha mãe e meu avô... – comentou o jovem, que se mostrava pensativo minutos atrás.
- Que estranho... As ruas estão quase desertas! Será que aconteceu alguma coisa? – reparou a Inoue.
- Não sei... Deveriamos perguntar a alguém? – perguntou-se o mais novo.
- Sem chances! Temos de nos apressar!
O que os preocupava era o fato de seus parceiros não conseguirem evoluir para a forma criança, para assim usarem os digimentais.
Isso era o de menos agora.
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O sinal continuava a piscar no ecrã do D-3. Com os galopes rápidos de Lighdramon, ele a alcançaria em pouco tempo.
Isso se... a luz que indicava a localização da escolhida não tivesse desaparecido subitamente.
- M-Mas..!
- O que foi, Daisuke? – pressentiu um gaguejar de espanto a criatura quadrúpede.
- O sinal da Hikari-chan... sumiu!
- Sumiu?! De que forma?!
- ... Da forma que piscou, piscou, foi enfraquecendo e... puf! Parou!
- Não... Você não a perdeu de vista, né?
- Claro que não! Eu estou de olho no radar desde que saímos de lá!
- Ah...
- Eu não sou tão idiota assim! E... É a Hikari-chan! Mas... Se fosse outra pessoa, iria de qualquer maneira.
Segurou firmemente o digivice e voltou a observá-lo. Tinha de encontrá-la antes que fosse tarde demais e aquele indivíduo fizesse algo a ela.
- ... Não pare, Lighdramon. Eu sei que ela foi adiante.
- Como tem tanta certeza?!
- Porque... – olha para seu peito, vendo o pingente balançar devido a velocidade do digimon azul – Eu sinto. Hikari-chan... Ela e eu temos uma ligação.
- Que nem a de Yami e Lance?
- Isso. Agora pé na tábua e segue em frente!
- Ah! Pode deixar!
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- Como... Como viemos parar aqui?!
Era a única coisa que se ouvia naquele pedaço sombrio. Toda a vegetação, a costa... tudo tinha aspecto malévolo.
Diante delas estava o que Hikari desejava nunca mais encontrar. Estavam com seus pés a areia fria e cinzenta, olhando praquilo.
Um mar. Não um mar comum, pois sua coloração era negra. Só de observar aquela vista dava calafrios.
- N-Nefertimon...
- Tenha calma! Nós vamos sair daqui. Não tenha medo.
- M-Mas... Não é isso que me preocupa.
A Gata fitou-a. Quando iria perguntar, a própria parceira explicou-a com um apontar do dedo da mão direita para uma figura de aspecto tenebroso.
A perseguição tinha chegado ao fim.
- Será que... ele queria nos atrair para cá? – a jovem abraçou a pata dianteira esquerda da esfinge, trêmula.
Nefertimon só cuidava os movimentos do ser que estava alguns metros delas, de costas. Se a intenção daquilo tinha a ver com a escolhida, lutaria até o fim para protegê-la.
Ela se vira e foca com seus olhos rubros nas presas. A estranha criatura ergueu seu braço esquerdo. Sua forma se tornou mais visível agora: Tinha penas e uma espécie de pata de ave (a la Garudamon) como mão.
Tinha o tamanho de um Weregarurumon, sendo que era duas vezes mais alto. As penas do corpo eram azuis, tendo no peito outra camada de penas na cor branca, a parte da cabeça iniciava com as azuis e terminavam em um “cabelo” esbranquiçado. Essas penugens azuladas iam até os seus pulsos e tornozelos. Uma cauda longa e da mesma coloração indicava ser um pássaro com asas avulsas nas penas gigantescas que iam até os seus “joelhos”.
Para completar, este usava um elmo dourado que cobria a parte superior do bico azul alice (idem às mãos e pés, porem estes tinham garras na tonalidade azul aço claro), com uma espécie de enfeite na forma de um chifre fino e comprido. No peito usava um colar com três pedras em forma de bandeirola douradas e um anel dourado em sua pata esquerda.
Sem dúvida, aquilo que perseguiam era um digimon desconhecido.
Num rápido movimento, virou seu corpo com completo ao atirar o braço para esquerda, lançado várias estalactites de gelo negro contra as duas heroínas.
Nefertimon contra-atacou com Nile Jewelry, destruindo-os e se pos na frente da Yagami.
A ave por sua vez continua parada, e lança outra vez. Só que… Diferente do ataque anterior, mirou para o chão e manteve-se no lugar. As duas oponentes não entenderam aquela jogada na hora.
- Por que ela atirou no chão? – pensou Hikari, um pouco nervosa.
- Hikari!
O grito da companheira alada a fez voltar toda sua atenção a ela. Quando se deram por conta, seus pés e patas estavam presos em gelo negro. O chão onde a escolhida e a felina estavam foi congelado.
Era isso que o monstro penoso tinha feito àquela hora. Lançado um ataque contra o solo, na mesma direção em que estavam. O golpe surtiu efeito como se fosse uma armadilha oculta.
- E agora?! – desesperou-se a menina, arregalando os olhos.
- N-Não consigo me soltar! – dizia Nefertimon – Isso é muito forte! Estou presa!
- E-eu também! – fez esforço para mover-se, mas era em vão – O que… O que faremos?!
A ave aproxima-se delas, criando estacas de gelos em suas mãos. Olhos fixados na garota de cabelo castanho.
Sua vontade? Matá-la.
Estava quase a ver um final trágico ela. Ambas as vítimas tentavam se soltar o mais breve possível.
Mas era inútil.
Não lhe restava esperança alguma…
- SILVER BLAZE!
… Ou será que estava enganada?
Um raio esverdeado atinge o inimigo que recua. O golpe podia não ter surtido muito efeito, mas bastou para evitar que a escolhida da Luz morresse.
- T-Takeru!! – exclamou ela, alegre.
- Pegasmon! Cuidado! Ele ataca gelo negro no chão… Talvez vocês também possam ficar presos se não tiverem cuidado! – alertou a parceira da Yagami.
- Não se preocupem, nós viemos ajudá-las! – confortou o loiro, um pouco sério.
- Aquele digimon… Nunca o vi antes! – comentou o alazão.
- Ei! Quem é você e por que as trouxe até aqui?! – vociferou o Takaishi, com um olhar firme no indivíduo.
O digimon responde de outra forma, atacando-o com estalactites negras. Pegasmon desvia de cada uma delas, mas nesse meio tempo são lançadas outras mais finas e de pequena percepção. Destas, ele não as vê e é acertado em suas asas.
E outro truque era aplicado. As “agulhas” (já que tinham a aparência deste objeto) congelaram algumas penas das asas do Pégaso. Dessa forma, ele ficou mais lerdo para desviar do próximo bombardeio de dardos.
- SHOOTING STAR!
Abriu suas asas, e gerou um espaço sideral no interior delas e disparou estrelas contra o inimigo. O monstro penoso defendeu-se com o braço, cristalizando as penas e formando um escudo.
- SILVER BLAZE!
Mas Pegasmon usou a mesma estratégia. Um ataque distrativo e um ofensivo. O raio esverdeado o empurrou para trás outra vez. Prosseguiu com essa seqüência, enquanto o outro mantinha a pose de defesa.
Será que ele tinha algum truque escondido?
No décimo tiro esverdeado do Cavalo alado, O digimon gélido rebateu com o escudo, direcionando o Silver Blaze contra Hikari e Nefertimon.
Pegasmon não hesitou e voou o mais rápido que podia... E parou na frente delas, pertíssimo de encostar no chão.
O ataque o acertou, Takeru foi atirado contra o piso de gelo que prendia as amigas e o seu digimon caiu logo em seguida. No final das contas... Eles ficaram presos também.
- Takeru! Pegasmon! – gritaram elas, surpresas.
- Ghn... – urrou o corcel – Eu não esperava por essa...
- Estamos presos! M-Mas...! – exclamou o escolhido da Esperança, vendo seus pés e os cascos de seu amigo envolvidos pelo gelo.
- Nós temos que tentar sair daqui! – disse Nefertimon – Precisamos recuar!
- Mas nossos pés estão presos! – contestou Hikari – Não adianta! Isso é muito forte!
- Temos que continuar tentando! – discordou Takeru, começando a tentar desprender os seus pés.
- Não podemos nos dar por vencidos! – completou Pegasmon, fazendo o mesmo.
- É perda de tempo.
- Vocês... Vocês não irão escapar daqui.
Finalmente, o digimon misterioso falou. Os quatro o fitaram, com pouco de tensão.
- Não... iremos sair daqui? – a Yagami ficou pasma.
- Hikari-chan, não acredite nele! – Takeru virou-se para trás – Nós vamos conseguir!
- Não, não... Vocês estão criando falsas esperanças.
- Não adianta nada. É aqui que vocês irão ficar.
- A menos que... Eu consiga aquilo que quero.
- O que você quer? – interrogou Pegasmon.
- ... Tenho certeza que virá...
- Se eu... fizer algo com essa jovem.
- Não se atreva a encostar na Hikari! – praguejou Nefertimon.
Ignorou a esfinge e retomou a andar. Materializou outra estaca de gelo e aproximou-se de Hikari Yagami.
Com o mesmo intuito: Matar a escolhida da Luz.
---
- Estou ficando cansado de correr... Tem certeza que é nesta direção?
Lighdramon mentiu dizendo estar exausto. Na verdade tinha energia suficiente graças ao café da manhã e também a sua vontade de encontrar Nefertimon.
Mas tinha outra forma de perguntar ao seu valente parceiro?
- Sim! É pra cá! E...
- Daisuke?
O goggle boy não completou a sentença devido a um arrepio e um flash que lhe passou pela cabeça.
Um lugar. Um lugar sinistro e que meteria medo até no mais corajoso guerreiro que poderia existir na face terrestre e/ou na Digital World.
- Lighdramon... – murmurou o menino – Eu acho que... Que...
- O que? O que foi?
- ... Corre mais rápido, muito mais! Hikari-chan... E-eu... Eu sinto que ela está prestes a...
- Prestes a...?
- ...
Não queria dizer. Se não chegasse a tempo, sentiria uma dor que levaria pro resto de sua vida.
Depois de tudo que tinha passado para mantê-la viva em outra época... Permitir aquilo seria imperdoável a si mesmo.
- Lighdramon, não pergunte! – respondeu seriamente – Não perca tempo, corra mais rápido!
- Mas... Eu não entendi ainda...
- Eu... eu...
Sentiu algo em seu rosto, como se passassem uma unha levemente e causando um leve risco de irritação.
Tão pouco era impressão, pois ocorrera com ela.
O ar a sua volta também o sufocava. Estava preocupadíssimo com o que poderia estar acontecendo com ela. Olhou para a estrela de cristal e a segurou com força.
Fechou os olhos, como se o mandassem fazer. Apenas queria de qualquer forma, de qualquer jeito, chegar onde elas estavam. Onde a sua princesa estava.
De repente, sentiu ventos fortes empurrarem seu cabelo. Isso despertara uma curiosidade e pusera os goggles para enxergar naquela ventania.
Deparou-se com um cenário diferente. Não estava mais em Odaíba?
- Onde... Onde estamos?! – perguntou ao parceiro digimon.
- Esse lugar... Parece com aquele mundo onde nós fomos parar...
- Quando derrotamos Pandora, não tínhamos restaurado aquele lugar? Lembro que tudo tinha voltado a ser vívido e alegre...
- Também lembro, Daisuke. Mas tem algo... Estranho aqui.
Estavam em um corredor formado por diversas árvores. As copas quase tapavam a visualização do céu cinza. O chão era parecido com a DW... Só o fato de que tudo ali era obscuro e tinha cores obscuras.
O ar era um pouco pesado, e tinha uma aura sombria que emanava pela região. O quadrúpede azulado pos a andar com cautela, atento a qualquer detalhe. Se não sabiam onde estavam, não poderiam baixar a guarda. E se surgisse algo que os pegasse de surpresa?
- Ahn, aperta o passo.
- Pra que?
- Vee, é sério. Tem alguma coisa... Algo... ahn... Mar.
- Mar?
- É, tou ouvindo som de água. Devemos estar perto de alguma costa ou sei lá...
- Ok... Se segura.
E saíram como um raio.
...
A estranha ave segurava o queixo da escolhida com sua mão, encarando-a nos olhos.
Na outra mão, uma estaca que logo tomou forma de punhal.
Nefertimon e Pegasmon tentaram afasta-la, mas o inimigo pressentiu e os afastou para longe dela, e também o Takeru, que poderia vir tentar impedir.
Atirados no lado direito do cenário uns 3 metros da Yagami, não poderiam fazer nada além de assistir. Qualquer reação e ela poderia usar Hikari como escudo.
O nervosismo sobe. Os batimentos de seu coração aceleram e começa a suar frio. Presa ali mal poderia reagir. No entanto, suas mãos estavam livres. Assim que a criatura avançou com o punhal de gelo, a garota segurou sua mão com toda força que tinha.
Foi um ato de desespero, ou melhor, o reflexo de autodefesa que sempre é acionado quando estamos sob ataque ou em perigo. Hikari empurrava o pulso do digimon pássaro para trás e este fazia força contra a humana. Mas ela não cederia, enquanto tivesse como impedir de morrer, a Yagami seria forte e corajosa como sempre fora aos oito anos de idade.
A Hikari Yagami que tinha sido escondida depois de ter sido atraída por aquele lugar terrível.
A Hikari Yagami que se entregou aos servos de Vamdemon só para poupar a vida de milhares de crianças e de famílias que tinham sido seqüestradas pelo vampiro, só para encontrar o oitavo escolhido.
- E-eu... Eu não vou deixar que você me mate! – disse ela, em voz alta e clara – Não vou! Não enquanto eu... Eu... Eu tiver esperanças de que posso vencer! As trevas não vão me assustar outra vez! Tinha dito ao Takeru-kun que... Que nunca mais voltaria para cá!
- Quanta coragem... – reconheceu o digimon – Mas se eu imobilizar suas mãos, como irá se defender?
E se afastou dela, abaixando a mão com o punhal e erguendo a outra. Logo surgiram duas pequenas poças de água negra que subiram como um gêiser e amarrou as mãos dela, congelando instantaneamente.
Dessa forma, não haveria como se defender já que seus pés também estavam presos.
Sabendo disso, a figura misteriosa ergueu o punhal em direção do peito da Yagami, prestes a dar o golpe fatal.
Mas, como vocês sabem...
- LIGHTNING BLADE!
... Milagres acontecem.
Uma lâmina azulada saiu faiscando da entrada da floresta, que situava atrás da costa. O ataque acertou em cheio e despedaçou a arma de gelo feita pelo digimon.
As duas bestas sagradas e o loiro viram algo em uma grande velocidade saltar por cima e aterrissar longe do piso congelado, levantando uma poeira de areia.
- Não pode ser!! – exclamou Takeru, vendo as silhuetas que eram cobertas pela nuvem.
- Daisuke?! – Hikari arriscou adivinhar quem era.
- Você... Você não vai por as mãos na minha ohime-sama! – bravejou, saindo da cortina de areia causada pela aterrissagem.
Era ele. O brilho em seus goggles escondia a chama que ardia no fundo de seus olhos. Aliás, o acessório que ele sempre usa em sua cabeça servia até como um elmo de cavaleiro.
E seu cavalo... Era o digimon dragão revestido numa armadura negra e com detalhes do próprio digimental que usava para adquirir aquela forma.
- D-Daisuke-kun!! – tanto a menina quanto o loiro abriram um sorriso ao ouvirem a voz do Motomiya.
- Tenha cuidado, esse digimon pode te prender! E não encoste na área onde estamos ou ficarão presos também!! – alertou Nefertimon.
- Eu sei disso. Esse digimon tentou me atacar ontem! – explicou Daisuke.
- Agora sei quem era... Era você! Você quem apareceu! E quer algo comigo e não com eles!
- Então os deixe ir embora e venha me pegar!
- Finalmente... – virou-se para o intrépido Motomiya – Estava te esperando.
- E-esperando? Você... Você queria atrair o Daisuke para cá? – perguntou Hikari.
- Estou aqui, não é necessário mantê-los presos. Solte-os agora! – ordenou o garoto.
O digimon atirou Hikari para o lado, unindo-a aos outros três prisioneiros. Depois ficou frente a frente com o destemido cavaleiro e uniu as patas, formando um "X" com os braços.
- Frozen... – acumulou pequenos pedaços pontiagudos em suas penas – STORM!!
Abriu as asas, lançando uma rajada congelante em direção deles. Lighdramon saltou para a direita e escapou por um triz do ataque. Mas ela queria justo isso.
Lançou outra rajada, e ele desvia. Naquele tempo a ave esboçou um sorriso e pos em prática seu plano:
- FREEZING ARROW!
Enviou as levas de gelo acumulados nas penas dos braços como agulhas pequenas. Aquilo acertou Lighdramon que caiu de barriga no chão, com o chifre do elmo congelado além de sua pata dianteira esquerda.
Com isso, Daisuke caiu sentado na areia, e foi alvo da segunda leva de dardos.
Lighdramon se meteu na frente e recebeu o dano por ele, congelando-se mais e mais.
- Lighdramon! Não... Não podemos combatê-lo com essa forma! – disse ele, colocando os goggles no cabelo como de costume.
- Ghn... – grunhiu de frio o azulado – Dai, não acha que tá um pouco tarde pra dizer algo assim?
- Se você voltar à forma criança, talvez consiga se soltar!
- Por que... não pensei nisso antes?
Lighdramon então retorna para V-mon, e como esperado... Conseguiu se livrar do gelo.
Ao pé do goggle boy, a dupla se preparava para voltar à batalha.
- Não adianta! Nem mesmo que vocês hesitem se entregar, não há como me vencer! – pronunciou a ave.
- Ok, galinha azul... – debochou o menino – Quero ver repetir isso depois que nós te derrotarmos!
- Isso aí! – assegurou V-mon.
- G-GALINHA AZUL?! COMO OUSAM CHAMAR A AVE DO LESTE, FROSTMON, DE GALINHA AZUL?!
- Ikuse, V-mon! – disse a frase tradicional o Motomiya.
- DIGIMENTAL UP!!
V-mon... Evolução Armor para...
A Coragem flamejante, Fladramon!!
Estavam prontos e agora com a forma certa. Fogo contra Gelo era ótima escolha.
Fladramon posicionou-se mais a frente de Motomiya, e encarou Frostmon.
- Vamos acabar com isso, uma luta limpa e justa. – vociferou o dragão azul.
- Que seja... – respondeu ela, acumulando pedaços de gelo em suas penas – FREEZING ARROW!!
Disparou-os contra Fladramon, que socou os punhos, carregando-os com suas chamas.
Porém, não a atacou, preferiu a defesa e envolveu-se em uma bola de fogo.
- FLAME SHIELD!
O gelo derreteu assim que teve contato com o escudo. Seguida, uniu as chamas e apontou para o oponente penoso.
- Knuckle...
- Espera, Fladramon! – gritou Daisuke – Ele está na frente dos outros! Se ele desviar irá acertá-los!
- Droga... – praguejou.
- Mas... espera um pouco... Se eu lançar contra o gelo... posso libertá-los! Dessa forma Nefertimon e Pegasmon poderiam retirar daqui Hikari e Takeru! – pensou ele.
- Daisuke, eu tenho uma idéia... – voltou-se ao parceiro.
- T-Tem?! O que vai fazer?
- Não se preocupe. Eu sei o que estou fazendo!
- KNUCKLE FIRE!!
E arremessou bolas de fogo dos punhos, na direção de Frostmon. Esta desvia e o ataque vai em direção do gelo negro que mantinham os outros presos. Só que, uma barreira de gelo surgiu antes, recebendo-as e evitando que o plano de Fladramon se realizasse.
- M-Mas..!
- Tsc, tsc.... – Frostmon agitou o dedo indicador para os lados, fazendo uma negação – Não, não vale soltar seus amiguinhos.
- Você... sabia que eu tinha feito isso...
- Não sou tão burrinha como pensam.
- Pensei que ela tinha cérebro de passarinho... – Daisuke deixou escapar outro comentário inútil, o que o fez ser o centro das atenções da ave gelada.
- Como ousa?! FROZEN STORM!!
E outra rajada congelante é arremessada... Desta vez o alvo era justo o menino.
Da última vez só tinha sido preso. Se ele recebesse aquele golpe, fiaria congelado.
Como não tinha como desviar a tempo, fechou os olhos. Tinha dado um deslize ao ter irritado o inimigo. Das outras vezes, ele tinha conseguido se safar (e ouvir sermões de V-mon em seguida), mas desta vez...
- GAH!!
Não foi sorte, nem milagre. Foi sacrifício.
Ouviu um grito, abriu os olhos e viu Fladramon na sua frente. O digimon usou-se como escudo para impedir que o parceiro fosse congelado.
Só que... Quem tinha se tornado uma estátua de gelo era... O próprio Fladramon.
- FLADRAMON!! – berrou Daisuke, com os olhos arregalados de espanto.
- Que idiota, meteu-se na frente! – balbuciou Frostmon – Quanta amizade vocês tem, hein?
- Mas não importa, criança. Antes que você possa encontrá-la, estará morto.
- Será seu fim definitivo, Lance Kuroboshi.
Tudo estava perdido. Nenhum parceiro poderia fazer alguma coisa. Takeru levantou uma sobrancelha ao ouvir aquele nome. Mas Hikari não, ela tinha impressão daquele nome ser familiar.
Aquele nome. Kuroboshi... Não era o sobrenome daquela garota parecida com ela que tinha lhe pedido ajuda antes, a Yami?
Mas no que isso ajudaria agora? Nada, claro.
Frostmon criou outro punhal de gelo na mão direita e se aproximou do Motomiya. O goggle boy não teria pra onde fugir, já que estava de costas para a água sombria e maquiavélica. Seria perigoso se atirar ali sem que alguma coisa surgisse e o pegasse... Ou acontecer algo diferente, como uma reação/irritação na pele etc...
Parou a sua frente e pegou-o pelo pescoço com a mão esquerda, e a vítima deixou o D-3 cai no chão. Estava perto de levar uma punhalada no peito...
Quando... Os D-3 de Hikari e Takeru reagiram, brilhando na cor de seus brasões. O gelo que imobilizava as mãos da Yagami derreteu com a luz. As duas crianças pegaram os aparelhos de seus bolsos e observaram.
No visor tinha o símbolo da Esperança em um, e o da Luz no outro.
- Mas... O que isso significa?! – entreolharam-se, confusos.
As luzes saíram em direção e atingiram o digivice de Daisuke, que brilhou fortemente na cor vermelha. A mesma luz que tinha saído do seu D-3 quando saiu outra do pingente carregado por ChibiBunnymon.
- O que é isso?! – exclamaram Daisuke e Frostmon, ao depararem com a luz vermelha.
E esta luz disparou-se contra o Fladramon congelado. Uma forma circular em vermelho com três pingos que formavam uma pata era desenhado no digimon e o gelo tornou-se vermelho.
Fladramon... Evolução com o Fragmento da Determinação para...
As chamas determinantes da Coragem!! Burning Fladramon!
O gelo avermelhado partiu-se, mostrando um novo aspecto do digimon de Daisuke.
A armadura tornou-se um vermelho mais escuro e intenso. No peito da armadura reluzia em amarelo o brasão da coragem no meio das duas ondas amareladas que já tinha na armadura do digimon. Sua musculatura ficou mais forte e três escamas pontiagudas surgiram em seus ombros. Na barriga tinha o “X” de XV-mon e dois cintos. No detalhe do elmo, um triângulo apareceu no superior dos olhos (no lado oposto do triângulo que Fladramon já possui), e as garras dos punhos ficaram mais fortes e longas.
Tirando isso, possuía os mesmos detalhes da forma anterior.
- Você não vai conseguir fazer isso... – proferiu Burning Fladramon, carregando o punho direito – FIRE SLASH!!
Com as garras envolvidas em chamas ardentes, o dragão desferiu um ataque no digimon ave, que soltou Daisuke imediatamente.
As chamas queimaram suas penas e danificaram um pouco do seu elmo. Frostmon não perdeu tempo e enviou outras estalactites contra o inimigo.
- Knuckle... – carregou seu punho direito – HEAT!! – lançou uma rajada flamejante que derreteu das setas de gelo negro e empurraram a ave contra o chão, rachando a máscara que usava.
- S-seu... Isso queima!!
- D-droga!! Eu voltarei, ouviram?! – saltou alto e desapareceu nos céus cinzentos.
A luta tinha se encerrado. Daisuke ficara impressionado com que acontecera ao seu inseparável companheiro azulzinho, a forma que ele tinha assumido.
De fato, Fladramon havia evoluído. E era uma evolução diferente. Pois não foi ativada com brasão algum e sim...
Aquilo que cintilava no aparelho branco com a borda em azul celeste.
Motomiya pegou o D-3 da areia e parou para observá-lo. No visor tinha a mesma figura que viu no dia em que enfrentou Pandora. Aquela pata em vermelho, que parecia uma chama também.
- Não se mexam, eu irei soltá-los – disse Burning Fladramon, dando um corte flamejante no gelo negro – Fire Slash!
- Esse... Esse é o meu brasão? – perguntou-se mentalmente o goggle boy.
- Daisuke-kun!! – Hikari o chamara a atenção, montada em Nefertimon com V-mon (que já tinha voltado à forma infantil) sentado na sua frente.
- Daisuke-kun, vamos sair daqui antes que apareça outro inimigo! – sugeriu Takeru, pousando com Pegasmon e estendendo a mão para que o garoto subisse no pégaso.
- É... É uma boa idéia... – sorriu ele, colocando o digivice no bolso. Em seguida subiu em Pegasmon.
O trio saiu voando pelo céu, atravessando aquele lugar sinistro. Depois de segundos, distorceram visualmente, desaparecendo do Oceano Negro.
Acabaram por sair nos céus de Odaíba, todos sãos e salvos.
Daisuke olhava para Hikari com um alívio no peito, e em seguida para o dragãozinho.
Sentiu culpa por tê-lo deixado se atirar a sua frente e ser congelado. No fundo sabia que deveria ter levado aquilo a sério, ao invés de sair com tanta impudência.
Quase perdeu o amigo... E quase perdeu a vida.
“Se não fosse pelos digivices da Hikari-chan e o do Takeru, todos nós estaríamos...”
- Ei, não se preocupe. Já passou. – falou V-mon, confortando-o.
- Está tudo bem, não aconteceu nada de grave. Não precisa ficar assim.
- Ah... É que... – o Motomiya mal consegue falar.
- Se não fosse por você, Hikari e eu estaríamos perdidos. Obrigado, Daisuke. –agradeceu Takeru.
- Você nos salvou daquele estranho pássaro, obrigada Daisuke-kun. – idem a Yagami.
Ao ouvir aquilo, alegrou-se. Pois tinha feito o que lhe era certo. E ele fez o que tinha dito a Taichi. Salvou a irmã dele.
E também a sua princesa.
#1 - ohime-sama (お姫様) - princesa [esqueci de colocar esta nota no #2! orz ]
#2 - Frostmon é um digimon do estágio Kanzentai (perfeito/extremo), e é evolução de Feathermon (forma adulta de Sapphmon) [obs.: Os olhos da linhagem da Sapphmon "oficialmente" são amarelos. Este são os primeiros esboços da evoline]
#3 -
- Ave do Leste é uma referência a uma das minhas OCs (do projeto original, sem relações com qualquer franquia), Meteora. Meteora é uma ave branca que possui brilho azulado em suas penas e é uma das 4 aves lendárias. É a ave do leste e do gelo. Foi nele (sim, ele é macho) que me inspirei para criar a Sapphmon e a Feathermon.
- O design dela foi esboçado neste rascunho (do tempo em que era viciada em GC e misturava com Sonic, óbvio), sendo ela "parceira" da Nina. No projeto original ela também é invocada pela mesma personagem. No entanto, a Geijutsushi adaptada para a rpg-fic e pro universo Digimon possui Bunnymon como parceira e não Sapphmon, que acabou se tornando a parceira de Rubi.
#4 -
- Burning Fladramon é uma forma 'upgrade' de Fladramon que tinha desenhado como extra pra Digimon Project. Aqui ele é uma "evolução" do Fladramon, adquirindo o estágio Kanzentai : P
- Na DP, estas formas não serão usadas... São apenas um extra. Então resolvi utilizá-las aqui x'D Farei dos outros também (Holsmon, Shurimon, Digmon e Submarimon), mas só para a Hinode.
Última edição por Nina Geijutsushi em Sex Ago 26, 2011 10:17 pm, editado 3 vez(es)
Convidado- Convidado
Re: Digimon Adventure ZeroTwo: Hinode
Pé por pé caminhou pelo cenário. Ainda chamuscada devido à batalha, a ave do gelo mostrava sinais de que ardiam seus ferimentos.
Caminhava...
Até parar diante de uma sombra menor do que ela. Olhos serenos e calmos, azul das profundezas do oceano.
- Ghn... M-mestre... perdoe-me. Aquele... Aquele garoto possui...
- Shh... Eu não te peço relatórios, cara Frostmon... – respondeu, em uma voz tranqüila, de timbre belíssimo e que tinha entonação de um garoto.
- Mas...
- Não precisa, poupe esforços. Eu sei o que aconteceu e de quem é a culpa. Relaxe... Deixe que pensem terem vencido...
Virou-se de costas e começou a andar. A cada passo se via uma mutação na silhueta. Ela agora tinha o mesmo tamanho que a ave gélida, e sua forma tinha o aspecto de ser uma armadura. Seus olhos tornaram-se vermelhos, e reluzia três pedras vermelhas em sua “testa” (pode-se dizer que ele usava uma espécie de elmo com um chifre)
Este olha para o canto direito do ambiente escuro, onde só se via o piso espelhado e algumas gárgulas, e fala diretamente com um individuo que abria seus olhos amedrontadores.
- Você. Fique de olho naqueles dois. Se o Kiseki no Tenshi e sua amiguinha orelhuda continuarem a interferir e a protegerem aqueles garotos... Teremos de utilizar isto ao nosso favor. – sua voz tornou-se mais grave e assustadora.
- Pode deixar, mestre! – respondeu uma voz feminina e jovial. Olhos vermelhos brilhavam assim como as pedras de seu elmo e de suas luvas.
A figura manteve-se em seu canto. Pela pouca iluminação do ambiente só podia se deduzir que ela estava ajoelhada. O estranho seguiu andando e desapareceu, deixando somente aquelas duas lá.
- Então... Você falhou, Frostmon? Que triste... E olha que somos de níveis diferentes hein? – debochou, levantando-se e rindo da companheira.
- Cale-se. – ordenou – Minha missão é matar aquele garoto. E eu não irei falhar na próxima.
- Sei, sei... E então.... Quem está atrás dela?
- Ela? A garota que é a reencarnação da Pandora? – perguntou Frostmon.
- É, é... Se Você está encarregada de matar o garoto e eu de impedir que o Kiseki no Tenshi interfira... Quem está procurando por ela?
Rapidamente viraram para trás, ouvindo o som de algo sendo arremessado para o ar e sendo pego antes de espatifar no chão.
Uma terceira sombra estava presente ali, encostada em uma das gárgulas. Ela pegou um objeto arredondado e olhou para as companheiras. Olhos rosados que emergiam no salão obscuro.
- ...
#5 - Um enigma surge! Visões do passado
- Então o Burning Fladramon quebrou a adaga de gelo e virou o jogo para nós! Aí aquela ave estranha fugiu com medinho e ameaçou voltar! Cara, aquilo foi tão... Tão...
- Ok, Daisuke... Nós já entendemos a história! Não precisa repetir.
A emoção e a adrenalina ainda fluíam no corpo do Motomiya. Ele chegou a contar e recontar aquilo repetidas vezes, a cada vez que aparecia alguém do grupo.
A sétima vez era para Jou... Mas Miyako, que já estava farta daquilo, interferiu.
- Ah, qual é a sua?! – resmungou o goggle boy.
- Você já contou isso umas quinhentas vezes já! Chega! – respondeu ela, um tanto irritada.
- Não é todo dia que acontece algo emocionante assim!
- Idiota, você quase foi morto! Acha que seria emocionante se tivesse morrido?!
- Mas eu já morri uma vez... – murmurou.
- Hein?
- Nada, nada...
- Motomiya... – uma voz veio do fundo, atrás de Ken e Sora – Você devia ser mais cuidadoso.
Daisuke virou-se e percorreu seus olhos à procura do dono daquela voz. Quando a localizou, desviou sua atenção para o que ela tinha em mãos.
- Ah! Geijutsushi! Como está a... A Bunni? – perguntou.
- Ainda por cima me ignora... *sigh* – pensou a menina.
- Ela está bem, só desmaiou – respondeu Taichi antes da garota.
- É, ela só está exausta... – completou Nina.
- É que eu preciso agradecer... Foi graças a ela que o V-mon pode evoluir para Lighdramon e Fladramon...
- E também para Burning Fladramon, Daisuke! – corrigiu o digimon azul.
- Ah, e essa nova forma também.
- Eu te disse pra tomar cuidado... – comentou Geijutsushi.
- Vai por mim... – sussurrou Taichi – Nem sempre ele entende de primeira.
- Oi... Taichi-senpai... O que tá falando aí?
- Eeh? Nada...
- Mas eu falo! – a menina entregou a coelha ao Yagami e peitou-o – Dá pra pensar um pouco antes de agir?! Dessa vez você se safou! Mas e na próxima?! Quer deixar os outros preocupados outra vez?!
Olhava no fundo de seus olhos. Mal se conheciam, mas ela dizia aquilo como se já fossem amigos de longa data.
Por um lado, Daisuke sabia ter agido de forma errada. Foi por impulso de salvar a Hikari, sem ligar para o que poderia acontecer a ele. E o pior erro daquilo tudo foi o seu costume de provocar seus inimigos quando não deve.
Se ele não tivesse feito isso, não teria corrido risco. V-mon não teria sido congelado e muito menos teria ficado entre a vida e a morte mais uma vez.
- Geijutsushi... Eu... M-Me desculpe. P-Pessoal... Me desculpem... – afastou-se um pouco e fez referência. Os demais olharam confusos, pois sabiam que o amigo não era lá tão formal assim.
- Não aconteceu nada de grave! T-Tenha calma! E-eu... Eu só queria... Queria que tivesse m-mais cuidado da próxima vez! – disse a desenhista, com um olhar sem jeito.
- Mas... De certa forma eu concordo com você, Nina-chan. – pronunciou-se a Inoue – Você tem que tomar mais cuidado... Dai-chan, digo, Daisuke...!
- Mas isso não vem ao caso agora. – disse Koushiro, fixado no ecrã do notebook – Temos que descobrir o que nos paralisou no tempo e...
- Koushiro... – cutucou Taichi, apontando em seguida para a paisagem.
O ruivo olhou na direção que o dedo do Yagami indicava, e os demais também fizeram o mesmo.
E para a surpresa de todos... As pessoas que tinham “sumido” voltaram a aparecer.
Ninguém compreendeu aquele fato. Ninguém mesmo. O Izumi voltou a pesquisar para obter uma resposta, enquanto o resto do grupo tentava mentalmente explicar o que tinha acontecido ali.
- Gente... Que horas são? – perguntou Carol.
- Deve ser umas duas da tarde, acho... – disse Miyako, pegando o digivice para confirmar – É, duas horas e quinze minutos.
- O QUEEE?! DUAS DA TARDE?! M-MEUS PAIS VÃO ME MATAR! ERA PARA EU VOLTAR ANTES DO ALMOÇO!! – exclamou a garota de cabelos negros, que saiu às pressas para casa.
- Que garota estranha, não? – comentou Taichi – Isso pareceu um pouco com o Dai...
- Senpai... – Daisuke virou-se para ele – O que está insinuando com isso?!
- Nada não... – desviou o assunto.
- Bom, eu vou pra casa, lá posso pedir a ajuda de Gennai para descobrir o que impede nossos parceiros de evoluir. – pronunciou-se Koushiro, guardando suas coisas e indo para casa.
- Ahn... Koushiro-san, posso ir junto? – perguntou Iori.
- Ah, claro! Pode vir.
- E-eu... Eu poderia ir junto também? – disse Carol, com um pouco de timidez.
- Carol-san? – olhou-a o Izumi – Claro, sem problemas... Eu acho.
- Acho que todos nós deveriamos voltar para casa... Se acontecer algo suspeito, iremos nos contatar pelo D-terminal, certo? – Taichi deu a ordem ao restante.
Todos acenaram positivamente com a cabeça, e se separaram. O último a sair de lá foi Daisuke, V-mon... E a coelha, que foi entregue ao azulzinho pelo escolhido da Coragem.
Enquanto andavam, olharam para a pequenina.
Daisuke pensou seriamente no que ela tinha dito. Nos perigos e riscos que o seu mundo corria. Se ainda tivesse em dúvida em embarcar em mais uma aventura como a anterior, esta foi respondida...
- V-mon... Eu sei que você vai brigar comigo depois, que o pessoal inteiro vai morrer de preocupação se eu desaparecer de novo...
- Mas eu não posso deixar que tudo isso seja destruído.
- E nem que a nova vida de Pandora seja ameaçada.
- Daisuke...? Não está pensando em procurar por ela agora mesmo, não é?! – exclamou o azulzinho.
- V-mon... – olhou-o no fundo dos olhos vermelhos e vibrantes do parceiro – Nós temos que fazer isso.
... com o seu olhar determinado.
- Temos... Temos que voltar logo pra casa! Agora não é hora pra agirmos. Saímos de uma batalha, eles não vão atacar duas vezes no mesmo dia...
- É... Mas, nós iremos encontrá-la. Acho que é melhor começarmos a pensar como ela deve ser e onde deve estar.
- Finalmente... você está pensando mais antes de agir... – riu.
- Ei! Eu penso, ok? Não sou burro!
- Ok, ok...
Ficaram em silêncio, mas logo riram. Seguiram para casa alegremente.
Quando chegaram em casa, puseram a orelhuda em sua cama e a deixaram repousar.
Horas depois, ela abriu seus olhos verdes, recuperada.
- Você está bem! Que alívio! – disse V-mon, olhando-a.
- Uh... O que... o que aconteceu? Só lembro de ter visto neve e... Apagado de vez... – disse ela.
- Obrigado por ter feito aquilo! Eu pude evoluir e salvar os outros antes que uma ave estranha os ferisse!
- Feito “aquilo”?
- Aquele brilho estranho que saiu do seu colar... Ele me fez evoluir e ativou o digivice do Daisuke! E... E também me fez evoluir para a forma perfeita.
- Ah... Isso... Onde ele esta? Ele está bem?
O dragãozinho azul apontou para frente, onde estava o garoto sentado no chão, de pernas cruzadas e de olhos fechados. Parecia estar meditando ou coisa do tipo...
- Bem... Assim que chegamos ele disse pra te por na cama e te cuidar enquanto... Tentava se lembrar de alguma coisa quando era Lance Kuroboshi... Para começarmos a procurar a nova vida da Pandora...
- ... Ele não bateu a cabeça enquanto eu estava inconsciente?
- Err... Não que eu saiba.
- Xiu, vocês dois... – disse ele – Estou me concentrando!
- Daisuke-san... Tem certeza que não pirou de vez? – perguntou a coelha.
- Shh! Estou... Me... Concentrando...
De repente ouve-se um barulho aterrorizante que lembrava um dinossauro rugindo e destruindo tudo ao seu redor.
- AAAH, E UM TYRANOMON GIGANTE!! – berrou V-mon e ChibiBunnymon, que se esconderam debaixo da cama do parceiro.
- Ty... Tyranomon?! – o Motomiya abriu os olhos e olhou ao redor, procurando pelo tal digimon.
Ouviu-se de novo aquilo. Os três se reuniram, pensando onde poderia estar o Tyranomon.
Até que... Descobriram a origem do barulho.
- Daisuke... Eu tou com fome. Minha barriga tá roncando...
- ... V-mon – o garoto encarou-o – Esse som não é Tyranomon gigante coisa nenhuma! É o seu estômago!
- E-eu também tou com fome... – disse ela.
- Então é dela! – acusou V-mon – O meu não faz um barulho como esse!
- Ei! Eu sou uma dama muito comportada!
- Tá... Acho que isso é o chamado da fome de nós três... – falou Dai – Só tomei aquele café! E nem almocei!
- Ok... Então temos Tyranomons em nossas barriguinhas pedindo alimento, certo? – concluiu os digimons.
- Yosh! Vamos dar uma pausa para um lanche!
- OK!!
...
Passaram-se os dias. Nada tinha acontecido de estranho. Na terça, Daisuke levantou cedo e preparou-se para o tal jogo.
Estava disposto a dar o melhor de si na partida. Afinal... Hikari estaria lá, e os outros escolhidos também.
Os dois digimons dormiam profundamente. Aquele pequeno período de tempo fez nascer uma nova amizade entre a dupla com a misteriosa coelha.
Perto da hora de sair para ir pro campo, parou na porta e viu os dois confortavelmente dormindo em dois a três travesseiros no chão. Pensou em chamá-los, mas não o fez pois demonstravam estar tendo sonhos agradáveis.
Apenas sorriu e fechou a porta. Que mal há em deixar um dia só o parceiro sozinho e dar a ele um dia de folga?
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No meio da multidão, os demais escolhidos se sentavam na arquibancada para acompanhar mais um jogo dos dois amigos. Estavam quase todos lá, exceto por Ken, Koushiro, Jou e Mimi (esta já foi explicado o motivo de sua ausência).
Estava indo tudo bem, principalmente os passes feitos pelo time de Taichi e Daisuke. A bola só chegou a se aproximar da goleira três vezes, sendo que um foi salvo graças ao movimento do Motomiya.
E eles se aproximaram cinco vezes da goleira adversária, mas perderam a única oportunidade de gol.
O placar continuava o mesmo, zero a zero. A redonda parou nos pés do goggle boy, que saiu a toda pela área, acompanhando o ritmo do Yagami pela direita. Driblou quatro jogadores do time rival e chutou para o escolhido da Coragem.
Que prosseguiu rapidamente em direção do gol...
Chutou...
E...
Marcou um ponto.
Só que tinha algo de errado ali... A goleira que antes tinha um rapaz loiro com cabelo preso num rabo de cavalo...
Havia desaparecido.
- Hein?! M-Mas... – Taichi arregalou os olhos, achando estar maluco – Como que a goleira...
- S-Senpai! Cadê os outros jogadores?! – exclamou o outro menino, correndo seus olhos castanhos pelo local – S-sumiram?!
Não só eles... Como as outras pessoas que assistiram sumiram também. Só restavam as crianças escolhidas.
- O que está acontecendo aqui?! Eu podia jurar que tinha mais pessoas sentadas ao nosso lado e... E os jogadores sumiram?! – proferiu Miyako, assustada.
- Isso é muito... Estranho. – comentou Iori – Como isso pode ter acontecido?
- Gente... – Hikari entrou na conversa – Tem algo de errado aqui...
- Algo me diz que lá vem encrenca... – falou Taichi ao menino.
- Melhor sairmos daqui e depressa, senpai! – sugeriu Daisuke.
- É uma boa escolha-- Espera, eu ouvi direito?! Você...
- Taichi, eu não estou louco. Estou sugerindo recuarmos ao invés de esperar que nos aconteça algo.
O outro ficou confuso. Aquela frase não era da natureza do amigo... Não aquele que sempre prefere encarar o que vier pela frente e que sempre reclama quando a única opção é recuar.
- Daisuke, tem certeza que... É você mesmo?
- Não vamos brincar agora! – encarou-o seriamente, diferente da atual expressão ingênua que sempre demonstrava.
- Tem alguma coisa vindo aí – alertou Patamon, que saiu debaixo do chapéu de Takaishi e avistou algo no horizonte. Os outros digimons de Hikari, Miyako e Iori encontravam-se no colo de seus respectivos parceiros.
Uma figura era vista ao longe. Porém ela seguia em linha reta, não se aproximando dos dois escolhidos. O objetivo não era o Motomiya?
- Poromon, Upamon, evoluam!! – Miyako e Iori sacaram os digivices e olharam para os dois monstrinhos, que responderam positivamente com a cabeça.
Mas... os aparelhos não funcionaram. Não reagiram nem nada. A tela estava intacta, sem qualquer atividade. Estava... congelada.
- H-Hein?! Como que... Como que nossos D-3 não funcionam?! – espantou-se Miyako, fitando os outros ao seu lado.
- Aconteceu o mesmo com o Daisuke naquele dia – relatou Yamato – O digivice dele não reagiu e Chibimon não conseguiu evoluir.
- Mas... Ele conseguiu depois, certo? – perguntou Sora – Foi o que ele contou.
- Sim, só que não sabemos o que os impede de evoluir... Ou a forma de burlar isso, como o Daisuke conseguiu fazer – respondeu Takeru.
- Se ele conseguiu, onde é que está o V-mon, dagyaa?! – exclamou Upamon – Não o vimos desde que chegamos, dagyaa!
- ...... – o grupo inteiro ficou em silêncio, voltando-se ao goggle boy segundos depois.
- Se for aquela ave azul de novo... Nefertimon e Pegasmon não serão suficientes, certo? – disse o Yagami.
- A evolução armor não deu muito certo contra ela, Fladramon teve que evoluir para confrontá-la... – confirmou o outro menino.
- Certo... Daisuke, onde está o V-mon?
- V-mon? Ele estava dormindo quando fui chamá-lo para vir junto... E eu... Resolvi deixá-lo em casa, para descansar um pouco.
Taichi ficou em silêncio, com uma cara de tacho. Ele não esperava (e nem queria) ouvir uma resposta daquelas.
- Não podia ter dado essa folga OUTRO dia?! – exclamou Taichi.
- E eu ia adivinhar que teríamos um problema desses?! – resmungou o Motomiya.
- Se um digimon estranho tentou te matar, acha que deveria sair por aí sem o V-mon?!
- Err, e como é que vou andar na rua com um dragão azul criança, huh?
- ... Ora, era só por um casaco com capuz nele! Assim como fiz com o Agumon!
- ........ Ninguém desconfiou dele?
- Ahn, algumas pessoas o viram... Só estranharam o tamanho do “nariz” dele.
- Ok, ok... Vamos sair daqui depressa e...
Os dois calaram-se e observaram. A sombra havia desaparecido. Entreolharam-se confusos, não compreendendo nada.
- Pra onde ela foi? – perguntam os dois em conjunto.
- Melhor aproveitarmos esse tempo e sairmos daqui, senpai! – voltou a sugerir o goggle boy – Eu irei direto para casa chamar o V-mon!
- Espera, se for sozinho talvez aquilo te siga.
- Não quero por em risco a vida de vocês... E eu... Eu tenho uma proteção comigo!
- Hein? Proteção?? – Taichi levantou uma sobrancelha.
- Sim, isso – aponta diretamente para sua mochila, onde em cima dela estava a estrela e os goggles. O indicador do menino apontava para o pingente de cristal.
Fitou a estrela por alguns momentos. Não compreendia muito bem o que era aquilo, mas tinha alguma certeza de que era meio familiar. Taichi sabia que foi Hikari quem comprou o pingente e que deu de aniversário ao amigo...
Mas no fundo, tinha algum mistério por trás daquele acessório.
- O presente da Hikari? – o Yagami piscou seus olhos duas vezes, mostrando-se confuso.
- É, o presente da Hikari-chan. Não se preocupe comigo, Taichi-senpai...
- Mas... Mas o que tem a ver?
- É algo... inexplicável no momento...
E ele saiu em disparada, deixando o amigo ali, observando-o partir. Daisuke pegou suas coisas e seguiu rumo à sua casa, percebendo outra vez que algumas pessoas ainda estavam pelas ruas.
Porém... Tinha uma estranha diferença: elas pareciam estar em outro plano. Assemelhavam-se a imagens virtuais.
Era como se eles estivessem em...
Uma dimensão paralela a realidade?
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- Neechan, onde você foi no sábado? Estive te ligando o tempo todo!
Na porta da casa da amiga estava a garota de cabelos morenos acastanhados olhava a outra, que atendeu a porta.
- Eu estive ajudando o Koushiro-san a descobrir o que aconteceu naquele dia. – respondeu.
- Ah, é que fiquei meio preocupada... Pois eu saí de lá muito depressa e quase não tinha me despedido de vocês...
- Desculpe... Nós passamos boa parte do tempo pesquisando e mal ouvi o celular tocar.
- Eu não sabia... Espero que isso não tenha te atrapalhado...
- Não atrapalhou, pois estávamos concentrados no assunto e...
De repente ela parou de falar. O silêncio tomou o espaço deixado e Geijutsushi se perguntava mentalmente o que tinha interrompido a fala da garota.
Uma sensação de arrepio. Um estranho flash lhe passou pela cabeça e algo em outro andar e em outra residência começava a brilhar.
Essa reação acordou os dois indivíduos que tinham um bom sonho e se viram numa escuridão total naquele quarto. Luzes desligadas, janela fechada... E a única fonte de iluminação vinha daquele misterioso pingente carregado no peito de...
- Ei, ChibiBunnymon... O seu colar tá brilhando... – notificou V-mon.
- Isso é um aviso... de que a Pandora está por perto...
- Sério?!
- Ou... que o Lance, digo, Daisuke esteja correndo perigo.
- Dai-chan não foi ao jogo hoje? Ou...
O dragãozinho espichou a cabeça, olhando para a cama do escolhido. Estava meio desarrumada. Correu seus olhos rubros pelo ambiente e percebeu que a mochila, os goggles e o pingente não estavam mais em seus respectivos lugares.
- Ele saiu... E nos deixou aqui! – soltou um comentário, dando um suspiro em seguida.
- Não sei o que significa isso, mas espero que dê pra alcançá-lo antes que seja tarde – disse a coelha, voando em direção da porta.
- Espera! Não podemos sair! A Jun pode nos ver! – alertou V-mon.
- Olha o relógio. Aquela coisa fez aquilo de novo. – a orelhuda apontou a luz do colar para o relógio situado ao lado do calendário.
- Aquilo? Congelou o tempo? – indagou o outro digimon.
- Não é bem... congelar o tempo...
- Se é assim, temos que sair daqui e ir atrás do Daisuke!
Então o valente dragão azul abriu a porta, as duas criaturinhas saíram do quarto e fecharam a porta. Prosseguiram para a porta de entrada e saíram do apartamento.
E no sofá, estava a Motomiya. Que teve uma leve sensação de ouvir as portas abrirem e fecharem.
Virou-se para a porta do quarto do irmão e a viu fechada. Logo pos a olhar a porta da casa.
- Que estanho, tive a impressão de ouvir duas portas baterem duas vezes...
- Daisuke, é você? Não... ele tinha saído logo pela manhã para o jogo...
- Será que estou ouvindo coisas?!
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- Carol?? Carol?! Ei, ei! Você tá me ouvindo?! – Geijutsushi acenava com a mão direita na frente do rosto da garota de olhos verdes, que ainda estava em algum transe.
- Neechan!! Acorda! O que aconteceu?! – pensava ela, preocupada com o estado na amiga.
Minutos depois se ouviu o som de alguém subindo as escadas. Respiração ofegante, e alguns resmungos. Ao olhar diretamente para a escadaria, viu uma pessoa que lhe era familiar.
- E-ei! Motomiya!! – gritou Nina, fazendo gestos pra que ele fosse até elas.
- Uh? O que? – a fitou, percebendo que ela estava um tanto nervosa – Geijutsushi? O que foi?
- Venha aqui, a Carol está estranha, e ela não me responde!
Sem pensar duas vezes, ele aproximou da porta da residência. Olhou-a dos pés a cabeça e tentou deduzir o que poderia ter acontecido. Carol continuava quieta, e fora de si. Um flash lhe passava pela cabeça.
Um estranho filme de uma cidade diferente da movimentada Tóquio. Também não era sua cidade natal... Era um outro lugar. Um lugar cujo não conseguia identificar.
Ela prosseguia naquela rua de sua visão, observando ao redor. Nada lhe parecia familiar. Nem mesmo aquelas pessoas que andavam pelas calçadas.
Até que... parou diante de um grandioso castelo. Um castelo luxuoso e magnífico.
Abriu os portões, adentrou no terreno. Atravessou o jardim e parou diante da porta.
Algo a chamou a atenção e então viu, à sua direita, duas crianças brincando no gramado.
E elas logo desapareceram. A visão começava a mudar, e num piscar de olhos... se encontrava em outro cenário.
Este... Era dentro de um castelo. Mas não era o mesmo em que esteve na cena anterior.
Nele... viu uma dama parecida com aquela que conheceu no parque naquele dia, quando ela e Nina encontraram onze dos doze escolhidos.
Aquela moça viu uma outra pessoa entrar naquela sala belíssima e extravagante... E abraçá-la com força. Uma outra menina, que não conseguia ver o rosto.
Tentou se aproximar dali, mas tudo voltou a mudar de novo... E se viu outra vez naquela cidade, em um dia chuvoso e em outro canto dela. Presenciou uma cena, a mesma garota que foi abraçada conversando com um rapaz que mal conseguia identificar.
Depois disso, viu algo trágico. A cena seguinte continha aquelas três personagens vistas antes... E o fim de uma delas.
Porém, algo estava ali. Uma estranha mulher de vestido negro, de olhos roxos sinistros e sem vida... Segurando um cajado. Atrás dela tinha uma criatura com uma armadura sinistra, com olhos nos ombros e um no peito. Olhos vermelhos que cintilavam na cena caótica. O elmo tinha um chifre de três pedras vermelhas.
Este ser colocava sua mão no ombro da mulher, saboreando aquele momento.
- NEECHAN!! NEECHAN!! – berrava uma voz feminina.
- Choujutsushi! Choujutsushi! – dizia outra, entonação masculina.
- ACORDA!! – as duas se uniram em uma só.
Logo Carol volta ao normal, num pisque duplo, com um ar de confusa.
A imagem ofuscada começou a se normalizar e ela conseguiu ver os rostos dos que lhe chamavam.
- N-Ni... D-Daisuke-kun... Eu vi... – disse ela, meio trêmula.
- Viu o que? – perguntaram.
- Uma... Uma cidade medieval... Duas crianças brincando em um jardim... Um castelo, três pessoas... Uma delas parecia com a Mimi-san, as outras duas não consegui ver direito...
- Uma pessoa parecida com a Mimi-san? – indagou a outra. Daisuke apenas mostrava-se sério e atento ao relato.
- S-sim... E ela... Ela foi assassinada por uma pessoa! Naquela cena tinham as três pessoas que eu vi em flashes anteriores... Porém tinha... Tinha mais alguém nessa cena!
- Mais alguém?! – o calado goggle boy se surpreendeu.
- Sim... Era uma mulher misteriosa... de olhos roxos e que segurava uma cajado... Ela tinha um olhar vazio... E atrás dela estava um outro ser, em uma armadura sombria que possuía olhos nos ombros e no peito, e ele estava gostando daquilo... Foi horrível! Eu... Eu... Não entendo, mas aquela garota que parece com a Mimi-san... Ela me parecia familiar!
- Neechan, naquele dia você... Você tinha chorado assim que olhou nos olhos da Mimi-san, e até disse ter uma sensação de que a conhecia. – lembrou Geijutsushi.
- Sim... De alguma forma, senti um sentimento de culpa quando a conhecemos...
Elas continuavam a falar daquilo, porém ele se mantinha distante. Daisuke pensava e voltava a ouvir aquela narrativa da menina várias e várias vezes.
- A Carol acabou de relembrar do que tinha acontecido anteriormente, quando era a Yorokobi?
- E disse ter visto... A Pandora no dia em que o Lance assassinou a Ai?!
- Espera... QUEM é esse tal ser que estava com a Pandora naquele momento?!
Última edição por Nina Geijutsushi em Sex Ago 26, 2011 10:21 pm, editado 2 vez(es)
Convidado- Convidado
Re: Digimon Adventure ZeroTwo: Hinode
- Espera... QUEM é esse tal ser que estava com a Pandora naquele momento?!
- Será... Será que esse estranho... Tem algo a ver com o que aconteceu a eles?
- Será...
- Ei, Motomiya.
- Huh??
A voz da vizinha despertou-o de seus pensamentos. Sua linha de raciocínio tentava desvendar aquela nova versão do ocorrido narrado pelo serviçal.
Aquela forma tão sobrenatural de se conversar e até de se explicar o que tinha acontecido em Kuroboshi e Gota Pura:
Através de um espelho.
- Você ficou quieto de repente... Algo te preocupa? – ela voltou a falar.
- Nada... Nada.
- Tem... Tem certeza? Não os preocupei agora pouco? – perguntou Carol.
- Não, é que...
- ... Motomiya, se tem algo a te preocupar, ponha para fora. – sugeriu a outra.
Pensou muito se deveria dizer aquilo agora ou explicar a elas mais tarde. Mas não tinha idéia de como dizer, quais palavras usar.
Qualquer coisa poderia causar uma confusão danada na cabeça delas. E assim pioraria mais a situação.
- Bem... É difícil explicar... – começou Daisuke – Acho que é meio... Meio cedo para falarmos disso.
- Meio cedo? – exclamaram – Como assim?
- Eu... Eu acho que deveriamos nos conhecer melhor, para... Para que pudéssemos falar do assunto sem problemas. Nós só... Só somos colegas de classe... Talvez... Talvez não seremos mais este ano e...
- Escuta, se tem algo a nos falar, diga logo. Pare de inventar desculpas! – bufou a morena, encarando-o.
- N-Nina... Não precisa ser tão... Tão séria com o Daisuke-kun – disse a outra menina, tentando acalmá-la – Ele tem razão, não nos conhecemos muito para falarmos... Falarmos de quê? – voltou-se ao rapaz.
- É um assunto meio... Com... Com...
- Complexo? – arriscou ela.
- Isso... Complexo demais. De uma forma que... Que vocês não vão compreender muito bem e...
- Motomiya... – interrompeu a Geijutsushi – Não interessa se é complexo ou não! Diga logo! Só saberemos se é ou não se nos falar do que se trata!
- Ahn... Ok, eu vou tentar... – suspirou – Espero que eu consiga simplificar isso... – pensou.
Olhou-as, vendo em vista que Ni ainda encarava-o enquanto Carol possuía um olhar normal, porém com um pouco de curiosidade e de confusão.
- Essa... Essa visão da Choujutsushi foi... Uma... Uma... uh, como direi isso...
- Uma visão de algo relacionado com uma vida passada... – disse uma outra voz, cujo não saibam de onde vinha.
- Vida... Vida passada? – indagou a menina de cabelos castanho-claros.
- Ei! Quem disse isso?? – perguntaram se os dois restantes.
- Euzinha aqui. – disse a criatura, em cima da cabeça de Carol.
- H-Hein?! Aquela coelha de novo?! – disse Nina, assustada com o pipocar da digimon rosada.
- Como saiu da minha casa sem que a minha irmã percebesse? – Dai arregalou os olhos, para ter certeza que não era sua imaginação.
- Aconteceu outra vez, Daisuke-san... Não há movimento nas ruas, os objetos eletrônicos não funcionam. Estamos... Pausados no tempo.
- Pausados?! – exclamaram o trio.
#6 - Revelação! O segredo por trás da Estrela de Cristal!
- É. Uma magia que cria uma trava no tempo. Acho que você se lembra disso quando o Warlock-chan te salvou, certo?
- Ahn... Vagamente... Não que eu me lembre muito bem... – respondeu o goggle boy.
- Mas... Essa magia é diferente. Na verdade, ela é parecida com a trava temporal...
- Mas não é! Estamos presos em um paralelo ao seu mundo. Algumas coisas não funcionarão... Como o seu digivice. O relógio, elevadores, objetos eletrônicos estão congelados.
- Deixa eu ver se entendi... – começou Nina – Estamos em uma dimensão paralela a nossa?
- Estamos e não estamos.... Pois esse tipo de magia só nos separa da dimensão atual e nos coloca em um paralelo. Isso gera essa dimensão parecida com a que vivemos.
- Estou confusa... – disse Carol – Alguma coisa nos trancou em um outro lugar, mas não saímos do mesmo lugar? É isso?
- Acho que ela quis dizer que estamos em outro plano... – supôs V-mon, que surgiu ofegante ao lado do menino – E... E por isso estamos “sozinhos”...
- Se for assim... Por que enquanto voltava para cá vi algumas pessoas andando pela rua? – questionou Daisuke.
- É o que o V-mon disse! – falou a orelhuda – Estamos em uma dimensão diferente, porém podemos ver algumas pessoas.
- Acho que é dessa forma que ele procura pela Pandora! Separando os indivíduos que possam ser a nova vida dela!
- Não tou entendendo nada... – Carol e Ni deixaram escapar um comentário, seguido de um suspiro.
- Então temos que achá-lo! – pronunciou o escolhido – Não podemos deixar que a encontrem!
- Isso mesmo! – concordaram os digimons.
- Ei, dá pra explicar, Motomiya? – interveio a desenhista – Não estamos entendendo nada aqui!
- ... Motomiya?
- Neechan... Eles já foram.
- Eeeh?!
Quando se deu conta, Daisuke, V-mon e ChibiBunnymon já haviam ido. Apenas restou ali a mochila, que o menino usava para os treinos e jogos, aberta. Significando que ele pegou algo de lá.
- Que... Mas que idiota! – resmungou ela.
- Pelo jeito, foi uma emergência... Não deveria ficar tão chateada...
- Não, é que ele saiu sem se despedir!
- ... Neechan... *gota*
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As ruas pareciam aquelas típicas cenas hollywoodianas de filmes onde tudo é abandonado e só há alguns sobreviventes pelas cidades.
No entanto, era essa impressão que ela tinha, ao perceber que estava caminhando sozinha pela calçada.
- Ué? Onde está todo mundo? Parece até que... Evaporaram!
- Mas... Algumas horas atrás eu estava até perdida aqui! E agora... Tá tão...
- Vazio...
Mirou o céu de lá. Estava escuro, pois era noite. A Lua brilhava nos céus, acompanhado de nuvens que mais pareciam véus do que “algodões”. Umas quatro a cinco estrelas cintilavam ali, dando um charme ao visual noturno.
Mas isso não lhe confortava, por mais belo que fosse. Estar sozinha, e em plena rua não era agradável. Tinha a sensação de que havia algo de errado ali. Não, estava mais do que certo que nada estava normal.
Nisso, tirou da bolsa que carregava um celular, mas o aparelho mal dava sinais. Estava apagado e não tinha como ligar para... Seja lá pra quem ela iria telefonar.
- Não tá pegando... O que está acontecendo aqui?!
- Será que eu deveria... Procurar pelo Michael ou pelo Wallace?
- Se eu conseguisse falar com o Koushiro-kun... Talvez ele pudesse explicar o que está acontecendo...
Ao colocar o celular de volta no lugar, pousou os olhos num objeto. Passou alguns segundos olhando-o.
- Palmon... Será que você está bem??
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O trio saiu em disparada pelas esquinas. Mal teve tempo de se trocar, portanto continuava com o uniforme do time. Apenas vestia um casaco, usava o pingente no pescoço e os goggles na cabeça.
Aliás, o tempo era algo precioso naquele momento... Por mais irônico que fosse, eles estavam separados do tempo atual, e andavam por uma Odaíba congelada no tempo.
- Bunni, tem idéia de como podemos achá-lo? – perguntava o menino, correndo em conjunto do parceiro.
- Ahn... Talvez... Talvez eu possa detectá-lo! É só eu... Me... Me concentrar!
- Ok, então faça isso! Por favor...
- Ainda não consegui me acostumar com isso... – murmurou baixinho o azulzinho – Será que isso é influência do...
O colar voltou a brilhar fortemente, imitindo pisques rápidos e, em seguida, lentos.
Seria um “radar” embutido?
- Ei, ei! Tem alguma coisa por perto! – notificou a coelha.
- Ok! Então vamos seguir adiante! – ordenou Daisuke.
- Vamos! – completou V-mon.
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- Waaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaallace! O que aconteceu?
Um grito era ouvido pela cidade abandonada. Uma voz fofa e graciosa de um digimon orelhudo que parecia um coelho com um chifre na testa, da cor branco-amarelado com algumas manchas em verde. Andava ao lado de um loiro de cabelo curto de olhos azuis.
- Não sei, Terriermon. Mas não podemos entrar em pânico. Temos que manter a calma.
- Manter a calma... Hmm... Estou com fome... – falou o digimon.
- Essa cena parece familiar... Parece até o que aconteceu ano passado no verão...
- Aquela vez em que o Daisuke esteve aqui? E que encontramos uma garota estranha?
- Sim, a Nat-chan...
Wallace parou naquele asfalto frio. Aliás, ressalta-se “frio”, pois ele sentiu um frio na espinha ao ver uma estranha névoa pelos céus.
- Terriermon... Será que... Chocomon está de volta...? – balbuciou ele ao parceiro.
- Mas... Mas se ele estiver... Não seria estranho ele continuar a agir como se ainda carregasse aquele vírus?
A dupla olhou ao redor, com receio de topar com o tal “Chocomon”. Algo que eles implorariam era que, se numa hipótese o gêmeo de Terriermon voltasse, que não estivesse infectado pelo vírus como da última vez.
Mas a sensação e a névoa sumiram em poucos instantes, graças a um som. Um timbre de voz feminina berrando o nome do garoto e vindo na direção em que ele vinha.
- WALLACEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!!
- TERRIERMOOOOOOOOOOOOOOOOON!!
A voz era de...
- M-Mimi?! O que é que você está fazendo aqui?!
- E-Eu... – parou ela a sua frente, e tomou fôlego para continuar a falar – Eu estava andando pelas ruas quando... Todos sumiram! Bem, tinha algumas pessoas andando por aí...
- Tentei ligar pro Koushiro-kun para perguntar a ele o que aconteceu, mas o celular não funcionou!
- Tenha calma, Mimi. – falou o menino – Já passamos por uma situação como esta antes, lembra?
- Sim, mas... tem um problema. Daisuke-kun não está aqui. E a Nat-chan...
- Wallace, e aquela névoa estranha que vimos agora pouco? Poderia ser o Chocomon ou a Nat-chan? – intrometeu-se o digimon.
- Ahn?! Névoa estranha? – Mimi levantou uma sobrancelha.
- Ah... – Wallace voltou-se a ela – Terriermon e eu vimos uma névoa estranha alguns minutos atrás... Mas ela desapareceu assim que você chegou.
- Eh? Então... Você viu aquilo também?!
- Como assim?! – exclamou.
- Quando eu estava vindo para cá, vi uma estranha nuvem nos céus... Achei que poderia ser chuva ou sinal de que ia nevar... Mas o céu estava limpo hoje...
- E também, se movia muito rápido!
- O que será isso, Wallace? – Terriermon puxou o casaco do rapaz, com um ar de preocupação.
- Eu... Eu não sei... – respondeu, fitando os olhos escuros e brilhantes do digimon orelhudo.
- ... Nós temos que ir ao Japão! – pronunciou a Tachikawa.
- M-Mas... Agora?!
- Temos que procurar pelo Koushiro-kun e descobrir o que está acontecendo aqui, se isso é influência de algum digimon ou... Ou algo parecido!
- Eu concordo com ela... – opinou Terriermon.
- Mas Mimi... Não creio que os aeroportos estejam funcionando... Quase nada aqui está funcionando... Parece estar tudo congelado. – contestou o jovem.
- Nós vamos conseguir uma solução! – pôs a pensar.
- Espera! Podemos ir através do portal da Digital World!! – sorriu ela.
- Através do quê? – o rapaz piscou os olhos duas vezes, confuso.
- Irei imediatamente pedir à Miyako ou à Hikari que abram o portal para nós! Hihi, isso é muito mais divertido e mais rápido do que pegar um vôo direto pra Tóquio!
E a jovem de cabelos castanhos com algumas mechas em rosa, sacou da bolsa o D-terminal e enviou a mensagem.
Algo que parecia MUITO estranho... Só os terminais dos escolhidos funcionavam?!
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- É por aqui!! – apontou a coelha rosada, seguindo para a direita.
- Ok!! – exclamou o Motomiya, com um olhar sério e determinado.
O trio percorria as ruas, agora montado no Lighdramon (o que facilitaria encontrar tal indivíduo detectado pela ChibiBunnymon) eles corriam rápido como um relâmpago, prosseguindo com a procura.
Não de “Pandora”, mas sim daquela sombra que aparecera durante o jogo.
Do alto de algum prédio, observava uma outra figura. Esta tinha quase o tamanho do goggle boy, só que era mais alto que ele.
Com uma voz serena, ele murmurou alguma coisa. E nisso aconteceu algo.
- D-Daisuke!! Uma...!! – gritou Lighdramon, olhando para o que acabara de surgir a sua frente.
- Uma parede?! Como que pode ter uma parede no meio da rua?! – questionou-se o garoto, achando aquilo estúpido.
- I-Isso é MAGIA! – alertou a orelhuda.
A tempo, Lighdramon freia e eles por pouco não colidem com a repentina estrutura de tijolos que se formou no meio do caminho.
- Ufa... – disseram eles, aliviados.
Mas a surpresa estava por vir... O estranho, que continuava a observar a cena, estalou os dedos e a parede mudou de tamanho... E de forma.
Quando se deram conta, estavam diante de uma espécie de gosma negra que queria engoli-los.
Tentaram correr, mas não dava mais tempo. Aquela coisa os engoliu em uma só bocada.
Estavam presos. Presos num ambiente escuro e sinistro.
- P-Pessoal... vocês estão bem?! – gritou Daisuke, pegando o digivice do casaco e usando-o como lanterna.
- Ugh... E-estamos... – respondeu Lighdramon.
- E-estou... b-bem, mas... mas não vejo nada! – manifestou-se a coelha.
- Onde vocês estão? – iluminava os cantos, procurando-os.
- Bem aqui! – gritou o digimon azul – Ei, ChibiBunnymon...
- O que?
- Tem como usar o seu colar para clarear isso aqui?
- Ah é! E-Eu tinha me esquecido disso!
- ... – Lighdramon encarou a direita, da onde vinha a voz dela. Em seguida fez um facepalm com a pata dianteira esquerda.
- Lighdramon!! – gritava o Motomiya – ChibiBunnymon!! Onde vocês estão?!
- Continuem falando, assim consigo encontrar vocês!
Continuava caminhando pelo “nada” e procurando pelos dois amigos.
Até que, viu um brilho a sua frente.
Deduziu que era o colar da digimon do Desejo, por isso seguiu naquela direção.
Enquanto isso, a coelhinha começava a iluminar o lugar, usando não o colar, mas sim uma bolha de plasma rosada. Dessa forma saíram andando e procurando pelo escolhido.
Logo viram a luz do D-3, mas ele não vinha na direção deles.
E sim para o oposto.
- DAISUKE!! ESTAMOS AQUI!! – rugiu o digimon quadrúpede.
- Eh? – virou-se para trás, acompanhando o som – Mas... Se vocês estão aí, então quem está a minha frente?
Um rápido silêncio se fez ali. E foi quebrado quando luzes se acenderam e eles se encontravam em um salão de um castelo medieval. O mesmo lembrava muito a casa de Warlock.
Porém este tinha várias gárgulas. Todas aterrorizantes e sinistras.
- Esse é... – exclamou ChibiBunnymon.
- Ora... Quanta honra em conhecê-lo, Lance Kuroboshi... – ecoou uma voz pelo salão.
- Ou deveria chamá-lo por Daisuke Motomiya, huh?
- Quem é você?! – vociferou o intrépido garoto, olhando para todos os lados da sala.
- Como sabe meu nome? E o nome que eu tinha em outra vida?!
- D-Daisuke-san... Esse lugar é... É a s-sala... Sala do... – ela tentava dizer, mas não conseguia. Estava mais apavorada que poderia estar os outros dois companheiros.
- Sala do...? – perguntou Lighdramon.
- ........ Daquele s-ser que o mestre D-Dragon Hu tinha falado a-ao Kiseki-sama...
- Bem, meu caro... Não se pode ajudar a todos... E você me tirou algo importante. – continuou a entidade.
- Tirei? Eu não tirei coisa alguma! E se a ajudei, como andam dizendo... Qual o problema em ajudá-la?! – rebateu o goggle boy.
- Você não sabe com quem está lidando, seu pirralho insolente!
- Estou conversando de forma civilizada e vai apelar pros insultos? Agora vai querer partir pra briga e aí vamos ficar horas e horas num confronto mano-a-mano... Que não vai resolver nada.
- Bunni, é capaz do Daisuke e o fragmento do Lance estarem unidos ainda? – perguntou Lighdramon.
- D-depende... Acho que não, pois o fragmento que restava do Lance se tornou o Kiseki-sama.
- E quem disse que nós iremos lutar, humano?
- Ué, não vai apelar pra briga? Se algo que aprendi naquele mundo maluco e naquela aventura toda, é que a maioria das lutas que eu tive foram desnecessárias...
- Não haverá luta. Será seu fim agora mesmo, e de suas aventuras. – pronunciou uma silhueta que surgiu no final do salão, coberta pelas sombras das gárgulas.
- Acho que você não entendeu quem eu fui e quem eu sou agora, certo? – sorriu, fechando os punhos com força.
- Eu fui uma marionete sua que por ingenuidade abriu a caixa que aprisionava aquela coisa feiosa que nem lembro o nome ou se sei o nome daquilo...
- E também soltando outra pecinha dos seus planos... Pandora.
- E graças a isso, as trevas tomaram o meu mundo, corromperam a mim e a minha irmã e cometemos atos horríveis.
- Além disso, vocês ocasionaram tudo, a morte de Ai, a sede por vingança da Yaku e do Nesshin...
- E finalmente conseguiram fazer aquilo que tanto desejaram.
- Que era me matar.
Lighdramon olhou para o parceiro, idem a coelhinha. E este só fixava-se nos olhos reluzentes do final da sala.
- No entanto, vocês esqueceram de uma coisa. – continuou Daisuke.
- Desde pequeno, eu podia ser ingênuo, mas era esperto.
- E isso me fez realizar um feito antes de morrer naquele dia.
- Estava enfraquecido, mas tinha como realizar um pequeno feitiço que o Warlock nunca soubera que eu tenha aprendido.
- Por ser complicado demais, e ter mais chances de falhar.
- Mas... Como fazia jus ao meu pseudo-nome, Kiseki, eu consegui fazer com sucesso.
- H-Hein? Do que ele está falando? – indagou Vee.
- Não sei... Mas... Mas isso é interessante... Ele se recorda ainda? – comentou a digimon rosada.
- Eu realizei aquela magia. E com sucesso. – prosseguiu a falar.
- A única coisa que eu precisava era de algo... Algo importante para mim.
- E isso era o que tinha em mãos. O que estava comigo o tempo inteiro.
- Então... Balbuciei as palavras, e consegui fazer com que esse “algo” voltasse para mim.
- Caso eu voltasse à vida. E foi o que aconteceu.
- Eu renasci de novo, em outro lugar. E também acabei por realizar o sonho que tinha desde que era Lance Kuroboshi.
- Um mundo onde monstros e humanos tivessem elos. Bom, isso vocês já sabem, suponho.
Desviou o olhar, voltou seus olhos castanhos para a estrela de cristal. Esse “algo” era justo aquilo.
Aquele objeto. Não tinha sido por acaso que Warlock tinha o entregue naquela vez.
Não mesmo.
- Um ano depois, com onze anos, a mesma idade que tive um ano depois de ter libertado a Pandora quando ainda era o príncipe Lance,
- Eu tive a primeira recordação. Naquele sábado eu perdi o treino, graças a alguns imprevistos...
- Mas eu acabei por conhecer Warlock, Yami, MiyaShurimon e Okami... Outra vez, claro.
- O primeiro contato lá fez com que a magia que realizei antes de morrer fosse liberada.
- E dessa forma, eu pude retornar. Mas as lembranças tinham de vir por conta própria, através desse “algo”.
- E foi isso que aconteceu. Tudo começou a fazer sentido, e então...
- Eu pude terminar o que tinha deixado pendente.
- E-espera, Daisuke... – interrompeu o azulado – Então, sua ida àquele mundo não foi mera coincidência? Planejou tudo isso... Antes de...
- Lighdramon, eu tinha dito isso antes. “Não foi por acaso que fomos parar no castelo do Warlock”.
- Claro que o Lance tinha traçado toda essa idéia. Vocês só subestimam um pouco o rapaz que ele era.
- E agora virou um completo idiota que volta e meia sofre de dupla personalidade graças a essa loucura toda que vivemos... – pensou o parceiro.
- Aliás, algumas pessoas subestimavam minha capacidade e eu mostrei a elas, huh?
- Ganhei respeito deles. Me reconheceram como o líder do grupo...
- Viram que eu não era tão idiota assim.
- Acho que – fitou a sombra seriamente – não deveria me subestimar de maneira alguma.
- Meu jovem... você tem coragem e audácia em me enfrentar. – reconheceu o estranho.
- Mas só jogou palavras ao vento. Isso não mudará nada. Seu Destino é esse.
- Seu fim é esse.
Eis que o chão começa a se modificar.
E este começa a tremer, graças a isso o digimon azulado volta à forma criança.
O piso onde estava Daisuke, V-mon e ChibiBunnymon se abre e os três caem num alçapão, que se fecha logo em seguida.
A criatura vil esboça um sorriso maquiavélico e olha para a direita, onde se encontrava Frostmon.
- Minha cara Frostmon, vá ter sua vingança contra o garoto. Elimine-o. Eu tenho algumas coisas para fazer aqui.
- Deixarei a diversão por sua conta. Faça o que quiser com ele.
- Só não os deixe escapar. Não deixe de forma alguma que aquela criança sobreviva.
- Sim, mestre. Darei um fim nela nesse instante.
Desapareceu dali. E o “mestre” dela se retirou pela porta do final da sala, indo para outro cômodo.
Enquanto isso...
Algo chamara a atenção dos escolhidos. E das outras duas garotas. Uma brisa fria e sinistra, que os deixava tensos.
Porém, as notícias tensas foram aliviadas... Pelo menos a uma pessoa:
- Mimi!! Ela quer que eu abra o portal para ela, Izumi-senpai!! – berrou a Inoue, alegremente.
- Parece que não somos os únicos que estamos tendo esses ocorridos! Em Nova Iorque também está!
- Hm... É, Miyako-kun – disse o ruivo – Isso parece envolver a nós. E falando em nós...
- Onde foi o Daisuke-kun?
Última edição por Nina Geijutsushi em Sex Ago 26, 2011 10:24 pm, editado 2 vez(es)
Convidado- Convidado
Re: Digimon Adventure ZeroTwo: Hinode
- Meu jovem... você tem coragem e audácia em me enfrentar. – reconheceu o estranho.
- Mas só jogou palavras ao vento. Isso não mudará nada. Seu Destino é esse.
- Seu fim é esse.
Eis que o chão começa a se modificar.
E este começa a tremer, graças a isso o digimon azulado volta à forma criança.
O piso onde estava Daisuke, V-mon e ChibiBunnymon...
- H-HEIN!? O CHÃO... – disse ChibiBunnymon.
- Ah não, ISSO É PERSEGUIÇÃO! – protestou Daisuke.
- Isso não é nada bom... – comentou V-mon...
... Se abre e o trio cai em um alçapão.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHH!!
E logo se fecha, impossibilitando que eles voltem.
- AAAAH, A GENTE TA CAINDO!! DAISUKEEEE, ME FAZ EVOLUIR PRA XV-MON!!
- S-SE DER TEMPO!! – gritou de volta, pegando o digivice do bolso – V-MON, EVOLUA!!
Nada acontece. A evolução normal estava sendo bloqueada. E agora?
- DAISUKE-SAN, USE A EVOLUÇÃO ARMOR! – sugeriu ChibiBunnymon.
- Ghn… Certo!
- DIGIMENTAL UP!!
V-mon... Evolução Armor para...
A Coragem flamejante, Fladramon!!
Fladramon rapidamente pegou o menino e a coelha, e saiu saltando de uma parede a outra em ziguezague, descendo até o chão.
Uma cena um tanto familiar. Afinal, quem tinha feito aquilo antes foi o garoto... Quando ainda tinha a essência de Pandora em seu corpo.
- Pensou rápido, hein? – elogiou a pequenina.
- Sim, porém não entendo por que me fizeste evoluir para Fladramon... – indagou o digimon parceiro.
- Com suas garras ficava mais fácil para se prender na parede e não cairmos, entende? – explicou Daisuke.
- Ah. Então mais uma vez tive um raciocínio diferente…
- O que está querendo dizer com isso? Que eu não sei pensar?
- Não... Não foi bem isso que eu quis dizer. Foi mais aquilo que você tinha dito…
Os colocou no chão. O dragão azulado olhou ao redor e viu que se encontravam em uma espécie de corredor, onde só tinha passagem para frente. Depois fitou o túnel por onde tinham caído.
Não havia porta. Estavam realmente presos ali.
- Não há como subir... – pensou Fladramon – Então só nos resta... Continuar adiante...
- Aquilo de subestimarem minha capacidade? – falou o menino – Bom, o Lance também era subestimado e muita gente aí se enganou.
- E você mesmo viu. Takeru e Miyako eram os “líderes”, e eu… Quase ninguém me levava a sério...
- Ok. Já entendi isso, Daisuke... O que me preocupa agora é como iremos voltar.
- Ahn... Por cima não dá, certo?
- Certo... Como sabe?! – ficou boquiaberto, como se o garoto tivesse lido seus pensamentos.
- Ué, tá na cara. E você olhando pro teto com uma cara séria, queria que eu pensasse o que?
- Só temos este corredor como passagem. Mas tenho receio do que poderemos encontrar...
- Hmm... Acho que podemos ir com cautela. – intrometeu-se Bunni – qualquer coisa, cada um cuida de um canto.
- Ok. Fladramon, você fica cuidando na nossa retaguarda. Bunni, você fica de olho no que vier pela frente... E eu cuidarei dos lados. – propôs o escolhido.
- Posso cuidar do teto também... – disse ela – E o Fladramon do chão.
- Nah, eu cuido disso também. Agora... vamos?
- Ok. – balançaram a cabeça positivamente os digimons. Em seguida, os três adentraram no corredor, observando tudo ao seu redor.
#7 - Determinação no auge! Ruja, Burning Fladramon!
- Nina, o que está a fazer?! – perguntou Carol, olhando a garota a discar como uma louca o celular.
- ATENDE, MOTOMIYA! ATENDE ESSE CELULAR!! – gritava ela histericamente.
- Os aparelhos eletrônicos não funcionam, lembra?
- Mas... Eu estou preocupada com ele! Não sentiu uma sensação terrível de que alguma coisa aconteceu?! E que ele está em perigo?!
- Neechan... Acalme-se... E por que tanto desespero? – indagou, confusa.
- ... Eu me importo com os outros! – virou a cara, emburrada.
A outra ficou em silêncio, e pensou:
- A Nina nunca foi de ter essa atitude... E também, nunca respondeu a mim algo parecido assim antes.
- Será que... Ela sente algo pelo Daisuke-kun?
- OI! Carol, quer parar de pensar em eu gostar de um colega de classe?! – resmungou Geijutsushi – E também, ele não é lá grande coisa!
- Aah... D-desculpe se pareceu isso!
- Calma... Acho que me precipitei... Eu sou uma besta quadrada mesmo... Esqueci que ele deixou a mochila aqui e no mínimo deixou o celular... – começou a fuçar na mochila aberta e viu justamente o aparelho que esperava estar com o menino – Ah, achei. Não disse?
- Hein, neechan...?
- Ah, eu quis dizer que sou burra mesmo em não ter verificado se ele deixou ou não o celular na mochila...
- Não, não é isso.
- Então o que é?
- Se... Se está preocupada com ele, por que não vamos procurar pelos outros? Bem, acho que poderíamos perguntar ao Koushiro-san...
- Não seria uma má idéia... Talvez eu vá perguntar ao Yagami... Ou a irmã dele.
- Do Daisuke-kun ou do Yagami-san?
- Lógico que seria a Hikari, né? A Motomiya-san talvez nem saiba de nada! E poderia ficar maluca que nem aquela vez!
- Ah sim... Bem, então por onde devemos começar?
- ... Se não formos à casa do Izumi antes, você vai ficar ansiosa e torcer para que não encontremos o Yagami, certo? – interrogou Nina, olhando-a com pequeno sorrisinho.
- E-err... T-Tanto faz! O-O que importa é procurarmos e descobrirmos se o Daisuke-kun está b-bem! – respondeu Carol, corando um pouco.
- Haha, ok! Vamos fazer a sua vontade – deu um risinho, fechou a mochila do garoto e a colocou em cima do sofá da morada de Carol.
- E-ei... C-como assim?!
- C’mon, vamos fazer uma visitinha a ele.
A morena acastanhada pegou a amiga pelo pulso e as duas saíram da casa, indo até a residência dos Izumi.
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- O Daisuke? Ahn... Eu não sei! Taichi-san tinha dito que ele foi buscar o V-mon, mas...
- Mas depois não tivemos notícias dele. Acha que há algo de errado?
Miyako demonstrava preocupada com o amigo. Conhecia Daisuke faz bastante tempo, e já ficou nervosa antes. Justo quando ele desapareceu por quatorze dias no ano passado.
E o Koushiro... Este também tinha um pingo de preocupação. Mas algo também o incomodava, como o fato de...
- ... Daisuke-kun não deveria ter saído sozinho... – desabafou ele.
- Principalmente depois de dizer que um estranho digimon tentou matá-lo.
Fixou-se na tela do computador portátil, e voltou ao trabalho. Ele e a Inoue tentavam abrir o portal para que Mimi e Wallace pudessem usá-lo como meio de transporte até o Japão.
E a cada nova tentativa... Mais falhas. Nada funcionava.
- Acha que... – a garota voltou a falar – Essa demora dele entrar em contato conosco...
- Possa significar que ele...
- Miyako-kun. Nós vimos algo inexplicável naquele dia. Ele e V-mon são capazes de muita coisa.
- Ele não é mais o mesmo Daisuke ingênuo que nós conhecemos. De alguma forma, ele mudou.
- Ah, isso deu pra perceber... Mas não muda o fato dele continuar sendo meio suicida e cabeça-quente.
- Só que... Essa mudança...
- Ela parece ter acontecido durante o sumiço dele. Justo quando ele passou aquele tempo em um mundo desconhecido e sombrio.
- Izumi-senpai... Acha que o Daisuke amadureceu em contato com aquele estranho lugar em que fomos parar graças àquele mago que parecia com o tal Ryo que vocês falaram?
- E... falando nele... O que aconteceu? Por que só ouvimos falar dele?
- Ryo-san... – Koushiro pos a pensar em como explicar.
- Bem, ele desapareceu. Nós nunca mais ouvimos falar dele...
- Até pensamos que ele...
- E...
- E por que estamos falando disso?! MIMI-ONEESAMA ESTÁ NOS ESPERANDO!!
- M-Miyako-san... *gota* – suspirou Poromon, que até agora se mantinha em silêncio.
- Alguma novidade? – a Inoue voltou-se para a tela, especulando sobre o processo.
- Nada ainda... – respondeu desanimadamente o ruivo – Continuamos na estaca zero. Sem atividade do portal ou dos digivices...
- Temo que tenha algo nos impossibilitando de agir, causando uma interferência no sinal dos aparelhos e cessando a entrada. Não temos como abrir o portal por enquanto.
- E como vamos fazer isso?! E se alguém for buscá-los em Nova Iorque?
- Tá maluca, Miyako-san?! – exclamou o digimon penoso – Como que é faríamos isso?! Esqueceu que nem o Daisuke-san e o Ken-san podem usar a jogress para evoluir os parceiros?
- Ahn... Mas... Mas deve ter um jeitooooo – insistiu ela, pensando numa solução.
- O certo é esperarmos, Miyako-kun – falou o Izumi – Os aeroportos estão fechados, não há atividade alguma de meio de transporte algum.
- Estamos fora do tempo atual e não sabemos o que está causando isso...
- Ei, Vamos tentar de novo! Não quero aguardar tanto!
- Devemos insistir nisso! Uma hora esse portal tem de abrir!
- Ok, vamos tentar mais uma vez.
Digitou alguns códigos, e surgiu a tela do portal no portátil. Miyako apontou para a tela o digivice branco com borda vermelha.
Olhar sério e concentrado, ela segurava o D-3 com firmeza. E com uma voz forte, pronunciou a famosa frase:
- DIGITAL GATE, OPEN!!
Um feixe branco saiu e acertou a tela, que começou a reagir. Curiosos, os dois escolhidos observavam aquilo, esperando que tivessem finalmente conseguido abrir o portal.
As caras séries dos dois começaram a mudar. A iluminação da tela refletia nos óculos da Inoue, enquanto Koushiro ainda analisava aquilo com extrema atenção.
Viraram-se um para o outro, e mostravam-se satisfeitos.
- BINGO! FUNCIONOU! – gritou histericamente a escolhida.
---
- Nada até agora... Acho que não há saída! – balbuciou ChibiBunnymon à dupla.
- Tenha paciência, não vamos parar até encontrarmos um modo de sairmos daqui e voltarmos para casa... – disse o goggle boy seriamente.
Cerca de quase trinta minutos se passaram ali. Até o dado momento em que finalmente chegaram ao final do corredor.
Encontrando uma sala totalmente nova. Pareciam estar em outra ala semelhante ao labirinto do castelo de Warlock.
Porém ao olhar mais uma vez para o cenário, perceberam que as paredes tinham aspecto de cristal. Assemelhava-se a uma caverna de cristais do que um cômodo de castelo.
- Que estranho – comentou Vee – Viemos parar em algum subterrâneo ou algo parecido?!
- Esperem... Isso está muito calmo... Muito calmo pro meu gosto – Daisuke começou a averiguar o local.
- Não sei se é uma boa idéia ficarmos parados aqui... – disse a orelhuda – E se acabarmos por encontrar alguma “surpresinha”?
- Vocês sabem – o Motomiya voltou-se a eles – Aquela ave maluca está atrás de mim, enquanto aquele outro que apareceu e nos jogou neste lugar, está procurando pela “Pandora”.
- E sabendo que fui encarregado de encontrá-la antes e realizar esse feitiço do Dragon Hu para que ela não fosse usada outra vez...
- Essa digimon penosa ficou encarregada de me eliminar.
- Hm, faz sentido... – falam os digimons em coro.
- Então... Quanto mais depressa voltarmos para Odaíba, mais rápido teremos de procurar por ela.
- Pois nos trancando aqui... Só nos atrasa e dá mais tempo para que ele a encontre antes de nós!
- Isso mesmo! – ressaltou Bunni – Agora eu poderia pedir auxilio ao Kiseki-sama, mas creio que ele está ocupado...
- Não se esqueça que eu também posso fazer isso. Ou melhor, nós podemos fazer isso! Juntos!
- Fladramon, consegue saltar até a parede do túnel que está acima de nós?
- T-Túnel? – o dragão ficou confuso.
- É, o que estamos bem abaixo – aponta para o teto, com cara de intelectual.
- Ele só pode estar se gabando... – murmurou – Não é possível que ele tenha descoberto uma saída tão rap--
Quando o parceiro seguiu o dedo da criança, notou uma abertura no teto. Ele não tinha reparado nisso, já que estava de olho na retaguarda do grupo. Muito menos a coelhinha, que estava atenta ao que viesse pela frente.
O único que ficou com as funções dos cantos, chão e teto era o rapaz. E depois de mais um de seus “surtos” (como V-mon chamava aqueles momentos em que Daisuke parecia voltar a ser o Kuroboshi temporariamente)
- Ahn... Quando que...
- Bem, é só observar o teto com calma. Essa passagem fica oculta no campo de visão de quem vem do corredor. – explicou ele.
- Então, quando chegamos aqui dentro, deu pra reparar nisso.
- Interessante...... – impressionou-se a pequena.
- Daisuke... Tem certeza de que é você mesmo? – perguntou Fladramon.
- Não, sou a Miyako. – respondeu sarcasticamente, encarando o azulado.
- Esqueceu? Eu tive as lembranças de quando era ele, mas agora sou outra pessoa.
- Que continua com algumas características...
- Como essa.
- A de usar a cabeça só quando é necessário? *gota* - chutou a resposta o companheiro.
- É... Ei!! Eu não sou burro! – reclamou.
- Claro que não... Só aparenta ser imaturo às vezes...
- Mas... Isso está muito fácil, não está?
- É, por isso que... Suponho que devemos passar por ela antes de continuarmos.
- Passar por quem? Pela Bunni?!
- H-hein?! – assustou-se a digimon rosada – Passar por mim?!
- Não... – acenou negativamente com o dedo indicador que apontava para a saída.
- Por ela.
O valente Motomiya virou-se em direção de uma incógnita e apontou para a mesma. De lá, num salto rápido, surgiu na frente deles Frostmon.
Que adoraria um segundo round depois da humilhação que passou no Oceano Negro.
- Você é impressionante, garoto... – elogiou Frostmon.
- Ótima dedução. Claro que esta é a única saída.
- Mas vocês não vão conseguir me derrotar desta vez.
- Não vão.
Com um sorriso sarcástico no rosto, Daisuke respondeu a altura, mostrando-se muito confiante:
- Duvido. Da última vez você saiu com o rabinho entre as patas...
- Melhor fugir de novo... Estou te avisando.
- Pois ninguém para a dupla 2-top aqui!
---
- Ei, Taichi... Não acha que o Daisuke está demorando demais para nos contatar?
Yamato, Taichi e Hikari estavam na casa de Takeru, esperando qualquer sinal.
Os quatro resolveram ir para a casa mais próxima de onde estava tendo a partida, e de lá esperavam pelo serelepe garoto.
- Paciência, Yamato... – respondeu o escolhido da Coragem – Sabemos que o Daisuke é assim mesmo...
- Logo ele aparece... Eu espero...
- Ele vai... – disse a irmã – Eu... Eu sei que vai.
- E quanto ao Koushiro? – o loiro mais velho mudou de assunto – Ele descobriu algo?
- Pelo jeito acho que não... – falou Takeru – Mas desde então não deixou de pesquisar e obter uma resposta sobre isso...
- O mais estranho mesmo foi terem atraído a Hikari como isca para pegarem o Daisuke...
- E aquele estranho digimon o chamou por outro nome...
- Que nome? Ele não falou dessa parte – comentou o Yagami.
- Aquele nome... – interrompeu Hikari – Eu... Eu já tinha ouvido antes.
- Kuroboshi... Esse era o sobrenome daquela garota parecida comigo...
- Aquela garota que estava com os outros que se pareciam conosco? – indagou o Takaishi.
- Sim... – afirmou ela.
- Quando tive contato com ela pela primeira vez, naquele dia em que a vi no reflexo de uma vitrine...
- Ela disse... Que precisava da minha ajuda, e do Daisuke-kun.
- E explicou que ele era parecido com o seu irmão...
- Nome dela era Yami Kuroboshi.
- E o nome que aquela ave falou foi...
- Lance Kuroboshi... Ela chamou o Daisuke-kun por este nome...
- Só que... O que o Daisuke foi fazer naquele outro mundo foi resolvido, não foi? – indagou Patamon.
- Eles derrotaram aquele digimon maligno – respondeu Tailmon – Cujo foi o resultado de uma fusão de Demon com aquela estranha garota com quem ele lutava.
- Então... Por que aquela ave está tentando matar o Daisuke?! – Taichi ainda estava confuso com aquilo.
- Isso não faz sentido!
- Taichi tem razão – concordou o Ishida – Por que estão atrás dele?
- Eu não sei! – disse Hikari.
- Se tivesse como sabermos...
- E tudo começou depois que apareceu aquela coelha voadora... – suspirou Taichi – Será que ela tem alguma relação com isso?
- Eu não sei...
E uma pena branca é vista pela escolhida da Luz. Uma pequena pena que parecia mais ser feita de uma aura branca e pura do que uma pena propriamente dita.
Ao olhar para a porta do quarto de Takeru, onde eles estavam, viu uma entidade cujo tinha a aparência semelhante a alguém que já tinha visto antes.
Olhou-a espantada, enquanto os demais não compreendiam a reação da garota.
E idem do ser celestial, que ficou surpreso em perceber que alguém o via ali.
- D-Daisuke-kun?! – exclamou a Yagami, olhando-o dos pés a cabeça.
- Huh? – disseram os rapazes, voltando-se para a porta.
- Ué, mas não há ninguém ali... – disse o digimon alado.
- Esperem... – Tailmon olhou atentamente para a parceira – Hikari está se comunicando.
- É você? M-Mas...
- Você... Você pode me ver? – piscou os olhos, surpreso.
- Espera... Você é o Daisuke-kun?
- Hm... Não é bem assim – riu – Eu sou o fragmento que restava do Lance...
- Uma pequena parte que se separou dele e ficou para proteger aquele mundo.
- E também ajudo as almas arrependidas a terem uma segunda chance, como ele teve.
- Ah, por agora, me chamo “Kiseki”. Não pertenço mais ao Lance, atual Daisuke...
- O que... O que você veio fazer aqui? – perguntou ela.
- Ué, eu vim explicar o motivo da vinda de ChibiBunnymon, a Digimon do Desejo, até aqui.
- Bem, nem me surpreende que a escolhida da Luz possa se comunicar comigo.
- Explicar? Então... Por que aquela ave tentou matar o Daisuke-kun?
- Você sabe?
- Tenha calma, eu vou chegar lá...
- Acontece é que, depois dele ter derrotado Pandora e a selado dentro da caixa...
- Percebi que ela era apenas outra marionete das trevas... Assim como o Lance tinha sido... Assim como boa parte daquelas pessoas que tinham contato foram.
- E então a ajudei a se livrar daquela aura negra. E então ela pode renascer também...
- Mas parece que o verdadeiro causador descobriu isso e...
- Veio atrás dela, em seu mundo.
- Como a culpa foi minha, minha mestra mandou que viesse procurar pela nova vida de Pandora e a entregasse aquele objeto que está com a Bunni.
- Só que... Tinha um probleminha... Eu não posso me ausentar de lá e deixar meu cargo.
- E se eu deixasse nas mãos do Hariki, boa parte das almas que se arrependeram iriam continuar vagando pelo “nada”. *gota*
- Por isso que... Você veio até aqui? Veio pedir para que Daisuke a ajudasse a encontrá-la?
- Não é a toa que é uma escolhida – riu – Sim, foi por este motivo que a Bunni veio.
- Ela e eu temos uma conexão. E tirando você, só ele e o seu parceiro podem me ver.
- Os demais não. Eu acho.
- Então, por que aquele digimon ave me atraiu para o Oceano Negro? E por que ela tentou matá-lo?
- Você mesma pode responder essa pergunta.
- E não foi só por isso que pedi auxílio a ele...
- Para que “Pandora” ficasse livre das trevas e que elas não “a” dominem,
- É necessário que o feitiço criado pelo mago Dragon Hu seja ativado.
- Reunindo os fragmentos da Felicidade e do Desejo puros.
- Aquele digimon está tentando impedi-lo de reunir estes fragmentos e ativar a magia que irá impedir que esta pessoa seja usada pelas forças do mal?
- Exatamente, escolhida da Luz.
- Por isso, a Luz e a Esperança devem trabalhar em conjunto com o escolhido do Milagre.
- E libertar o poder da Determinação, Energia e Justiça para que essa missão seja cumprida. Não só vocês, todos os escolhidos devem agir e impedir que essa pessoa seja encontrada por ele.
- Caso contrário, as coisas ficarão mais complicadas. E colocará em risco o seu mundo, a Digital World e qualquer outro mundo paralelo a estes dois que tenham alguma relação com aquela dimensão que o Lance pertenceu antes de renascer como Daisuke.
- Entendi... Obrigada por esclarecer tudo – sorriu a jovem.
- Disponha... – Kiseki sorriu de volta – Agora preciso voltar, qualquer coisa a Bunni irá me chamar...
- Só espero que ele ainda tenha juízo... *sigh*
E num piscar de olhos, o anjo desapareceu dali. Hikari continuava olhando para o local onde ele se encontrava, até sentir alguém cutucar seu ombro.
Voltou-se para a direita e viu seu irmão, quem lhe chamava a atenção.
- Hikari? Você está bem? Até parece que viu um fantasma...
- Ahn? Não, oniichan... O que eu vi foi um anjo, Kiseki.
- Anjo?! – exclamaram Takeru e Yamato.
- Sim, e ele me explicou tudo... E eu devo explicar a vocês...
- Porque isso não é só o Daisuke-kun quem deve agir.
- Todos nós devemos. Algo ruim irá acontecer se não agirmos depressa.
- O que, por exemplo? – perguntou Patamon.
- Por favor, silêncio... – pediu Tailmon – Hikari, continue.
E a escolhida pos a falar tudo que Kiseki tinha explicado.
---
- Cuidado! – berrou Fladramon, esquivando-se os ataques congelante de Frostmon.
- T-Tá difícil!! – pensou o menino – Não pensei que ela atacaria dessa forma!
A luta havia começado faz quinze minutos atrás. Frostmon os atacava diretamente com as estalactites negras, sem sequer imobiliza-los ou coisa do gênero.
Porém, ela os separava. Tinha um plano na cabeça. Se conseguisse confundi-los, uma hora o alvo iria cometer um deslize e não conseguiria escapar de uma daquelas poderosas estacas de gelo.
Muito fácil.
- Ei, Bunni... – Daisuke a chamou – Não tem como fazer o Fladramon evoluir de novo?!
- Ahn... Mas... Mas isso depende de você, não de mim!
- Mas, como eu faço isso?!
- Tem de ativar o fragmento da Determinação!
- E... E como ativo isso?!
- Ah calem-se! – vociferou a ave – Caso contrário congelarei todos vocês de uma vez só!
- Ainda não entendo... Por que ela está nos atacando dessa forma?! – pensou o dragão.
- Não está pensando em nos cansar para depois nos pegar de surpresa, né?!
- Eu... – Bunni olhou-o no fundo dos olhos castanhos – Eu não sei! Só sei que deve ativar o fragmento!
- Ok... É como um Digimental?! Tem alguma frase de ativação?!
- Eu não sei, Daisuke-san!! Não tenho a mínima idéia!!
- Odeio ser ignorada! – bufou a inimiga.
- Chega, tentei ser boazinha e brincar um pouco com vocês...
- FROZEN STORM!!
E a temível ave lançou uma rajada gélida na direção de Daisuke, como da última vez.
No entanto, Fladramon foi mais rápido e contra-atacou:
- KNUCKLE FIRE!!
E arremessando bolas de fogo de seus punhos, derreteu a rajada antes que ela pudesse atingir o parceiro.
- Daisuke, ChibiBunnymon... Temos que pará-la de qualquer forma! – disse ele.
- Creio que já entendi o plano dela!
- C-certo!! – responderam, se juntando ao flamejante digimon.
- Ei! Não dei permissão para que se reunissem!! – gritou ela, lançando mais dardos de gelo – FROZEN ARROW!!
O digimon do fogo realizou mais um contra-ataque, destruindo as agulhas antes que os atingissem.
Enquanto isso, o goggle boy tentava várias vezes fazer com que o símbolo avermelhado surgisse no ecrã do D-3.
- Aaah, por que não funciona?! – resmungava o escolhido.
- Talvez esteja fazendo algo de errado – supôs a orelhuda.
- Não temos tempo para falhas! Fladramon, evolua já!
Apontou o digivice para o digimon, mas nada. Alguma coisa lhe faltava.
- Não adianta! Se não está conseguindo ativar o fragmento, significa que está fazendo isso de forma errada! – contestou ela.
- Então como é que se faz?! – encarou-a.
- Vocês querem parar de briga e pensarem logo em um plano? Só eu que tenho de atacar, contra-atacar, esquivar e defender aqui?! – bravejou Fladramon.
- EU NÃO PERMITI RENIÕEZINHAS!! – atirou-se contra Fladramon e o empurrou contra a parede.
- AAH!! – os outros dois que estavam atrás de Vee se atiraram contra o chão, escapando de serem amassados.
- Parece que não terei condições de eliminar aquela criança se não te destruir primeiro! – ela o pressionava contra a parede, onde tinham alguns “espinhos” de gelo e com suas garras apertava a garganta dele, dificultando sua respiração.
- F-Fladramon!! – berrava Daisuke, chocado com aquilo.
- Vee-san!! – idem a coelhinha.
Não tinha como enfrentar um oponente forte como ela. E o que um simples humano poderia fazer para ajudar um amigo digimon que, minutos atrás, era o único apto a batalhar, mesmo que sua força não fosse suficiente para derrotá-la?
Aquela cena o deixava nervoso. O Motomiya queria agora ter a essência de Pandora em seu corpo nem que fosse apenas por um segundo, só para que pudesse salvar Fladramon.
Não queria deixá-lo morrer ali, em sua defesa. Não poderia permitir que assassinassem um amigo tão valioso, tão valioso quanto Taichi, tão precioso quanto aqueles goggles que o rapaz de cabeleira gigante o tinha dado.
Não podia. E não deixaria.
- SOLTE-O AGORA!! – gritou o mais alto que podia, fechando o punho esquerdo com força e segurando firmemente o D-3 na outra mão.
O grito ecoou pela caverna toda. E balançou algumas estalactites do teto, porém não foi o bastante para derrubá-las.
- Quem você pensa que é em ferir o meu amigo?!
- O seu alvo não é ele, sou eu. Então... SOLTE-O E VENHA ME PEGAR!
- Se não for tão covarde assim, largue o Fladramon e pegue-me logo!
- Isso é... ISSO COVARDIA, SUA AVE ESTÚPIDA!!
- Ave estúpida? – Frostmon, parou de sufocar o digimon azulado, soltando-o e deixando cair no chão, inconsciente.
- Covardia? Por estar atacando um digimon fracassado?
- Quanta coragem, garoto. Você preza tanto pelo seu amiguinho que me comove...
- Irei satisfazer sua vontade. Vou te eliminar primeiro e depois mando o teu companheiro junto para que possam continuar com esta bela amizade!
Avançou contra o intrépido Daisuke, com suas garras em posição para finalmente executar o seu serviço.
No entanto, os olhos do humano não transmitiam medo. Não transmitiam pavor.
Ardia algo neles. Uma chama intensa. Estava determinado a lutar contra Frostmon, com ou sem poder ou habilidade especial alguma.
E essa chama... Que acende uma luz fortíssima no D-3. A luz no ecrã espalha-se como as labaredas do fogo.
Tornam o ambiente avermelhado. Ao olhar para a tela, via-se o símbolo brilhando intensamente. Um feixe dispara em formato de uma rajada flamejante, atingindo Fladramon, que abre os olhos e em seu peito começa a se formar o mesmo desenho que tinha sido feito nele naquela vez em que foi congelado.
Fladramon... Evolução com o Fragmento da Determinação para...
As chamas determinantes da Coragem!! Burning Fladramon!
O aspecto do digimon mudou completamente. A armadura tornou-se um vermelho mais intenso, no peito estava o brasão da Coragem, porém desta vez este reluzia em laranja, que ficava no meio das duas ondas amareladas que já tinha na armadura do digimon. Sua musculatura ficou mais forte, nos ombros tinham três escamas pontiagudas. O branco da barriga alongou-se até a barriga da cauda. Na barriga tinha o “X” de XV-mon e dois cintos. No detalhe do elmo, um triângulo apareceu no superior dos olhos (no lado oposto do triângulo que Fladramon já possui), e as garras dos punhos ficaram mais fortes e longas.
Para completar, a cauda recebeu na ponta três aros metalizados (o da ponta da cauda era uma espécie de “dedal”), e na ponta dela faiscava uma chama no formato do símbolo da Determinação.
Quando estava prestes a por as garras no garoto, algo surgiu em sua retaguarda.
Com asas flamejantes, geradas pelas chamas ardentes do Burning Rocket, desferiu um corte caloroso contra o pássaro bípede, que caiu contra o chão.
- Wow! – exclamou a coelha – Então esse é o poder total do fragmento correspondente ao Daisuke-san?!
- Ele está diferente... Bem diferente! – arregalou os olhos – Burning Fladramon parece muito mais forte do que naquela luta anterior!
- Então... Você não tinha atingido o poder total... A chama da determinação brilha em seus olhos... Essa chama quem os consome e os motiva a continuar, sem voltar atrás!
- C-como... Como é possível?! – a ave gélida levantou-se, enfurecida.
- COMO AINDA ESTÁ DE PÉ?!
- Ele não está de pé. Está voando. – debochou o Motomiya.
- Você pensa que vai me matar?
- Bem, nós vamos te mostrar as nossas poderosas chamas!
O menino apontou para a inimiga, e vociferou:
- VAMOS, BURNING FLADRAMON!
- Meu peito está queimando com as chamas da Determinação!
- Você não irá nos derrotar!
E ao grito de guerra, o flamejante dragão avançou pelo ar contra a ave de gelo.
O confronto havia reiniciado. Desta vez, o “fracassado” digimon se tornou mais poderoso do que ela poderia imaginar.
- FIRE SLASH!! – desferiu um corte contra Frostmon, rachando seu elmo e retalhando o fino chifre do mesmo pela metade.
- Kh!! E-eu não vou vencer... Desta... forma... Kh! – pensava ela, enquanto desviava de alguns golpes, porém era pego por outros.
- Se... Se eu não vencer... O mestre Du-- Irá... Irá m-me matar...!!
- Isso é por ter tentado me matar! E por ter persistido em eliminar o Daisuke!!
- KNUCKLE HEAT!!
Uniu os punhos, carregou as chamas neles e atirou uma rajada flamejante contra ela.
Porém... o digimon dragão ouviu algo em sua mente. Um choro. Alguém implorando.
Isso o fez parar com seu ataque e permitiu que a digimon azulada fugisse.
A coelhinha e o garoto olharam-no, e perguntaram-no:
- O que ouve?! Por que a deixou fugir?!
- Daisuke, Bunni... – voltou-se para eles – Eu ouvi uma voz chorosa, pedindo que eu parasse...
- Bem... Não ordenei que a matasse nem nada do gênero – respondeu seriamente o escolhido – Sabemos aqui que nosso objetivo é outro, e não destruir esses digimons.
- Mas... Mas que voz chorosa foi essa que você ouviu? Era aquela digimon? – interrogou Bunni.
- Não sei... Talvez tenha sido ela – respondeu Burning Fladramon – Mas não tenho tanta certeza...
- Melhor sairmos daqui o mais rápido que pudermos! Talvez aquela estranha sombra retorne e tente nos prender aqui.
- É, era isso que eu queria... – confessou Daisuke – Apenas afugentar o passarinho fêmea e sairmos voando daqui!
- Bom, vai ser literalmente voando. – riu Vee, pegando-o no colo e dando um salto para cima, alçando vôo e seguindo o túnel da sala cristalizada. ChibiBunnymon seguiu-os voando com suas orelhas gigantes.
Saíram de lá, por uma espécie de portal. O portal abriu-se nos céus de Odaíba, por onde nossos heróis perceberam que tudo havia voltado ao normal.
Mas...
Em uma sala escura e fria... Uma sombra observava-os cautelosamente. Até abria um sorriso diabólico.
- Não se preocupe, Frostmon... Aquela criança não irá atrapalhar as buscas.
- Pois tenho certeza que a nova vida de Pandora não se encontra neste lugar.
- E sim em outro... Mas paciência...
- Ela virá até a nós... E quando ela surgir, impediremos que os escolhidos, esta coelha estúpida e o Kiseki no Tenshi venham interferir...
- Não é mesmo, Lekismon, Ranamon? – olhou para trás, onde se encontravam as tais citadas.
- Sim mestre. Nós não iremos desapontá-lo! – disseram, ajoelhando-se aos seus pés.
- Que assim seja.
Última edição por Nina Geijutsushi em Sex Out 14, 2011 5:30 pm, editado 3 vez(es)
Convidado- Convidado
Re: Digimon Adventure ZeroTwo: Hinode
- O portal abriu!! BINGO, BINGO, BINGO!!
Miyako comemorava. E Koushiro apenas analisava os eventos.
Até que a porta de seu quarto abriu, e apareceu sua mãe.
- Koushiro, você já chegou? Nem te vi vocês entrando...
A voz da mãe do amigo faz com que a Inoue tome um susto e volte imediatamente para a realidade.
- Ahn... Chegamos a alguns minutos atrás, mamãe... – explicou o ruivo, um tanto sem jeito.
- S-senhora Izumi! – virou-se e cumprimentou a senhora Izumi – D-desculpe.
- Ah, querem alguma coisa? Um suco, ou biscoitos?
- Ahn... Não precisa. Obrigada... E-eu já estou de saída.
- Mas já?! – exclamou a mãe dele.
- Eu preciso ajudar na loja hoje... Desculpem por estar saindo tão depressa assim...
Pegou Poromon, o digivice e sua mochila, pediu licença (e desculpas mais uma vez) e saiu da casa do garoto.
#8 - Miyako, desperte sua Energia!
- Então esse é o poder total do fragmento? – perguntou-se o menino mentalmente.
- Essa é uma evolução de nível perfeito? Então significa que aquela ave de gelo que combatemos é mais forte que o Fladramon??
- Daisuke-sama... – falou ela, olhando-o.
- Sei que está intrigado com algumas coisas, raciocinando em como deveremos prosseguir na busca...
- Mas... Você não deveria ficar instigando suas memórias passadas e nem se pressionando.
- Ah?? – voltou a si, piscando os olhos com um ar de confuso – Instigando minhas memórias como Lance?!
- Bem... Não estou forçando nada. Elas vêem quando preciso...
- E não estou me pressionando para que possamos resolver isto logo.
- Apenas... Apenas quero compreender melhor o que se passa.
- Não querendo me intrometer – começou Burning Fladramon – Mas... Se a vida nova de Pandora estiver aqui, ela não teria sido encontrada já?
- Eles separam os indivíduos para fazer esta busca, o que facilita para ambos os lados.
- Porém, se não a encontraram ainda... Isso só pode significar que ela não está em Odaíba.
- Ela pode estar em Tamachi... Ou em outro canto de Tóquio... Ou do Japão...
- Ou talvez em outra parte do mundo.
- É, você tem razão... – concordou inicialmente o escolhido – Mas...
- Não se esqueça que tudo isso começou três dias atrás. – discordou em seguida.
- Em três dias não se acha nada. Quanto tempo demoramos para achar a base do Digimon Kaiser? Se lembra?
- Sim, mas... Eles já teriam alguma pista. Nós tivemos algumas pistas...
- Demoramos em encontrá-la, porém encontramos rastros que nos levaram até ela.
- Certo.
- Mesmo assim eles não encontraram nada por enquanto.
- Idem a nós. Só que, desta vez iremos com mais cautela nessa busca!
- Hm... Na verdade, Daisuke-san, Vee-san... – interrompeu Bunni – Eles estão nesta procura faz... No tempo de vocês... Faz mais ou menos três semanas já.
- ENTÃO... ENTÃO FOI VOCÊ QUE SE ATRASOU EM APARECER POR AQUI?! – Disseram eles, fitando-a surpresos.
- Alguém se lembra que o Kiseki-sama é ocupado? Ele é o Kiseki no Tenshi, o anjo que protege todos os mortais daquele mundo.
- E concede o perdão divino àqueles que se arrependem de seus crimes, podendo assim ter uma nova chance e assim reencarnando em outro tempo.
- Não nos atrasamos. Ele teve de esperar uma brecha para vir até aqui!
- Se você voa – disse o menino – Então por que não veio sozinha?
- O portal não pode ser aberto por conta própria. Somente os três seres celestiais que podem.
- E o Kiseki-sama tinha de vir falar com você. Só que descobriram tudo e tentaram te matar antes que ele pudesse lhe dizer o que deveria fazer.
- Ah, e graças a um Milagre... Fui salvo de novo por ele.......
- Quer dizer que aquele estranho já está procurando pela “Pandora” faz semanas já?
- E até agora não encontrou nada?!
- É. Isso mesmo...
- Bem, e até agora meu pingente não indicou nada... Creio eu que “Pandora” não esteja por perto por enquanto.
- Daisuke-san... Por favor, não pense em lutar contra ele. É mais poderoso do que a “Pandora”, só conseguiria fazer isso se... Se ainda tivesse os poderes que herdou da Luz Dourada.
- Luz Dourada? Se refere ao Digimental do Milagre? – interrogou Vee.
- A Luz Dourada é o nome do poder cedido pelos Deuses digimonianos ao lendário escolhido.
- Antes do Lance, Dragon Hu foi o primeiro portador desse poder.
- E esse poder quem gerou a placa dourada e o digimental dourado.
- O nome dessa luz é Lux Miraculum. Somente os humanos que se encaixavam com a lenda digimoniana...
- O nome da placa que continua o poder era denominada por Blazon Miraculum. Mais tarde, depois que Dragon-sama morreu em combate, nasceu um objeto dourado que se chamou Digimental Miraculum.
- E é esse o tal objeto que, acredito eu, tenha ido parar no castelo de Warlock.
- “Miraculum”? – falou Daisuke – Esse nome já apareceu em algum livro que li na biblioteca do Warlock...
- Não fazia idéia que... “Miraculum” estaria relacionado com isso.
- Em seu idioma, acho que “Miraculum” equivale à “Kiseki”.
- Bem... por enquanto é só isso.
- ChibiBunnymon... Sabe por que a Carol-chan teve visões de quando ela era a Yorokobi?
- E... E ela sabe que quem assassinou a Ai naquela época era o Lance?
- Uh... Não tenho muita idéia disso, sinto muito...
- Talvez essa lembrança tenha vindo com o intuito de reforçar a teoria que o Kiseki-sama defendia com unhas e dentes.
O Motomiya ficou calado. Levantou uma sobrancelha e fez a tão esperada pergunta:
- Que teoria?
---
- Nada ainda.
- O céu fica denso... O ar está meio pesado.
- Eu sinto que há algo de errado, Wormmon...
- As trevas começam a se alastrar. Eu as sinto...
- Temo que isso possa acordar aquilo que está em mim ainda...
O jovem de cabelos morenos azulados olhava o céu da varanda fixamente. Às vezes tinha a impressão de que o céu era abarrotado de nuvens cinza... Ou que o azul era mais escasso.
O anelídeo em seu ombro preocupava-se cada vez mais com aquelas sensações. O que ele mais temia era que a semente das trevas voltasse a tomar conta de seu parceiro.
Não... Não era só ele, o próprio escolhido da Bondade se apavorava ao pensar neta hipótese.
- Ken-chan... Não vai. Não vai acontecer de novo. – tentava consolá-lo.
- Eu não deixarei que as trevas te levem novamente.
- E nem o Daisuke, nem o V-mon... Nenhum dos escolhidos deixará que elas te tomem o controle.
- E não vou permitir que isso aconteça também.
- ... Aquela vez em que estivemos naquele mundo estranho e conhecemos aquelas pessoas...
- Tinha uma que, por mais que eu pensasse... Por mais quisesse me recordar...
- Não conseguia. Faltava um pedaço de memória...
- Quem? – olhou-o, no fundo dos olhos.
- Não consigo me lembrar do nome dele...
- Mas era parecido com aquele mago chamado Dragon Hu.
- Ele... Ele lembrava alguém.
- Os outros escolhidos até disseram o nome dele.
- Mas... Nada me vem à cabeça. Só... Só fico pensando...
- Se conheci alguém chamado Ryo...
O digimon verde, após ouvir aquilo, concluiu mentalmente:
- A memória do Ken-chan parece ter sido afetada pela semente...
- Ele não consegue se lembrar muito bem do Ryo...
- Mas... Nós nunca mais o vimos desde aquele dia.
- Será que ele está bem? Será que algum dia poderemos reencontrá-lo?
- Wormmon...
- Sim, Ken-chan? – voltou sua atenção a ele.
- Você... Você acha que ele está bem?
- Ele?
- O Daisuke... Às vezes ele me lembra alguém...
- Olha, acho que poderíamos visitá-lo. O jogo dele já deve ter terminado.
- Ah! O jogo! Eu o perdi graças ao treino do time... – suspira desanimadamente – Queria ter visto ele e o Taichi-san jogando...
- Bom, poderíamos ir até lá, certo?
- Claro, me fará bem desabafar com ele... Talvez me faça sentir mais leve e acalmar meus pensamentos.
Sorriu, deslocou-se da varanda para o quarto, pegou o suéter e o cachecol, vestiu-os e saiu de casa, avisando aos seus pais.
---
- Parece que as coisas voltaram ao normal, hein??
Comentou Terriermon, agora sendo carregado por Wallace pelas mãos, para que pensassem que ele era um boneco de pelúcia.
- *shh* Terriermon! – murmurou Mimi – As pessoas daqui não sabem que você é um digimon!
- Isso mesmo, não vamos levantar suspeitas – completou o loiro – Temos que passar despercebidamente!
Depois de caminharem muito, pararam diante de um prédio grande. Era lá onde morava a moça. Subiram de elevador, até o andar desejado.
Entraram com cautela na residência e foram direto para o quarto. Os pais estavam na sala, em outro cômodo. Pé por pé, conseguiram entrar no território da Tachikawa.
Ela ligou o computador e enviou uma mensagem à Miyako e Koushiro, os responsáveis pelo uso do portal como meio de transporte.
- Certo. Quando a Miyako abrir o portal, é só apontar o seu digivice para a tela, ok? – explicou Mimi.
- Sim... Eu nunca fui à Digital World antes... Só ouvi falar dela.
- É divertido! Agora que os portais podem ser abertos pelos digivices novos, nós podemos visitá-la a qualquer momento e a qualquer hora!
- Wow, como... Como será? – perguntou-se o garoto.
A mensagem é respondida. Koushiro tinha dito que Miyako estava a caminho do portal da escola para que pudesse abri-lo como ponte de Nova Iorque até Odaíba.
E a própria Inoue respondeu a mesma coisa. A ordem das mensagens foi basicamente:
Miyako ↔ Koushiro → Mimi
Esperaram ali, conversando e a garota contando sobre as aventuras que ela e os outros veteranos tinham tido no lar do digimons.
Quando soou o beep do terminal. Ela interrompeu o diálogo, pegou o aparelho e leu a frase que a fez abrir um sorriso:
“O portal estará aberto daqui alguns minutos! Aguardem o meu sinal!”
Era a Inoue. Estava a postos e pronta para mais um encontro com uma de suas melhores amigas.
- Ok, Wallace-kun! A Miyako já está pronta. Logo nos avisará.
- Puxa... – exclamou Terriermon – Eu nem me lembro mais como é a Digital World...
- Falando dessa forma, até parece que você não veio de lá.
- O digitama do Terriermon e do Chocomon chocou aqui. Acho que eles nunca viram como é o mundo de onde eles vieram... – supôs Wallace.
- Será que o Chocomon está lá, Wallace? – perguntou ele, olhando com aquelas bolinhas negras que pareciam dois botões.
- Não sei quanto ao Chocomon, mas digimons sempre renascem na Cidade do Princípio – disse a escolhida.
- Talvez esteja, e seja um digimon bonzinho e livre do vírus.
Esperaram o portal finalmente se abrir.
Porém....................................................
As luzes piscam. A tela também. E o portal nos Estados Unidos...
- O que?! N-não acredito! – Exclamaram Mimi, Wallace e Miyako a mesma coisa, em diferentes locais.
- O portal... – dizia a parceira de Hawkmon, a observar a tela da sala de computação.
- ... Está fechado! – notificou Mimi ao rapaz, trêmula.
---
- Como isso é possível?! Como?!
- Como aquela criança...
Frostmon bravejava pelos cantos do salão decorado pelas gárgulas. Não acreditava naquela derrota.
E ainda, perder para uma criança de doze anos. Um simples humano sem poderes, apenas com uma poderosa e ardente chamava chamada de “Determinação”.
- Eu não admito isso!
- Não admito!
- Hah, pare de reclamar! – berrou uma voz, apoiada em uma gárgula.
- Contente-se com sua derrota. E fique feliz pelo mestre não ter te transformado em meros dados.
- Ranamon... – cerrou os dentes.
- O que está fazendo aqui?!
- Ela está esperando a chance de atacar. – respondeu outra.
- Enquanto as buscas continuam.
- O mestre acha que a “Pandora” está em outro local. Logo teremos que nos deslocar para continuarmos.
- Lekismon... Finalmente ouvi algo saindo de sua boca. – ironizou-a.
- Por um lado, ela ainda não perdeu pra um garotinho e um lagarto azul – debochou Ranamon.
- CALE-SE, SUA...
- Ranamon, você deveria conter seus comentários inúteis – interrompeu Lekismon – Você não fez nada por enquanto. Não tem direito de se gabar ou de criticar a Frostmon.
- Não agi ainda porque o Kiseki no Tenshi não fez nada por enquanto. – justificou ela – As ordens do mestre foram claras. Minha obrigação é impedir que ele atrapalhe nossos planos.
- Sim, só que você não está focada no objetivo... Ele apareceu pela região, e interagiu com um dos doze escolhidos.
Aquilo fez com que Ranamon escorregasse e quase caísse no chão. Um sorrisinho sarcástico surgiu na face de Frostmon, enquanto Lekismon mantinha-se neutra.
- C-como?! Ele esteve agindo e... E teve contato com um dos escolhidos?! – berrou a digimon verde-água, trajada em uma armadura azul-céu.
- Sim. – respondeu a outra – E é justamente por isso que não deve criticar as falhas cometidas pela Frostmon.
- Ao invés disso, que tal ficar na sua, hein? – disse a ave língua afiada.
- Eu irei mostrar a vocês! – balbuciou furiosa – Não estou parada aqui à toa...
Afastou-se dali, indo para outra sala, à direita do salão enfeitado por gárgulas.
E de lá, observou um grande telão central, que ficava na parede do meio com uns quatro pequenos abaixo dele.
Ao redor era escuro, e tinha mais umas duas telas médias nas outras duas paredes. A parede de trás, onde se localizava a porta, não havia ecrã algum.
Ranamon pos a observar atentamente. O grande aparelho no centro era especial, já que captava imagens de outros seres que podiam ocultar sua presença dos demais, como anjos, demônios, espíritos. Sejam eles seres digitais ou não.
Ela sabia que Kiseki não teria como se esconder. A qualquer momento ele apareceria novamente, para ajudar o garoto, e para averiguar se tudo estava bem. Além de dizer os próximos passos que a coelhinha deveria seguir para que a missão fosse completada com sucesso.
Ele teria de voltar. Ele teria de fazer um novo movimento. E esses movimentos tinham de ser impedidos.
Os olhos vermelhos refletiam a luz do ecrã. Atentos a qualquer suspeita, a digimon mantinha-se de pé no centro da sala, apenas pondo o indicador direito na bochecha direita, segurando o ombro do braço direito com a mão esquerda.
Uma expressão séria e atenta. Nem piscava os olhos.
Tamanha concentração...
- Mas que droga, apareça seu anjo fajuto!
- ...
- Ah!
... finalmente seria recompensada.
---
- Certo, certo... O que deveremos fazer então, Daisuke-san? – perguntou Bunni ao menino.
- Primeiro vamos pensar em como evitar deles me matarem... Ou de envolver os outros nisso.
O trio caminhava pela calçada. V-mon já tinha voltado à forma criança e usava o casaco do parceiro com o capuz na cabeça, para disfarçar sua aparência.
E a coelha no ombro direito de Daisuke.
- Segundo – continuou ele – Devemos ficar em alerta quando acontecer esses “congelamentos” do tempo. Eles procuram por ela assim, e também usam essa forma para tentar me matar.
- Hm... Eles também podem acabar usando alguém do grupo para nos levar a uma emboscada, como fizeram com a Hikari e Nefertimon – completou Vee.
- É... Isso também é um problema.
- E por último... Iremos aproveitar esse paralelo para procurarmos por ela, porém sem levantar suspeitas.
*beep* *beep* *beep*
- Hmm... Daisuke, o terminal está tocando – desviou o assunto, pegando do bolso do casaco o D-terminal.
- Huh? Quem se-- Ah! Deve ser o senpai ou a Hikari-chan, ou a Miyako, ou o Yamato, ou o Iori.......
- É da Hikari... Ela está perguntando se estamos bem e por que estamos demorando...
- Droga, quando caímos naquela armadilha eu esqueci de avisá-los.
- Acho que não vai ser uma boa idéia contar a eles que essa demora foi ocasionada por isso...
- Seria pior se eu estivesse sozinho naquela hora. Ainda bem que eles nem atacaram antes...
Algumas quadras depois, estavam diante da escola. Aquela que foi, além de sua companheira nos estudos, a porta de entrada para um mundo totalmente novo – A Digital World.
Eles pararam e ficaram olhando-a. Talvez um pouco de saudade. Talvez pensasse em entrar lá dentro e se abrigar um pouco do vento gélido que batia.
Era mais a segunda alternativa. O casaco era a única coisa que o mantinha aquecido.
Mas agora, para que o monstrinho azulado não causasse uma grande confusão pelas ruas, teve de emprestá-lo.
Percebendo isso, V-mon o pegou pela mão e disse para fazerem uma pausa na escola.
ChibiBunnymon concordou, acenando positivamente com a cabeça. E o Motomiya nem disse nada, pois sabia que precisa se aquecer ou poderia adoecer devido ao frio.
Ao entrarem lá, um vulto rapidamente seguiu-os. Enquanto do lado de fora se mantinha uma aura pura e reluzente, a observar as ações.
---
- E agora? O Portal não abriu! Mas tenho certeza que o tempo voltou ao normal... – suspirou Miyako, olhando para o relógio do D-3.
- Acho melhor tentarmos outra vez, Miyako-san. Tenha calma – dizia a bolinha rosa penosa.
- Mas... Mas Poromon... – virou-se para ele – Tentamos isso várias vezes na casa do Izumi-senpai!
- Como que agora... Não funciona se o tempo voltou ao normal?!
- Não sei... Talvez... Hm?
- O que foi? – perguntou, vendo que o parceiro calou-se imediatamente.
- Eu acho que senti a presença de alguém.
- Alguém? Um... Não estamos sozinhos?
- Não, eu acho que há alguém aqui.
- E Estamos sozinhos... – começou a tremer de medo.
- Miyako-san, eu estou aqui e mesmo que não possa evoluir, irei te proteger. Tenha calma.
- M-mas é que... E se for aquele digimon que a Hikari, o Takeru e o Daisuke nos contaram?!
- Tenha calma *gota*
- Acho que... – sacudiu a cabeça, tentando acalmar-se – Acho que deveriamos nos concentrar aqui!
- Vamos tentar outra vez, Poromon!
Direcionou o digivice para a tela, segurou-o firmemente. Seus olhos vidravam no ecrã do computador e para o portal.
- DIGITAL GATE, OPEN!!
...
A tela começou a piscar. Idem às luzes da sala. E então... Tudo apagou-se.
A escola ficou sem energia elétrica...
Não, pois quando ela olhou para o digivice, viu que ele não estava funcionando.
E também, quando olhou para o relógio da sala, os ponteiros não se moviam. Principalmente o de segundos.
- Poro...Poromon... – gaguejou ela – A-Aconteceu de-denovo...
- Miyako-san... Não perca a calma. – tentava controla-la.
- M-Mas...
Foi quando eles ouviram passos no corredor. E isso a fez ficar mais nervosa ainda.
As batidas de seu coração aceleraram, sua pele sentia um arrepio.
Alguma coisa... Estava vindo naquela direção.
- Poromon, evolua! – murmurou ela, apontando o digivice pro pequenino.
- Não consigo... – disse ele, desanimadamente – Enquanto não descobrirmos o que nos impede, nós não conseguiremos evoluir normalmente.
- Ahn....... E-eu queria não ter vindo s-sozinha! E agora?! O que eu faço?!
- Mantenha a calma, isso é fundamental nessas situações.
- Mas... Mas eu não sei o que está vindo aí e...
A porta corre pro lado, ela se vira rapidamente para o lado e vê uma silhueta familiar...
Bem, não muito familiar, já que havia algo brilhando no ombro da criatura.
E ela não pensou nem duas vezes, berrou alto com o susto. E em seguida pegou a primeira coisa que tocou (que, no caso foi o próprio parceiro penoso) e atirou-o contra a sombra.
E esta quase perdeu o equilíbrio com a “Poromonada” recebida na cara. Apenas recuou e resmungou baixinho, mas como a Inoue continuava tensa, mal ouviu a sua voz.
- Não sei o que você é, mas... Eu não vou me render sem... Sem luta! – gritou ela.
- M-Miyako-san!! – Poromon estava tonto, e sendo segurado pelo indivíduo.
- S-sua maluca! – resmungou o estranho – O que é que deu em você, Miyako?! E o que está fazendo aqui?!
Os óculos escorregaram um pouco ao ouvir aquela voz familiar. Com um sorriso sem-jeito, envergonhando-se do que tinha feito.
- D-Daisuke? É você?!
- Não, é o Yamato... – ironizou ele – Claro que sou eu! E o que está fazendo aqui, hein?
- É, tinha que ser você... *sigh*
- Acabo de sair de uma luta e já sou recebido com um Poromon na cara – bufou ele.
- Luta? – exclamou ela e Poromon – Como assim?!
- Enquanto fomos atrás daquele estranho que apareceu durante o jogo – começou o goggle boy – Nós acabamos sendo surpreendidos por uma parede estranha que surgiu do nada no meio da rua...
- E ela depois virou uma gosma negra estranha que nos engoliu – completou V-mon.
- Isso. Aí andamos por um lugar totalmente escuro, até que acenderam as luzes e estávamos em um salão gigantesco cheio de gárgulas...
- E então – continuou a coelhinha – Apareceu um vulto misterioso que nos jogou em um alçapão...
- Que dava direto em um corredor. Seguimos por ele, já que era a única saída, e encontramos uma caverna de cristais... Onde estava aquela ave psicopata.
- Deixa ver se entendi... – interrompeu Miyako – Vocês foram engolidos por uma parede que se transformou em uma gosma, e de lá foram transportados pra um salão estranho e decorado com gárgulas, aí um desconhecido os atirou em um alçapão que os lavou até um corredor por onde tiveram que atravessar, encontrando assim uma caverna e aquele digimon, que atraiu a Hikari para o Oceano Negro naquele dia, estava lá e com o mesmo intuito de te matar? É isso?
- Bingo. – respondeu a dupla 2-top.
- Mas vocês estão bem? Ela os machucou?!
- Hmm... Ela só tentou asfixiar o V-mon... Mas a tempo consegui pará-la... – respondeu Daisuke.
- E o que é que você está fazendo aqui? – perguntou ele pela 3ª vez.
- Eu vim abrir o portal para que a Mimi-oneesama pudesse vir até aqui!
- Parece que aconteceu o mesmo com ela.
- O que?! Eles estão procurando pelo mundo inteiro dessa forma?! – exclamou indignado o garoto.
- Ou eles querem separá-la do grupo? Isso não faria sentido algum!
- Ahn? Como assim? Procurando quem? – a garota ficou confusa.
- Miyako, o portal está aberto? Eu preciso ir até a Mimi! – disse ele, sério.
- Ele abriu na casa do Izumi-senpai, mas... Aqui ele não abre!
- É urgente! Eu preciso ir até lá!
- Calma, Daisuke! O que está acontecendo?!
A expressão séria deixava a amiga mais preocupada ainda. Não reconhecia mais o alegre escolhido com quem cobrava responsabilidade. Não era o mesmo Daisuke ingênuo que conhecia.
Agora, aquele olhar... Aquele que antes era tão pura ingenuidade e infantil... Era substituído por um olhar sério e determinado.
- É algo complicado de explicar. – respondeu seriamente – E a Mimi pode estar com problemas.
- Tratando de... Uma coisa que... você não entenderia. – desviou o olhar para o seu casaco, tirando-o de Vee e procurando pelo digivice.
- Não entenderia? Mas... Como pode dizer isso se nem disse do que se trata? – contestou a escolhida.
- O que está escondendo? Por que aquele digimon tentou te matar duas vezes?!
- Daisuke, por favor... Diga pra mim, me explica!
- Miyako... – parou, olhou no fundo dos olhos dela.
Sentiu. Sentiu que ela não gostava daquele sigilo. Aliás, desde que ele tinha desaparecido, os demais escolhidos do grupo passaram a perceber uma pequena mudança. Alguns até começaram a falar mais com ele, outros se aproximaram mais.
Até Hikari, que era só uma simples amiga, passou a falar mais e mais com ele.
Tudo isso teria sido o choque que teriam sofrido ao ver aquela batalha?
Um choque emocional ao verem quando acabou caindo e desesperou a todos, que pensaram que as atitudes irresponsáveis do Motomiya haviam finalmente o feito perder a vida?
Essa preocupação era demais pra eles. E também, eles se preocupavam agora com o fato deste mesmo companheiro estar correndo risco. Um digimon misterioso que está atrás dele só para eliminá-lo.
E perder um amigo como ele? Deixar que isso acontecesse? Ela não queria. Nenhum dos onze queria. Nem seu parceiro, nem o do menino, e nem os dos outros escolhidos.
- Daisuke, chega disso... – interrompeu-o – Por favor, eu estou preocupada com você!
- Saiu do campo às pressas, disse ao Taichi-san que iria buscar o V-mon, mas não voltou e nem nos avisou o que tinha acontecido!
- Agora você aparece aqui, me assusta desse jeito e diz ter sido preso por uma outra sombra!
- Por que eles estão atrás de você?! E o que eles estão procurando?!
- Miyako...
- É complicado dizer! E eu não quero envolver vocês nisso!
- Mas, parece que não tem como... Vocês já estão envolvidos sem mesmo compreenderem...
- Como assim? Quer parar de falar como se não fosse o Daisuke que eu conheço?!
- Por favor?
- É mais ou menos isso, Miyako-san... Eu... Eu estou meio diferente agora...
- E não sei como dizer...
- Daisuke-san se lembrou de algo de muuuuuuuuuuuuuito tempo atrás – intrometeu-se ChibiBunnymon – E é meio complicado de se explicar isso.
- Já que ele mesmo planejou aquilo tudo, para que pudesse se lembrar e salvar seu mundo.
- Ele? – a Inoue levantou uma sobrancelha – O Daisuke?
- Planejou algo para que pudesse se lembrar e salvar o seu mundo?
- Não, não o Daisuke-san – a orelhuda acenou negativamente com a pata direita – O Lance-kun. A vida anterior dele.
- Ele morreu antes, protegendo a irmã dele, Yami. Mas seus últimos momentos de vida bastaram pra realizar um feitiço que, caso elerenascesse,
- Pudesse voltar ao seu antigo lar, e salvá-lo das trevas.
- E foi o que aconteceu.
- Mas... Mas... O Daisuke não resolveu isso já?
- P-Pensei que...
- Isso foi encerrado, o problema é...
- A pessoa quem ele devia derrotar, a maga Pandora, finalmente foi liberta das trevas pelo Kiseki-sama, e pode renascer também.
- Mas um ser maligno, e o que usou Pandora para se apossar do mundo, descobriu isso e veio atrás dela neste tempo e dimensão.
- E o Kiseki-sama ficou encarregado de impedir que a nova vida de Pandora seja prejudicada. E que este mundo não seja afetado pelas trevas, como aconteceu com o antigo lar do Lance-kun.
- Por isso que estou correndo perigo – resumiu as demais explicações o rapaz – Kiseki, que era o fragmento do Lance criado por essa magia, se tornou um anjo protetor daquele mundo.
- E veio pedir a minha ajuda para encontrarmos a “Pandora”. Já que ele tem seus afazeres e não pode fazer isso sozinho.
- E também, ChibiBunnymon é a portadora deste pingente que ela carrega. É uma magia criada pelo Mago Dragon Hu para que, caso ela se arrependesse disso tudo, pudesse ficar livre das mãos deste cara misterioso para sempre.
- O mesmo quem me trancou na sala das gárgulas. Um filho do filho do irmão de Dragon Hu.
- Mas... Mas por que não queria nos contar?! – exclamou a garota de óculos.
- Por que, Daisuke?
- Porque...
- Porque eu não quero que eles façam mal àqueles quem eu amo!
- Não quero que eles venham atrás da Hikari, do senpai... De você, dos outros.
- Até da Geijutsushi e da Carol-chan!
- Esse assunto só eu posso resolver, ele foi encarregado a mim e ao V-mon.
- E ao Kiseki e à ChibiBunnymon.
- Está... Está se contradizendo?! – disse, surpresa.
- Não era você que... Que antes, quando o Ken queria arriscar a própria vida para impedir que a fortaleza do Digimon Kaiser explodisse...
Ela calou-se. Mal podia acreditar no que ouvia. Não era o Daisuke. Ela não conseguia.
Ela tentava negar que ouviu aquelas palavras vindas do próprio membro do grupo 02 que se voltou contra os demais, a favor de Ken, justo por acreditar que o Ichijouji havia mudado e se arrependido do que tinha feito como Kaiser.
Tentava negar que tinha vindo do Daisuke que não deixou que o moreno fizesse a loucura de tentar parar a explosão sozinho.
- Miyako, eu não quero incluir vocês nessa história toda.
- Não quero que usem os outros, não quero perder vocês!
- Não importa o que aconteça a mim, eu só quero vocês em segurança.
- CHEGA! – gritou ela, com toda a força.
- VOCÊ ENLOQUECEU?! O QUE TE DEU NA CABEÇA?!
- COMO PODE DIZER ALGO ASSIM?!
- ESTÁ QUERENDO... NOS PREOCUPAR?!
Aquela cena lhe parecia familiar. Sim, aos dois. Tanto pra ela, quanto pro goggle boy.
- Idiota! Mesmo querendo ou não nos envolver, estaremos nos envolvendo!
- Suas atitudes estão suspeitas, não acha que não notaríamos?!
- A forma com que você desapareceu antes, a forma com que está agindo ultimamente...
- Está escondendo essas coisas do grupo só para poupar-nos de preocupação e sofrimento?!
- E quanto àquilo que você disse ao Ken?! Não se lembra mais?!
- Você está maluco?! Está arriscando a sua própria vida desse jeito?! E ainda, nos esconde isso tudo?!
- Tem um digimon estranho querendo te matar para impedir que você possa encontrar essa tal “Pandora” e não quer que NINGUÉM se envolva nisso?!
- Miyako... Entenda que... A situação é diferente!
- Não é a mesma coisa! É outro assunto!
- Não estou a me tornar o que o Ichijouji era antes!
- Por que você ainda está se contradizendo dessa forma?!
- O que aconteceu com o Daisuke Motomiya que não deixava ninguém ficar sozinho?!
- O que aconteceu com ele?!
- Daisuke... – meteu-lhe um tapa no rosto – seu IDIOTA!
O estatelar do tapa ecoou pela sala escura. V-mon, Poromon e Bunni ficaram perplexos com a cena.
Mas para o serelepe Daisuke... Era familiar. Mas vista por outro ângulo.
O ângulo de quem queria deixar de fora os amigos, porém os deixava preocupados.
Preocupados com suas atitudes.
- Acorda! Cai na real! Acorda pra vida, Daisuke! – berrou ela, já lacrimejando um pouco.
- Antes de ingressarmos no grupo... Eu tinha mais afinidade com o Izumi-senpai, com o Iori e contigo.
- Desde que nos conhecemos, nos tornamos amigos. Mas... Eu te achava imaturo e ingênuo demais. Achava que não era capaz de ser o líder do nosso grupo!
- Mas... Com o passar do tempo... Você foi mostrando seu potencial. Nunca desistiu, nunca nos abandonou...
- E também... Era firme em suas decisões. Enquanto eu... Eu tinha minhas dúvidas.
- Não sabia se deveria acreditar que o Ken tinha mudado, não sabia compreender os sentimentos da Hikari...
- Mas você era forte, e mesmo grupo não ligando muito para o que dizia, já que metade do que você falava era besteira, nos mostrou que estávamos errados.
- Ghn... Miyako... – grunhiu de dor, massageando o lado direito da maçã do rosto.
- Eu não terminei ainda!
- ... Não... Eu terminei sim...
- Mas... Acho que você ainda não consegue entender. Não, ainda é o teimoso Daisuke...
- Essa é a única coisa que não mudou em você mesmo.
- Miyako... O que é que eu--
- Então eu vou simplificar...
- Se você continuar fazendo isso, e não voltar...
- Se você for lá agora e não voltar...
- Eu... Eu irei me arrepender pro resto da minha vida!
Os olhos dele arregalaram com aquela frase. Os digimons só assistiam a discussão em silêncio.
Era a mesma coisa que ele tinha dito ao Ken dois anos atrás. A mesma coisa.
Não esperava que... fosse levar um tapa na cara e ouvir aquilo vindo da Inoue. Talvez pensasse na hipótese, já que ela sempre se importou com ele e com suas atitudes estúpidas.
Os olhos dela estavam sérios. E chorava. Estava confusa, não sabia se estava olhando para o amigo ou para outra pessoa.
E então... O pingente da digimon orelhuda começou a brilhar, de lá saiu outra luz. E ela clareia toda a sala.
Em seguida, Bunni sai do ombro do garoto e se posiciona entre Miyako e Daisuke.
- Miyako Inoue – falou ela, com o mesmo tom daquele dia no parque, em um evento semelhante – Sua energia é a sua marca, com ela você contagia os que estão ao seu redor, transmite suas emoções com clareza, e usa essa energia toda para fazer o que é certo. Para proteger a quem ama, essa será a sua forma de lutar.
- Está acontecendo de novo... – comentou V-mon.
- De novo? – Miyako mostrou-se estar confusa outra vez.
O brilho envolveu Poromon, que evoluiu para Hawkmon sem precisar do D-3. E o aparelho, por sua vez, começou a brilhar. O brilho era diferente, era uma luz violeta. Um Violeta vívido...
... Que desapareceu aos poucos, enfraquecendo até apagar por completo. Depois disso, a digimon do Desejo caiu inconsciente nas mãos de Daisuke.
- O que... O que aconteceu aqui?! – indagou Miyako.
- Eu evolui?! – disse Hawkmon, olhando para si mesmo dos pés a cabeça.
- Aconteceu de novo... Como naquela vez. – comentou o Motomiya.
- Ela desmaiou de novo... Espero que se recupere rápido... – disse V-mon, preocupado.
- De novo? Como assim? – perguntaram os outros dois.
- Da última vez em que ela desmaiou, foi quando falou uma frase estranha dessas e me evoluiu... – explicou V-mon.
- E o meu digivice reagiu... Dessa forma V-mon pode realizar a evolução Armor. – completou Daisuke.
De repente, eles escutam um som. Parecia ser água. Sem pensar duas vezes, correm para fora da sala, atravessam o corredor e foram para o lado de fora da escola.
E lá vêem, do outro lado da rua...
Última edição por Nina Geijutsushi em Sex Ago 26, 2011 10:26 pm, editado 2 vez(es)
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